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Arcebispo argentino assegura que o Papa Francisco tem uma “firmíssima” postura contra o aborto

Dom Carlos María Franzini

ROMA, 12 Jul. 13 / 10:21 am (ACI/EWTN Noticias).- O Arcebispo da Mendoza (Argentina), Dom Carlos María Franzini, recordou que o Cardeal Jorge Mario Bergoglio, atual Papa Francisco, liderou junto à Conferência Episcopal da Argentina (CEA), uma “firmíssima” postura contra o aborto e a favor da vida.

Em uma entrevista concedida ao Grupo ACI, Dom Franzini, que trabalhou durante bom tempo com o Papa Francisco, sublinhou que o Cardeal Bergoglio durante os anos da direção do Episcopado Argentino, “teve uma firmíssima postura a favor da vida, e não poderia ser de outra maneira”.

O Prelado denunciou que nos últimos anos na Argentina se desenvolve com especial virulência uma sutil estratégia a favor da cultura do aborto que apresenta como “não sendo mal, o que é intrinsecamente mal”, a que o Papa Francisco respondeu por muitos anos “com uma ampla batalha a favor da vida em seu mais amplo espectro, desde o início de sua concepção, até a morte natural”.

Dom Franzini explicou que há mais de 10 anos a CEA publica sua firme posição contra o aborto e precisou que “em todas estas declarações, estiveram muito presente o pensamento e a mão do Cardeal Bergoglio”.

“É uma comprometida batalha a favor da vida, não é contra ninguém, mas a favor da vida, que de tantas formas é ameaçada. A vida é ameaçada pelo aborto, e pelos que com eufemismos querem fazer com que não seja um crime”, asseverou.

Do mesmo modo, o Prelado também deplorou aqueles que colocam em perigo a vida das pessoas promovendo o consumo de drogas ou de álcool e também aqueles que de alguma forma colaboram com tudo aquilo que gera fome ou violência em qualquer de suas formas.

“A batalha a favor da vida tem muitas frentes, e quisemos como Episcopado Argentino ter mais de uma palavra para estimular o compromisso dos crentes nesta luta”, concluiu.

Por sua parte o Papa Francisco se pronunciou em diversas ocasiões contra o aborto, e em uma carta enviada aos líderes do G8 e assinada no último dia 15 de junho, recordou que é necessário defender a vida dos mais fracos “inclusive daqueles que se encontram dentro do ventre de sua mãe”.

De igual modo, no dia 12 de maio deste ano, dentro do marco da canonização da primeira Santa colombiana, a Madre Laura, pediu que se “garanta a proteção jurídica do embrião”, e “se proteja o ser humano desde o primeiro instante de sua existência”.

“O aborto nunca é uma solução”, disse o Cardeal Bergoglio em setembro de 2012, depois da publicação de um protocolo para abortos não puníveis na capital argentina.

Como combater as distrações durante a oração?

Fonte: padrepauloricardo.org

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Embora não seja desejável, a distração é uma realidade na vida de todo cristão. Já se sabe que mesmo a oração feita de maneira distraída possui valor diante de Deus. Contudo, ela não propicia que a pessoa avance na vida de santidade e adentre outras moradas. A luta de todos deve ser, portanto, para combater a distração e assim auferir dela a refeição da alma, como ensina Santa Teresa d’Ávila.

Em primeiro lugar é preciso definir o que é essa ‘atenção’ que se quer alcançar. Santo Tomás de Aquino ensina que existem três tipos: a. a atenção das palavras; b. a atenção dos sentidos; c. a atenção da presença. A primeira é quando a pessoa pronuncia as palavras com alguma concentração, mas sem se deter no que elas significam. Quando isso acontece, ou seja, quando a pessoa medita no sentido do que está dizendo, é evidente que está no segundo caso. Apesar de já ter sido grande o progresso ainda existe uma outra distração a ser vencida: a do terceiro caso. É preciso estar atento ao fato de que existe uma presença, existe uma Pessoa com a qual se está falando na oração. Se isso não é percebido, a pessoa ainda está dispersa.

A distração pode ser voluntária ou involuntária, segundo o frade dominicano Frei Antonio Royo Marin, em sua obra Teologia de la perfeccion cristiana”. A distração involuntária pode ser causada pela própria índole (temperamento) do indivíduo, por fadiga mental, por culpa do diretor espiritual (que pode determinar um tipo de oração para a qual a pessoa ainda não está preparada) e, por fim, por culpa do demônio (nesse caso, o remédio é o uso de água benta durante os momentos de oração).

