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O Papa chama a encontrar-se com Deus no silêncio interior

VATICANO, 10 Ago. 08 / 09:07 am (ACI).- Este meio-dia milhares de fiéis e peregrinos assistiram na Piazza do Duomo de Bressanone para rezar o Ângelus dominical com o Papa Bento XVI, quem introduzindo a oração Mariana recordou que a verdadeira renovação de todo ser humano se dá plenamente na relação com Deus.

Depois de anunciar que na segunda-feira deixará a pequena cidade de Bressanone para dirigir-se a Castelgandolfo, o Santo Padre manifestou sua “gratidão ao Senhor que me concedeu este descanso, renovador tanto para o físico como para o espírito” e agradeceu também a todos aqueles que “se tornaram instrumentos laboriosos da Providência divina”.

O Pontífice descreveu seu descanso como “o melhor que corresponde a um ministro de Deus” e citou algumas características: “me dedicando à oração, à leitura e à meditação, sem a urgência das cotidianas urgências pastorais… que certamente não esqueci senão, por assim dizer, filtrei mediante um sadio desapego que ajuda a restabelecer as justas proporções: reconhecer que o Senhor é Deus e nós somos somente seus humildes colaboradores pelo serviço da Igreja e pelo bem da humanidade”.

Bento XVI compartilhou com os presentes uma reflexão em torno de sua experiência na recente Jornada Mundial da Juventude: “…os jovens foram um sinal de alegria autêntica, às vezes ruidosa entretanto sempre pacífica e positiva. Embora eram muitíssimos, nunca causaram confusões nem fizeram mal a ninguém. Para estar alegres não tiveram a necessidade de recorrer a modos grosseiros e violentos, ao álcool e estupefacientes. Neles estava presente a alegria de reunir-se e de descobrir juntos um mundo novo. Como não fazer uma comparação com seus coetâneos que, em busca de falsas evasões, consomem experiências degradantes que desembocam não raramente em dramáticas tragédias? Este é um típico produto da chamada ‘sociedade do conforto’ que para encher um vazio interior e sem sentido que o acompanha, induz a provar experiências novas, mais emocionantes, mais ‘extremas’”.

Seguidamente alertou do risco que correm as férias de “dissipar-se em um vão perseguir ilusões de prazer. Mas desta forma o espírito não descansa, o coração não encontra nem alegria nem paz, porém termina por ficar mais cansado e triste que antes. Referi aos jovens porque são os mais sedentos de vida e de experiências novas e por isso os que correm maior perigo”.

“A reflexão vale para todos: a pessoa humana se regenera verdadeiramente e somente na relação com Deus, e Deus se encontra aprendendo a escutar sua voz no interior e no silêncio”, concluiu o Papa.

Seguidamente rezou o Ângelus, saudou os presentes em diversas línguas e deu sua Bênção Apostólica.

Afraates da Síria

Por Papa Bento XVI
Tradução: Zenit
Fonte: Vaticano/Zenit

Caríssimos irmãos e irmãs,

Em nossa excursão ao mundo dos Padres da Igreja, irei hoje vos guiar a uma parte pouco conhecida deste universo da fé, que são os territórios nos quais floresceram as Igrejas de língua semítica, ainda não influenciadas pelo pensamento grego. Essas Igrejas se desenvolveram ao longo do século IV no Oriente Médio, desde a Terra Santa até o Líbano e a Mesopotâmia.

Durante aquele século, que foi um período de formação no âmbito eclesial e literário, em tais comunidades se manifestou o fenômeno ascético-monástico com características autóctones, que não experimentaram a influência do monaquismo egípcio. Deste modo, as comunidades sírias do século IV foram uma representação do mundo semítico do qual saiu a própria Bíblia, e foram expressão de um cristianismo cuja formulação teológica ainda não havia entrado em contato com correntes culturais diversas, mas que vivia de formas de pensamento próprias. Foram Igrejas nas quais o ascetismo, sob várias formas eremíticas (eremitas no deserto, nas grutas, reclusos e estilistas), e o monaquismo, sob formas de vida comunitária, desempenharam um papel de vital importância para o desenvolvimento do pensamento teológico e espiritual.

Quero apresentar este mundo através da grande figura de Afraates, conhecido também como «Sábio», um dos personagens mais importantes e, ao mesmo tempo, mais enigmáticos do cristianismo sírio do século IV.

