O Papa concede indulgência plenária pelo Encontro Mundial das Famílias em Valência

VATICANO, 27 Jun. 06 (ACI) .- O Cardeal James Francis Stafford, Penitenciário Maior da Santa Sé, anunciou hoje que o Papa Bento XVI concedeu aos fiéis indulgência plenária por motivo do V Encontro Mundial das Famílias, que se celebrará em Valência (Espanha), de 1 a 9 de julho próximo.

O decreto publicado pela Penitenciária Maior do Vaticano, indica que o Santo Padre que irá a Valência “e deseja que vão à cidade espanhola fiéis de todas as partes do mundo”, concede a indulgência a todos os participantes e àqueles que não puderem fazê-lo “mas estejam unidos com o espírito e o pensamento” aos fiéis presentes nos dias do encontro.

No decreto, dado a conhecer hoje, mas assinado em 15 de Junho, Solenidade de Corpus Christi, recorda-se que João Paulo II estabeleceu que a cada três anos se celebrasse o Encontro Mundial da Família e que o Papa Bento XVI irá a Valência pedindo à Santíssima Trindade que o encontro traga “um grande benefício para a Igreja, especialmente em um tema, como é o da família, sede da vida e do amor, igreja doméstica, em que os pais transmitem aos filhos o dom inestimável da fé”.

“O Papa ?segue o decreto?, aderindo-se de coração à convocatória mundial de Valência, estabeleceu com muito gosto a concessão da indulgência plenária aos fiéis nos termos indicados, expressando o vivo desejo de que acudam numerosos fiéis de todas as partes do mundo”.

O documento assinado pelo Cardeal Stafford, recorda que a indulgência será aplicada nas condições que estabelece a Igreja:

  • Confissão
  • Comunhão
  • Orar pelas intenções do Sumo Pontífice
  • Se se participar de qualquer ato dos previstos em Valência durante o V Encontro Mundial da Família e em sua conclusão; ou “se estiverem unidos com o espírito e o pensamento”.
  • Se rezarem em família o Pai Nosso, o Credo e outras orações para invocar a Misericórdia Divina.

«Vaticano está fazendo todo o possível para promover a paz no Iraque»

Confirma o representante papal no país

KOCHI, terça-feira, 27 de junho de 2006 (ZENIT.org).- «A tarefa que estou empreendendo não é fácil, mas é o que me foi confiado e o aceito com humildade. O Vaticano está fazendo tudo o que está em suas mãos para promover a paz no Iraque», declarou o designado novo núncio apostólico no país.

Dias depois de sua ordenação episcopal, Dom Francis Assisi Chullikatt recordou à agência do Pontifício Instituto de Missões Exteriores «AsiaNews»: «Nosso amado João Paulo II fez diversos chamados pessoais e enviou delegados tanto ao presidente George W. Bush como a Saddam Hussein para tentar evitar o conflito».

«Paz e reconciliação entre as partes em conflito e as religiões» é a «máxima preocupação e o primeiro compromisso» do novo representante papal no Iraque.

«Meu lema será ?Fide e Vertute?, que significa ?pelo poder da fé?. A fé mais firme é a que ponho em Deus, a ?estrela? que me guia desde que fui ordenado sacerdote e que será minha única guia para sempre», admitiu à agência do PIME.

Foi em 29 de abril passado quando Bento XVI nomeou Dom Francis Assisi Chullikatt como o novo núncio apostólico em Jordânia e Iraque; ele até então conselheiro de Nunciatura.

Originário de Bolghatty (Índia), onde nasceu em 20 de março de 1953, foi ordenado sacerdote em 3 de junho de 1978 para a diocese índia de Verapoly. Estudou Direito Canônico em Roma. Ingressou no serviço diplomático da Santa Sé em 15 de julho de 1988.

Prestou seu serviço nas representações pontifícias de Honduras, África do Sul, Filipinas, na ONU — em Nova York — e na Seção para as Relações com os Estados da Secretaria de Estado do Vaticano. Fala inglês, francês, italiano e espanhol.

Substitui no cargo diplomático o arcebispo Fernando Filoni, nomeado pelo Papa núncio apostólico nas Filipinas.