As causas voluntárias da distração, segundo Frei Antonio Royo Marin, são: a. a falta de uma preparação próxima (rezar sem preparar o local, sem determinar o tempo, não ter postura de oração); b. a falta de preparação remota (quando a pessoa vive uma vida dispersa por culpa pessoal).

O frade ensina o remédio para lutar contra a distração, salientando que é realmente um combate e esse combate também tem o seu mérito diante de Deus. É um meio de santificação também a luta para a concentração. Se as causas são involuntárias o frade explica que é possível livrar-se dos influxos do temperamento com o uso de alguns auxílios: ler e falar em voz alta, rezar por escrito, fazer atos de devoção (fixar os olhos no sacrário, em uma imagem, etc.), escolher matérias de oração mais concretas e menos abstratas, propiciando o entendimento e a concentração, humilhar-se diante de Deus, quantas vezes forem necessárias.

Para as distrações voluntárias os remédios são: a preparação próxima (preparar o local, determinar o tempo e adotar uma postura), e a preparação remota (cultivar o silêncio, fugir da curiosidade vã).

O cultivo do silêncio, diz ele, ajuda a ‘ouvir’ melhor a Deus, faz com que a pessoa se encontre consigo mesma, além disso, produz uma higiene (saúde) psíquica. Já a curiosidade vã leva a pessoa a sair do foco da vida e se não tem foco na vida, terá na oração? Dificilmente.

Tudo isso pode ser resumido em guardar os sentidos, a imaginação e o coração. O homem não é uma lata de lixo que pode ver tudo, ouvir tudo, experimentar tudo e ainda achar que sairá ileso disso tudo. As imagens e os sons armazenados podem se transformar em lixo. Assim, quando a pessoa se põe em oração é impedida por todo esse lixo que está entulhando o seu coração.

A concentração na oração é uma luta, uma batalha. Hoje foram oferecidas algumas dicas, alguma armas para ajudar nesse combate. Mas, mesmo lutando, seja humilde, lembre-se que a oração com distração também tem valor. Não desista de lutar. Deus aprecia todo o esforço. Com a luta o homem pode se tornar mais forte, mais santo, mais filho de Deus.

O que disse o Papa sobre os preservativos?

Autor: James Akin
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: http://infocatolica.com/blog/

O novo livro de Bento XVI, “Luz do Mundo: o Papa, a Igreja e os Sinais dos Tempos”, nem sequer tinha sido publicado e já estava no centro de uma controvérsia nos meios de comunicação on-line.

A polêmica explodiu na semana passada, quando o L’Osservatore Romano violou unilateralmente o embargo sobre o livro, publicando alguns extratos em língua italiana das diversas declarações do Papa, para grande desgosto dos editores em todo o mundo, que trabalhavam cuidadosamente visando um lançamento orquestrado do livro, que se daria na terça-feira seguinte.

Um dos extratos tratava do uso de preservativos para tentar evitar a propagação da AIDS e a imprensa imediatamente tirou proveito disto (p.ex.: Reuters, Associated Press, BBC Online). E assim, surgiram manchetes como:

– Papa diz que os preservativos são admissíveis em certos casos para deter a AIDS
– Papa: “Os preservativos justificam-se em alguns casos”
– Papa diz que os preservativos podem ser usados na luta contra a AIDS

Particularmente notória é a declaração de William Crawley, da BBC:

“O Papa Bento XVI parece ter alterado a postura oficial do Vaticano sobre o uso de preservativos, adotando uma posição moral que muitos teólogos católicos já recomendavam há muito tempo”.

Bah!

Pois bem: em primeiro lugar, trata-se de um livro de entrevistas. O Papa foi entrevistado. Não estava exercendo seu múnus oficial de ensinar. Este livro não é uma encíclica, uma constituição apostólica, uma bula papal, nem nada semelhante. Não é uma publicação da Igreja. Trata-se de uma entrevista realizada por um jornalista, em idioma alemão. Consequentemente, o livro não representa um ato do Magistério da Igreja, nem tem a capacidade de “alterar a postura oficial do Vaticano” em nada. Não possui força dogmática nem canônica. O livro – que é fascinante e sem precedentes, mas isto é tema para outra oportunidade – constitui aquilo que se classifica como opiniões pessoais do Papa sobre as perguntas questionadas pelo entrevistador Peter Seewald.

E como o Papa Bento XVI observa no livro:

“Há que se dizer que o Papa pode ter opiniões privadas que se encontram equivocadas”.

Não estou assinalando isto para insinuar que naquilo que o Papa Bento XVI fala a respeito dos preservativos está incorreto – chegaremos a este ponto ao seu tempo – mas para indicar o contexto da situação, deixando claro que se trata das opiniões privadas do Papa. São apenas isto: opiniões privadas. Não é ensino oficial da Igreja. Então, continuemos…

Entre os desserviços do L’Osservatore Romano feitos para romper o embargo do livro da maneira que fez, houve também o fato de que apenas publicou um pequeno trecho da seção em que o Papa discutia sobre o uso dos preservativos. Como resultado, o leitor não tinha como ver o contexto das suas declarações e, assim, garantir que a imprensa secular não estava tomando as observações do Papa fora do seu contexto (o que seria feito de qualquer modo, mas talvez nem tanto). Especialmente notório é o fato de que o L’Osservatore Romano omitiu o material onde Bento esclarece sua declaração sobre os preservativos, em uma pergunta logo a seguir.

Com efeito, o L’Osservatore Romano causou um grande dano tanto às comunidades católicas quanto às não-católicas.

Felizmente, agora você pode ler o texto completo das declarações do Papa.

Ademais, prevendo a controvérsia que estas palavras poderiam produzir, a drª. Janet Smith preparou um guia útil sobre o que o Papa disse e não disse.

Lancemos vista aos comentários do Papa, para ver o que ele realmente disse.

“Seewald: (…) Na África, se apontou que o ensino tradicional da Igreja demonstrou ser a única maneira segura de se deter a propagação do HIV. Os críticos, incluindo a crítica dentro das próprias fileiras da Igreja, objetam que é uma loucura proibir a população de alto risco de usar preservativos.

Bento XVI: (…) Em minha intervenção, eu não estava fazendo uma declaração geral sobre o tema do preservativo, mas apenas dizendo – e isto é o que causou grande ofensa -, que não podemos resolver o problema mediante a distribuição de preservativos. Resta muito o que fazer. Devemos estar próximos das pessoas; devemos guiá-los e ajudá-los; e temos que fazer isto antes e depois do contágio com a doença. É um fato, como você já sabe, que as pessas podem obter preservativos quando o desejarem, de qualquer modo. Porém, isto serve apenas para demonstrar que os preservativos por si próprios não resolvem o problema em si mesmo. Muito mais precisa ser feito. Enquanto isso, no âmbito secular, desenvolveu-se a teoria chamada ‘ABC’ – abstinência, fidelidade, preservativo -, em que se entende o preservativo somente como um último recurso, quando os outros dois pontos foram rejeitados. Isto quer dizer que concentrar-se no preservativo implica em uma banalização da sexualidade, e, além de tudo, é precisamente a origem perigosa da atitude da sexualidade, não como a expressão do amor, mas como uma espécie de entorpecente que as pessoas administram a si mesmas. Esta é a razão pela qual a luta contra a banalização da sexualidade é parte também da luta para garantir que a sexualidade seja tratada como um valor positivo e para que possa ter um efeito positivo na totalidade de ser do homem”.

Consideremos que o argumento geral do Papa é que os preservativos não resolvem o problema da AIDS. Em apoio disto, ele aponta vários argumentos:

1) As pessoas já podem obter preservativos, mas é evidente que o problema não foi resolvido.

2) No mundo secular foi proposto o ‘Programa ABC’, em que o preservativo só será usado quando os dois primeiros procedimentos verdadeiramente eficazes – a abstinência e a fidelidade – tiverem sido rejeitados. Assim, a proposta secular do ABC reconhece inclusive que os preservativos não são a única solução. Eles não funcionam tão bem quanto a abstinência e a fidelidade. Os dois primeiros são melhores.

3) Concentrar-se no uso do preservativo representa uma banalização (trivialização) da sexualidade, que se converte de ato de amor em ato de egoísmo. Para que o sexo desempenhe o papel positivo que deve ter, esta banalização do sexo – e, portanto, a fixação nos preservativos – deve ser resistida.

