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Considerações sobre as notas relacionadas à CNBB

“Havendo perigo próximo para a fé, os prelados devem ser arguidos, até mesmo publicamente, pelos súditos. Assim, São Paulo, que era súdito de São Pedro, arguiu-o publicamente, em razão de um perigo iminente de escândalo em matéria de Fé. E, como diz a Glosa de Santo Agostinho, “o próprio São Pedro deu o exemplo aos que governam, a fim de que estes afastando-se alguma vez do bom caminho, não recusassem como indigna uma correção vinda mesmo de seus súditos” (ad Gal 2, 14)” (Santo Tomás de Aquino, “Suma Theol.”, II-II, 33, 4, 2).

Nos últimos dias acompanhamos muitas manifestações e notas públicas a respeito das atitudes envolvendo CNBB, como as notas de Dom Rifan e Padre Paulo Ricardo.
Eis aqui meu posicionamento acerca do assunto.

CNBB: (61) 2103-8300

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Padre fala sobre terrorismo islâmico e questão da legítima defesa

7 erros sobre morte, inferno e demônio que não devemos cometer

REDAÇÃO CENTRAL, 28 Mai. 16 / 11:00 am (ACI).- Dada a complexidade da teologia católica sobre a natureza da morte, o inferno e o demônio, a lista a seguir, com base nas Sagradas Escrituras e no Magistério da Igreja, contém respostas para 7 erros recorrentes que os católicos devem evitar.

1. O demônio é um mero símbolo

Se isso fosse verdade, então Jesus deve ter se equivocado cada vez que falou do demônio em diferentes partes das Sagradas Escrituras. O diabo é real e anda ao redor, como leão que ruge procurando almas para devorar (1Pd 5,8). E, francamente, se é possível para um ser humano rejeitar Deus, por que é tão inconcebível que um anjo possa fazer o mesmo? Nessa existência, como na outra, os anjos e os seres humanos podem se alienar com Deus ou não (Dt 30,19).

2. Ao morrer, tornamo-nos anjos

Não, absolutamente não. O ser humano é diferente de um anjo e não pode se tornar um ser que não é.

O Catecismo da Igreja Católica assinala no parágrafo 328 que existem anjos. No parágrafo 330, afirma que são seres puramente espirituais com inteligência e vontade. Também indica que são servidores e mensageiros de Deus.

Ao contrário de anjos, os seres humanos têm um corpo. O Catecismo assinala, no parágrafo 366, que a alma espiritual do homem foi criada por Deus e “não morre quando, na morte, se separa do corpo; e que se unirá de novo ao corpo na ressurreição final”.

3. É fácil determinar quem irá para o inferno

A competência da Igreja está em determinar quem está no céu, entretanto, ninguém sabe quem se encontra no inferno. Aqueles que morrem em estado de pecado mortal tem muito poucas opções disponíveis, no entanto, esta não é uma razão pela qual devemos ser ultrajantes ou triunfalistas em relação a eles. Pelo contrário, é importante orar por todos os pecadores, até mesmo os nossos piores inimigos para que se arrependam e voltem (Sab 1,13-15). Perdoem e serão perdoados (Mt 6,14, Lc 6,37). O juízo só pertence a Deus e a ninguém mais. Simplesmente não podemos conhecer o interior de outra alma e a verdadeira natureza de seu relacionamento com Deus.

4. Todos vão para o céu

O inferno existe e Jesus assegura várias vezes ao longo dos Evangelhos (Mt 7,13-14, Mt 8,12, Mc 9,43, Mt 13,41-42, 49-50, 48-49, Mt 22,13, Mt 25,46, Lc 12, 5, Jo 3,18). João também dedica uma longa passagem em Apocalipse (Ap 14,19-11; 19,3). Se todos vão para o céu, isso significa que Jesus estava errado ou era ignorante, o que é inaceitável.

5. Quem morre em estado de graça vai direto para o céu

Deixemos nas mãos de Deus, que tudo pode. É possível que alguns duvidem do Purgatório, mas as Sagradas Escrituras são muito claras acerca disso (2Mac 12,39-46, Mt 5,24-25., Hab 1,13, 1Co 3,11-15, Ap 21,27). O Purgatório existe como parte da economia salvífica. Além da Virgem Maria, há alguém entre nós puro o suficiente para estar diante de Deus? (Rom 3,10, 14,4, Dt 7,24, Js 23,9: 1Sam 6,20 Esd 10,13, Pr 27,4, Sl 76,7, 130,3, Na 1,6). Até mesmo os santos têm pecados que precisam ser expiados e o Purgatório é parte da infinita misericórdia de Deus, porque Ele não quer que qualquer um de nós morra, mas viva e se arrependa (2Pd 3,9).

