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Pró-vidas criticam a agressividade do Femen e assinalam falta de argumentos para defender o aborto

Ativistas do Femen invadem Plenário do Congresso da Espanha

Ativistas do Femen invadem Plenário do Congresso da Espanha. Foto: Europa Press

MADRI, 09 Out. 13 / 12:00 pm (ACI/Europa Press).- A Federação Espanhola de Associações Pró-vida (FEAP) e Direito a Viver (DAV) criticaram a “agressividade” e a “atitude antidemocrática” das jovens do grupo Femen que nesta terça-feira subiram seminuas à tribuna de convidados do Congresso dos deputados para interromper a intervenção do ministro da Justiça, Alberto Ruiz Gallardón, ao grito de “o aborto é sagrado”.

“É um fato lamentável e uma provocação que reflete bastante a maneira de atuar e os poucos argumentos que têm para defender algo quando não era o momento nem o tema”, conforme indicou a presidente da FEAP, Alicia Latorre, em declarações a Europa Press.

Por outra parte, as associações pediram que “trate-se o tema do aborto com a gravidade que merece” e que “não se desvie a atenção”. Neste sentido, criticaram que, com ações como esta, as feministas radicais tratam de “mascarar o problema e não enfrentá-lo”, conforme indicou Latorre.

A porta-voz do DAV, Gádor Joya, criticou que haja pessoas “capazes de ir contra a sua própria dignidade e a de todas as mulheres, convertendo seus corpos em uma espécie de mercadoria política, com a finalidade de defender o aborto”.

De fato, insistiu em que, ações como a do Femen, “põe em evidência a ausência de recursos científicos, intelectuais, sociais ou morais para defender o aborto”, por parte do grupo.

Além disso, reclamou “um feminismo que sim acredite na mulher e na sua dignidade, inclusive antes de nascer, e que rejeite a utilização ideológica de seu corpo”.

Por outro lado, Latorre criticou a aprovação de alguns deputados de Esquerda Unida que aplaudiram a atuação das feministas no Congresso e lamentou a “violência verbal e inclusive física” que, a seu ver, utilizam alguns grupos vinculados ideológica ou economicamente ao aborto.

Neste sentido, assinalou que a ação do Femen estava “muito bem pensada” e chamou a atenção sobre a ordem “o aborto é sagrado” que, em sua opinião, é uma provocação, ao inverter a ordem da Conferência Episcopal Espanhola de que “a vida é sagrada”.

O neopaganismo e os animais de estimação

Criança é proibida de brincar em parque por “perturbar” o cachorro de uma senhora

O neopaganismo e os animais de estimação

O escritor inglês G.K. Chesterton costumava dizer que “quando os homens deixam de acreditar em Deus, não significa que eles passam a acreditar em nada; eles passam a acreditar em qualquer coisa”. Uma notícia absurda sobre a cidade italiana de Veneza confirma o pensamento do escritor. Segundo os jornais locais, crianças de 2 à 8 anos teriam sido proibidas de brincar num parque da região de Villa Groggia, após uma madame ter reclamado às autoridades que o seu cão estava sendo perturbado.

O caso, apesar da singularidade, demonstra a situação grave na qual se encontra não somente a Europa, mas praticamente todo o Ocidente. Enquanto o número de animais domésticos cresce, a curva da taxa de natalidade cai vertiginosamente. Neste quadro de ofuscamento da razão e do bom senso se insere o episódio de Veneza que, mesmo sendo excepcional, pode vir a se tornar rotina futuramente: se animais têm os mesmos direitos que o ser humano é lógico supor que em breve poderá se verificar situações em que as exigências de um entrarão em conflito com as necessidades do outro.

Já o então Cardeal Jorge Bergoglio denunciava essa forma de pensamento. Para o futuro Papa Francisco, estava claro que se tratava de um neopaganismo. Em uma entrevista ao canal americano EWTN, o Santo Padre citava uma pesquisa a respeito de gastos supérfluos da sociedade e, em primeiro lugar, estava nada menos que o gasto com “mascotes”. Segundo Francisco, esse tipo de comportamento, que se baseia na compra de afeto, é uma idolatria e caricatura do amor.

O Catecismo da Igreja Católica ensina que os animais e os recursos da criação estão naturalmente ordenados para o bem comum da humanidade. Apesar de lembrar ser “contrário à dignidade humana fazer os animais sofrerem inutilmente e desperdiçar suas vidas”, o Catecismo também alerta para o perigo de se “gastar com eles o que deveria prioritariamente aliviar a miséria dos homens”. Segundo a doutrina católica, “pode-se amar os animais, porém não se deve orientar para eles o afeto devido exclusivamente às pessoas”, (Cf. CIC. 2418).

Quando a capa de uma revista de grande circulação nacional diz que as mulheres alegremente não almejam mais a maternidade é sinal de que algo muito ruim se passa na cultura do país. Ao mesmo tempo em que se tramitam leis ambientalistas no Congresso, como por exemplo, as que punem por crime inafiançável a quem quebrar um ovo de tartaruga, professores, jornalistas e artistas advogam o aborto por considerar o nascituro apenas um “amontoado de células”. Esta é a consequência de se construir um mundo sem Deus: ele sempre acaba se voltando contra o homem.

Informações: Corrispondenza Romana / Adaptação: Equipe Christo Nihil Praeponere

650 mil pessoas marcharam pela vida e contra o aborto nos EUA

WASHINGTON DC, 27 Jan. 13 / 04:01 pm (ACI/EWTN Noticias).- Cerca de 650 mil pessoas se congregaram nesta sexta-feira, 25, em Washington D.C.  na “Marcha pela Vida”, protestando contra a legalização do aborto nos Estados Unidos sob o lema “40 Anos = 55 milhões de bebês mortos como produto do aborto”.

A marcha realizou-se no marco do 40º aniversário de “Roe vs. Wade”, a decisão de 1973 com a que a Corte Suprema dos Estados Unidos legalizou oaborto em todo o país.

Centenas de milhares de participantes, em sua maioria jovens, enfrentaram as baixas temperaturas e neve, para comparecer à Marcha pela Vida deste 25 de janeiro.

Os milhares de jovens participantes na marcha deste ano expressaram seu entusiasmo e esperança, enquanto defendiam a dignidade de toda vida humana, desde sua concepção até a morte natural.

Em declarações ao grupo ACI, Tony Visintainer, um seminarista de 23 anos, assegurou que a marcha deste ano teve “muita energia”.

“Não sei se for pelo 40º aniversário”, assinalou, “mas há uma diferença na atmosfera”.

Visintainer indicou que a multidão estava cantando e dançando nas ruas da capital dos Estados Unidos.

Os manifestantes escutaram os oradores em um ato prévio no National Mall, antes de caminhar rumo à Corte Suprema. Muitos levavam cartazes expressando seu apoio à vida, e rezavam em silêncio.

Christy Guillory, estudante na escola secundária St. Emory, do estado de Louisiana, estava “muito emocionada” por estar na marcha pela primeira vez, apesar do clima frio.

“A neve é algo novo para mim”, disse, acrescentando que a experiência de estar lá, junto à grande multidão pró-vida era “muito para assimilar”.

Guillory disse que assistiu à marcha este ano para “dar testemunho” das vidas dos não nascidos, ecoando os sentimentos de muitos outros participantes.

Derek Smith chegou de Chillicothe, no estado de Ohio, com membros da sua paróquia para participar da marcha e dar testemunho. Ele explicou que se converteu à Igreja Católica logo depois de sua primeira participação na Marcha pela Vida, quatro anos atrás.

“Realmente, isto é o que me fez me decidir ser católico”, disse Smith, indicando que uma coisa que mudou sua forma de pensar sobre a Igreja foi “o poder atrás da marcha, tanto em orações como na dedicação das pessoas que participam.

Algumas mulheres e homens que compareceram à marcha falaram sobre a experiência de dor que o aborto deixou em seus corações e em suas mentes.
Josephine Todd, de 59 anos, teve um aborto em 1980, antes de converter-se em pró-vida.

Ela assinalou que veio à Marcha pela Vida para “dar meu coração” e defender o que é correto, mostrando “o que nunca devi ter feito”, e alentando outros a não cometerem seu erro.

A assistência entre os estudantes universitários também foi alta, com muitas universidades mandando números altos de estudantes à capital dos Estados Unidos para participar da marcha.

Grupos pró-vida de várias universidades da Ivy League, entre as que se encontram as de Harvard, Yale e Princeton, reuniram-se para uma foto grupal antes de começar e emprestaram seu apoio à marcha.

Caroline Bazinet, uma estudante da Universidade de Princeton, indicou as similitudes entre os movimentos pelos direitos civis e os movimentos pró-vida.

Bazinet explicou que é importante ajudar as pessoas manifestando-se pelos membros perdidos de sua geração, para que percebam que a vida de milhões de crianças foram perdidas.

Por sua parte, Chrissy Rodriguez, estudante de 20 anos da Universidade de Harvard, disse que confia na habilidade do movimento pró-vida para mudar as coisas.

“Sou apenas uma pessoa”, disse, “mas sou uma pessoa que pode gritar ao mundo: É nisto que acredito!”.

EE.UU: Marcha pró-vida no dia 25 de janeiro reunirá mais de cem mil pessoas para pedir o fim do aborto

WASHINGTON DC, 22 Jan. 13 / 09:54 am (ACI/EWTN Noticias).- Na próxima sexta-feira 25 de janeiro, a capital do Estados Unidos,  Washington D.C., será novamente o cenário onde centenas de milhares de pessoas, em sua maioria jovens, se reunirão para participar da anual “Marcha pela Vida” e exigir a abolição do aborto.

Este ano recorda-se o 40ª aniversário da sentença Roe Vs Wade que permitiu a legalização do aborto nos Estados Unidos. Neste contexto, a nova presidenta da “Marcha pela Vida” Jeanne Monahan, disse ao grupo ACI que a manifestação está marcada por muitas mudanças dirigidas especialmente aos jovens e a renovação cultural.

“Estamos tentando fazer um bom trabalho de conscientização de que perdemos 55 milhões de vidas nas últimas quatro décadas, mas ao mesmo tempo, capturando o entusiasmo das pessoas e dos jovens na marcha “, indicou.

A concentração será ao meio dia no Mall Nacional e às 13:30h a Marcha percorrerá a Avenida da Constituição para o edifício da Corte Suprema no Capitol Hill.

A marcha durará apenas uma hora à diferença de outros anos e contará com alguns apresentadores “que conhecem realmente a situação” e os discursos “serão todos vanguardistas no tema pró-vida”, assinalou a organizadora.

Monahan estimou que ao redor de 80 por cento dos participantes desta marcha serão jovens, o que representa um indicador esperançoso já que eles são o futuro para o movimento pró-vida e isto causaria grande impacto sobre a cultura.

As previsões dos meios de comunicação indicam que a “Marcha pela Vida” poderia superar em número de participantes da toma de posse presidencial de 21 de janeiro.

Monahan confirmou ao grupo ACI que “vemos todo tipo de sinais de maior entusiasmo e emoção. Há todo tipo de indicadores que apontam à participação de uma grande multidão. A marcha tem um impacto enorme, mas ainda não podemos medir a magnitude”.

Ela explicou que este impacto não será visto apenas no Congresso, mas “também na mensagem que a marcha envia ao mundo e a Washington D.C: Somos pró-vida, respeitamos a vida e queremos protegê-la”.

Monahan assinalou que a luta pela vida “é realmente uma batalha espiritual. Esta marcha tem um enorme impacto salvando vidas”.

No primeiro aniversário da legalização do aborto nos Estados Unidos, a líder pró-vida Nellie Gray decidiu iniciar na capital do país a “Marcha pela Vida” para protestar contra a lei abortista e em defesa da dignidade do ser humano a partir da concepção.

Gray faleceu à idade de 86 anos em 13 de agosto de 2012. Monahan recordou Nellie Gray e disse que “uma coisa que eu admirava muito e aprendi com ela é como ela rezava pelas pessoas e tinha um coração misericordioso para aqueles que participam da indústria do aborto”.

O Papa terá conta pessoal de Twitter

Vaticano, 10 Nov. 12 / 02:40 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Bento XVI terá uma conta pessoal de Twitter, provavelmente a partir do final deste ano, informou ao grupo ACI o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi.

Em declarações à ACI no dia 9 de novembro, o Padre Lombardi assinalou que “estivemos falando há pouco tempo de ter (uma conta de) Twitter em representação do Papa”. “O projeto segue sendo estudado e toda a informação relevante, incluindo sua gestão, ainda não se sabe agora”, acrescentou.

O sacerdote indicou ademais que é possível que a referida conta de Twitter seja aberta “no final do ano, mas sempre recomendo esperar o anúncio oficial antes de dar indicações sobre o momento preciso”.

Embora na conta o Papa não escreverá pessoalmente as mensagens, estas contarão com sua aprovação.

Os tweets estarão em cinco ou seis idiomas. Acredita-se ainda que algumas das mensagens estarão escritas em latim, o idioma oficial da Igreja Católica.

Este anúncio foi feito poucos dias da conclusão do Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização realizado em Roma, no qual o padres sinodais falaram também a respeito da importância das redes sociais e os meios, lugares virtuais “onde com freqüência se forma consciências, onde as pessoas passam seu tempo e vivem suas vidas. É uma nova oportunidade para tocar o coração humano”.

O Santo Padre já usou Twitter antes, quando inaugurou o novo site de notícias do Vaticano. Naquela oportunidade escreveu: “Queridos amigos, acabo de lançar news.va. Louvado seja Jesus Cristo! Com minha oração e bênção, Benedictus XVI”.

Sobre a conta do Papa, um funcionário do Vaticano disse ao site Newsmax que “os tweets serão pouco freqüentes e seu conteúdo provavelmente não será muito diferente dos textos do Papa e em muitas ocasiões estarão dirigidos às coisas que ele (Bento XVI) fala”.

As incoerências religiosas

Fonte: Encontro com o Bispo

Na parábola dos dois filhos, escutada na proclamação do Evangelho de hoje, somos confrontados com posições muito reais que devemos encarar de frente, pois podemos descobrir nesta parábola nossas próprias incoerências.

Descobrimos três pessoas: um pai e dois filhos. Naturalmente identificamos o pai com Deus; o primeiro filho com Israel, o povo eleito; o segundo com os gentios, os não pertencentes ao povo israelita, mas que se converteram e foram os primeiros a labutar na «vinha».

Na parábola, o pai indica aos filhos que se dediquem ao trabalho da vinha. O primeiro diz que irá trabalhar,mas não vai. O segundo diz que não irá trabalhar, mas depois, vai. E jesus termina perguntando qual dos dois cumpriu a vontade do pai…

A parábola inicialmente pode parecer-nos perturbadora. Todavia, Jesus vem avaliar a nossa franqueza e a nossa lealdade. Ainda hoje Deus continua a ter dois filhos: na Igreja, nas nossas comunidades cristãs, no mundo… subsistem sempre os dois filhos. Uns solicitam o Batismo, dizem «sim», mas, logo, na vida real, o seu «sim» é mudado em muitos «nãos». Porém, existem muitas pessoas que nunca aceitaram claramente a Deus, mas na sua experiência diária amam o irmão, dedicam-se aos outros, praticam desprendidamente a caridade, tem até mesmo em suas vidas u sentido de Deus.

Sob uma fictícia teimosia, pode existir um verdadeiro amor que no instante próprio se exterioriza francamente. No oposto, certas formas de obediência podem constituir apenas desinteresse, por falta de amor autêntico. É o fato das pessoas que pronunciam sempre «sim», porque não são capazes de dizer «não»: verdadeiramente nunca passam das palavras às obras, não sentem necessidade de conversão.

Jesus, como desfecho da parábola, pôs em confrontação a disposição dos filhos do Povo Eleito com a dos pagãos. De igual modo, o profeta Ezequiel – como escutamos na primeira leitura – comparou o modo de julgar do povo israelita com a maneira como Deus procede. Pelo brado do profeta, Deus pretende repreender os esquemas simplistas com que, às vezes, classificamos sem recurso as pessoas, ou as fazemos joguetes das desgraças. Para Deus todo o homem, mesmo grande pecador, tem capacidade de se converter, como também aquele que se acha bom e justo, pode cair. O Senhor conhece-nos bem e espera que empreguemos conscientemente a nossa autonomia.

As palavras do profeta, confirmadas pelas sentenças de Jesus no final da parábola, são palavras fortes, que encerram uma denúncia sempre atual. Devemos pensar séria e autenticamente sobre elas, para ver qual é a nossa forma de agir: se copiamos os que se pensam bons e não fazem nenhuma tentativa por se converterem, ou se respeitosamente nos identificamos pecadores e com mansidão nos convertemos ao Senhor, consoante o apelo de S. Paulo.

