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Papa Francisco aos jovens: Não percam “muitas horas” na Internet ou com os celulares

Encontro dos coroinhas com o Papa Francisco (Foto Lauren Cater / Grupo ACI)

VATICANO, 05 Ago. 14 / 05:02 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em um encontro realizado na Praça de São Pedro nesta terça-feira no Vaticano com 50 mil coroinhas provenientes da Alemanha, Áustria e Suíça, o Papa Francisco explicou que Deus quer pessoas que sejam totalmente livres e que sempre façam o bem, como o fez a Virgem Maria ao aceitar o plano divino e ser a mãe de Jesus.

Assim o indicou o Santo Padre no encontro com os coroinhas que participam de uma peregrinação cujo tema é “Livres! Porque é lícito fazer o bem!”, inspirado no Evangelho de São Mateus. Com eles, indica a Rádio Vaticano, o Papa rezou as vésperas e lhes dirigiu umas palavras em alemão.

“As palavras de São Paulo que escutamos, tomadas da Carta aos Gálatas, chamam nossa atenção. O tempo se cumpriu, diz Paulo. Agora Deus realiza a sua obra decisiva. Aquilo que Ele quis dizer aos homens sempre –e o fez através das palavras dos profetas–, o manifesta com um sinal evidente”.

O Papa Francisco ressaltou logo que “Deus nos mostra que Ele é o bom Pai. E como o faz? Através da encarnação de seu Filho, que se torna como um de nós. Através deste homem concreto de nome Jesus, podemos entender aquilo que Deus quer verdadeiramente. Ele quer pessoas humanas livres, a fim de que se sintam como filhas de um bom Pai”.

“Para realizar esse desígnio, Deus precisa somente de uma pessoa humana. Precisa de uma mulher, uma mãe, que coloque o Filho no mundo. Ela é a Virgem Maria, que honramos com essa celebração vespertina. Maria foi totalmente livre. Em sua liberdade disse sim. Ela fez o bem para sempre. Desta maneira serve a Deus e aos homens. Imitemos seu exemplo, se queremos saber aquilo que Deus espera de nós seus filhos”.

Perguntas

Respondendo depois a algumas perguntas dos presentes, o Papa alentou a organizar-se, programar as coisas de modo equilibrado e ressaltou que “a nossa vida é feita de tempo e o tempo é dom de Deus, portanto é necessário empregá-lo em ações boas e frutuosas”.

“Talvez muitos adolescentes e jovens percam muitas horas em coisas inúteis: chatear na Internet ou com os telefones, com as ‘novelas’, com os produtos do progresso tecnológico que deveriam simplificar e melhorar a qualidade de vida, mas que pelo contrário distraem a atenção daquilo que realmente é importante”, alertou.

O Santo Padre exortou os jovens a falarem do amor de Jesus não só em suas paróquias, mas sobretudo fora delas: “os jovens têm um papel particular, falar de Jesus a seus coetâneos não só na paróquia, mas sobretudo aos de fora. Com a sua coragem, entusiasmo e espontaneidade, podem chegar mais facilmente à mente e ao coração daqueles que se distanciaram do Senhor. Muitos adolescentes e jovens da idade de vocês têm uma imensa necessidade de ouvir que Jesus os ama e perdoa”.

Qual a importância de rezar a Ave Maria?

Todas as vezes que rezamos a Ave Maria, saudamos Maria com aquela mesma saudação que Santa Isabel, “cheia do Espírito Santo”, saudou sua prima, “em alta voz”: “Bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1,42).

Maria é “a filha predileta de Deus”, diz o Concílio Vaticano II (LG n. 53), “aquela que na Santa Igreja ocupa o lugar mais alto depois de Cristo e o mais perto de nós” (LG, n. 54).

O mesmo Concílio afirma que “por graça de Deus exaltada depois do Filho acima de todos os anjos e homens, como Mãe santíssima de Deus, Maria esteve presente nos mistérios de Cristo e é merecidamente honrada com culto especial pela Igreja” (LG n. 66).