6. As coisas ruins só acontecem com pessoas más

Cristo nos assegura pessoalmente que isso não faz sentido (Lc 13,1-5). Aos que chegaram com a notícia dos galileus que foram assassinados por Pilatos quando ofereciam sacrifícios a Deus, Ele respondeu: “Pensais vós que estes galileus foram maiores pecadores do que todos os outros galileus, por terem sido tratados desse modo? Não, digo-vos. Mas se não vos arrependerdes, perecereis todos do mesmo modo”.

Jesus também nos recorda que as melhores pessoas sofrem muito, no entanto, dá-nos ânimo ante as tribulações (Jo 16,33). Ele mesmo sofreu uma morte ignóbil depois de ser torturado. Sua Mãe, Maria, mulher concebida sem pecado, teve provações ao longo de sua vida que lhe causaram grande dor. Por que o resto de nós, pecadores, seremos poupados do sofrimento que Paulo nos diz em Colossenses 1,24?”. “Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja”.

7. Podemos escolher que regras queremos obedecer

Temos o direito de questionar tudo, mas devemos aceitar o ensinamento da Igreja por completo. Se não, colocamo-nos acima da Igreja e da vontade de Deus. Jesus estabeleceu a Igreja, São Pedro como seu Vigário na terra e seus sucessores. Quem somos nós para acreditar que Deus se equivocou em suas decisões? (Jó 15,8) Como se pode contar com incrível autoridade para julgar a lei de Deus?

BÔNUS: O Concílio Vaticano II pode se desfazer ou ser ignorado

Impossível. Os 21 concílios ecumênico no transcorrer de 1700 anos são importantes, irrevogáveis e irrefutáveis porque o Espírito Santo dirigiu todos eles. Cabe assinalar que a doutrina pode ter gerado divergências, mas isso significa menos do que nada. Do mesmo modo que um católico não pode escolher quais as regras deseja seguir, também não estão autorizados a escolher o seu concílio favorito e excluir os demais.

Originalmente publicado em National Catholic Register (https://www.ncregister.com/).

Vaticano reflete sobre a influência da ideologia do gênero na família e no matrimônio

Vaticano reflete sobre a influência da ideologia do gênero na família e no matrimônio

Vaticano, 15 Jul. 14 / 01:30 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Pontifício Conselho para a Família reuniu nos dias 10 e 11 de junho no Vaticano um grupo de trinta peritos de diversas disciplinas com o objetivo de analisar o problema: “O gênero no debate internacional contemporâneo”, e sua influência no matrimônio e na família.

Conforme assinala o dicastério vaticano através de seu site oficial, este encontro foi um diálogo intenso entre médicos, filósofos, biólogos, biblistas, psicólogos, geneticistas e sociólogos abertos ao diálogo das diferentes especialidades, para buscar esclarecimentos sobre este fenômeno.

O secretário do Pontifício Conselho, Dom Jean Laffitte, afirmou que se tratou de um grupo de peritos “dispostos a deixar-se provocar pela perícia dos outros e a colocar sobre a mesa a própria, com o objetivo de identificar um núcleo profundo e essencial que constitua o fundamento comum da verdade sobre o ser humano, através do qual fazer convergir o consenso do maior número de pessoas possíveis provenientes de culturas, profissões de fé e escolas de pensamento diferentes”.

Durante o primeiro dia, geneticistas, médicos e biólogos ofereceram uma contribuição orientada a considerar a construção da identidade sexual do indivíduo do ponto de vista biológico, e o segundo dia esteve dedicado à intervenção de filósofos e moralistas que apresentaram a evolução dos “Gender Studies” e do pensamento da diferença sexual, exposta como uma verdadeira riqueza da humanidade.

Por sua parte, Dom Carlos Simón Vázquez, Subsecretário do Pontifício Conselho, explicou que “a Ideologia do Gênero é um paradigma da civilização moderna. É um elemento importante da chamada revolução cultural do Ocidente com seus conceitos e seus mecanismos. Seu caráter diverso, necessariamente, requer uma reflexão multidisciplinar”.

