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10 Atributos Divinos de Jesus Cristo

Por Brian Chilton | Mark Lowry escreveu uma bela música chamada Mary, Did You Know. A música apresenta perguntas que Mark pediria a Mary se ele tivesse a chance. Uma das perguntas pergunta: “Mary, você sabia? … que quando você beijou seu bebêzinho, você beijou o rosto de Deus?“.

Ao longo dos milênios, os cristãos reconheceram que Jesus é oFilho Incarnado de Deus. No entanto, pode ter procurado contestar o pedido, sustentando que Jesus era meramente um bom homem, mas não Deus. Grupos como Testemunhas de Jeová traduzem suas próprias versões da Escritura, tentando escrever as reivindicações divinas feitas sobre Cristo. No entanto, é impossível não ver os múltiplos atributos divinos de Jesus em todas as páginas da Escritura.

Um exame completo das Escrituras indica que Jesus possui múltiplos atributos divinos normalmente atribuídos a Deus. Pelo menos dez atributos divinos messiânicos são encontrados na Escritura.

1. O Messias possui o atributo divino da  vida  (Jo 1,4; Jo 14,6)

O atributo divino da vida descreve a capacidade de proporcionar vida, até a vida eterna. Esse tipo de vida só pode ser dado por alguém que é eterno.

  • “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1,4).
  • “Jesus disse a ele:” Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai exceto por mim.  Se você me conhece, você também conhecerá meu Pai. De agora em diante você o conhece e o viu “(Jo 14,6).

2. O Messias possui o atributo divino da  existência própria  (Jo 5,26; Hb 7,16)

Isso significa que Cristo é incriado e existe por si só, um atributo que só Deus poderia manter.

  • “Pois, assim como o Pai tem a vida em si mesmo, também ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo” (Jo 5,26).
  • “. . . que não se tornou um sacerdote baseado em uma regulamentação legal sobre descendência física, mas baseada no poder de uma vida indestrutível “(Hb 7,16).

3. O Messias possui o atributo divino da  imutabilidade  (Hb 13,8)

A imutabilidade significa que ele é imutável. Enquanto os seres finitos podem e mudam, um ser infinito não.

  • “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e sempre” (Hb 13,8).

4. O Messias possui o atributo divino da  verdade  (Jo 14,6; Apocalipse 3,7)

Tito 1,2 observa que Deus não pode mentir. Não é que Deus escolhe não mentir, mas sim que ele não pode, porque isso vai contra sua natureza. Afirmar que Deus é verdade significa que a essência de Deus é pura verdade e não possui falsidade. A Escritura observa que Jesus possui esse atributo.

  • “Jesus disse a ele:” Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai exceto por mim.  Se você me conhece, você também conhecerá meu Pai. De agora em diante você o conhece e o viu “( Jo 14,6 ).
  • “Escreva ao anjo da igreja na Filadélfia: Assim diz o Santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém se fechará, e que se fecha e ninguém abre” ( Apocalipse 3,7 ).

5. O Messias possui o atributo divino do  amor  (1 Jo. 3,16)

Deus é entendido como omnipresente; isto é, todo amoroso. Em Deus, não há ódio se ele puder ser dito ser amor absoluto. Os teólogos entendem que a ira de Deus está enraizada no amor de Deus e na sua santidade. As Escrituras observam que Jesus possui o atributo divino do amor.

  • “É assim que conhecemos o amor: Ele deu a vida por nós. Devemos também estabelecer nossas vidas para nossos irmãos e irmãs “( 1 Jo 3,16 ). Veja também João 3,16 .

6. O Messias possui o atributo divino da  santidade  (Lc 1,35, Jo 6,69; Hb 7,26)

Deus é absolutamente sagrado. A santidade absoluta é uma pureza abrangente, na qual nenhum mal é possuído. Em outras palavras, Deus é o bem absoluto. As Escrituras afirmam que Jesus possui esse atributo divino de santidade que é necessário se ele é redimir a humanidade de seus pecados.

  • “O anjo respondeu-lhe:” O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo irá ofuscar você. Portanto, o santo a nascer será chamado o Filho de Deus “( Lc 1,35 ).
  • “Acabamos de acreditar e sabemos que você é o Santo de Deus” ( Jo 6,69 ).
  • “Porque este é o tipo de sumo sacerdote que precisamos: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e exaltado acima dos céus” ( Hb 7,26 ).

7. O Messias possui o atributo divino da  eternidade  visto nesta passagem e em Jo 1,1

Deus é entendido como eterno. Ele não tem começo nem fim. Diz-se que o Messias possui o mesmo atributo eterno.

  • “Belém Ephrathah, você é pequeno entre os clãs de Judá; virá de você ser governante sobre Israel para mim. Sua origem é da antiguidade, dos tempos antigos “(Mic 5,2).
  • “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus” (Jo 1,1).

8. O Messias possui o atributo divino da  onipresença  (Mt 28,20; Efésios 1,23)

A omnipresença é a capacidade divina de Deus de estar em todos os lugares em todos os momentos. Enquanto Jesus se tornou monopresente durante seu tempo na terra, ele diz ter o atributo divino da onipresença em seu estado eterno.

  • “E lembre-se, eu estou com você sempre, até o fim dos tempos” ( Mt 28,20 ).
  • “E  submeteu tudo sob seus pés  e designou-o como a cabeça sobre tudo para a igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que preenche todas as coisas de todos os modos” ( Efésios 1,22-23 ).

9. O Messias possui o atributo divino da  onisciência  (Mt 9,4; Jo 2,24-25; Atos 1,24; 1 Cor 4,5; Col 2,3)

A onisciência é o atributo divino de Deus para conhecer todas as coisas. Este é um conceito extremamente profundo, pois Deus conhece todas as coisas que podem ser por seu conhecimento natural, todas as coisas que serão por seu conhecimento livre e todas as coisas que seriam por seu conhecimento médio. Jesus é onisciente.

  • “Percebendo seus pensamentos, Jesus disse:” Por que você está pensando nas coisas más em seus corações? “( Mt 9,4-5 ).
  • “Jesus, no entanto, não se confia a eles, já que ele conhecia todos  e porque não precisava de ninguém para testemunhar sobre o homem; pois ele próprio sabia o que havia no homem “( Jo 2,24-25 ).
  •  Então eles oraram: “Você, Senhor, conhece os corações de todos; mostre qual destes dois você escolheu  tomar o lugar neste ministério apostólico que Judas deixou para ir onde ele pertence “( Atos 1,24-25 ).
  •  Portanto, não julgue nada antes, antes que o Senhor venha, quem vai trazer à luz o que está escondido na escuridão e revelar as intenções dos corações. E então o louvor virá a cada um de Deus “( 1 Cor 4,5 ).
  • “Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento” ( Colossenses 2,3 ).

