Tag: Sociais

Caritas in veritate constata hegemonia da Igreja sobre ideologias, diz Ministro italiano

ROMA, 22 Jul. 09 / 10:31 am (ACI).- O Ministro da Saúde, Trabalho e Políticas Sociais da Itália, Maurizio Sacconi, assinalou que a nova encíclica social do Papa Bento XVI, Caritas in veritate, constitui um ponto de referência muito importante ante a crise econômica atual e constata, ademais, “uma renovada hegemonia cultural da Igreja ante as ideologias exaustas”.

Em um artigo publicado no jornal oficioso do Vaticano, o L’Osservatore Romano, titulado “Crescimento econômico e justiça distributiva”, Sacconi assinala que a Caritas in veritate “volta a propor a um mundo desorientado a necessidade de partir novamente da pessoa em sua integridade, em suas exigências e em sua extraordinária potencialidade como em suas projeções relacionais, desde a comunidade familiar até a territorial”.

Para o Ministro, que participou do encontro “Além da ideologia da crise. O desenvolvimento, a ética e o mercado na ‘Caritas in veritate'”, organizado pela fundação “Magna Carta”; a encíclica “estabelece antes de mais nada um elo necessário entre o reconhecimento do valor da vida e o grau de vitalidade econômica e social em cada sociedade. Se prevalecer uma visão cética da vida se gera indevidamente uma menor propensão ao desenvolvimento, não só pelas conseqüências da baixa natalidade sobre o consumo e a capacidade produtiva; mas também pela incapacidade induzida pelo relativismo dos valores”.

Depois de precisar ademais que este documento de Bento XVI “recorda oportunamente que não tudo o que é cientificamente possível é, de maneira automática, eticamente aceitável”, Sacconi ressalta que, dado que o homem é o centro do desenvolvimento, “um mercado eficiente necessita de solidariedade e confiança mútua –ou coesão social– para funcionar”.

Em resumo, acrescenta, o mercado deve promover a “justiça distributiva para reproduzir em uma sorte de círculo virtuoso as razões do crescimento”. Este mercado, diz o Ministro, deve também exaltar a “liberdade responsável pelas pessoas físicas e jurídicas, a pluralidade das formas de empresa e o rol de subsidiariedade dos corpos intermédios”.

“A doutrina social da Igreja confirma assim a confiança na economia social de mercado que sabe dar valor às pessoas no trabalho, aprecia –diremos nós laicamente– o capital humano e de tal modo gera competitividade e inclusão social”, explica.

Finalmente, o Ministro italiano de Saúde, Trabalho e Políticas Sociais sublinha que a Caritas in veritate constata “uma renovada hegemonia cultural da Igreja sobre as ideologias exaustas que não souberam prever nem acautelar esta grande crise, e que tampouco parecem ser capazes agora de mostrar o caminho para sair dela”.

Igreja na época do Facebook: comunicar no virtual o substancial

Reflexão do Pe. Federico Lombardi

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 25 de maio de 2009 (ZENIT.org).- O atual desafio da Igreja na época do Facebook e do Twitter consiste em apresentar a profunda mensagem de Jesus sem deixar-se atrair pelos aspectos superficiais, considera o porta-voz da Santa Sé.

O Pe. Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, oferece esta reflexão no último editorial deOctava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, por ocasião da Jornada Mundial das Comunicações Sociais, celebrada neste domingo, que tem por tema, segundo dispôs o Papa em sua mensagem, “Novas tecnologias, novas relações. Promover uma cultura de respeito, de diálogo, de amizade”.

“Bento XVI – ou melhor B16, como costuma ser chamado neste mundo particular –dirige-se antes de tudo aos jovens, à denominada ‘geração digital’, animando-a no desafio de viver seu próprio crescimento e seu próprio compromisso humano e espiritual, também na dimensão comunicativa, caracterizada pelas novas tecnologias.”

Tal dimensão ocupa muito espaço na vida da “geração digital” (os que cresceram com os novos meios de comunicação), recorda o Pe. Lombardi, algo que implica a necessidade de acompanhar os jovens na inculturação do Evangelho no mundo das novas tecnologias.

“Também neste campo, a fé cristã deve ser ‘inculturada’, presente como anúncio e estilo de vida e de relações. Ainda que não seja fácil. O risco de limitar-se ao jogo, de perder tempo, de fugir da realidade e de ficar no superficial é grande.”

“Por sua parte, B16, quando fala aos jovens, por exemplo nas Jornadas Mundiais da Juventude, insiste em querer comunicar à juventude conteúdos firmes, consistentes e articulados, que requerem empenho para ser assimilados, ainda antes de ser traduzidos na vida de cada dia.”

Portanto, pergunta-se o Pe. Lombardi, “fazer passar o substancial por meio do virtual é um grande desafio. Nossos jovens conseguirão? Conseguiremos acompanhá-los nesta aventura? Verdadeiramente, esperamos que sim”.