O Prelado assinalou que é necessário “transmitir às novas gerações a realidade da beleza do homem criado macho e fêmea na diferença sexual, em diferença existencial que permite uma unidade dual, que enriquece a alteridade, define a humanum, e forja a fundação da comunhão com outros”.

“Como ajudar as famílias nesta tarefa?”. Dom Simón Vázquez respondeu à questão assinalando que o desafio consiste no contexto histórico e cultural. “A tentação moderna para reduzir a sabedoria e o conhecimento cognitivo criado nas ciências naturais e a leitura subjetiva destas, fazendo caso omisso de suas contradições internas, teve como principal objetivo o domínio. Reduzindo o saber dominamos, conquistamos o poder, imprescindível para recrear o homem novo em um mundo novo”, denunciou.

Por último o Prelado convidou os participantes a continuarem o debate e ampliá-lo a nível internacional, levando em consideração o horizonte que oferece o próximo Encontro Mundial das Famílias da Filadélfia, Estados Unidos, previsto para 2015.

“Por que sou católico” – G. K. Chesterton sobre a Igreja, as igrejas, o fundamentalismo religioso, as ciências…

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Texto de G. K. CHESTERTON

A DIFICULDADE em explicar “Por que eu sou Católico” é que há dez mil razões para isso, todas se resumindo a uma única: o catolicismo é verdadeiro. Para falar da Igreja Católica eu poderia preencher todo o meu espaço com sentenças separadas, todas começando com as palavras “é a única que…”.

Como por exemplo, a Igreja Católica é a única queprevine um pecado de se tornar um segredo; é a única que fala como um mensageiro que se recusa a alterar a verdadeira Mensagem; é a única que assume a grande tentativa de mudar o mundo desde dentro; usando a vontade e não as leis…

Ou posso tratar o assunto de forma pessoal e descrever minha própria conversão. Acontece que tenho uma forte impressão de que esse método faz a coisa parecer muito menor do que realmente é. Homens muito mais importantes, em muito maior número, se converteram a religiões muito piores. Preferiria tentar dizer, aqui, coisas a respeito da Igreja Católica que não se podem dizer o mesmo nem sobre suas mais respeitáveis rivais. Em resumo, diria apenas que a Igreja Católica é católica. Preferiria tentar sugerir que ela não é somente maior do que eu, mas maior que qualquer coisa no mundo; que ela é realmente maior que o mundo. Mas, como neste pequeno espaço disponho apenas de uma pequena seção, abordarei sua função como guardiã da Verdade.

Outro dia, um conhecido escritor, muito bem informado em outros assuntos, disse que a Igreja Católica é uma eterna inimiga das novas ideias. Provavelmente não ocorreu a ele que esta observação, que ele próprio fez, não é exatamente nova: é uma daquelas noções que os católicos têm que refutar continuamente, porque é uma ideia muito antiga.

Na realidade, aqueles que reclamam que o catolicismo não diz nada novo, raramente pensam que talvez seja necessário dizer alguma coisa nova sobre o catolicismo. De fato, o estudo real da História mostra que os católicos sempre sofreram, e continuam sofrendo continuamente por apoiarem ideias realmente novas; desde quando elas eram muito novas para encontrar alguém que as apoiasse. O católico foi não só o pioneiro na área, mas o único; até hoje não houve ninguém que compreendesse o que realmente se tinha descoberto lá, naquele tempo (na origem do cristianismo).

Mas não apenas aí. São muitos os exemplos que se poderiam citar. Assim, por exemplo, quase duzentos anosantes da Declaração de Independência e da Revolução Francesa, numa era devotada ao orgulho e ao louvor dos príncipes, o Cardeal Bellarmine, juntamente com Suarez, o Espanhol, formularam lucidamente toda a teoria da democracia real. Mas naquela era do Direito Divino, eles somente produziram a impressão de serem jesuítas sofisticados e sanguinários, insinuando-se com adagas para assassinarem os reis. Então, novamente, os casuístas das escolas católicas disseram tudo o que pode ser dito e que constam de nossas peças e romances atuais, duzentos anos antes de eles serem escritos. Eles disseram que há sim problemas de conduta moral, mas eles tiveram a infelicidade de dizê-lo muito cedo, cedo de dois séculos. Num tempo de extraordinário fanatismo e de uma vituperação livre e fácil, eles foram simplesmente chamados de mentirosos e trapaceiros por terem sido psicólogos antes da psicologia se tornar moda.

Seria fácil dar inúmeros outros exemplos, e citar o caso de ideias ainda muito novas para serem compreendidas. Há passagens da Encíclica do Papa Leão XIII sobre o trabalho (Rerum Novarum, 1891) que somente agora estão começando a ser usadas como sugestões para movimentos sociais muito mais novos do que o socialismo. E quando o Sr. Belloc escreveu a respeito do Estado Servil, ele estava apresentando uma teoria econômica tão original que quase ninguém ainda percebeu do que se trata. Então, quando os católicos apresentam objeções, seu protesto será facilmente explicado pelo conhecido fato de que católicos nunca se preocupam com ideias novas…

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Contudo, o homem que fez essa observação sobre os católicos quis dizer algo; e é justo fazê-lo compreender muito mais claramente o que ele próprio disse. O que ele quis dizer é que, no mundo moderno, a Igreja Católica é, – isto sim, – uma inimiga de muitas modas influentes; muitas delas ainda se dizem novas, apesar de algumas delas começarem a se tornar um pouco decadentes. Em outras palavras, se alguém disser que a Igreja frequentemente ataca o que o mundo, em cada era, apóia, aí está perfeitamente certo. A Igreja sempre se coloca contra as modas passageiras do mundo, e ela tem experiência suficiente para saber quão rapidamente as modas passam. Mas para entender exatamente o que está envolvido, é necessário tomarmos um ponto de vista mais amplo e considerar a natureza última das ideias em questão; considerar, por assim dizer, a ideia da ideia.

Nove dentre dez do que chamamos novas ideias são simplesmente erros antigos. A Igreja Católica tem como uma de suas principais funções prevenir que os indivíduos cometam esses velhos erros; de cometê-los repetidamente, como eles fariam se deixados “livres”. A verdade sobre a atitude católica frente à heresia, ou como alguns diriam, frente à “liberdade”, pode ser mais bem expressa utilizando-se a metáfora de um mapa. A Igreja Católica possui uma espécie de mapa da mente que parece um labirinto, mas que é, de fato, um guia para o labirinto. Ele foi compilado a partir de um conhecimento que, mesmo se considerado humano, não tem nenhum paralelo humano.

Não há nenhum outro caso de uma instituição inteligente e contínua que tenha pensado sobre o pensamento por dois mil anos. Sua experiência cobre naturalmente quase todas as experiências; e especialmente quase todos os erros. O resultado é um mapa no qual todas as ruas sem saída e as estradas ruins estão claramente marcadas, bem como todos os caminhos que se mostraram sem valor, pela melhor de todas as evidências: a evidência daqueles que os percorreram.

Nesse mapa da mente, os erros são marcados como exceções. A maior parte dele consiste de playgrounds e alegres campos de caça, onde a mente pode ter tanta liberdade quanto queira; sem se esquecer de inúmeros campos de batalha intelectual em que a batalha está eternamente aberta e indefinida. Mas o mapa definitivamente se responsabiliza por fazer certas estradas se dirigirem ao nada ou à destruição, a um muro ou ao precipício. Assim, ele evita que os homens percam repetidamente seu tempo ou suas vidas em caminhos sabidamente fúteis ou desastrosos, e que podem atrair viajantes novamente no futuro. A Igreja se faz responsável por alertar seu povo contra eles; e disso a questão real depende. Ela dogmaticamente defende a humanidade de seus piores inimigos, daqueles grisalhos, horríveis e devoradores monstros dos velhos erros.

Agora, todas essas falsas questões têm uma maneira de parecer novas em folha, especialmente para uma geração nova em folha. Suas primeiras afirmações soam inofensivas e plausíveis. Darei apenas dois exemplos. Soa inofensivo dizer, como muitos dos modernos dizem: “As ações só são erradas se são más para a sociedade”. Siga essa sugestão e, cedo ou tarde, você terá a desumanidade de uma colmeia ou de uma cidade pagã, o estabelecimento da escravidão como o meio mais barato ou mais direto de produção e a tortura dos escravos pois, afinal, o indivíduo não é nada para o Estado: e assim surge a declaração de que um homem inocente deve morrer pelo povo, como fizeram os assassinos de Cristo.