10. O Messias possui o atributo divino da  onipotência  (Mt 28,18; Apocalipse 1,8)

A onipotência é o atributo divino de Deus que indica o poder total de Deus. Deus tem autoridade completa e força máxima. Jesus possui o mesmo atributo.

  • “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt 28, 18).
  • “Eu sou o Alfa e o ômega”, diz o Senhor Deus, “aquele que é, quem era e quem virá, o Todo-Poderoso” ( Apocalipse 1,8 ).

Como aprendi de vários professores da Universidade da Liberdade, a teologia bíblica deve moldar nossa teologia sistemática. Da Escritura, pode-se ver claramente que Jesus é Deus encarnado. É inquestionável. É por isso que considero que é preciso aceitar o aspecto divino de Jesus para realmente ser parte da fé cristã ortodoxa.

Sabia que a Bíblia lhe diz como amar sua esposa?

Você tem uma companheira para a vida inteira, que bênção! Agradeça a Deus e reze por ela diariamente.

Pense em quão solitário você ficaria sem ela. Adão ficou sozinho e não foi bom para ele, então Deus lhe deu uma esposa. Você tem uma companheira para a vida inteira, que bênção! Agradeça a Deus e reze por ela diariamente.

Os esposos têm a responsabilidade de amar e honrar suas esposas. Você gostaria de ser um esposo que ama sua esposa assim como Cristo ama a Igreja? Então siga estes conselhos da Bíblia:

1. Ame sua esposa como Cristo amou a Igreja (Efésios 5, 25)

O amor de Jesus pela Igreja é ilimitado, nada o detém. Ele deu sua vida pela Igreja. Sob a autoridade de Deus, ame sua esposa como se você desse sua vida a Deus.

2. Ame sua esposa da mesma maneira como você ama sua vida (Efésios 5, 28-33)

Cuide das necessidades e do bem-estar da sua esposa. Sinta sua dor e doença, alegre-se com sua saúde como se fosse sua própria vida. As necessidades espirituais, físicas, emocionais e econômicas dela devem merecer seu esforço absoluto. Só dessa maneira você poderá amá-la e provê-la, assim como você faz com sua própria pessoa.

3. Seja compreensivo (1 Pedro 3, 7)

Para ser compreensivo, é preciso renunciar a si mesmo. Quando ela precisar carregar coisas pesadas, ajude-a! Se precisar de tempo, proporcione-o! Auxilie sua esposa com toda a sua energia; mostre-lhe seu amor com toda consideração. Reze e peça a Deus a graça de ver em que momentos você poderia ser mais compreensivo, e melhore seu comportamento.

4. Não seja áspero com sua esposa (Colossenses 3, 19)

Quando uma esposa é sensível, as respostas ásperas, sua raiva, os tons de voz de irritação e impaciência a afetarão profundamente. Dirija-se a ela sempre com amabilidade e respeito. Lembre-se de que sua esposa é um presente precioso que Deus lhe deu.

5. Honre seu casamento, mantendo-o puro (Hebreus 13, 4)

Jesus nos recorda que os olhares maliciosos são adultério (Mateus 5, 28). Mantenha seu casamento puro, treinando seu coração e seus olhos para que sejam fiéis à sua esposa. Seu matrimônio colherá grandes frutos! Agradeça ao Senhor pela beleza e valorize-a, mas mantenha seus olhos, mente e coração em sua esposa.

6. Não se deixe seduzir por outras mulheres (Provérbios 5, 20)

Cuidado para não deteriorar a visão que você tem da sua esposa, pois, assim você estará menos satisfeito com ela e ela se sentirá menos especial para você. Nenhum homem pode criar o hábito de ficar olhando para outras mulheres sem que sua esposa perceba. Peça a Deus a graça de sempre achar sua esposa atraente e ter olhos somente para ela.

7. Elogie sua esposa (Provérbios 31, 28-29)

Diga-lhe quão especial ela é e que é melhor que qualquer outra mulher no mundo. Não mencione apenas sua beleza física, mas tudo o que você valoriza nela como mulher. Ela precisa desses elogios e espera ouvi-los de você.

8. Seja agradecido pela sua esposa (Provérbios 18, 22)

Pense em quão solitário você ficaria sem ela. Adão ficou sozinho e não foi bom para ele, então Deus lhe deu uma esposa. Você tem uma companheira para a vida inteira, que bênção! Agradeça a Deus e reze por ela diariamente.

9. Seja um só carne com sua esposa, em todos os sentidos (Mateus 19, 5)

Curta a vida ao lado dela. Procure chegar cedo em casa para estar com ela. Pense nela durante o dia, telefone para ela com frequência. Aprendam a chegar a acordos como casal. Invistam seu tempo em conversar e compartilhar todos os eventos do dia. Mostre um interesse genuíno, escutando atentamente, prestando total atenção e olhando para ela.

10. Honre sua esposa, como herdeira do dom da graça (1 Pedro 3, 7)

No sacramento do matrimônio, você e sua esposa receberam a mesma graça: cultive-a! Ore com ela, participem juntos da Missa, visitem o Santíssimo Sacramento, rezem o terço. Construam seu casamento alicerçados em Jesus e ao amparo de Maria.

Fonte: Aleteia

Mateus 16, 18: Estudiosos protestantes Adversus protestantes

 Fonte: Apologistas Católicos

INTRODUÇÃO


 Como sabemos, é costume protestante afirmar que a Pedra mencionada por Jesus em Mateus 16, 18, não era o próprio apóstolo Pedro. Já vimos aqui em outra matéria a análise grega do texto (ser visto aqui) e a analise de como os primeiros cristãos interpretavam a passagem (Podem ser vistas aqui, aqui e aqui). Apesar disto, muitos protestantes ainda teimam em argumentar que Pedro era um “pedregulho” ou “pedrinha” e não a própria Pedra mencionada por Jesus. Baseado nisto, resolvi não mais usar meus argumentos para mostrar aos protestantes qual a interpretação da passagem, e sim mostrar a interpretação de outros célebres conhecedores do grego, primeiro fizemos de São Jerônimo, um dos mais renomados estudiosos e tradutores do grego da história cristã (pode ser vista aqui),  depois partimos para os Padres Gregos (pode ser vista aqui), pois nada é melhor do que mostrar os teólogos que tinha o grego koiné como língua materna, e agora na ultima desta série, partiremos para mostrar aos protestantes o que estudiosos, biblistas e exegetas protestantes tem a dizer. Fiz uma seleção dos mais conhecidos e usados estudiosos protestantes. Vamos então ver o que estes tem a nos dizer do texto grego:

“κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, καὶ ἐπὶ ταύτῃ τῇ πέτρᾳ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς.