Originário da região de Nínive-Mosul, hoje Iraque, viveu na primeira metade do século IV. Temos poucas notícias sobre sua vida; de qualquer forma, ele manteve relações estreitas com os ambientes ascético-monásticos da Igreja síria, sobre a qual nos transmitiu algumas notícias em sua obra e à qual dedicou parte de sua reflexão. Segundo algumas fontes, dirigiu inclusive um mosteiro e, por último, foi ordenado bispo. Escreveu vinte e três discursos conhecidos com o nome de «Exposições» ou «Demonstrações», nos quais tratou diversos temas de vida cristã, como a fé, o amor, o jejum, a humildade, a oração, a própria vida ascética e também a relação entre judaísmo e cristianismo, entre Antigo e Novo Testamento. Escreveu com um estilo simples, com frases breves e com paralelismos às vezes contrastantes; contudo, conseguiu fazer uma reflexão coerente, com um desenvolvimento bem articulado dos vários temas que enfrentou.

Afraates era originário de uma comunidade eclesial que se encontrava na fronteira entre o judaísmo e o cristianismo. Era uma comunidade muito unida à Igreja de Jerusalém, e seus bispos eram eleitos tradicionalmente dentre os assim chamados «familiares» de Tiago, o «irmão do Senhor» (cf. Marcos 6, 3), ou seja, eram pessoas com vínculos de sangue e de fé com a Igreja jerosolimita. A língua de Afraates era o sírio, portanto, uma língua semítica como o hebraico do Antigo Testamento e o aramaico falado pelo próprio Jesus. A comunidade eclesial na qual Afraates viveu era uma comunidade que procurava permanecer fiel à tradição judaico-cristã, da qual se sentia filha. Por isso, mantinha uma relação estreita com o mundo judaico e com seus livros sagrados. Afraates se definia significativamente como «discípulo da Sagrada Escritura» do Antigo e do Novo Testamento («Exposição» 22, 26), que considerava sua única fonte de inspiração, recorrendo a ela tão freqüentemente até o ponto de convertê-la no centro de sua reflexão.

Os argumentos que Afraates desenvolveu em suas «Exposições» são variados. Fiel à tradição síria, apresentou com freqüência a salvação realizada por Cristo como uma cura e, por conseguinte, o próprio Cristo como o médico. No entanto, considera o pecado como uma ferida, que só a penitência pode sanar: «Um homem que foi ferido em batalha – dizia Afraates –, não se envergonha de colocar-se nas mãos de um médico sábio (…); do mesmo modo, quem foi ferido por Satanás não deve envergonhar-se de reconhecer sua culpa e afastar-se dela, pedindo o remédio da penitência» («Exposição» 7, 3).

Outro aspecto importante da obra de Afraates é seu ensinamento sobre a oração e, em especial, sobre Cristo como mestre de oração. O cristão reza seguindo o ensinamento de Jesus e seu exemplo orante: «Nosso Salvador ensinou a rezar dizendo assim: ‘Ora no segredo a quem está escondido, mas vê tudo’; e também: ‘Entra em teu quarto e ora a teu Pai, que está no segredo, e teu Pai, que vê no segredo, te recompensará’ (Mateus 6, 6) (…). O que nosso Salvador quer mostrar é que Deus conhece os desejos e os pensamentos do coração» («Exposição», 4, 10).

Para Afraates, a vida cristã se centraliza na imitação de Cristo, em tomar seu jugo e em segui-lo pelo caminho do Evangelho. Uma das virtudes mais convenientes para o discípulo de Cristo é a humildade. Não é um aspecto secundário da vida espiritual do cristão: a natureza do homem é humilde, e Deus a eleva à sua própria glória. A humildade – observou Afraates – não é um valor negativo: «Se a raiz do homem está plantada na terra, seus frutos crescem ante o Senhor da grandeza» («Exposição» 9, 14). Sendo humilde, inclusive na realidade terrena que vive, o cristão pode entrar em relação com o Senhor. «O humilde é humilde, mas seu coração se eleva a alturas excelsas. Os olhos de seu rosto observam a terra e os olhos de sua mente, a altura excelsa» («Exposição» 9, 2).

A visão do homem e de sua realidade corporal que Afraates tinha é muito positiva: o corpo humano, seguindo o exemplo de Cristo humilde, está chamado à beleza, à alegria e à luz: «Deus se aproxima do homem que ama, e é justo amar a humildade e permanecer na condição de humilde. Os humildes são simples, pacientes, amados, íntegros, retos, especialistas no bem, prudentes, serenos, sábios, tranqüilos, pacíficos, misericordiosos, dispostos a converter-se, benévolos, profundos, ponderados, maravilhosos e desejáveis» («Exposição» 9, 14).

Em Afraates, a vida cristã se apresenta com freqüência com uma clara dimensão ascética e espiritual: a fé é sua base, seu fundamento; transforma o homem em um templo onde habita o próprio Cristo. Assim, pois, a fé torna possível uma caridade sincera, que se expressa no amor a Deus e ao próximo. Outro aspecto importante em Afraates é o jejum, que ele interpretava em sentido amplo. Falava do jejum do alimento como uma prática necessária para ser caridoso e virgem, do jejum constituído pela continência visando à santidade, do jejum das palavras vãs ou detestáveis, do jejum da cólera, do jejum da propriedade dos bens visando ao ministério, e do jejum do sono para dedicar-se à oração.