Então, talvez, voltaremos às definições da Igreja Católica e descobriremos que a Igreja, ao mesmo tempo que diz que é nossa tarefa trabalhar para a sociedade, também diz outras coisas que proíbem a injustiça individual. Ou novamente, soa muito piedoso dizer: “Nosso conflito moral deve terminar com a vitória do espiritual sobre o material”. Siga essa sugestão e você terminará com a loucura dos maniqueus, dizendo que um suicídio é bom porque é um sacrifício, que a perversão sexual é boa porque não produz vida, que o demônio fez o sol e a lua porque eles são materiais. Então, você pode começar a adivinhar a razão de o cristianismo insistir que há espíritos maus e bons; que a matéria também pode ser sagrada, como na Encarnação ou na Missa, no Sacramento do matrimônio e na ressurreição da carne.

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Não há nenhuma outra mente institucional no mundo pronta a evitar que as mentes errem. O policial chega tarde, quando tentar evitar que os homens cometam erros. O médico chega tarde, pois ele apenas chega para examinar o louco, não para aconselhar o homem são a como não enlouquecer. E todas as outras seitas e escolas são inadequadas para esse propósito. E isso não é porque elas possam não conter uma verdade, mas precisamente porque cada uma delas contém uma verdade; e estão contentes por conter uma verdade. Nenhuma delas pretende conter a Verdade. A Igreja não está simplesmente armada contra as heresias do passado ou mesmo do presente, mas igualmente contra aquelas do futuro, que podem estar em exata oposição com as do presente. O catolicismo não é ritualismo; ele poderá estar lutando, no futuro, contra algum tipo de exagero ritualístico supersticioso e idólatra. O catolicismo não é ascetismo; repetidamente, no passado, reprimiu os exageros fanáticos e cruéis do ascetismo. O catolicismo não é mero misticismo; ele está agora mesmo defendendo a razão humana contra o mero misticismo dos pragmatistas.

Assim, quando o mundo era puritano, no século XVII, a Igreja era acusada de exagerar a caridade a ponto da sofisticação, por fazer tudo fácil pela negligência confessional. Agora que o mundo não é puritano, mas pagão, é a Igreja que está protestando contra a negligência da vestimenta e das maneiras pagãs. Ela está fazendo o que os puritanos desejariam fazer, quando isso fosse realmente desejável. Com toda a probabilidade, o melhor do protestantismo somente sobreviverá no catolicismo; e, nesse sentido, todos os católicos serão ainda puritanos quando todos os puritanos forem pagãos.

Assim, por exemplo, o catolicismo, num sentido pouco compreendido, fica fora de uma briga como aquela do darwinismo em Dayton. Ele fica fora porque permanece, em tudo, em torno dela, como uma casa que abarca duas peças de mobília que não combinam. Não é nada sectário dizer que ele está antes, depois e além de todas as coisas, em todas as direções. Ele é imparcial na briga entre os fundamentalistas e a teoria da origem das espécies, porque ele se funda numa Origem anterior àquela origem; porque ele é mais fundamental que o fundamentalismo. Ele sabe de onde veio a Bíblia. Ele também sabe aonde vão as teorias da evolução. Ele sabe que houve muitos outros evangelhos além dos Quatro Evangelhos, e que eles foram eliminados somente pela autoridade da Igreja Católica. Ele sabe que há muitas outras teorias da evolução além da de Darwin; e que a última será sempre eliminada pela novíssima teoria da ciência mais recente. Ele não aceita, convencionalmente, as conclusões da ciência, pela simples razão de que a ciência ainda não chegou a uma conclusão. Concluir é se calar; e o homem de ciência dificilmente se calará. Ele não acredita, convencionalmente, no que a Bíblia diz, pela simples razão de que a Bíblia não diz nada. Você não pode colocar um livro no banco das testemunhas e perguntar o que ele quer dizer.

A própria controvérsia fundamentalista se destrói a si mesma. A Bíblia por si mesma não pode ser a base do acordo quando ela é a causa do desacordo; não pode ser a base comum dos cristãos quando alguns a tomam alegoricamente e outros literalmente. O católico se refere a algo que pode dizer alguma coisa, para a mente viva, consistente e contínua da qual tenho falado; a mais alta consciência do homem guiado por Deus.

Cresce a cada momento, para nós, a necessidade moral por tal mente imortal. Devemos ter alguma coisa que suportará os quatro cantos do mundo, enquanto fazemos nossos experimentos sociais ou construímos nossas utopias. Por exemplo, devemos ter um acordo final, pelo menos em nome do truísmo da irmandade dos homens, que resista a alguma reação da brutalidade humana. Nada é mais provável, no momento presente, que a corrupção do governo representativo solte os ricos de todas as amarras e que eles pisoteiem todas as tradições com o mero orgulho pagão. Devemos ter todos os truísmos, em todos os lugares, reconhecidos como verdadeiros. Devemos evitar a mera reação e a temerosa repetição de velhos erros. Devemos fazer o mundo intelectual seguro para a democracia. Mas na condição da moderna anarquia mental, nem um nem outro ideal está seguro. Tal como os protestantes recorreram à Bíblia contra os padres, porque estes podem ser questionados, e não perceberam que a (sua interpretação particular da) Bíblia também poderia ser questionada, assim também os republicanos recorreram ao povo contra os reis e não perceberam que o povo também podia ser desafiado.

Não há fim para a dissolução das idéias, para a destruição de todos os testes da verdade, situação tornada possível desde que os homens abandonaram a tentativa de manter uma Verdade central e civilizada, de conter todas as verdades e identificar e refutar todos os erros. Desde então, cada grupo tem tomado uma verdade por vez e gastado tempo em torná-la uma mentira. Não temos tido nada, exceto movimentos; ou em outras palavras, monomanias. Mas a Igreja não é um movimento e sim um lugar de encontro, um lugar de encontro para todas as verdades do mundo.


Fonte:
CHESTERTON, G. K. “Por que sou católico”. Grupo Chesterton Brasil, traduzido por Antonio Emilia Angueth de Araujo. – do site Chesterton Brasil

Hollywood anuncia filme sobre a vida de Madre Teresa de Calcutá

Madre Teresa de Calcutá

LOS ANGELES, 06 Fev. 14 / 03:55 pm (ACI).- A vida da fundadora das Missionárias da Caridade e Prêmio Nobel da Paz em 1979, Madre Teresa de Calcutá, será levada aos telões através do primeiro longa-metragem autorizado de sua vida a cargo das produtoras de Hollywood, Flame Venturas e Origin Entertainment sob o título em inglês “I Thirst” (Tenho Sede).

O roteirista desta obra cinematográfica é Kier Pearson, candidato ao Oscar por ‘Hotel Ruanda’ (2004), que embarcará em uma viagem por Calcutá, Índia e Tijuana durante o próximo mês para documentar sobre a vida de Madre Teresa e começar a escrever o roteiro.

Um dos produtores, Tony Krantz, assinalou que “não podemos estar mais entusiasmados de fazer este filme sobre uma mulher que lutou pelo compromisso absoluto, a fé, a caridade e o amor”.

Por sua parte o produtor, Jamey Volk, disse que “queremos levar esta historia para uma audiência global” e adicionou que “temos a intenção de começar a rodar no final de ano para estrear (o filme) na primavera ou verão de 2015”.

A organização sem fins lucrativos dirigida pelos administradores legais de seu fundo fiduciário, Centro Madre Teresa de Calcutá, que tem como objetivo promover e apoiar o conhecimento de sua obra através de seu estudo e difusão, participa também deste grande projeto.

Madre Teresa de Calcutá cujo nome de batismo era Inés Gonxha Bojaxhiu, nasceu em 26 de agosto de 1910 em Skopje, capital da atual República da Macedônia, no seio da comunidade albanesa, e foi beatificada em 2003 pelo Beato João Paulo II, depois que o vaticano reconheceu o milagre da cura de um tumor no abdômen de uma mulher indiana depois que esta passou um relicário com a fotografia da Beata.

A Prêmio Nobel da Paz realizou um trabalho assistencial em Calcutá com as Missionárias da Caridade, congregação que ela mesma fundou, que começou ajudando aos mais necessitados de Calcutá e agora conta com 710 casas em mais de 130 países onde 4500 religiosas dedicadas à assistência de pobres e doentes.

A Madre Teresa de Calcutá faleceu à idade de 87 anos, em 5 de setembro de 1997 em seu quarto da sede das Missionárias da Caridade.