 

ESTUDIOSOS PROTESTANTES SOBRE MATEUS 16, 18


 

 NÃO HÁ DISTINÇÃO ENTRE “PETROS” E “PETRA”

Gostaria de mostrar, primeiro, um dos dicionários do Novo Testamento mais conhecidos entre os protestantes da atualidade,  o dicionário de James Strong, na sua definição da tradução de PETRA ele diz o seguinte em inglês:

“(4073) pe>tra, — pet’-ra; feminine of the same as Pe>tros (4074); a (mass of) rock (literal or figurative): — rock.”

Tradução:

“(4073) p e t r a, – pet’-ra; feminino do mesmo que P e t r o s, um (massa) rocha (literal ou figurado): – rocha.”

Ora, um dos mais renomados dicionários protestantes da atualidade diz que PETRA e PETRUS são a mesma coisa e que petra é o feminino de Petrus e ainda aparecem nos protestantes para dizer-nos que PETRUS é pedrinha? Quem desejar conferir no próprio dicionário protestantes pode acessar este link abaixo e verificar:

http://www.htmlbible.com/sacrednamebiblecom/kjvstrongs/FRMSTRGRK40.htm

Vamos a mais 5 estudiosos protestantes para mostrar que não há diferença nenhuma entre as palavras.

Em aramaico ‘Pedro’ e ‘Rocha’ são a mesma palavra, em grego (aqui), são termos cognatos que foram usados ​​indistintamente por este período.” (Craig S. Keener, The IVP Bible Background Commentary New Testament, (Downer’s Grove, IL: Intervarsity Press, 1993), 90.)

Embora seja verdade que petros e petra podem significar ‘pedra’ e ‘rocha’, respectivamente, no início grego, a distinção está amplamente confinada à poesia.” – (Frank E. Gaebelein, ed., The Expositor’s Bible Commentary: Volume 8 (Matthew, Mark, Luke), (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1984), 368.)

Muitos insistem na distinção entre as duas palavras gregas, ‘Tu és Petros e sobre esta Petra’  sustentando que se a rocha significava Pedro, tanto petros e petra teria que ser usados usado duas vezes, e que petros significa uma pedra ou fragmento quebrado separado, enquanto petra é a rocha maciça, mas essa distinção é quase totalmente confinada a poesia, a palavra comum prosa em vez de petros como sendo lithos; nem é a distinção uniformemente observada. (John A. Broadus, Commentary on the Gospel of Matthew, (Valley Forge, PA: Judson Press, 1886), 355.)

Convido ao leitor protestante a ler este livro de John Broadus sobre o evangelho de Mateus, especificamente tudo o que diz respeito a Mateus 16, 18, é só clicar na referência que poderá ler toda a pagina online.

João Calvino contra a interpretação protestante

Nada melhor do que mostrar um pai do protestantismo, refutando a interpretação de seus seguidores:

Eu admito que em grego Pedro (Petros) e pedra (petra) significam a mesma coisa, salvo que a primeira palavra é Ático [do antigo dialeto grego clássico da região da Ática], o segundo da língua comum” (John Calvin, Calvin’s New Testament Commentaries: The Harmony of the Gospels Matthew, Mark, and Luke, vol. 2, 188.)

Veremos por ultimo agora o que diz o autor protestante Gerhard Friedrich:

O trocadilho óbvio que tem feito o seu caminho para o  texto grego também sugere uma identidade material entre petra e Petros, tanto mais que é impossível diferenciar estritamente entre os significados das duas palavras.” (Gerhard Friedrich, ed., and Geoffrey W. Bromley, trans. and ed., Theological Dictionary of the New Testament, vol. VI, (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1968), 98-99.)

 “ESTA PEDRA” SE REFERE A PEDRO

 

Qualquer estudioso sério reconhece que Pedro é a Pedra mencionada por Jesus, apesar das alegações contrárias, e isso não foi diferente com muitos escritores protestantes que nos relatam as conclusões que veremos a baixo:

Jesus, então, está prometendo a Pedro que ele vai construir sua igreja sobre ele! Eu aceito este ponto de vista.” (William Hendriksen, New Testament Commentary: Exposition of the Gospel According to Matthew, (Grand Rapids, MI: Baker, 1973), 647.)

Hoje em dia um amplo consenso que – de acordo com as palavras do texto – se aplica a promessa a Pedro como uma pessoa. Neste ponto teólogos liberais (HJ Holtzmann, E. Schweiger) e conservadores (Cullmann, Flew) concordam, bem como representantes da exegese católica romana.”. (Gerhard Maier, “The Church in the Gospel of Matthew: hermeneutical Analysis of the Current Debate,” trans. Harold H. P. Dressler, in D. A. Carson, ed., Biblical Interpretation and Church Text and Context, (Flemington Markets, NSW: Paternoster Press, 1984), 58)

Pelas palavras ‘Esta pedra’ Jesus fala não a si mesmo, nem o seu ensino, nem Deus o Pai, nem a confissão de Pedro, mas o próprio Pedro” (J. Knox Chamblin, “Matthew,” in Walter A. Eldwell, ed., Evangelical Commentary on the Bible (Grand Rapids: MI: Baker, 1989), 742)

… Se, então, Mateus 16, 18 nos obriga a assumir uma identidade formal e material entre petra e Petros, isso mostra como integralmente o apostolado, e nela a um grau especial a posição de Pedro, pertence e é essencialmente fechado dentro, a revelação de Cristo. Petros se isoo é petra, e não apenas a sua fé ou a sua confissão.” (Gerhard Friedrich, ed., and Geoffrey W. Bromley, trans. and ed., Theological Dictionary of the New Testament, vol. VI, (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1968), 98-99.)

A expressão ‘esta pedra’ quase certamente se refere a Pedro, seguindo imediatamente após o seu nome, assim como as palavras seguindo ‘o ​​Cristo’ em vs. 16 aplicado a Jesus. O jogo de palavras no grego entre o nome de Pedro (Petros) e a palavra ‘pedra’ (petra) só faz sentido se Pedro for a rocha e se Jesus estivesse prestes a explicar o significado desta identificação.” (Craig L. Blomberg, The New American Commentary: Matthew, vol. 22, (Nashville: Broadman, 1992), 251-252.)

A fundação da comunidade messiânica será Pedro, a rocha, que é o destinatário da revelação e criador da confissão (cf. Ef 2, 20). O papel significativo de liderança de Pedro é uma questão de história sóbria… O sentido claro de toda a declaração de Jesus parece concordar melhor com a visão de que a rocha sobre a qual Jesus edifica a Sua Igreja é Pedro.” (William E. McCumber, “Matthew,” in William M. Greathouse and Willard H. Taylor, eds., Beacon Bible Expositions, vol. 1, (Kansas City, MO: Beacon Hill, 1975), 125.)