Queridos irmãos e irmãs, voltemos mais uma vez – para concluir – ao ensinamento de Afraates sobre a oração. Segundo este antigo «Sábio», a oração se realiza quando Cristo habita no coração do cristão, e o convida a um compromisso coerente de caridade com o próximo. Com efeito, ele escreveu: «Consola os aflitos, visita os enfermos, sê solicito com os pobres: esta é a oração. A oração é boa, e suas obras são maravilhosas. A oração é aceita quando consola o próximo. A oração é escutada quando nela se encontra também o perdão das ofensas. A oração é forte quando está cheia da força de Deus» («Exposição» 4, 14-16).

Com estas palavras, Afraates nos convida a uma oração que se converte em vida cristã, em vida realizada, em vida impregnada de fé, de abertura a Deus e, assim, de amor ao próximo.

Presépio é atração no Santuário de Aparecida

APARECIDA, domingo, 23 de dezembro de 2007 (ZENIT.org).- O presépio instalado dentro do Santuário Nacional, por ocasião das festividades do Natal, tem sido a grande atração nos últimos dias no Santuário de Nossa Senhora Aparecida.

A cena de adoração ao Menino Jesus na manjedoura de Belém, conta no total, com 11 peças de resina no tamanho de 1,70m. A grande atração fica ainda por conta da dimensão de todo o contexto do presépio, que possui cascata e animais vivos.

Segundo informa a assessoria de imprensa do Santuário, o presépio fica dentro da Capela São José, localizada entre as naves Leste e Sul, no interior do Santuário Nacional.

De acordo com o administrador do Santuário, padre Hélcio Vicente Testa, a representação quer levar os visitantes da Casa da Mãe Aparecida à reflexão para uma vida nova, à luz do nascimento de Jesus.

«É quando o Cristo nos vem para dar novo sentido às nossas vidas», disse.

Essa é a primeira vez que o Santuário Nacional monta um presépio nessas dimensões.

«Preparar um presépio realmente é muito especial. O presépio é uma catequese, um rito aberto onde as famílias se enxergam, gerando uma grande reflexão sobre esse momento tão importante que é o natal», enfatizou.

A desmontagem do presépio está prevista para o dia 6 de janeiro de 2008.

Eucaristia, eixo do encontro dos episcopados da Ásia em 2008

HONG KONG, domingo, 14 de maio de 2006 (ZENIT.org).- A Eucaristia na Ásia é o tema que presidirá a IX Assembléia Plenária da Federação das Conferências Episcopais da Ásia (FABC, em suas siglas em inglês), em 2008.

A formulação da reflexão, assim como o lugar de celebração desta reunião, está pendente de decidir, aponta o organismo.

Em todo caso, será a Eucaristia o eixo das deliberações dos episcopados asiáticos durante o encontro que se celebra a cada quatro anos.

Dá-se assim continuidade ao Ano da Eucaristia que João Paulo II proclamou (2004/2005) e ao Sínodo que a Igreja celebrou sobre a Eucaristia, em outubro passado, em Roma.

A Coréia acolheu a Assembléia Plenária anterior da FABC, então sobre o tema «A família asiática para uma cultura de vida integral».

A Assembléia Plenária é o máximo órgão de decisão da FABC. Os preparativos da próxima arrancam este mês de maio com um encontro das distintas oficinas da Federação.

O evento de 2008 organiza-se com o esforço conjunto destas nove oficinas sob a direção do arcebispo Orlando Quevedo –de Cotabato, Filipinas–, atual secretário-geral do organismo.

Estabelecida com a aprovação da Santa Sé, a FABC é uma associação voluntária das conferências episcopais do Sul, Sudeste, Leste e Centro da Ásia.

Seu objetivo é impulsionar entre seus membros a solidariedade e a co-responsabilidade para o bem-estar da Igreja e da sociedade no continente, assim como promover e defender tudo que encaminhe ao bem.

São membros da FABC as conferências episcopais de Bangladesh, Índia, Japão, Coréia, Laos-Camboja, Malásia-Singapura-Brunei, Mianmar (antiga Birmânia), Paquistão, Filipinas, Sri Lanka, Taiwan, Tailândia e Vietnã.

A Federação também conta com os seguintes membros associados: Hong Kong, Macau, Mongólia, Nepal, Cazaquistão, Quirguistão, Sibéria (Rússia), Tadjiquistão, Turcomenistão, Uzbequistão e Timor Leste.

[Sua página web é www.fabc.org]

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