“Mas não devemos ser vítimas da fascinação dos extraordinários êxitos tecnológicos, devemos continuar distinguindo possibilidades e limites – adverte. E prosseguir buscando, ao mesmo tempo, a profundidade do sólido terreno da relação vital com Deus e com os demais, para edificar verdadeiramente uma cultura de respeito, de diálogo e de amizade.”

Televisões católicas unem esforços

Entrevista com Leticia Soberón Mainero

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 5 de junho de 2006 (ZENIT.org).- Leticia Soberón, oficial do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, ilustra nesta entrevista concedida à agência Zenit algumas chaves para entender a televisão católica hoje, e avalia os resultados do primeiro Congresso de Televisões Católicas da América Latina (22-25 de maio).

Esta psicóloga, responsável pela Rede Informática da Igreja na América Latina (RIIAL) observa que a maioria de televisões católicas se inspira em uma espiritualidade radicada em Maria.

?Qual é a sua avaliação sobre o recente encontro latino-americano e qual será sua incidência no Primeiro Congresso Mundial de Televisões Católicas de Madri que acontecerá em outubro?

?Soberón: O Congresso de Medellín foi excelente por vários motivos: são cada vez mais as realidades televisivas (emissoras e produtoras) católicas na América Latina, e o Congresso teve muito boa resposta. Pudemos ver a multiplicidade de estilos e carismas, e a riqueza que isso implica para a comunicação católica.

A metodologia do Congresso, muito bem pensada pelo Departamento de Comunicação Social do Conselho Episcopal Latino-Americano (CELAM), favoreceu o mútuo conhecimento e o estabelecimento de dicas de colaboração muito positivas.

O CELAM também espera muito da televisão para a preparação da Quinta Conferência Geral do Episcopado latino-americano. Ficou clara a disposição desse meio para contribuir com este processo eclesial de reflexão e conversão. Tudo isso faz com que as iniciativas católicas de televisão na América Latina ofereçam uma importante contribuição para o Congresso de Madri.

Por outro lado, o convite do Conselho Pontifício das Comunidades Sociais para que os participantes contribuam generosamente com algumas de suas produções para o Banco de Programas que se apresentará em Madri, despertou grande interesse e espírito de cooperação. Estão já postas as bases para este projeto.

Foi comovente ver que estas instituições, mais ou menos novas, têm algo muito importante em comum: a maioria compartilha uma espiritualidade mariana. É Nossa Senhora a fonte de inspiração e ajuda à que todos disseram recorrer. Com motivos se disse que Ela é a «Estrela da Nova Evangelização».

?A América Latina outorga muita importância à televisão. Foram criadas formas de cooperação?

?Soberón: A importância das entidades televisivas católicas da América Latina e o papel do CELAM como impulsionador de colaboração e mútuo conhecimento, faziam sentir a necessidade deste Congresso que se celebrou em Medellín. Ajuda certamente a proximidade cultural e também agora o impulso do próximo Congresso de Madri. Percebe-se, também, que o lema da Quinta Conferência está tocando mais profundamente: «Discípulos e missionários de Cristo, para que nossos povos nEle tenham vida». Ser verdadeiro discípulo do Senhor implica muitas coisas, dentre elas está o suscitar espaços de comunhão.

Evidentemente, não estamos partindo do zero; é longa a trajetória percorrida no continente; desde há anos, o próprio CELAM e numerosas instituições, as organizações de comunicação e muitas pessoas se dedicaram com afinco a conseguir estes objetivos, mas creio que somos conscientes de que ainda há muito caminho por percorrer, e todos ansiamos por uma maior organização e estabilidade em tais esforços; mas aproveitemos esta ocasião para, sem temor e com valentia, recolher a colheita e continuar juntos ampliando o campo da semente.

O momento presente nos facilita, talvez mais que nunca, esta tarefa. Por um lado, os aspectos tecnológicos da comunicação convergem para a linguagem binária, e facilitam a compatibilidade entre diferentes suportes que antes não ?dialogavam? entre si. Isso reverteria, certamente, em uma baixa dos custos de produção e de transmissão rádio-televisiva.

?Qual é o desafio para as televisões católicas hoje?

?Soberón: O momento histórico atual nos interpela a, em palavras de João Paulo II, fazer presente o rosto de Cristo nesta «meiosfera» tão confusa. Isso supõe encontrar a raiz mais profunda da identidade católica que nos une, respeitando por sua vez a pluralidade de estilos, carismas culturas e sensibilidades que constituem a riqueza da Igreja. Buscaremos com criatividade esses objetivos, sabendo que a generosidade não é incompatível com o necessário financiamento de nossas produções, e é necessário continuar impulsionando um maior profissionalismo e formação no pessoal de nossas televisoras.