“‘Tu és Pedra, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.’ Pedro é aqui retratado como a fundação da igreja.” (M. Eugene Boring, “Matthew,” in Pheme Perkins and others, eds., The New Interpreter’s Bible, vol. 8, (Nashville, TN: Abingdon Press, 1995), 345.)

“Deixe-se observar que Jesus não poderia aqui dizer pela rocha, de forma consistentemente com a imagem, porque ele é o construtor. Dizer, ‘Eu construirei’, seria uma imagem muito confusa. A sugestão de alguns expositores que em dizendo: ‘tu és Pedro, e sobre esta pedra’, ele apontou para si mesmo envolve uma artificialidade que para algumas mentes é repulsiva.” (John A. Broadus, Commentary on the Gospel of Matthew, (Valley Forge, PA: Judson Press, 1886), 356.)

Outra interpretação é que a palavra pedra refere-se a si próprio Pedro. Este é o significado óbvio da passagem.” (Albert Barnes, Notes on the New Testament, Robert Fraw, ed., (Grand Rapids, MI: Baker, 1973), 170)

É sobre o próprio Pedro, o confessor de sua messianidade, que Jesus vai edificar a Igreja. O discípulo se torna, por assim dizer, a pedra fundamental da comunidade. Tentar interpretar o ‘pedra’ como algo diferente de Pedro em pessoa (por exemplo, a sua fé, a verdade revelada a ele) são devido ao viés protestante, e apresentam a declaração de um grau de sutileza que é altamente improvável.” (David Hill, “The Gospel of Matthew,” in Ronald E. Clements and Matthew Black, eds., The New Century Bible Commentary, (London: Marshall, Morgan & Scott, 1972), 261)

Alguns intérpretes têm, portanto se referido a Jesus como roccha aqui, mas o contexto é contra isso. Tampouco é provável que a fé de Pedro ou a confissão de Pedro é pretendida. Ela é, sem dúvida, o próprio Pedro, que é para ser a rocha, mas Pedro confessando, fiel e obediente.”- D. Guthrie e outros, The New Bible Commentary, (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1953) [reeditado pela Inter-Varsity Press], 837.

Não há nenhuma boa razão para pensar que Jesus mudou de Petros para petra para mostrar que Ele não estava falando do homem, Pedro, mas de sua confissão como a fundação da Igreja. As palavras ‘sobre esta pedra [petra]; na verdade se referem a Pedro.”.( Herman N. Ridderbos, Bible Student’s Commentary: Matthew, (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1987), 303.)

O jogo de palavras e toda a estrutura da passagem exige que este versículo esteja tão ligado declaração de Jesus sobre Pedro como vs. 16 foi a declaração de Pedro a respeito de Jesus. Claro que é com base na confissão de Pedro de que Jesus declara seu papel como a fundação da igreja, mas é para Pedro, e não sua confissão, que a metáfora da rocha é aplicada.”   (R. T. France, The Gospel According to Matthew, (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1985), 254.)

As freqüentes tentativas que têm sido feitas, raramente no passado, para negar isso em favor da opinião de que a própria confissão é a rocha (por exemplo, mais recentemente Caragounis) parecem estar em grande parte motivado pelo preconceito protestante contra uma passagem que é usada pelos católicos romanos para justificar o papado.” (Donald A. Hagner, “Matthew 14-28,” in David A. Hubbard and others, eds., World Biblical Commentary, vol. 33b, (Dallas: Word Books, 1995), 470.)

Nenhuma palavra é necessária para complementar a conclusão destes autores protestantes.

 

DUAS PALAVRAS DIFERENTES FORAM USADAS POR QUE NÃO SE PODE USAR UM SUBSTANTIVO FEMININO PARA UM HOMEM

O grego faz a distinção entre petros e petra simplesmente porque ele está tentando preservar o trocadilho, e em grego o feminino petra não poderia servir muito bem como um nome masculino”. (Frank E. Gaebelein, ed., The Expositor’s Bible Commentary: Volume 8 (Matthew, Mark, and Luke), (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1984), 368.)

Ao usar ambas as formas masculina e feminina da palavra, no entanto, Mateus não estar tentanto distânciar Pedro, Petros, de ‘esta pedra’, petra. Pelo contrário, o evangelista muda os sexos, simplesmente porque Simão, um macho, é dada uma forma masculina do substantivo feminino para o seu novo nome.” (James B. Shelton, letter to the authors, 21 October 1994, 1, in Scott Butler, Norman Dehlgren, and Rev. Mr. David Hess, Jesus Peter and the Keys: A Scriptural Handbook on the Papacy, (Goleta, CA: Queenship, 1996), 23.)

O nome de Pedro (agora não deu em primeiro, mas profeticamente dado por nosso Senhor em sua primeira entrevista com Simão (João 1, 42)), ou Cefas, que significa uma rocha, a rescisão sendo apenas alterada a partir petra a Petros de acordo com a denominação masculina, denota a posição pessoal deste apóstolo na construção da Igreja de Cristo.” (Henry Alford, The New Testament for English Readers, vol. 1, (Grand Rapids, MI: Baker, 1983), 119.)

A explicação mais provável para a mudança da Petros (‘Pedro’) para petra é que petra era a palavra normal para ‘rocha’. Porque a terminação feminina deste substantivo fez inadequada como nome de um homem, no entanto, Simão não foi chamado petra, mas Petros”. (Herman N. Ridderbos, Bible Student’s Commentary: Matthew, (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1987), 303.)

A palavra feminina para rocha, petra, é necessariamente alterada para o masculino petros (pedra) para dar o nome de um homem, mas a palavra é inconfundível (e em aramaico seria ainda mais assim, como a mesma forma kepha ocorreria em ambos os lugares).(R. T. France, The Gospel According to Matthew, (Grand Rapids, MI: Eerdmans, 1985), 254.)

 

CONCLUSÃO


Se depois de todas essas matérias ainda há algum protestante que negue que Pedro era a Pedra de Mateus 16, 18, resta-nos apenas seguir o que nos ensina as Escrituras:

Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o” (Tito 3, 10)


BIBLIOGRAFIA


 

http://catholicity.elcore.net/SimonIsTheRock.html

http://phatcatholic.blogspot.com.br/2006/09/protestant-scholars-on-mt-1616-19.html


PARA CITAR


 

RODRIGUES, Rafael. Mateus 16, 18: Estudiosos protestantes Adversus protestantes. Disponível em:  < http://www.apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/papado/598-mateus-16-18-estudiosos-protestantes-adversus-protestantes >. Desde: 18/05/2013

Lançamento: Manual de Defesa dos Livros Deuterocanônicos

É com grande alegria e entusiasmo que depois de um longo tempo de pesquisa, estudo e reflexão que temos o prazer de lançar o livro Manual de Defesa dos Livros Deuterocanôncos de autoria de Rafael Rodrigues, autor e escritor do site Apologistas católicos.