Nota pastoral de Dom Antonio Carlos Rossi Keller sobre o Plano Nacional de Educação

“Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou, homem e mulher os criou” (Genesis 1,27)

NOTA PASTORAL
A respeito do PLC 103/2012

“Deus criou o homem à sua imagem, à imagem de Deus os criou, homem e mulher os criou” (Genesis 1,27)

Irmãos e irmãs da Diocese de Frederico Westphalen, e homens e mulheres de boa vontade.

A todos envio minha saudação no Senhor a quem ansiosamente esperamos, celebrando o Advento.

No próximo dia 11 de dezembro, quarta-feira, o Senado Federal votará o PL 103/2012, o Plano Nacional de Educação, que será o parâmetro educacional para todas as escolas em nosso país.

Mediante um esforço conjunto entre membros da Igreja Católica e das Comunidades de confissão Evangélica, o Sen. Álvaro Dias (PSDB – PR) apresentou um relatório que conseguiu excluir o termo “ideologia de gênero” que constava no projeto original proposto pelo MEC.

No entanto, o Sen. Vital do Rëgo (PMDB – PA), da base governista, reintroduziu o mesmo conceito no projeto substitutivo, como se lê em seu próprio texto:

Art. 2o – São diretrizes do Plano Nacional de Educação:

“III – A superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da igualdade racial, regional, de gênero e de orientação sexual”.

Segundo os teóricos da “ideologia de gênero”, os indivíduos não se devem submeter àquilo que chamam de “ditadura do próprio corpo”, ou seja, à sua própria identidade biofísico-sexual (que eles denominam de sexismo), mas precisam se libertar, inventando seu próprio GÊNERO, o próprio papel social que se queira assumir (masculino, feminino, andrógino, transgênero ou algum outro que se possa conceber). Analisando a trajetória de países como a Suécia, este pode ser o primeiro passo da construção de todo um sistema dissolvente da identidade sexual das próximas gerações.

As consequências desta teoria são funestas para uma autêntica visão antropológica do ser humano. Além disso, tal teoria, que então seria a base do ensino em nossas escolas sobre a identidade sexual, propõe um novo modelo de família, não mais fundada na união entre homem e mulher, mas legitima outras formas de famílias, consequentemente reconhecendo o chamado “casamento homossexual”. Na vigência deste princípio, a sociedade não mais se organiza a partir das diferenças patentes existentes entre homem e mulher, mas sim nas diversas possibilidades de sexualidade…

Ora, tal visão é incompatível com a fé cristã, porque “subestima a realidade biológica do ser humano. Reducionista, supervaloriza a construção sociocultural da identidade sexual, opondo-a à natureza”. (Keys to bioethics, da Fundação Jerôme Lejeune, pg. 68).

Tratando-se de um Projeto de Lei, todas as escolas (mesmo as confessionais) precisariam se adequar, caso fosse sancionado, sob pena de serem acusadas de promoverem a desigualdade e a discriminação. Por isso, precisamos reagir como cidadãos que vivem a fé cristã, e solicitar de nossos representantes que atendam ao pedido do povo brasileiro, profundamente avesso a estas práticas, não aprovando este Projeto de lei da forma como está sendo apresentado.

Seria importante que cada diocesano e cada pessoa de boa vontade, cidadão com direito de se manifestar, entrasse em contato com os senadores de nosso estado, e o fizesse imediatamente. Resta-nos pouco tempo. As famílias brasileiras contam com a nossa prontidão.

Abaixo, coloco os nomes, telefones e endereços eletrônicos dos senadores gaúchos em exercício, para que aqueles que puderem, possam manifestar sua opinião contrária à aprovação deste Projeto de Lei Complementar.

Ana Amélia de Lemos
telefone: (61) 3303 6083
FAX: (61) 3303.6091
correio eletrônico: [email protected]

Paulo Renato Paim
telefone: (61) 3303-5227/5232
FAX: (61) 3303-5235
correio eletrônico: [email protected]

Pedro Jorge Simon
telefone: (61) 3303-3232
FAX: (61) 3303-1304
correio eletrônico: [email protected]

Desejando a todos, já antecipadamente, um Feliz e Santo Natal do Senhor, abençoo-os,

+ Antonio Carlos Rossi Keller

Bispo de Frederico Westphalen

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