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Existe verdadeira liberdade para aqueles que obedecem?

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A palavra liberdade, como tantas outras, pode ser usada no sentido próprio ou no sentido analógico. No primeiro, liberdade é estar livre, não estar acorrentado, enjaulado, amarrado por correntes. Já no sentido derivado (analógico), a palavra é utilizada para designar o que tecnicamente se chama de livre arbítrio, que é a escolha que cada pessoa tem diante dos fatos da vida. Ao confundir os dois sentidos o que acontece é busca por uma falsa liberdade.

Quando o livre arbítrio é utilizado para desobedecer a Deus, no ato de desobediência o homem se torna escravo do pecado. Foi o que aconteceu com Adão e Eva que, ao comerem do fruto proibido, tornaram-se escravos do demônio e do pecado. A humanidade assim permaneceu até que Jesus encarnou-se. Com seu poder, Ele libertou a humanidade dos grilhões do pecado.

O pecado vicia, escraviza. Esta é uma verdade que pode ser constatada pelo simples olhar para dentro de si mesmo. Já a obediência liberta.

Eva ouviu um anjo mau no Paraíso desobedeceu a Deus e com aquele ato entrou no mundo a escravidão e o pecado. Maria, num outro jardim, ouviu o anjo Gabriel e obedeceu, dizendo “Eis aqui a serva do Senhor” e nunca uma mulher foi tão absolutamente livre e desapegada. É por isso que ela é chamada de “a mais feliz de todas as mulheres”, a bem-aventurada. O caminho da felicidade é o caminho da obediência porque a desobediência só gera a escravidão.

Lúcifer e os Franciscanos

Fonte: Dominus Est

São Francisco de Assis e o diabo

Certo dia, enquanto Lúcifer, o príncipe do abismo, montado sobre um dragão alado, inspecionava o mundo sublunar para julgar por si mesmo o progresso de suas conquistas, ele ficou extremamente decepcionado, voltando, com o coração pesado, para seus Estados sombrios.

– Perdemos cotidianamente, disse ele tristemente a um dos seus fiéis. Acabo de ver uma nova ordem religiosa que nos arruinará se não ficarmos atentos com ela. Chamam-nos de Franciscanos. Filhos ardentes de um pai que nos tirou muitas almas, eles são tão humildes, tão caros aos povos, tão inacessíveis para nós, que se dormirmos, esses mendicantes esfarrapados não nos deixarão um único lugar aonde possamos aparecer. Preciso então, Asmodeu, de toda tua astúcia. Esses homens, sob sua regra santa, levam uma vida apostólica. Sua regra não foi estabelecida por uma simples inspiração do alto: O próprio Deus a ditou a Francisco. E enquanto Francisco, comovido de piedade por seus sucessores, lhe perguntou de onde seres submissos às fraquezas humanas tirariam a força necessária para observar os vinte e cinco preceitos cujos ela se compõe, preceitos tão rigorosos que nenhum pode ser infringido sem pecado mortal: – Não se preocupe com isso, respondeu-lhe o Senhor. Eu me encarrego de suscitar aqueles que os guardarão.

– Mas ele não disse, interrompeu Asmodeu, que todos, sem exceção, seriam fiéis.

– Se ele o tivesse dito, retomou Lúcifer, todos os nossos esforços seriam inúteis. Vá então para a Espanha. Dirija-te para Toledo, que hoje é sua principal cidade. Lance aí as sementes da impiedade entre os homens de uma condição média, e nos corpos dos mercadores, aos quais os monges devem as esmolas que lhes possibilitam viver. Impeça que a devoção se enraíze sem seus corações. Os espanhóis guardam fortemente as impressões que eles uma vez receberam. Não te preocupes demais com os ricos. Seus desejos imoderados agirão de forma eficaz. Quanto a mim, fico em Lucques, onde trabalho para impedir esses monges de conservar um convento que eles fundaram aí. Os habitantes já estão prontos para transformar as esmolas que eles lhes concedem em injúrias e em ofensas. Vá então, e façamos de modo que essa nova nave da Igreja se choque contra os recifes ímpios e os corações rebeldes. Quando for recusado aos capuchinhos o estrito necessário, eles terão dificuldade em se defender das práticas da fraqueza humana.

Asmodeu obedeceu com alegria, e se afastou imediatamente. Não sabemos muito o que ele fez em Toledo. Mas em Lucques o príncipe do inferno logo viu que plano o ele tinha concebido começou a dar resultados. Os burgueses, cedendo às suas sugestões, ficaram surdos às orações dos bons religiosos. As esmolas pararam completamente. Certo Ludovico, o mais rico, mas também o mais ímpio dos habitantes de Lucques, se distinguiu sobretudo pela brutalidade de suas recusas. O superior não conseguiu reanimar o fervor dos fiéis. Perseguido, ameaçado, ele se viu até forçado a voltar para seu convento, cujas portas quase não podiam mais protegê-los, ele e seus monges, dos ultrajes da multidão. O governador da cidade, levado pelo ódio popular, inicialmente comprometeu os religiosos a deixarem uma região onde não se queria mais suportá-los. Logo ele tenta constrangê-los a isso. Privados de todos os recursos, esgotados pela fome que os pressionava, a coragem dos religiosos enfraqueceu, com efeito. E eles falavam de vender os vasos sagrados, de procurar em outro lugar uma terra menos inospitaleira. O superior, cuja piedosa firmeza tinha até então resistido às instâncias de seus irmãos, acabou por chancelar também. Então Lúcifer triunfou. E se acreditou prestes a atingir o objetivo que ele se propusera. Mas sua alegria não durou muito. De repente, através de uma luz radiante, ele ouve uma voz conhecida que lhe diz:

O Papa lembra que o Paraíso é o verdadeiro fim do terreno peregrinar

VATICANO, 15 Ago. 06 (ACI) .- Depois de celebrar a Missa pela Solenidade da Assunção da Virgem Maria, o Papa Bento XVI rezou o Ángelus do balcão do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo e em suas palavras introdutórias disse que o peregrinar terreno de todo ser humano deve ter como fim o Paraíso.

Antes de iniciar a oração Mariana, o Santo Padre afirmou que a “liturgia nos chama hoje a esta consoladora verdade de fé: No céu apareceu um sinal grandioso: uma mulher vestida de sol, com a lua sob seus pés e sobre sua cabeça uma coroa de doze estrelas”.

“Nesta mulher deslumbrante de luz –continuou o Pontífice– os Pais da Igreja reconheceram Maria. Em seu triunfo o povo cristão peregrino na história vê a realização de suas esperas e o sinal certo de sua esperança”.

Em seguida o Pontífice lembrou que “Maria é exemplo e sustento para todos os fiéis: anima a não perder a confiança diante das dificuldades e aos inevitáveis problemas de todos os dias. Assegura-nos sua ajuda e nos lembra que o essencial é procurar e pensar nas coisas do alto e não naquelas da terra”.

O Papa fez uma referência ao viver cotidiano, quando “tomados pelas preocupações arriscam o pensar que aqui, neste mundo no qual estamos só de passagem, seja o fim último da humana existência”.

“Ao contrário, é o Paraíso a verdadeira meta de nosso peregrinar terreno. Quão diversas seriam nossas jornadas se fossem animadas por esta perspectiva”, disse.

Ao referir-se aos Santos acrescentou que “suas existências testemunham que quando se vive com o coração constantemente dirigido ao céu, as realidades terrenas são vividas em seu justo valor porque o que as ilumina é a verdade eterna do amor divino”.

Depois do Ângelus, o Papa se dirigiu aos peregrinos de língua espanhola, saudando especialmente os fiéis presentes das paróquias Assunção de Nossa Senhora, de Lliria, e de São Francisco Xavier, de Murcia, e ao grupo da Obra da Igreja. “A todos encomendo sob o constante amparo de nossa Mãe celestial e lhes dou com afeto minha Bênção”, disse.

Deste modo Bento XVI invocou a Virgem Maria para que conceda a todos a paz, aludindo às dificuldades pelas que atravessam atualmente o Líbano, Sri Lanka e Iraque.

Finalmente, e após saudar outros grupos presentes em diversas línguas, o Santo Padre deu sua Bênção Apostólica.

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