Estrangeira neste mundo, a Igreja de Cristo sempre enfrentou obstáculos que tentaram afligir a sua fé e atacar a sã doutrina conservada através dos séculos. Um dos ataques mais freqüentes, é que ela teria adicionado livros não inspirados a Bíblia para assim tentar provar suas “doutrinas anti-bíblicas”. Diversas são as artimanhas e mentiras usadas para tentar desqualificar estes livros, assim chamados deuterocanônicos, e a autoridade da Igreja de salvaguardar e preservar a Bíblia como ela sempre foi transmitida. Como, pois, é desígnio proceder segundo o título proposto, o autor manifesta essa verdade que a fé professa e a razão descobre, produzindo argumentos demonstrativos e argumentos dos quais são fornecidos pelas próprias Escrituras, obras de Doutores, Santos, Padres da Igreja, médicos, teólogos e historiadores, no intuito de confirmar a verdade do autêntico Cânon Bíblico e dos Livros Deuterocanônicos. Passando depois da analise dos livros e da crença dos primeiros séculos da Igreja, o autor expõe a verdade, refutando os argumentos dos adversários e esclarece toda a verdade de fé a respeito destes Santos Livros tão atacados pelos racionalistas.

 

Dados dos livro:

Número de páginas: 275
Edição: 1(2013)
Formato: A5 148×210
Coloração: Preto e branco
Acabamento: Brochura c/ orelha
Tipo de papel: Offset 75g

 Links para aquisição:

CLUBE DOS AUTORES

https://www.clubedeautores.com.br/book/140770–Manual_de_Defesa_dos_Livros_Deuterocanonicos

AGBOOKS

http://www.agbook.com.br/book/140770–Manual_de_Defesa_dos_Livros_Deuterocanonicos

 

ÍNDICE

SOBRE O AUTOR
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO

CAPÍTULO I

Cânon
O Cânon Bíblico
Protocanônico & Deuterocanônico
Apócrifo
A versão da Septuaginta (LXX)
Os Manuscritos do Mar Morto
O Concílio de Jâmnia

CAPÍTULO II

Tobias
Judite
I Macabeus
II Macabeus
Sabedoria
Eclesiástico
Baruc
Trechos de Ester
Trechos de Daniel

CAPÍTULO III – Padres da Igreja e os deuterocanônicos

Melitão De Sardes (+ 170 d.C)
Orígenes De Alexandria (+ 254 d.C)
Cirilo De Jerusalém (+ 350 d.C)
Hilário De Poitiers (+ 360 d.C)
Carta De Atanásio (367 d.C)
Gregório De Nazianzo (+ 380 d.C)
Anfilóquio De Icônio (+ 380 d.C)
Epifânio De Salamina ( + 403 a.C)
São Jerônimo (+ 420 d.C)
Santo Agostinho (+ 430 d.C)
Rufino De Aquileia (+ 400 d.C)
Papa Inocêncio I (+ 405 d.C)
Decreto De Gelásio (+ 492 d.C)
Relatório De Junílio ( + 550 d.C)
O Stichometry De Nicéforo (+ 550 d.C).
Cassiodório (+ 560 D.C)
Isidoro De Sevilha (+ 625 D.C)
João De Damasco (+ 730 d.C)
Rábano Mauro (+ 780)
Barnabé (+ 74 d.C)
Clemente Romano (Papa, + 95 d.C)
Didaqué (+ 80 d.C)
Policarpo de Esmirna (+ 110 d.C)
O Pastor De Hermas (+ 140 d.C)
Irineu De Lião (+180 d.C)
Tertuliano (+ 197 d.C)    181
Clemente De Alexandria (+ 202 d.C)
Hipólito (+ 236 d.C)
Cipriano De Cartago (+ 248 d.C)
Dionísio, O Grande (+ 265 d.C)
Lactâncio (+ 310 d.C)
Alexandre De Alexandria (+ 324 d.C)
Afraates O Sírio (+ 345 d.C)
Gregório De Nissa (+ 371 d.C)
Ambrósio (+ 378 d.C)    187
Basílio, O Grande (+379 d.C)
São João Crisóstomo (+ 387 d.C)
João Cassiano (+ 428 d.C)
São Vicente De Lerins (+ 434 d.C)
Léo O Grande (Papa, + 461 d.C)
Gregório O Grande, (Papa, + 604 d.C)
Venerável Beda (+ 735 d.C)
Conclusão

CAPÍTULO IV – Listas Históricas

Lista De Cheltenham Ou Mommsen (360 d.C)
Os “Cânones Apostólicos” (380 d.C).
Lista de Stichometric no Codex Claromontanus (400 d.C).
Synopsis Scripturae Sacrae ( 550 d.C).

CAPÍTULO V – Concílios e os deuterocanônicos

Laodiceia (Regional – 363 d.C)
Hipona (Regional – 393 d.C)
Cartago III (Regional – 397 d.C)
Cartago IV (Regional – 419 d.C)
Éfeso (Ecumênico – 431 d.C)
Trullo (Regional – 692 d.C)
Niceia II (Ecumênico – 787 d.C)
Constantinopla IV (Ecumênico – 869 d.C).
Laterano IV (Ecumênico – 1215 d.C)
Florença (Ecumênico – 1440 d.C)
Trento (Ecumênico – 1546 d.C)

CAPÍTULO VI – Refutando Acusações

O período interbíblico.
O historiador Flávio Josefo
A suposta divisão da Bíblia Hebraica
Lucas 11, 50-51
Romanos 3, 1 – 2
A alegação Sobre I E II Esdras da LXX
O Apocalipse de Esdras e o cânon preexistente (IV Esdras)
A “Grande Sinagoga de Esdras”
Filon de Alexandria e o uso dos deuterocanônicos
Thomas de Vio (Cardeal Caetano, + 1534)

CAPÍTULO VII    – Protestantismo e o cânon bíblico.

Lutero e o cânon bíblico
Sola Scriptura X Cânon Bíblico
Versão do rei Tiago (KJV) e a Versão de Genebra
Bíblias protestantes até o século XIX

CONCLUSÃO
APÊNDICE
BIBLIOGRAFIA

O Católico deve fazer Boas-Obras para salvar-se?

