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A pornografia deve ser vista como uma droga, assegura especialista

WASHINGTON DC, 28 Jul. 14 / 03:26 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em uma entrevista para a CNA -agência em inglês do Grupo ACI-, o Co-fundador e diretor executivo do Fight the New Drug (Luta contra a nova droga), Clay Olsen, assegura que é necessário continuar gerando consciência sobre os perigosos efeitos da pornografia.

“Queremos mudar a atitude e percepção dos jovens frente a este tema para assim poder ajudá-los a cuidar suas relações, a intimidade, o espírito e inspirar uma nova geração que busque o verdadeiro amor e evite a sua falsificação” assinalou Olsen sobre o Fight the New Drug, uma organização que luta contra o vício à pornografia entre os jovens.

“Quando se trata de drogas e outros tipos de vícios, temos material informativo e campanhas de sensibilização, mas quando se trata de pornografia nossa cultura atua como se não existisse” refletiu Olsen.

Uma recente pesquisa revelou que quase um de cada cinco usuários regulares de pornografia se sente controlado por seus desejos sexuais. Por outro lado, um estudo da Universidade de Cambridge mostrou que as pessoas viciadas na pornografia têm uma atividade cerebral parecida com a dos alcoólicos ou drogados.

“A pesquisa mais recente informou que a pornografia funciona como uma droga em relação à atividade cerebral”, explicou Olsen. Aprender mais sobre a natureza aditiva da pornografia levou à descoberta de que “o cérebro é capaz de curar-se e voltar para um estado saudável”.

Nesse sentido, assinalou que “nosso objetivo é ajudar que os jovens entendam não só que a pornografia causa graves danos em suas próprias vidas, mas também a considerem como uma injustiça social que devemos combater de maneira coletiva”.

Para isso, Fight the New Drug criou um programa online gratuito chamado Fortify para ajudar a combater o vício à pornografia juvenil. O programa entrega uma “estratégia de batalha” personalizada e um seguimento dos progressos, assim como respostas a perguntas e mensagens de ânimo.

“Trabalhamos por mais de três anos com uma equipe de terapeutas e psicólogos. Atualmente temos mais de cinco mil usuários que estão recebendo a ajuda necessária para recuperar-se”, assinalou Olsen.

Fight The New Drug  realizou conferências em mais de 300 assembleias de escolas públicas e privadas dos EUA e Canadá. As conferências entregam informação sobre as três áreas principais de impacto da pornografia: as pessoas, as relações e a sociedade, as quais Olsen descreve como “cérebro, coração e mundo”.

Olsen destacou o impacto nas relações humanas, pois foi descoberto “que os usuários regulares da pornografia costumam preferir a fantasia à realidade, assim como a televisão a um ser humano”.

Olsen assegurou que a correlação entre o tráfico sexual e a indústria pornográfica está crescendo cada vez mais. “Apesar de não ser algo que ocorra sempre, cada vez mais pessoas se veem obrigadas, foram drogadas, agredidas ou manipuladas para participar ativamente no tráfico”.

Diante da crua realidade da pornografia no mundo moderno, Olsen oferece uma mensagem de ânimo a quem enfrenta esta realidade. “O primeiro que diria aos jovens é que tenham a esperança de superar este vício; uma vidasem pornô é muito mais alegre e significativa. Estamos aqui para ajudar os nossos jovens a alcançar essa meta”.

Como se livrar do vício da pornografia?

Fonte: Padre Paulo Ricardo

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A pornografia está baseada em uma ilusão. Para vencê-la, é necessário rasgar a fantasia que a encobre e mostrar a realidade nua e crua.

Para isso, é de grande utilidade um texto contido nos famosos Fioretti de São Francisco de Assis. Conta-se que Francisco, estando entre pagãos muçulmanos,

“escolheu uma região e, quando chegou, entrou em um albergue para descansar. E aí havia uma mulher belíssima no corpo mas imunda na alma, e essa mulher maldita convidou São Francisco para o pecado. E São Francisco lhe disse: ‘Eu aceito, vamos para a cama’; e ela levava-o para o quarto. E São Francisco disse: ‘Vem comigo e te levarei a uma cama muito bonita’. E levou-a a um fogo muito grande que se fazia naquela casa. Com fervor de espírito despiu-se até ficar nu e se lançou ao lado do fogo, no espaço escaldante. E convidou-a a se despir e ir deitar com ele naquele leito macio e belo. E estando São Francisco aí por muito tempo e com o rosto alegre, sem se queimar e mesmo sem mesmo se chamuscar, a mulher, espantada por esse milagre e compungida em seu coração, não só se arrependeu do pecado e da má intenção, mas até se converteu perfeitamente à fé de Cristo, tornando-se tão santa que, por ela, muitas almas se salvaram naquelas regiões.” [1]

À parte a historicidade desse episódio, há uma lição muito importante por trás dela. A “alegria” que tanto a mulher da história de São Francisco quanto as pessoas que participam de uma produção pornográfica possuem, na verdade, não passa de aparência. O demônio, que é o “pai da mentira” [2], propõe, com a pornografia, uma felicidade enganosa. Como em uma pescaria, em que a isca parece saborosa, mas esconde um anzol pronto para fisgar o peixe, a pornografia parece atrativa, mas, dentro dela, há um “anzol” para ferir, matar a vida da alma e precipitá-la no fogo do inferno.