É muito importante a tarefa de «tecer redes» de colaboração que nos ajudam a dar testemunho de unidade e sintonia no momento histórico que nos corresponde viver, em uma sociedade marcada pela comunicação. O Santo Padre Bento XVI nos impulsiona a ser mensageiros de um Deus que é Amor na cultura de hoje. Confiamos, certamente, na ajuda do Senhor e de Nossa Senhora de Guadalupe, que nos acompanha sempre como pioneira de uma evangelização perfeitamente inculturada.

Rádio católica na internet inicia emissões este domingo

LISBOA, sexta-feira, 26 de maio de 2006 (ZENIT.org).- Este domingo, o dia em que Igreja celebra o Dia Mundial das Comunicações Sociais, começam as emissões regulares da Net Rádio Católica (NRC), uma rádio temática, com emissão exclusiva na internet e que irá emitir música e conteúdos católicos, religiosos e de inspiração cristã; informa a agência do episcopado de Portugal, Ecclesia.

Este projeto, nascido na diocese de Setúbal (Portugal), tem o aval do prelado da diocese e da Associação Kerigma, e é fruto de «vários meses de dedicação com alguns avanços e recuos», referem os responsáveis em um comunicado.

Segundo um responsável do projeto, Carlos Marques, «a internet é um meio que pode potenciar muito o anúncio do Evangelho», e a idéia da criação de uma Web rádio surgiu –disse à agência portuguesa– «na altura da divulgação do Multifestival David, quando dois elementos da organização foram à Rádio para serem entrevistados num programa de atualidade religiosa, e nesse programa, entre as músicas transmitidas, não havia nenhuma música católica, nem religiosa».

Daí, o projeto foi pensado, começou a ser definido e recentemente tiveram início as emissões experimentais, dando agora início às emissões regulares para todo o mundo.

Quanto ao futuro, a Net Rádio Católica pretende, para além da «divulgação da música católica», ter uma «produção diversificada com conteúdos», salientou Carlos Marques.

A transmissão de conteúdos em formato áudio, pela internet, não é uma idéia nova e, em Portugal, também na Igreja, já existem outros projetos do gênero, aos que os responsáveis pela NRC fazem questão de agradecer pelo incentivo manifestado.

Até ao momento, existem em Portugal, a Global NetPress, da Paróquia de Bombarral, o noticiário áudio da Agência Ecclesia, o podcast do Paroquias.org e a XTOfm, dos Açores.

Estes foram, «sem dúvida –refere o comunicado– um alento para não desanimarmos e mais um estímulo à perseverança na fé», pelo fato «destas pessoas terem dado também o seu primeiro passo na aventura de evangelizar também através da Internet».

Link: http://www.netradiocatolica.com/

Meios de comunicação também fazem parte da luta contra a fome, diz Papa

CIDADE DO VATICANO, domingo, 21 de maio de 2006 (ZENIT.org).- Na luta contra a praga da fome, os meios de comunicação também têm uma responsabilidade, advertiu neste domingo Bento XVI.

A uma semana da XL Jornada Mundial das Comunicações Sociais, a atenção do Papa ? antes de entoar a oração do «Regina Cæli» ? se dirigiu à praga da fome no mundo.

E é que neste domingo ? explicou ?, «com a iniciativa ?O mundo em marcha contra a fome? (Walk the World), sugerida pelo Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, procura-se sensibilizar os governos e a opinião pública sobre a necessidade de uma ação concreta e oportuna para garantir a todos, em particular às crianças», libertar-se da fome.

Nesse ponto, recordou que «a Igreja olha com atenção os meios, porque representam um veículo importante para difundir o Evangelho e para favorecer a solidariedade entre os povos, chamando a atenção sobre os grandes problemas que ainda os marcam profundamente».

Já em sua mensagem para a próxima Jornada Mundial das Comunicações Sociais ? querida pelo Concílio Vaticano II ? Bento XVI aprofundou no lema desta edição: «Os meios: rede de comunicação, comunhão e cooperação».

Expressando sua proximidade, na oração, da citada «Marcha contra a fome ? que acontece em Roma e em outras cidades de uns cem países ?, o Papa recordou diante das dezenas de milhares de fiéis que lotavam a Praça de São Pedro, e a todos que seguiam sua intervenção por conexão televisiva internacional, «a urgente e dramática situação de Darfur, no Sudão».

Lá «persistem fortes dificuldades para satisfazer inclusive as necessidades primárias de alimentação da população», lamentou (Zenit, 27 de fevereiro de 2006).

«Desejo vivamente que, graças à contribuição de todos, possa ser superar a praga da fome que ainda aflige à humanidade, pondo em grave perigo a esperança de vida de milhões de pessoas», expressou o Papa.

Em sua oração, encomendou especialmente a Nossa Senhora todos os «oprimidos pelo açoite da fome» e a «todos que prestam a ajudá-los».

Igualmente, estendeu sua oração pelos que, «através dos meios de comunicação social, contribuem a consolidar entre os povos os vínculos da solidariedade e da paz».

Page 2 of 2

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén