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Questionando os Protestantes – I

De fato, Paulo escreveu o que é a Igreja: “Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade” (1Tim 3,15).

Os cristãos de nossos dias supõem erroneamente que os primitivos cristãos viviam tempos tranqüilos e liam seu Novo Testamento exatamente como os bons e atuais protestantes fazem. O fato é que os livros do Novo Testamento ainda não tinham sido escritos pelo menos até duas décadas após a formação da Igreja, cerca do ano 30. Os livros finais do Novo Testamento não foram escritos senão perto do fim do século I, de conformidade com muitos estudiosos. Já que os cristãos primitivos não tinham o Novo Testamento, a Igreja primitiva era doutrinada pelos Apóstolos e por aqueles que tinham recebido a autoridade dos Apóstolos.

“Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações” (At 2,42).

Na noite em que foi traído, Jesus prometeu à Igreja e aos apóstolos que os ensinaria toda a verdade:

“Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, …” (Jo 16,13).

No Protestantismo moderno mais de 20.000 denominações ensinando diferentes “verdades”. A natureza contraditória dessas “verdades” nos dirá que nenhuma dessas “verdades” pode ser considerada verdadeira. Ainda mais quando São Paulo nos diz claramente: “…porquanto Deus não é Deus de confusão, mas de paz” (1Cor 14,33).

Desde que Jesus disse que guiaria a Igreja na Verdade, se acreditarmos que Jesus estava falando a verdade, então temos de crer que há no mínimo uma Igreja que se congregou desde Pentecostes e que ensinou a Verdade. Essa Igreja existia, uma vez que Jesus falou: “E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.” (Mat 16,18).

Nenhuma igreja protestante tem o direito de reclamar que sua existência foi anterior ao século XVI. Os dois únicos grupos da Cristandade que podem traçar uma sucessão apostólica, através dos bispos, dos apóstolos até o presente, são as Igrejas Ortodoxas Orientais e a Igreja Católica Romana. A Igreja de Roma foi fundada pelo apóstolo Paulo e recebeu o apostolado final do Apóstolo Pedro. A Igreja Católica Romana reivindica ser aquela igreja que é “a coluna e fundamento da Verdade”. Um investigador da Verdade poderia no mínimo considerar se o ensinamento da Igreja Católica sobre o batismo, a Ceia do Senhor e o arrependimento, se estas simples matérias são bíblicas.

Onde você aprendeu que apenas a Bíblia era a coluna e o fundamento da Verdade? Sua igreja tem apenas 150 anos? Você pode traçar uma linha ligando sua igreja até aos apóstolos?

Fonte: Site “Glory to Jesus Christ!”. Tradução: José Fernandes Vidal.

Jesus foi solteiro, casado ou viúvo?

02 de abril de 2006
Juan Chapa

Os dados evangélicos dizem-nos que Jesus desempenhou seu oficio de artesão em Nazaré (Mc 6,3) e, quando tinha aproximadamente trinta anos, iniciou seu ministério público (Lc 3,23). Durante o tempo em que o exerceu, há algumas mulheres que Lhe seguem (Lc 8,2-3) e outras com quem cultiva amizade (Lc 10, 38-42). Ainda que em nenhum momento nos seja dito que fosse um homem celibatário, casado ou viúvo, os evangelhos trazem referências à sua família, à sua mãe, a seus ?irmãos e irmãs?, mas nunca à sua ?mulher?. Esse silêncio é eloqüente.

Jesus era conhecido como o ?filho de José? (Lc 3,23; 4,22; Jo 2,45; 6,42) e, quando os habitantes de Nazaré se surpreendem pelos seus ensinamentos, exclamam: ?Não é este o artesão, o filho de Maria, o irmão de Tiago e de José, de Judas e de Simão? Suas irmãs não vivem entre nós?? (Mc 6,3). Em nenhum lugar se faz referência a que Jesus tivesse ou tivera uma mulher.

A tradição jamais falou de um possível casamento de Jesus. Não porque considerasse que a realidade do casamento denegrisse a figura de Jesus (Ele mesmo restituiu a dignidade original do casamento, Mt 19, 1-12) ou por vê-lo incompatível com a fé na divindade de Cristo, mas simplesmente porque se ateve à realidade histórica. Se houvesse querido silenciar aspectos que podiam ser comprometedores para a fé da Igreja, porque transmitiu o batismo de Jesus pelas mãos de João Batista, que administrava o batismo para a remissão dos pecados? Se a Igreja primitiva quisesse silenciar o casamento de Jesus, porque não silenciou a presença de mulheres concretas entre as pessoas que se relacionavam com ele?

Apesar disto, difundem-se argumentos que sustentam que Jesus esteve casado. Fundamentalmente aduz-se a favor do casamento de Jesus a prática e doutrina comum dos rabinos do século I de nossa era (para o suposto casamento de Jesus com Maria Madalena, ver Que relação teve Jesus com Maria Madalena?). Como Jesus foi um rabino e o celibato era inconcebível entre os rabinos da época, teve que estar casado (ainda que houvesse exceções, como o Rabi Simeão ben Azzai, o qual, ao ser acusado de permanecer solteiro, dizia: ?Minha alma está apaixonada pela Torá. Outros podem levar adiante o mundo?, Talmude da Babilônia, b. Yeb. 63b). Assim, pois, afirmam alguns, Jesus, como qualquer judeu piedoso, teria se casado aos vinte anos e depois abandonado mulher e filhos para desempenhar sua missão.

A resposta a essa objeção é dupla:

1) Existem dados que indicam que no judaísmo do século primeiro se vivia o celibato. Flávio Josefo (Guerra Judia 2.8.2. & 120-21; Antiguidades judaicas 18.1 & 18-20), Fílon, (numa passagem conservada por Eusébio, Prep. Evang. 8, 11.14) e Plínio, o Velho, (História Natural 5.73, 1-3) nos informam que havia essênios que viviam o celibato e sabemos que alguns de Qumrán eram célibes. Também Fílon (De vita contemplativa) assinala que os ?terapeutas?, um grupo de ascetas do Egito, viviam o celibato. Além disso, na tradição de Israel, alguns personagens famosos como Jeremias, foram célibes. O próprio Moisés, segundo a tradição rabínica, viveu a abstinência sexual para manter estreita relação com Deus. João Batista também não se casou. Portanto, ainda que o celibato fosse algo pouco comum, não era inaudito.

2) Ainda que ninguém tivesse vivido o celibato, não teríamos que assumir por isso que Jesus estivera casado. Os dados, como já se disse, mostram que quis permanecer célibe e são muitas as razões que tornam essa opção plausível e conveniente, precisamente porque ser celibatário sublinha a singularidade de Jesus em relação ao judaísmo de seu tempo e está mais de acordo com sua missão. O celibato de Cristo manifesta que, sem desvalorizar o casamento nem exigir o celibato a seus seguidores, o Reino de Deus (cf. Mt 19,12), buscado por amor a Deus (Ele mesmo encarna esse amor), está acima de todas as coisas.

BIBLIOGRAFIA

GNILKA, J. Jesús von Nazareth. Botschaft und Geschichte, Herder, Freiburg 1990 (edição em espanhol: Jesús de Nazaret, Herder, Barcelona 1993).
PUIG I TÀRRECH, Armand. Jesús, un perfil biogràfic, Proa, Barcelona 2004 (edição em espanhol: Jesús. Una biografía, Destino, Barcelona 2005).

Fonte: www.opusdei.org.br

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