Dom Chullikatt foi consagrado bispo no domingo passado (recebendo a sede titular italiana de Ostra e a dignidade de arcebispo) das mãos do arcebispo Giovanni Lajolo — secretário da Santa Sé para as Relações com os Estados –, confirma o serviço informativo do episcopado indiano (ICNS).

A celebração solene aconteceu em Kochi (arquidiocese de Verapoly, estado indiano de Kerala). Estiveram presentes o núncio apostólico na Índia — o arcebispo Pedro López Quintana — e o arcebispo local Daniel Acharuparambil, entre outros prelados.

Após sua consagração episcopal, Dom Chullikatt insistiu em que sua missão será promover a paz no Iraque. «Estou feliz de ir para o convulsionado país. Estou seguro de que me dará uma oportunidade de servir à Igreja com vigor e valor», expressou.

Igualmente, afirmou o importante papel, no terreno dos direitos humanos e das atividades de ajuda, que está desempenhando, ainda que esteja em minoria, a Igreja católica no Iraque. Mostra disso — recordou — foi a permanência das Missionárias da Caridade — fundadas pela beata Teresa de Calcutá — no país durante a guerra.

Evidencia-se sentimento paterno com embriões «restantes», constata especialista

O doutor Carlo Bellieni se faz eco de uma pesquisa de «Le Nouvel Observateur»

MILÃO, terça-feira, 27 de junho de 2006 (ZENIT.org).- Os casais experimentam e estão demonstrando sentimentos de paternidade diante dos «embriões restantes» de processos de fecundação artificial, alerta um neonatologista italiano.

Sob o título «Uma massa de células com dois pais que devem pôr um X», o Dr. Carlo Bellieni se faz eco — no diário italiano «Il Foglio» (17 de junho de 2006) — de uma análise aparecida dois dias antes no semanário francês «Le Nouvel Observateur».

«Junto à [jornalista] Sophie des Deserts» se investigam os 130.000 embriões congelados [na França] e seus pais, aponta o neonatologista do Departamento de Terapia Intensiva Neonatal da Policlínica Universitária «Le Scotte» de Siena (Itália).

«Começa-se narrando a história dos cônjuges Aude e Thibault, que haviam pedido, sem êxito, limitar o número de embriões para seu congelamento, mas a quem se respondeu que com a taxa de fracasso da FIV [fecundação in vitro – ndr] isso não pode ser feito, e aceitaram afastar alguns», escreve o médico italiano.

Continua: «A psiquiatra Muriel Flis-Trèves explica que esses embriões a mais são para todos ?fonte de fantasmas conscientes ou inconscientes?».

«Mas se chega o drama quando os próprios pais são chamados a decidir se deixar destruir seus embriões, já inúteis porque com outros já se conseguiu a gravidez», adverte o Dr. Bellieni.

Tal é o caso de Agnès, que tem nove embriões congelados; recebe um questionário para decidir o que fazer: «Desejam continuar a crioconservação? Vocês ainda têm um projeto parental?».

Explica a jornalista: «enquanto se possa preencher o espaço com o sim, tudo vai bem, mas caso contrário, há um buraco negro. Alguns sabem que para eles a aventura terminou, mas continuam marcando o espaço com o sim mecanicamente. Outros não respondem […] talvez porque não sabem o que responder».

«Para alguns seria simples: é só uma massa de células… — ironiza o Dr. Bellieni, transcrevendo a seguir: ?mas eis aqui que o pequeno que brinca com o trenzinho era um embrião. Um felizardo. Ali ficam os irmãos e irmãs em potencial. Jogar no lixo estes embriões desejados e obtidos depois de tanto esforço??»

«Uma mulher de 41 anos — prossegue o médico italiano — chega com lágrimas ao hospital Beclère: tem embriões congelados; não tem filhos, o marido a deixou e sem seu consentimento não se pode fazer nada. Deve renunciar às suas ?crianças?. ?Queria dizer-lhes adeus, um pequeno funeral, algo…?. Em resumo: a velha questão ?alguém ou algo?? passou das análises dos jornais à experiência profunda dos pais».