A segunda leitura vem fortalecer as duas leituras antecedentes. A comunidade de Filipos era admirável e São Paulo vangloriava-se dela. Mas lá, como também acontece nas nossas melhores comunidades, havia a dificuldade da inveja entre cristãos. Existia quem desejasse distinguir-se, pretendendo ter o encargo de alguma função a seus olhos relevante (a proclamação da Palavra durante as celebrações litúrgicas, a administração dos bens da comunidade, a organização da vida comunitária, a responsabilidade pelos cânticos…). É verdade que aspiravam a tais incumbências para ajudar os irmãos, mas também para afirmação própria, para mandar, para se exibirem. Ou seja, havia algo de podre por baixo da intenção de servir.

São Paulo, que sempre guardara muito afeto pelos Filipenses, pede-lhes que lhe dêem a imensa alegria de conviverem sem interesse, sem espírito de preponderância, mas unidos em efetiva caridade, não pretendendo o próprio proveito, mas o dos outros. O Apóstolo não se apraz em aconselhar: indica o modelo, Jesus Cristo, e pede que nas relações recíprocas procurem retratar a sensibilidade e as maneiras de agir de Jesus.

Tomara que com a reflexão destes textos, escritos há mais de dois mil anos, mas atuais, consigamos corrigir alguma postura menos correta que em nós ainda persista, a fim de sermos verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, presente através de cada um de nós, no mundo de hoje.

O mal se origina no uso errôneo da liberdade do homem, explica Bento XVI

VATICANO, 09 Dez. 09 / 01:29 pm (ACI).- Em sua habitual catequese da Audiência Geral desta quarta-feira celebrada na Sala Paulo VI, o Papa Bento XVI falou de outro monge do século XI, Ruperto de Deutz, que ensinou em seu tempo algumas coisas válidas para a atualidade: o mal tem sua origem no mal uso a liberdade humana, com o qual defendeu assim a absoluta bondade de Deus.

O Santo Padre explicou que desde jovem, Ruperto manifestou seu amor pela vida monástica e sua adesão total à Sede do Pedro. Foi nomeado abade de Deutz em 1120 e morreu em 1129. “Ensina-nos que quando surgem controvérsias na Igreja, a referência ao ministério petrino garante fidelidade à sã doutrina e outorga serenidade e liberdade interior”, disse o Papa.

Recordando as numerosas obras de Ruperto, “que ainda hoje suscitam um enorme interesse”, Bento XVI sublinhou que “interveio com determinação” em algumas discussões teológicas, como por exemplo na “defesa da presença real de Cristo na Eucaristia“.

Neste contexto, o Papa alertou sobre o perigo “de reduzir o realismo eucarístico, considerando-o apenas um rito de comunhão, de socialização, que leva a que esqueçamos muito facilmente que Cristo ressuscitado, com seu corpo ressuscitado, está presente realmente, e se entrega em nossas mãos para nos incorporarmos a seu corpo imortal e nos guiar à vida nova é um mistério que se deve adorar e amar sempre de novo!”, exclamou.

O Santo Padre se referiu logo a outra controvérsia em que interveio o abade do Deutz: “o problema da conciliação da bondade e da onipotência de Deus com a existência do mal. O abade parte da bondade de Deus, da verdade de que Deus é extremamente bom e não pode a mais que querer o bem. Individua a origem do mal no ser humano e no uso errôneo da liberdade”.

Ruperto, disse o Papa, “sustenta que a Encarnação, evento central de toda a história, estava prevista desde toda a eternidade, independentemente do pecado do homem, para que toda a criação pudesse elogiar a Deus Padre e amá-lo como uma única família congregada ao redor de Cristo”.

Bento XVI assinalou que Ruperto “é o primeiro escritor que identificou a esposa do Cântico dos Cânticos com Maria Santíssima. Assim, com seu comentário a este livro da Escritura se revela uma espécie de ‘summa’ mariológica, em que se apresentam os privilégios e as virtudes excelentes de Maria. Uniu sua doutrina mariológica à doutrina eclesiológica; viu em Maria Santíssima a parte mais Santa da Igreja inteira”, e isto teve seu eco no Concílio Vaticano II, com a proclamação solene de Maria como Mãe da Igreja.
Ruperto de Deutz, concluiu o Pontífice, “como todos os representantes da teologia monástica, soube conjugar o estudo racional dos mistérios da fé com a oração e a contemplação, considerada como a cúpula de todo conhecimento de Deus”.

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