Nossos irmãos Protestantes frequentemente interpretam mal o ensinamento Católico sobre a Salvação, acreditando que os Católicos devem  fazer  “boas obras” para chegarem a Deus e ao Céu. Isto, na verdade, é exatamente o oposto do que ensina a Igreja Católica. O Concílio de Trento salienta:

801. O Apóstolo diz que o homem é justificado pela fé e sem merecimento (Rom 3, 22. 24). Estas palavras devem ser entendidas tais como sempre   concordemente a Igreja Católica as manteve e explicou. “Nós somos   justificados pela fé”: assim dizemos, porque “a fé é o princípio da   salvação humana”4,o fundamento e a raiz de toda justificação, sem a qual é impossível agradar a Deus (Heb   11, 6) e alcançar a companhia de seus filhos. Assim, pois, se diz que   somos justificados gratuitamente, porque nada do que precede à   justificação, nem a fé, nem as obras, merece a graça da justificação.   Porque se ela é graça, já não procede das obras; do contrário a graça, como diz o Apóstolo, já não seria graça (Rom 11, 6).

O entendimento Evangélico apresenta dois problemas ligados ao mesmo tópico: 1- A definição apropriada de boas-obras. 2- O  entendimento de “Mérito da Salvação”, de acordo com o ensinamento do Catecismo da Santa Igreja,  é geralmente distorcido pelos Evangélicos e,  na verdade,  não representa o que a Igreja ensina.

I- Os Evangélicos costumam argumentar contra as “boas-obras” e se baseiam nos escritos de S. Paulo, em sua carta aos Romanos, para sustentação desse ponto de vista:

“Poderemos nós então gabarmo-nos de ter feito alguma coisa para ganhar essa salvação? Com certeza que não. E porquê? Porque a nossa absolvição não se baseia nas nossas obras, mas na fé nele.”(Rm 3:28-29)

O problema com essa abordagem é que muitos protestantes parecem não levarem em consideração o verdadeiro significado do termo Obras da Lei  tal e qual definido por S. Paulo. De fato, de modo algum São Paulo contradiz o ensinamento católico. A noção Católica de boas-obras, na verdade, sai diretamente das Sagradas Escrituras pois ela não poderia contrariar a palavra de Deus contida, por exemplo, na Carta aos Romanos. Para o entendimento de Obras da Lei e boas obras, re-direciono o leitor ao artigo “Católicos são justificados pela fé, não pela fé somente!”

II- O segundo problema do Evangélico é justamente interpretar mal os documentos da Igreja, alguns chegando até mesmo a usá-los como suporte para seu argumento. Eis dois exemplos:

§2010 – Sob a moção do Espírito Santo e da caridade, podemos, depois, merecer para nós mesmos e para outros, as graças úteis para a santificação e para o aumento da graça e da caridade, bem como para a obtenção da vida eterna.

§ 2068 […] a missão de ensinar todas as nações e de pregar o Evangelho a toda a criatura, para que todos os homens se salvem pela fé, pelo Baptismo e pelo cumprimento dos mandamentos» (18).

Nunca,  na história de sua tradição dogmática, a Igreja Católica ensinou que o Cristão pode ganhar sua salvação,  ganhar o céu, ou o que for por seus próprios méritos …  Ou seja, nosso Paraíso, nossa Salvação, tudo o que Deus nos oferece nos é dado por Sua Graça e não por conta de nossos méritos. A Igreja afirma ainda que fé em Jesus e Naquele que O enviou é necessária para obter-se a Salvação, que é  um dom oferecido gratuitamente por Deus.

A palavra merecer – da raiz mérito – no parágrafo  §2010 do Catecismo trata, na verdade, com a noção de Mérito condigno e não Mérito Estrito. A Igreja Católica ensina que somente Cristo é capaz de merecer, enquanto meros homens não podem (Catecismo da Igreja Católica 2007). O único mérito humano é o Mérito Condigno,  quando sob o impulso da graça de Deus, ele pratica quaisquer actos que agradam a Deus, pelos quais ele prometeu nos recompensar (Rom. 2:6-11, Gal. 6:6-10). Assim, a graça de Deus e sua promessa formam a base para todo o mérito humano (CCC 2008).  Os parágrafos do catecismo citados acima tratam de mérito condigno e re-afirmam aquilo ensinado na Bíblia e no Concilio de Trento: O dom da Salvação provém de Deus e nos é dado por sua benevolência e não pelo nossos méritos.

Então por que praticar Boas-Obras?

1- Porque elas são agradáveis aos olhos de Deus. Cristo nos disse que aquilo que fizermos ao mais pequeninos de Seu rebanho, fazemos à ele ( Mateus 25, 40).

2- Porque devemos amar-nos uns aos outros. Fazer o bem é pôr o amor cristão em prática e não somente em palavras.

3- A Bíblia diz-nos que cada um será recompensado por sua obras (Rom. 2:6–11;  Gal. 6:6–10).

O post acima foi originalmente produzido por H. Walker para o Blog Ecclesia Militans

Sabedoria 2, 12-20: A profecia cumprida em Jesus Cristo

Fonte: Apologistas Católicos

Muitos protestantes dizem que os livros deuterocanônicos são apócrifos. Em outras palavras, para eles esses livros não são Escritura e inspirados por Deus. Uma das razões para isso,  é que dizem que não haviam profetas em qualquer um desses livros, eis alguns exemplos:

Ron Rhodes, em seu livro, “Reasoning from the Scriptures with Catholics”, p. 33 escreve:

Além disso, nenhum livro apócrifo foi escrito por um verdadeiro profeta ou apóstolo de Deus … Além disso, nenhum livro apócrifo contém profecia preditiva, que teria servido para confirmar a inspiração divina.”

Norman Geisler e Ralph E. em “Roman Catholics and Evangelicals: Agreements and Differences” p. 167, escreve:

Há fortes evidências de que os livros apócrifos não são proféticos. Mas desde que profecia é o teste para canonicidade, isso elimina os apocrifos do cânon

É bem dificil acreditar que qualquer um deles tenha estabelecido o cânon das escrituras, usando o teste de que para  que um livro fosse inspirado,  tivesse que conter uma profecia, primeiro eles teriam que provar que profecia o livro de Ester, Rute e etc.. contém.