Esse é o contexto da afirmação que a imprensa reproduziu:

“Pode haver casos individuais justificados como, por exemplo, quanto um prostituto usa um preservativo, e isto pode ser um primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver novamente a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Porém, não é realmente a maneira de tratar com o mal da infecção pelo HIV, o que realmente pode apenas vir de uma humanização da sexualidade”.

Há várias coisas a se considerar: em primeiro lugar, leve em conta que o Papa diz que: “Pode haver casos individuais justificados”, e não que: “Está justificado”. Esta é uma linguagem especulativa. Mas sobre o quê o Papa especula? Que o uso do preservativo está moralmente justificado? Não, não foi isso o que ele disse, mas que pode haver casos “sempre e quando [o uso do preservativo] pode ser um primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver novamente a consciência de que nem tudo é permitido”.

Em outras palavras, como diz Janet Smith:

“O Santo Padre está simplesmente observando que para alguns prostitutos homossexuais o uso de um preservativo pode indicar um despertar do sentido moral, um despertar acerca de que o prazer sexual não é o valor máximo, mas que devemos ter o cuidado de não prejudicar ninguém em nossas escolhas. Ele não está falando de uma moralidade do uso de preservativos, mas de algo que pode ser certo sobre o estado psicológico daqueles que os usam. Se estas pessoas, usando preservativos, o fazem com o fim de evitar prejudicar outras, com o passar do tempo perceberão que os atos sexuais entre membros do mesmo sexo são intrinsecamente maus, já que não estão de acordo com a natureza humana”.

Pelo menos isto é o máximo que se pode razoavemente inferir das declarações do Papa, o que poderia ser expresso com maior clareza (e espero que o Vaticano emita um esclarecimento urgente).

Em segundo lugar, repare que o Papa segue imediatamente sua declaração acerca da prostituição homossexual usuária de preservativos com a afirmação: “Porém, não é realmente a maneira de se tratar com o mal da infecção pelo HIV, o que realmente pode apenas vir de uma humanização da sexualidade”.

Por “uma humanização da sexualidade”, o Papa quer reconhecer a verdade sobre a sexualidade humana, que deve ser exercida de maneira amorosa, fiel entre um homem e uma mulher unidos em matrimônio. Esta é a verdadeira solução e não colocar um preservativo e manter relações sexuais promíscuas com pessoas infectadas com um vírus mortal.

Neste momento da entrevista, Seewald faz uma pergunta de continuidade, e é verdadeiramente um crime que o L’Osservatore Romana não tenha reproduzido esta parte:

“Seewald: Quer dizer, então, que a Igreja Católica, na realidade, não se opõe em princípio ao uso dos preservativos?

Bento XVI: Ela, obviamente, não os considera como solução real ou moral, porém, neste ou em outro caso, pode haver, todavia, a intenção de reduzir o risco da infecção, como um primeiro passo para uma forma distinta e mais humana de viver a sexualidade”.

Assim, Bento XVI reitera que esta não é uma solução real (prática) para a crise da AIDS, nem tampouco uma solução moral. No entanto, em alguns casos, o uso de preservativo mostra “a intenção de reduzir o risco da infecção”, que é “um primeiro passo para… uma forma mais humana de viver a sexualidade”.

Portanto, não está dizendo que o uso de preservativos é justificado, mas que pode mostrar uma intenção particular e que esta intenção é um passo na direção correta.

Janet Smith oferece uma analogia útil:

“Se alguém fosse assaltar um banco e estava decidido em empregar uma arma de fogo, seria melhor para essa pessoa usar uma arma desmuniciada: reduzir-se-ia o risco de lesões mortais. Porém, não é tarefa da Igreja ensinar possíveis assaltantes de banco a assaltar bancos de uma maneira mais segura; menos ainda é tarefa da Igreja apoiar programas para oferecer a possíveis assaltantes de banco armas de fogo incapazes de ser municiadas. Não obstante, a intenção de um assaltante de banco em assaltar um banco de uma maneira que é mais segura para os funcionários e clientes do banco pode indicar um elemento de responsabilidade moral que poderia ser um passo para a compreensão final da imoralidade que é o assalto a bancos”.

Muito mais se poderia dizer de tudo isto, mas pelo que vimos, já resta claro que as declarações do Papa devem ser lidas com cuidado e que não constituem o tipo de licença para o uso de preservativos que os meios de comunicação desejam.

Há mais por vir…

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