«E dos médicos — adverte o neonatologista: a responsável da seção explica que ainda não começaram a destruir os embriões mais antigos porque entre os pais há quem pode mudar de idéia e comenta: ?É difícil… teoricamente estamos aqui para dar a vida?».

«Uma alternativa à destruição — continua o Dr. Bellieni, fazendo-se eco do semanário francês — seria a doação: a outras famílias estéreis ou à ciência. Alguns o aprovam. Outros o temem: ?Imaginem as minhas crianças como cobaias!?, indigna-se uma mãe de dois gêmeos.»

Aponta também que «o responsável pelo serviço diz que 10-15% dos pais estariam dispostos a doar os filhos à ciência… Mas quando se trata de passar aos fatos…».

E isso tampouco evita a dúvida e apreensão sobre a idoneidade da família que eventualmente os adotaria.

«Saltou o alarme no exterior — constata o médico italiano em seu artigo de ?Il Foglio?: os embriões são ?filhos?, talvez não serão crianças, mas têm pais. Será então possível dispor deles sem a permissão daqueles? E será de verdade indolor para os adultos ter permitido experimentos sobre o minúsculo fruto de seus gametas?»

«Habemus Papam»: Exposição em Roma sobre as eleições pontifícias

«Desde São Pedro até Bento XVI»

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 27 de junho de 2006 (ZENIT.org).- Em 21 de junho passado foi apresentada em pré-estréia, no Palácio Valentini em Roma, a exposição «Habemus Papam. As eleições pontifícias desde de São Pedro a Bento XVI», realizada pelos Museus Vaticanos e pelo Centro Europeu para o Turismo, com o apoio da Província de Roma e em colaboração com numerosas instituições vaticanas e italianas.

A mostra, que acontecerá nas salas do Apartamento de Representação do Palácio Apostólico de Latrão, de 7 de dezembro de 2006 a 9 de abril de 2007, pretende reconstruir, no transcurso dos séculos, os momentos e os acontecimentos mais significativos do complexo cerimonial que desde a morte do Papa leva à eleição do novo sucessor de São Pedro.

Já a partir da Idade Média, a Igreja havia elaborado um cerimonial próprio feito de gestos e ações rituais para acompanhar o trânsito do romano pontífice, cujas origens se encontram na antiga tradição romana, e que foi modificando-se até encontrar uma primeira completa codificação no Cerimonial de Pierre Ameil (1385-1390).

Em seu conjunto, a exposição ilustrará usos, práticas e modificações do Conclave, desde sua primeira instituição, que aconteceu em 1059 por obra de Nicolas III com o Decreto «In Nomine Domini», até sua recente atualização em 1996, com a Constituição apostólica «Universi Dominici Gregis», promulgada por João Paulo II.

A mostra exporá uma cuidada seleção de umas 140 obras de arte provenientes das mais importantes coleções vaticanas e romanas, subdivididas em quatro seções.

Entre as peças mais apreciadas e dos diversos documentos inéditos estão: a carta enviada pelos cardeais eleitores a Pietro de Morrone (logo eleito com o nome de Celestino V), em 1294, para induzi-lo a aceitar a nomeação ao cargo pontifício, prestada de modo completamente excepcional pelo Arquivo Secreto Vaticano; dois tapetes de manufatura Barberini que representam o Conclave de 1623, que levou à eleição de Urbano VIII (Maffeo Barberini, 1623-1644).

A exposição contará com obras de elevado valor histórico e artístico: alguns sarcófagos paleocristãos, ricos vestidos dourados da época romana, a urna relicário de Pascual I, proveniente do Sancta Sanctorum, e outros elementos que se remontam à época medieval.

Também enriquecerão a mostra numerosos retratos pintados dos pontífices, aos que se acrescentarão elementos de mobiliário como cadeiras gestatórias, tronos papais, as fichas de eleição e as bolsas das chaves do Oficial do Conclave, a mais antiga e importante dignidade leiga pontifícia, abolida por Paulo VI em 1963.

Além das relíquias do passado, a mostra proporá também algumas filmagens de época e raríssimas fotografias da Capela Sistina, material proveniente do Palácio Chigi de Ariccia, do Instituto Luce (de cinema) e dos arquivos da RAI (televisão pública italiana).