De fato, as pessoas que pecam na pornografia deveriam ser representadas em um leito em chamas. Porque, com aquele pecado, elas estão lançando no fogo do inferno a si mesmas e àqueles que lhe assistem.

Alguém pode objetar que Deus, por ser amor, não vai condenar ninguém ao inferno só por causa de uma relação sexual. Mas, é necessário lembrar que o contrário do amor não é necessariamente o ódio. Quando uma pessoa usa a si própria e a alguém para buscar um prazer, não está amando de verdade; está, ao contrário, profanando o seu corpo, que é “templo do Espírito Santo” [3].

É preciso que rezemos pelas pessoas que se entregam a esta vileza e maldade chamada pornografia. E, todas as vezes em que o demônio nos sugerir alguma imaginação pornográfica, é importante pensar nas chamas infernais nas quais se deitam aqueles que cometem esse tipo de pecado. Nesta situação, recorramos imediatamente ao anjo da guarda, a Nossa Senhora e a São José, para que não caiamos em tentação e precipitemos a nossa própria alma na perdição eterna.

Versão áudio

  1. I Fioretti di San Francesco, 24
  2. Jo 8, 44
  3. 1 Cor 6, 19

Você é curioso? Saiba o que diz São Tomás sobre o assunto

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Você é curioso? Saiba o que diz São Tomás sobre o assunto Hernán Cosp – 3º Teologia

São Tomás de Aquino, no seu tratado sobre a temperança[1], aborda um assunto ao mesmo tempo, tão interessante e agradável quanto atraente e fascinante: a curiositas. Analisemos o pensamento do doutor angélico a respeito de tal questão.

Em primeiro lugar, São Tomás distingue dois tipos de curiositas. Uma é aquela que diz respeito ao conhecimento intelectual e outra é aquela que toca no conhecimento sensitivo. O Aquinate, com a sua natural clareza e simplicidade, nos mostra que sendo o objeto a conhecer alheio às nossas necessidades espirituais e conveniências terrenas, pode facilmente ser nocivo à alma. Em outras palavras, o afã de conhecimento pelo mero prazer de dilatar nossa inteligência, pode levar à perversão do indivíduo, pois o aparta de seu fim último que é Deus Nosso Senhor.

Num segundo momento, o Teólogo indica os principais defeitos da curiositas, a saber:

1º) Quanto ao aspecto intelectual, é um vício o desejo de conhecer as coisas pelo mero prazer pessoal de autoprojeção ou, pior ainda, quando esse “conhecer” leva a pessoa a se considerar outro deus. Uma verdadeira abominação, contrária à reta razão. Nesse caso, o sujeito se esquece que a verdade capital é amar a Deus sobre todas as coisas e, mediante isso, salvar a própria alma. Resultado: há uma degringolada rápida e fatídica no abismo do intelectualismo, nascendo daí o ateísmo, ou seja, a negação da existência de Deus.

2º) Quanto aos sentidos, existe nos indivíduos uma natural tendência para querer conhecer as coisas que os rodeiam. Depois do pecado original, tais coisas podem facilmente converter-se em supérfluas ou até prejudiciais para a alma – por exemplo, um olhar indiferente que excita a concupiscência – nesse caso a curiosidade se transforma num vício, pois penetra no conhecimento para deturpá-lo. Cabe ressaltar que, muitas das vezes, as coisas criadas se apresentam de maneira apática e neutra, porém, no campo das tendências, podem exercer uma grande influência sobre os indivíduos, arrastando-os para o erro e a corrupção.

Resumindo, muitas vezes nos preocupamos com futilidades e tolices, colocando-as no centro de nossas vidas, em detrimento do próprio Deus que é nossa causa primeira e fim último. Dele viemos e para Ele iremos! De que adianta interessar-se pelas criaturas e esquecer-se do Criador?!

[1] Pensamento tomista sobre a temperança e a curiosidade tratado na Suma Teológica II-II questões 161 e 167.

Fonte: Revista Lumen Veritatis
Link: http://ittanoticias.arautos.org/?p=864

30 – A Resposta Católica: “Como se livrar do vício da masturbação?”

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