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“O Padre Pio está comigo nos exorcismos – e o diabo tem medo”

O arrepiante depoimento de um discípulo do pe. Amorth, um dos maiores exorcistas do último século

O pe. Piero Catalano é um discípulo espiritual do pe. Gabriele Amorth, falecido sacerdote italiano que era considerado um dos maiores exorcistas do mundo. O pe. Piero, que também é italiano, conta que, durante os exorcismos que realiza, recorre a relíquias de santos e invoca com grande eficácia o auxílio do Santo Padre Pio de Pietrelcina, a quem o diabo se refere como “o homem da barba” ou “Francesco Forgione“. Não é a primeira vez que um exorcista revela o quanto o diabo tem ódio e medo do simples nome do Padre Pio.

A vocação do pe. Piero

Depois de uma juventude dedicada ao voluntariado através do Movimento Gen, ligado aos Focolares, Piero foi ordenado sacerdote no dia 8 de dezembro de 1988, festa da Imaculada Conceição. Desde então, tem sido pároco em várias igrejas de Reggio Calabria, no sul da Itália.

Ele se preparou durante anos para exercer o ministério do exorcismo. Filho espiritual do pe. Amorth, pratica orações de libertação há 18 anos e, há três, foi oficialmente nomeado exorcista.

Corriere della Sera – L’esorcista calabrese

“Medo até de mencioná-lo”

O pe. Piero guarda muitas relíquias de santos, que usa durante os exorcismos. Outra de suas “armas” contra o diabo, especialmente poderosa, é o nome (e a presença) de São Pio de Pietrelcina.

De acordo com o testemunho do sacerdote, São Pio muitas vezes se faz presente durante os exorcismos, a ponto de a pessoa possuída revelar medo e fazer afirmações como “O homem da barba está aqui!“. O exorcista então pergunta: “E por acaso ele se chama São Pio de Pietrelcina?“. O possuído responde sem nomeá-lo: “Não! Ele se chama Francesco Forgione“.

O pe. Piero reforça:

“O demônio tem medo até de mencionar o Padre Pio”.

@DR

A presença diabólica

O exorcista conta que procura discernir primeiramente se há de fato uma possessão. Se julgar que não se trata de um caso real de presença do diabo, ele se limita a fazer uma oração de libertação.

Para conhecer melhor quais costumam ser os indícios de real possessão diabólica, o leitor pode consultar o artigo “Possessão demoníaca: os sinais que a medicina não consegue explicar”. ACESSE-O AQUI.

“Você quer vir para o meu lado?”

O pe. Piero relata:

“O diabo faz todo o possível para tentar também a nós, exorcistas. Uma vez ele me perguntou: ‘Quanto você quer para passar para o meu lado?’. Eu ri, porque fiz uma escolha pela pobreza. Não tenho dinheiro nem para pagar meu funeral e compartilho tudo com os pobres. E ele: ‘Se eu pudesse, mataria você neste instante’. Eu respondi: ‘Mas você não pode, porque eu pertenço a Jesus!’”.

Pe. Gabriele Amorth: “Cada diocese deveria ter um exorcista”

O célebre exorcista propõe a retomada dos estudos de angelologia e de demonologia nos seminários e a extensão do ministério do exorcistado a todos os sacerdotes

Por Stefano Stimamiglio

Pe. Amorth, falando sobre a figura do exorcista, é verdade que cada diocese tem um?

Este é um grande problema. Existem dioceses que não têm. Um bispo me disse que não nomeava um na diocese dele porque tinha medo do diabo. Tem outros que nem sequer acreditam. E tem vezes que os bispos que gostariam de nomear um exorcista não encontram sacerdotes disponíveis para esse ministério, ou, quando encontram, eles não desempenham o ministério com toda a seriedade devida; eles aconselham um psiquiatra ou dão no máximo uma bênção. O resultado? Poucos exorcistas, todos sobrecarregados.

Por que acontece isso?

Eu acho que é por falta de fé. Há exorcistas nomeados pelos bispos que nem sequer acreditam na existência do diabo… Outras vezes é medo: eles acreditam, mas se iludem, erroneamente, achando que, se o deixarem quieto, ele não vai incomodá-los. Muito pelo contrário: quanto mais você o combate, mais ele se afasta!

Mas cada diocese não deveria ter um exorcista?

Deveria. Eu quero encontrar o papa e pedir três coisas. Primeiro, que cada diocese tenha pelo menos um exorcista. Segundo, a volta dos estudos de angelologia e de demonologia nos seminários e que os sacerdotes prestes a se ordenar acompanhem pelo menos um exorcismo. Muitos padres jovens começam o ministério sem nenhuma ideia dessas realidades espirituais, com o risco de negligenciar a parcela do povo de Deus que sofre de males espirituais e que, embora não seja tão numerosa, tem direito de ser atendida. Em terceiro lugar, quero pedir que o papa estenda o ministério de exorcistado a todos os sacerdotes, sem necessidade de qualquer permissão especial, deixando cada um livre para exercê-lo ou não. Sua Santidade acha possível, eu perguntaria, que um sacerdote consagre o Corpo e o Sangue de Cristo e perdoe os pecados e depois não possa fazer exorcismos, que não são nada mais do que simples orações, embora específicas?

Como é nas outras confissões?

Na Igreja ortodoxa não é difícil encontrar um exorcista. Já me disseram, por exemplo, que cada mosteiro na Romênia tem um. Basta pedir. É mais ou menos como acontece conosco no caso da confissão. Antes do século IV, quando foi estabelecido o ministério do exorcistado, era mais fácil encontrar um exorcista: todos os batizados podiam fazer esse tipo de oração, fossem homens, mulheres e até mesmo crianças.

Fonte: Aleteia

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