Na apresentação em pré-estréia, intervirão entre outros o cardeal Francesco Marchisano, arcipreste da Patriarcal Basílica de São Pedro, o arcebispo Francesco Monterisi, secretário da Congregação dos Bispos do Colégio dos Cardeais, o presidente da Província de Roma, Enrico Gasbarra, e o diretor dos Museus Vaticanos, Francesco Buranelli.

Ao tomar a palavra, o cardeal Francesco Marchisano disse: «Se esta exposição conseguir fazer compreender em que consiste verdadeiramente a vida de um pontífice, uma vida totalmente a favor dos demais, porá de manifesto não só o passado, mas também o presente do Pontificado».

O arcebispo Monterisi sublinhou a dimensão espiritual que envolve a toda a cerimônia da eleição: «Quem assistir à mostra poderá perceber a diferença do Conclave com relação a qualquer eleição civil. O clima que se respira é o de uma constante imersão no sagrado e na oração».

«A eleição do Papa é, com efeito, um rito sacro. Apesar da clausura, cada cardeal eleitor sente próxima a oração e a espera dos católicos do mundo inteiro. Não é um ato isolado do povo de Deus. Em certo sentido, é uma ação de toda a Igreja», afirmou o secretário do Colégio dos Cardeais.

Oito chaves de leitura da obra teológica de Joseph Ratzinger

Bruno Forte no I Curso de Especialização em Informação Religiosa

ROMA, domingo, 25 de junho de 2006 (ZENIT.org).- No encerramento do primeiro Curso de Especialização em Informação Religiosa, organizado pela Universidade Pontifícia da Santa Cruz de Roma, Dom Bruno Forte, arcebispo de Chieti-Vasto, apresentou oito chaves de leitura da obra teológica de Joseph Ratzinger.

O prelado, que é também membro da Comissão Pontifícia Internacional, começou sua palestra, em 17 de junho, apresentado como primeira chave uma análise do contexto histórico e cultural no qual a obra teológica de quem hoje é Bento XVI amadureceu.

Depois de 1968, quando estourou o «tempo da utopia», que apresentava a visão de um Deus essencialmente «inútil» («Deus otiosus»), amadureceu em Ratzinger a convicção antiideológica que caracterizou sua obra.

Por outro lado, depois de 1989, quando prevaleceram o «tempo do desencanto» e a idéia da «morte» de Deus («Deus mortuus»), o desafio ratzingeriano converteu-se em «propor horizontes de sentido, de alegria e de esperança».

Nesse período, afirmou Dom Bruno Forte, Joseph Ratzinger elaborou o conceito de «Deus caritas», que mostra que o tema de sua primeira encíclica foi, portanto, «longamente amadurecido».

A segunda chave é a tarefa que Joseph Ratzinger assumiu com sua teologia: «dar testemunho com o serviço da inteligência à Palavra entre as palavras dos homens», ou seja, «uma diaconia [serviço, ndr.] à verdade na casa da verdade», ou seja a Igreja.

De fato, «Deus não é encontrado na solidão», mas em uma «comunidade que faz memória e narração, que ao mesmo tempo é a comunidade intérprete da verdade que nos foi transmitida».

A terceira chave é o significado de crer. Dom Forte, citando as palavras do próprio Ratzinger, em «Introdução ao Cristianismo», observou que crer «significa dar o próprio assentimento a esse sentido que não somos capazes de construir por nós mesmos, mas só de receber como um dom, de maneira que nos basta acolhê-lo e abandonar-nos a ele».

O Deus em que se crê, acrescentou o prelado ilustrando a quarta chave de leitura, pode ser somente um Deus pessoal, Deus Pai, que é revelado na história bíblica como Deus vivo, ou seja, Deus de Jesus Cristo. Não se pode amar um Deus desconhecido, mas só a um pessoal, que nos dirige a palavra e ao que ao mesmo tempo nós podemos dirigir-nos.