São Bernardo, o apaixonado cantor da Virgem Maria, no Sermão 47 diz:

“Ave Maria, cheia de graça, porque agradável a Deus, aos anjos e aos homens. Aos homens, por causa de sua fecundidade; aos anjos, por causa de sua virgindade; a Deus, por sua humildade. Ela mesma atesta que Deus olhou para ela porque viu sua humildade” (MM, p. 29).

O Livro dos Provérbios diz: “A Sabedoria construiu para si uma Casa, nela esculpiu sete colunas” (Pr. 9,1). S. Bernardo, comentando este texto no “Sermão de Assumptione B. Mariae”, aplicou-o à Virgem Maria: Casa Virginal, sustentada por sete colunas, porque enriquecida com os sete dons do Espírito Santo: o dom da sabedoria, o da inteligência, o do conselho, o da fortaleza, o da ciência, o da piedade e o do temor de Deus” (MM, p. 69).

Se ela é aquela criatura única “cheia de graça” e da presença do Senhor – “o Senhor é contigo” -, então Maria está repleta de todos os dons e graças de Deus.

São Tomas de Aquino afirmou:

“…a bem-aventurada Virgem Maria, pelo fato de ser Mãe de Deus, tem uma espécie de dignidade infinita por causa do bem infinito que é Deus” (MM, p. 100).

E, na mesma linha, Santo Epifânio escreveu: “Com exceção de Deus, Tu és, ó Virgem, superior a todas as coisas” (idem).

Ensina Santo Afonso que “Maria é a filha primogênita do Pai Eterno”, e diz que os sagrados intérpretes e os Santos Padres aplicam-lhe este texto da Escritura: “Eu saí da boca do Altíssimo, a primogênita antes de todas as criaturas” (Eclo 24,5). Segundo o santo doutor, “Maria é a primogênita de Deus por ter sido predestinada juntamente com o Filho nos decretos divinos, antes de todas as criaturas. Ou então é a primogênita da graça como predestinada para Mãe do Redentor, depois da previsão do pecado” (GM,  p. 208).

E também diz São Bernardo à Senhora: “Antes de toda a criatura fostes destinada na mente de Deus para Mãe do Homem-Deus” (GM p. 228).

“A graça que adornou a Santíssima Virgem sobrepujou não só a de cada um em particular, mas a de todos os santos reunidos”, afirma Santo Afonso. E mais: “Não se pode pôr em dúvida que, simultaneamente com o decreto divino da Encarnação, ao Verbo de Deus foi também destinada a Mãe da qual devia tomar o ser humano. E essa foi Maria” (GM, p. 229).

Segundo ensina S. Tomas, “a cada um o Senhor dá graça proporcionada à dignidade a que o destina. A Santíssima Virgem foi escolhida para ser Mãe de Deus, e portanto o Altíssimo capacitou-a certamente com Sua graça. Antes de ser Mãe foi Maria, por conseguinte, adornada de uma santidade tão perfeita que a pôs à altura dessa dignidade” (GM, p. 230),

Entre todas as mulheres de todos os tempos e de todos os lugares. Deus escolheu Maria para ser Sua Mãe. Esta glória de Maria a fez cantar perante S. Isabel:

“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva.

Por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso e cujo nome é Santo…” (Lc 1,42ss).

Bruxa mais famosa da Colômbia converteu-se e hoje propaga a devoção do Santo Rosário

BOGOTÁ,  (ACI/EWTN Noticias).- Durante duas décadas, entre os anos 70 e 80, foi a bruxa mais famosa da Colômbia. Políticos, artistas e narcotraficantes solicitavam seus serviços, até que um dia se encontrou com uma religiosa, recebeu um exorcismo e abraçou a fé católica que agora proclama.

Faz uns dias o jornal El Tiempo publicou uma entrevista na qual a ex-bruxa -cuja identidade mantém em reserva- relatou os perigos da bruxaria, narrou com detalhes seu exorcismo e sua surpreendente conversão.

“As pessoas pensam que não há nada de mal em que lhe adivinhem a sorte”, adverte e assegura que assim permitem que o mal entre nelas.

Agora é mãe de família, lidera um grupo de oração, viaja pelo país advertindo sobre a bruxaria e promove a causa pró-vida ajudando muitas jovens a desistirem do aborto. As suas armas principais são a oração do Santo Terço e a Missa diária.

A mulher está convencida que “quando entregamos tudo a Cristo e lhe pedimos que faça o que queira conosco, o Senhor é maravilhoso e misericordioso. Eu continuo pecando, mas Deus vai tirando um por um, até eliminá-lo”.

Ela começou as práticas de bruxaria quando era muito jovem, quando costumava visitar uma pessoa para que lhe adivinhe a sorte. Começou com a leitura de cartas e o cigarro até converter-se em “especialista”.

Quando uma pessoa pratica a bruxaria mesmo que seja por curiosidade “abrimos nosso corpo e nosso coração para que entrem espíritos do mal. E esclareço: como existe Deus, existem a bruxaria e o poder do maligno”, assegura.

Agora recomenda que “aqueles que estejam metidos nestas coisas, procurem um sacerdote que os oriente e lhes faça uma oração de libertação, ou façam uma confissão de todo coração para que os perdoem desse atentado contra a fé de Deus. Se o caso for muito grave, talvez seja necessário o exorcismo. Mas deve ser com um sacerdote autorizado, não com qualquer um”.

Em sua nova vida, a mulher está convencida de que “para caminhar para Deus é preciso ensinar os outros a escolherem o caminho. As minhas palestras partem de uma vivência e o único que busco é que as pessoas não caiam no mesmo erro que eu caí e que não mudem o único Deus que existe por um monte de deuses”.

“Quando falo isso, estou querendo dizer que não temos a confiança plena no Senhor, nem a esperança nele. Não sabemos pedir-lhe e não o temos como Pai. E acreditamos que uma planta, uma bebida ou uma ferradura têm mais poder que Ele”.

Para a mulher, a bruxaria é algo de todas as épocas. “Veja a televisão e suas mensagens, que promovem àquelas pessoas a quem se pode acudir quando o marido vai embora ou quando o namorado não gosta mais. Ou então não são comuns os cartazes que dizem: ‘venha e falo para você sobre o seu futuro’? Claro! Na rua entregam papéis que dizem: ‘amarramos seu ser querido e se não acontecer, devolvemos o dinheiro’. A bruxaria é um negócio do maligno onde a pessoa algumas vezes acredita que está conversando e em outras sim sabe que com isso se faz o mal”.

“Sou inimiga do I-Ching, da nova era, do feng shui, porque tudo isto desagrada a Deus e eu quero levar Deus em meu coração. Preciso pedir fortaleza para não voltar a cair. Quando as pessoas dizem ‘não me entra nenhum mal’, eu dou risada porque para que não te entre nada tem que estar confessado, comungado e rezar o terço. Essas são as armas”, concluiu.

Não coloquemos impedimentos à ação do Espírito Santo, exorta o Papa Francisco

FranciscoHomilia_AutorLaurenCater_CNA

Vaticano, 12 Mai. 14 / 02:26 pm (ACI/EWTN Noticias).- Durante a missamatutina celebrada na Casa Santa Marta, o Papa Francisco recordou que é o Espírito Santo quem atualiza a Igreja e a faz caminhar para frente, por isso, exortou a não colocar impedimentos, mas ser dóceis à sua ação.

“O Espírito Santo é a presença viva de Deus na Igreja. É ele que conduz a Igreja, que faz caminhar a Igreja. Sempre mais, para além dos limites, mais em frente. O Espírito Santo com os seus dons guia a Igreja”, expressou o Papa ao refletir sobre uma das passagens dos Atos dos Apóstolos.

Uma comunidade de pagãos –recordou o Papa- acolhe o anúncio do Evangelho e Pedro é testemunha ocular da descida do Espírito Santo sobre eles, mas primeiro duvida em ter contato com o que sempre tinha considerado “impuro”. E logo recebe duras críticas de parte dos cristãos de Jerusalém, escandalizados pelo fato de que seu chefe tinha comido com gente “não circuncidada” e até os tinha batizado. Um momento de crise interna..

O Santo Padre assinalou que o Espírito sopra onde quer, mas uma das tentações mais frequentes de quem tem fé é bloquear-lhe o caminho e pilotá-lo numa direção ou noutra. Uma tentação que surgiu já nos alvores da Igreja.

Entretanto, explicou o Papa, Pedro compreende o erro quando uma visão o ilumina sobre uma verdade fundamental: o que foi purificado por Deus ninguém o pode classificar de “profano”. E ao narrar estes fatos à multidão que o critica, o Apóstolo tranquiliza todos com esta afirmação: “Se, portanto, Deus lhes deu o mesmo dom que a nós, por terem acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem sou eu para por impedimento a Deus?”

“Quando o Senhor nos faz ver o caminho, quem somos nós para dizer: ‘Não, senhor, não é prudente! Não, façamos assim’… E Pedro naquela primeira diocese – a primeira diocese foi Antioquia – toma esta decisão: ‘Quem sou eu para pôr impedimentos?’”, expressou o Papa.

Conforme informou a Rádio Vaticano, o Santo Padre indicou que esta é uma bela palavra “para os bispos, os sacerdotes e também para os cristãos. Mas quem somos nós para fechar portas? Na Igreja primitiva, e mesmo hoje, existe aquele ministério do Ostiário. E o que fazia o Ostiário? Abria a porta, recebia a gente, fazia-as passar. Mas nunca foi o ministério de quem fecha a porta, nunca”.

Deus deixou a liderança da Igreja “nas mãos do Espírito Santo”, que nos ensinará tudo e “nos ajudará a recordar o que Jesus nos ensinou”.

“Não se pode compreender a Igreja de Jesus sem este Paráclito, que o Senhor nos envia para isso. E faz estas opções impensáveis, mas impensáveis! Para usar uma palavra de São João XXIII: é mesmo o Espírito Santo que atualiza a Igreja: na verdade, ele a atualiza e a faz caminhar para frente. E nós cristãos devemos pedir ao Senhor a graça da docilidade ao Espírito Santo. A docilidade a este Espírito, que nos fala no coração, nos fala nas circunstâncias da vida, nos fala na vida eclesial, nas comunidades cristãs, nos fala sempre”, concluiu o Papa.

Valorizemos neste mês de maio a oração do Santo Terço, pede o Papa Francisco

VirgenDelRosario_AutorBartolomeEstebanMurillo_DominioPublico

Nossa Senhora do Rosário/ Autor: Bartolomé Esteban Murillo (Domínio Público)

Vaticano, 07 Mai. 14 / 02:49 pm (ACI/EWTN Noticias).- Ao concluir a Audiência Geral desta quarta-feira, o Papa Francisco convidou os milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro a aproveitar este mês de maio, dedicado a Nossa Senhora, para valorizar a oração do Terço e invocar a Mãe de Deus “para que o Senhor conceda misericórdia e paz à Igreja e ao mundo inteiro”.

O Santo Padre recordou que “amanhã a Igreja eleva a oração de ‘Súplica’ a Nossa Senhora do Rosário da Pompeia”, a cujo santuário irá o Secretário de Estado, Cardeal Pietro Parolin. Nesse sentido, Francisco “convidou todos a invocar a intercessão de Maria, para que o Senhor conceda misericórdia e paz à Igreja e ao mundo inteiro”.

Conforme informou a Rádio Vaticano, o Papa também encomendou a Maria “os jovens, os doentes e os recém-casados, presentes aqui hoje, e exorto todos a valorizar neste mês de maio a oração do Santo Terço”.

Francisco também saudou aos peregrinos de diversas partes do mundo e aos lusófonos disse: “saúdo com carinho os peregrinos de língua portuguesa, particularmente os fiéis de Leria-Fátima e os diversos grupos do Brasil. Queridos amigos, peçamos ao Senhor o dom do conselho, para que, nas diversas circunstâncias da vida, saibamos encontrar o modo certo de falar e de nos comportarmos, de tal modo que o nosso testemunho favoreça a difusão do Evangelho. Que Deus vos abençoe!”.

São José de Anchieta, o novo santo do Brasil

São José de Anchieta

VATICANO, 03 Abr. 14 / 03:01 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco inscreveu hoje o Beato José de Anchieta no catálogo dos santos e estendeu o seu culto à Igreja universal. Ele foi chamado de “Apóstolo do Brasil”, pois foi quem trabalhou as bases da evangelização nessa nação sul-americana.

O Santo Padre assinou o decreto de canonização do jesuíta nesta quinta-feira, 3 de abril, ao receber em audiência o Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

Para comemorar a canonização de Anchieta, a cidade de São Paulo contou com diversas atividades, entre elas, os sinos repicaram nas igrejas às 14 horas e o cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, manteve o canto do Te Deum na Catedral da Sé e no Pátio do Colégio, na região central da capital.

A Rádio Vaticana assinala que o processo feito pelo Santo Padre para canonizar o beato “se trata de uma canonização chamada ‘equivalente’ segundo a qual o Papa, pela autoridade que lhe compete, estende à Igreja universal o culto e a celebração litúrgica de um santo, uma vez que se comprovam certas condições precisadas pelo Papa Bento XIV (1675-1758)”.

Esta praxe, assinala a emissora, já foi utilizada pelo Papa Francisco para a canonização da Beata Ángela di Foligno em 9 de outubro de 2013, e para São Pedro Fabro, em 17 de dezembro do mesmo ano, assim como por seus predecessores , Bento XVI, João Paulo II, João XXIII e outros.

Em 22 de junho de 1980, dia da beatificação do jesuíta José de Anchieta, o Beato João Paulo II disse que o sacerdote foi um “incansável e genial missionário” que “aos 17 anos, diante da imagem da Santíssima Virgem Maria, na catedral de Coimbra, fez voto de virgindade perpétua e decidiu dedicar-se ao serviço de Deus. Tendo ingressado na Companhia de Jesus, parte, em 1553, para o Brasil, onde, na missão de Piratininga, empreende múltiplas atividades pastorais com o fim de aproximar e ganhar para Cristo aos índios das selvas virgens”.

“Ama com imenso afeto os seus irmãos ‘brasís’, compartilha com eles a suavida, estuda profundamente seus costumes e compreende que sua conversão à fé cristã deve ser preparada, ajudada e consolidada por um apropriado trabalho de civilização, para sua promoção humana. Seu zelo ardente lhe move a realizar inumeráveis viagens, percorrendo enormes distâncias, em meio de grandes perigos”.

“Mas a oração contínua, a mortificação constante, a caridade fervente, a bondade paternal, a união íntima com Deus, a devoção filial à Virgem Santíssima — a quem dedica um longo poema de elegantes versos latinos— dão a este grande filho de Santo Inácio uma força sobre-humana, especialmente quando deve defender contra as injustiças dos colonizadores os seus irmãos os indígenas. Para eles compõe um catecismo, adaptado a sua mentalidade, que contribui grandemente a sua cristianização. Por tudo isso, bem merece o título de ‘Apóstolo do Brasil’”.

Biografia

José de Anchieta nasceu no dia 19 de março de 1534 em São Cristóvão da Laguna (Tenerife). Aos 14 anos ingressou no Colégio de Artes, anexo à Universidade em Coimbra, destacando-se como um dos melhores alunos e como um grande poeta. Compunha versos latinos com extrema facilidade e era chamado o “Canário de Coimbra”.

No dia 1º de maio de 1551 ingressou na Companhia de Jesus e começou seus estudos de Filosofia. Devido a uma doença em 1553 partiu de Disco (Lisboa) ao Brasil, onde iniciou seu primeiro trabalho de catequese com os índios tupis. Na festividade de São Paulo de 1555 inaugurou o colégio que fez construir. Foi a origem da atual cidade de São Paulo.

Em 1565 foi enviado ao Rio de Janeiro, onde colaborou na construção de um colégio e do primeiro hospital da cidade chamado a Casa da Misericórdia. Este mesmo ano foi ordenado sacerdote.

Logo regressou a São Paulo, onde por seis anos colaborou no colégio além de realizar um importante trabalho apostólico e literário. Entre 1577 e 1587 foi designado superior dos jesuítas no Brasil, incentivando ainda mais o trabalho nas escolas e a catequese com as crianças.

Faleceu em 9 de junho de 1597, à idade de 63 anos. Em 10 de agosto de 1736 o Papa Clemente XII declarou o Padre Anchieta como Venerável. João Paulo II o beatificou em 22 de junho de 1980.

Nos passos de Santo Agostinho

Quem sai à procura da verdade já está na busca de Deus, ainda que não o saiba

Santo Agostinho

Em sua encíclica Lumen Fidei, o Papa Francisco indicou o caminho para um diálogo com aqueles que, “apesar de não acreditarem, desejam-no fazer e não cessam de procurar” (n. 35). A atitude do Santo Padre nada mais é que de obediência às palavras de Jesus, que pediu a seus discípulos que pregassem “o Evangelho a toda criatura” (Mc 16, 15), indistintamente.

De fato, ninguém está excluído do amor de Deus. Ele sempre está de braços abertos, esperando que o homem aceite seu desígnio de amor e redenção. Ele que, como ensina São Paulo, “quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2, 4), revela-Se àqueles que O procuram de coração sincero. Afinal, “que outra recompensa poderia Deus oferecer àqueles que O buscam, senão deixar-Se encontrar a Si mesmo?”, questiona o Papa Francisco.

Nesta verdade, ao mesmo tempo em que se percebe a vontade de Deus de salvar o homem e conduzi-lo à morada eterna, nota-se uma realidade negativa: diante do Senhor, múltiplas atitudes são possíveis, exceto a indiferença. Não são poucos os homens de nosso tempo que, mais que negar a existência de Deus – indo contra a própria razão natural, pela qual qualquer um pode chegar a esta verdade elementar –, sepultam no cemitério de suas mentes qualquer possibilidade de experiência religiosa. Isto quando não as eliminam completamente, tomando a atitude que o Catecismo chama de “uma fuga da pergunta última sobre a existência e uma preguiça da consciência moral” (§ 2128).

Diante do evidente anseio do homem pelo infinito, o indiferentista age tentando abafá-lo.Como alguém com sede que se esforça continuamente por ignorar a sequidão de sua boca ou os sinais evidentes de que seu organismo clama por água. Enquanto sua sede não for saciada, o seu organismo continuará definhando, até a completa falência. Acontece o mesmo com aquele que nega a vocação do homem à transcendência. Para ir sobrevivendo neste mundo, ele vai mendigando em fontes de uma felicidade aparente e passageira, desconhecendo ou tentando ignorar que só a “água viva” de Cristo pode verdadeiramente satisfazê-lo (cf. Jo 4, 10).

Esta atitude de desprezo para com a verdade pode acabar muitas vezes em um caminho sem saída, que é o do pecado contra o Espírito Santo. Por isso diz-se que, diante de Cristo, não é possível ficar indiferente. “Quem não está comigo, está contra mim” (Lc 11, 23), diz o Senhor. Ao ouvir a história comovedora do próprio Deus que se abaixa à mísera condição humana, ou se acolhe a Sua mensagem de amor ou se diz “não” à Sua vontade. Mesmo a tentativa de “dar de ombros” aos apelos divinos tem o seu significado, não podendo o homem ser eximido de culpa, a menos que esteja em ignorância invencível, situação que só Deus pode julgar concretamente.

Ao lado deste homem que, na renúncia a decidir, acaba escolhendo ficar em cima do muro, existe aquele pagão na eminência de se tornar um Agostinho. Ao contemplar no ser humano o desejo pelo Bom e pelo Belo, ele sai em busca da Verdade e, mesmo que ainda não a conceba com “v” maiúsculo e esteja cheio de dúvidas, dispende todos os seus esforços para conhecê-La. Quem quer que comece a trilhar este caminho segue aquele itinerário descrito de forma extraordinária nas “Confissões”, de Santo Agostinho. Mais cedo ou mais tarde, ele será ofuscado pela luz da fé e, dando o passo definitivo, poderá exclamar com o doctor gratiae“Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei!”

Inúmeros são os exemplos de descrentes que terminaram seu processo de busca na Igreja. É que, como dizia Santa Edith Stein, “quem procura a verdade procura Deus, ainda que não o saiba”.

Por Equipe Christo Nihil Praeponere

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