No entanto, apesar da alegaçào protestante no Livro da Sabedoria capítulo 2 versículos de 12-20 é uma das mais claras passagens que contem uma profecia e apontam para uma pessoa que iria chamar-se Filho de Deus, que seria condenado à morte por pessoas invejosas. O texto diz:

12. Cerquemos o justo, porque nos incomodai e se opõe às nossas ações, nos censura as faltas contra a Lei, nos acusa de faltas contra a nossa educação. 13. Declara ter o conhecimento de Deus e se diz filho do Senhor;14. ele se tornou acusador de nossos pensamentos, basta vê-lo para nos importunarmos; 15. sua vida se distingue da dos demais e seus caminhos são todos diferentes.16. Ele nos tem em conta de bastardos; de nossas vias se afasta, como se contaminassem. Proclama feliz o destino dos justos e se gloria de ter a Deus por pai. 17. Vejamos se suas palavras são verdadeiras, experimentemos o que será do seu fim.18. Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários. 19.  Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. 20. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite.” (Sabedoria 2, 12 – 20)

Estas profecias acima só são encontradas no capítulo 2 da Sabedoria. Vamos verso a verso, cameçando pelo versículo 12: 

Cerquemos o justo, porque nos incomodai e se opõe às nossas ações, nos censura as faltas contra a Lei, nos acusa de faltas contra a nossa educação.” (Sabedoria 2, 12)

Um homem justo que censurar os líderes e sua educação. Vejamos como isso se cumpre em Jesus:

Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, que pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, mas omitis as coisas mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Importava praticar estas coisas, mas sem omitir aquelas […] Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão. Assim também vós: por fora pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade.” (Mateus23, 23.27-28)

Moisés não vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós pratica a Lei. Por que procurais matar-me?” A multidão respondeu: “‘Tens um demônio. Quem procura matar-te?’” (João 7, 19-20)

Jesus, como em Sabedoria 2, 12, é um homem justo, na verdade, perfeitamente justo. Ele condena os escribas como infratores da lei, os chama de hipocritas e  ‘repreendeu-os por suas faltas conta a lei’ como em Mateus 23, 27-28. Ele os chama de infratores, e ele diz que tentarão matá-lo… Sabedoria 2, 12, fala também de homens à espreita para pegar o justo e em Mateus 26, 3 – 4 vemos os sumos sacerdotes e os anciãos fazendo o seguinte:  

Então os chefes dos sacerdotes e os anciãos do povo congregaram-se no pátio do Sumo Sacerdote, que se chamava Caifás, e decidiram juntos que prenderiam a Jesus por um ardil e o matariam.” (Mateus 26, 3-4)

Ele foi recebido como um rei pelo povo (João 12, 12-15) e por isso os governantes não poderiam fazer isso durante o dia. Jesus repreendeu-os pela quebra da lei, e os acusou de hipocrisia, então os líderes religiosos se ofenderam. O que Jesus faz para os deixarem assim? Ele expôs a sua hipocrisia. Ele os chama de infratores da lei, e que não mantem o coração da lei, como as passagens acima mostram.

Vejamos o versículo seguinte, Sabedoria 2, 13:

“Declara ter o conhecimento de Deus e se diz filho do Senhor;” (Sabedoria 2, 13)

O homem justo afirma ter conhecimento de Deus, e de fato ele tem o conhecimento exclusivo de Deus. Ele professa ser um filho de Deus. Vejamos o que diz o evangelho:

e vós não o conheceis, mas eu o conheço; e se eu dissesse ‘Não o conheço’, seria mentiroso, como vós. Mas eu o conheço e guardo sua palavra” (João 8, 55)

Jesus conhece o Pai, de uma maneira única, o conhece melhor do que seus adversários, e também os chama de seguidores do diabo (Jo 8, 44).

Como mostra a Sabedoria 2, 13, ele diz ser filho de Deus, como ele se refere a Seu Pai. Jesus se refere a seu Pai, muitas vezes, como “Meu Pai” (Ver João 8, 38, 49, 54, 10, 19, 25, 29, etc), significando uma relação especial com Deus, o Pai. Ele chama a si mesmo de Filho de Deus , João 3, 18:

Quem nele crê não é julgado; quem não crê, já está julgado, porque não creu no Nome do Filho único de Deus.(João 3, 18)

Vejamos também como ele se refere a si mesmo como o Filho de Deus em João 5, 25

Em verdade, em verdade, vos digo: vem a hora — e é agora — em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que o ouvirem, viverão.” (João 5, 25)

Ele se auto denomina Filho de Deus, justamente como a Sabedoria 2, 13 predisse.

Vamos ao próximo versículo em Sabedoria 2, 14:

“ele se tornou acusador de nossos pensamentos…”(Sabedoria 2, 14)

O novo testamento relata:

Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: ‘Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações?’”  (Mateus 9, 4)

Os escribas e os fariseus observavam-no para ver se ele o curaria no sábado, e assim encontrar com que o acusar. Ele, porém, percebeu seus pensamentos e disse ao homem da mão atrofiada: ‘Levanta-te e fica de pé no meio de todos’. Ele se levantou e ficou de pé. Jesus lhes disse: ‘Eu vos pergunto se, no sábado, é permitido fazer o bem ou o mal, salvar uma vida ou arruiná-la’. Correndo os olhos por todos eles, disse ao homem: ‘Estende a mão’. Ele o fez, e a mão voltou ao estado normal. Eles, porém, se enfureceram e combinavam o que fariam a Jesus.” (Lucas 6, 7-11)

Jesus leu os pensamentos de seus acusadores, repreendeu-os por esses pensamentos, e eles reagiram conspirarando para destruir Jesus.

Vamos dar uma olhada no próximo versículo Sabedoria 2, 15:

 “… basta vê-lo para nos importunarmos; sua vida se distingue da dos demais e seus caminhos são todos diferentes.”

O homem justo não fará como outros líderes “religiosos” fizeram. Vejamos o evangelho:

Nesse tempo, chegaram-se a Jesus fariseus e escribas vindos de Jerusalém e disseram: “Por que os teus discípulos violam a tradição dos antigos? Pois que não lavam as mãos quando comem”. Ele respondeu-lhes: ‘E vós, por que violais o mandamento de Deus por causa da vossa tradição? Com efeito, Deus disse: Honra pai e mãe e Aquele que maldisser pai ou mãe certamente deve morrer. Vós, porém, dizeis: Aquele que disser ao pai ou à mãe ‘Aquilo que de mim poderias receber foi consagrado a Deus’, esse não está obrigado a honrar pai ou mãe. E assim invalidastes a Palavra de Deus por causa da vossa tradição.

Como a Sabedoria 2 previa, ele não seguiu a falsa tradição dos fariseus, e eles viram suas ações como estranhas. Ele curou no sábado, e que foi ‘estranho’ a eles:

E entrou de novo na sinagoga, e estava ali um homem com uma das mãos atrofiada. E o observavam para ver se o curaria no sábado, para o acusarem. Ele disse ao homem da mão atrofiada: “Levanta-te e vem aqui para o meio”. E perguntou-lhes: “É permitido, no sábado, fazer o bem ou fazer o mal? Salvar a vida ou matar?” Eles, porém, se calavam. Repassando estão sobre eles um olhar de indignação. E entristecido pela dureza do coração deles, disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu, e sua mão estava curada. Ao se retirarem, os fariseus com os herodianos imediatamente conspiraram contra ele sobre como o destruiriam.(Marcos 3, 1-6)

Novamente, eles procuram destruí-lo, como mencionado em Sabedoria 2, 12, e consideraram como “estranho”  ele curar no sábado.