Nesse contexto, a relação entre homem e Deus deve caracterizar-se pelo passo do «dualismo» que contrapôs o humano e o divino, a fé e a razão, em muitas épocas do espírito moderno, ao «encontro», à correspondência.

Segundo a quinta chave do pensamento de Ratzinger, «o humano e o divino se encontram, mas não se confundem em Jesus Cristo», assinalou o prelado. Deus não é a resposta à expectativa do homem, mas é sempre superior, «é o além que nos alcança, nos perturba e nos inquieta».

A sexta chave, a visão do além (a escatologia), segundo Forte, é um «tema dominante no pensamento ratzingeriano» e afeta, em primeiro lugar, a identidade do cristianismo: «um prisioneiro do futuro de Deus», que deve medir suas decisões no horizonte do Deus infinito.

Nesse sentido, «o cristão vive em uma experiência antecipada e antecipadora das coisas últimas», pela fé e pelos sacramentos, mas é também «reserva crítica» porque às vezes o cristão vai contra a corrente.

A última chave ilustrada por Dom Forte é a imagem que resume esta obra teológica, Maria, síntese da eclesiologia: «ícone concreto e pessoal no qual se expressam as coordenadas do pensamento cristão».

Dom Forte concluiu sua intervenção sublinhando as diferenças entre João Paulo II e Bento XVI, duas personalidades emparelhadas pelo «enfoque espiritual». Se o Papa Karol Wojtyla era um antropólogo personalista, o Papa Joseph Ratzinger é um teólogo «quase catequista», portador da possibilidade do encontro de tradições e culturas diversas, explicou.

O I Curso de Especialização em Informação Religiosa aconteceu de 3 de março a 16 de junho. Durante ele, professores de várias universidades pontifícias e ateneus romanos se alternaram na exposição de temas relativos à informação religiosa, com o fim de oferecer algumas chaves de leitura para compreender melhor a Igreja Católica.

Papa apresenta Coração de Jesus como fonte inesgotável de misericórdia

Ao rezar a oração mariana do Ângelus

CIDADE DO VATICANO, domingo, 25 de junho de 2006 (ZENIT.org).- Bento XVI apresentou, neste domingo, a atualidade da devoção ao Sagrado Coração de Jesus, apresentando-a como resposta às «almas sedentas da misericórdia de Deus».

Ao encontrar-se, ao meio-dia, por ocasião da oração mariana do Ângelus, com cerca de 30 mil peregrinos, que desafiaram um tremendo calor na praça de São Pedro do Vaticano, o pontífice comentou o significado dessa solenidade litúrgica que a Igreja celebrou na sexta-feira passada.

Esta celebração, segundo o próprio Papa reconheceu, falando desde a janela de seu escritório, «une acertadamente a devoção popular com a profundidade teológica».

«Era uma tradição, e em alguns países continua sendo, a consagração ao Sagrado Coração das famílias, que tinham uma imagem sua em sua casa», constatou o Santo Padre, falando desde a janela de seu apartamento.

Para entender esta devoção, esclareceu, é necessário remontar-se ao «mistério da Encarnação»: «através do Coração de Jesus se manifestou de maneira sublime o Amor de Deus para a humanidade».

«Por este motivo — assinalou –, o autêntico culto ao Sagrado Coração mantém toda sua validez e atrai especialmente as almas sedentas da misericórdia de Deus, que nele encontram a fonte inesgotável, da qual podem tirar a água da Vida, capaz de regar os desertos da alma e de fazer que volte a florescer a esperança.»

Este ano, celebraram-se 50 anos da encíclica «Haurietis aquas», com a qual Pio XII deu um forte impulso ao culto do Sagrado Coração.

Por esta ocasião, Bento XVI escreveu uma carta ao Pe. Peter-Hans Kolvenbach, prepósito geral da Companhia de Jesus, na qual constata que a adoração ao amor de Deus, manifestado no «coração transpassado» na Cruz, é «imprescindível» para a vida espiritual de todo cristão.

A solenidade do Sagrado Coração de Jesus foi também a Jornada Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes.

O bispo de Roma aproveitou a oportunidade para convidar todos os fiéis «a rezarem sempre pelos sacerdotes, para que possam ser testemunhas do amor de Cristo».

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