Os escribas e os fariseus começaram a raciocinar:Quem é este que diz blasfêmias? Não é só Deus que pode perdoar pecados?’ Jesus, porém, percebeu seus raciocínios e respondeu-lhes: ‘Por que raciocinais em vossos corações? Que é mais fácil dizer: Teus pecados estão perdoados, ou: Levanta-te e anda? Pois bem! Para que saibais que o Filho do Homem tem o poder de perdoar pecados na terra, eu te ordeno — disse ao paralítico — levanta-te, toma tua maca e vai para tua casa’. E no mesmo instante, levantando-se diante deles, tomou a maca onde estivera deitado e foi para casa, glorificando a Deus. O espanto apoderou-se de todos e glorificavam a Deus. Ficaram cheios de medo e diziam: ‘Hoje vimos coisas estranhas!(Lucas 5, 21-26)

Foi estranho para os fariseus Jesus ter alegado a autoridade para perdoar pecados. E o que o povo assistiu foi ‘estranho’, ‘diferentr’. Esta é uma realização da Sabedoria 2, 15.

Vamos ao próximo versículo Sabedoria 2, 16:

Ele nos tem em conta de bastardos; (1) de nossos caminhos se afasta, como se contaminassem. (2) Proclama feliz o destino dos justos e se gloria de (3) ter a Deus por pai.”

Vamos analisar cada uma destas três características neste verso: Então, o justo irá considerar seus adversários maus, e evitará o seus caminhos. Ele se chamará o o caminho do justo de feliz, e chamará a Deus por Pai. Foram destacas essas 3 coisas específicas. Ele evita os seus caminhos como impuros, ele chama feliz o caminho do justo, e chama a Deus por Pai.

“O Senhor, porém, lhe disse: ‘Agora vós, ó fariseus! Purificais o exterior do copo e do prato, e por dentro estais cheios de rapina e de perversidade! Insensatos! Quem fez o exterior não fez também o interior? Antes, dai o que tendes em esmola e tudo ficará puro para vós!’” (Lucas 11, 39-41)

1) Vemos nesta passagem que Jesus se refere o caminho dos fariseus como imundos, e como eles são hipócritas. Estão cheio de rapina e perversidade, eles são impuros. Jesus nos diz para sermos limpo, dando esmolas e sendo justos. Então Jesus diz às pessoas para evitarem os seus caminhos, porque eles são hipocritas. Isso se encaixa com a profecia da Sabedoria 2.

Vejamos a  parte 2 da realização da Sabedoria 2, 16, Mateus 5, 10:

“Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus.” (Mateus 5, 10) 

2) Jesus ensina que aqueles que os que buscam a justiça serão felizes, e como eles estarão no reino de Deus, como previsto em  Sabedoria 2, 16.

Tudo me foi entregue por meu Pai e ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e quem é o Pai senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. (Lucas 10, 22)

3) Jesus chama a Deus como seu Pai, assim como Sabedoria 2, 16 preveu. Assim, vemos três idéias neste versículo, cumpridas na vida de Cristo nos evangelhos.

Vejamos as passagens finais desta seção, Sabedoria 2, 17-20.

Vejamos se suas palavras são verdadeiras, experimentemos o que será do seu fim. Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários. Experimentemo-lo pelo ultraje e pela tortura para apreciar a sua serenidade e examinar a sua resignação. Condenemo-lo a uma morte vergonhosa, pois diz que há quem o visite.” (Sabedoria 2, 17-20)

Agora, vamos comparar com o evangelho. Agora, em Mateus 27, 41-43, vemos o seguinte:

Do mesmo modo, também os chefes dos sacerdotes, juntamente com os escribas e anciãos, caçoavam dele: ‘A outros salvou, a si mesmo não pode salvar! Rei de Israel que é, que desça agora da cruz e creremos nele! Confiou em Deus: pois que o livre agora, se é que se interessa por ele! Já que ele disse:  Eu sou filho de Deus’”. (Mateus 27, 41-43)

Sabedoria 2, 17 diz que eles verão se suas palavras são verdadeiras, no final de sua vida. Os adversários de Jesus tiveram a idéia que se ele estivesse dizendo a verdade, ele desceria da cruz e Mt. 27, 42 diz:  “desça agora da cruz e nós creremos nele!

Sabedoria 2, 18 diz que se ele realmente é o Filho de Deus, Deus vai livrá-lo,e  Mateus. 27, 43 diz que se ele é o Filho de Deus, ele vai livra-lo:

Confiou em Deus, Deus o livre agora, se o ama, porque ele disse: Eu sou o Filho de Deus!(Mateus 27, 43)

Agora, nesta passagem, alguém verá em uma Bíblia protestante, uma referência de Mateus 27:43 ao Salmo 22, 8. Isso é porque há uma menção de “bem, se Deus está com ele, ele vai livrá-lo”(Salmo. 22, 8). Não há dúvida que também é uma referência a este Salmo,  no entanto, não é uma referência completa. Apenas em Sabedoria 2, 18, vemos onde, especificamente, disse que “Pois se o justo é filho de Deus, Ele o assistirá e o libertará das mãos de seus adversários.”. Essa é uma referência muito mais completa.

Sabedoria 2, 19 relata que ele será insultado, eles zombam dele, já em Mateus 27, 43 e em verso semelhante em Lucas 23, 35-37, lemos:

O povo permanecia lá, a olhar. Os chefes, porém, zombavam e diziam:  ‘A outros salvou, que salve a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Eleito!’. Os soldados também caçoavam dele; aproximando-se, traziam-lhe vinagre, e diziam: ‘Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo’.” (Lucas 23, 35-37)

Eles insultam e zombam dele, tal como previsto em  Sabedoria 2, 19.

Finalmente, Sabedoria 2, 20 indica que ele será condenado à morte. Ele é condenado à morte na cruz, como se fosse um criminoso comum. Dois criminosos morrem com ele, um à esquerda e um à sua direita.

Podemos ver nessa passagem de Sabedoria 2, 12-20, uma das razões por que os judeus decidiram, em Jâmnia em 90 d.C, não permitir os livros deuterocanônicos. Esta passagem em Sabedoria 2 tem muitas facetas que são cumpridas em Jesus Cristo. Ele era um homem justo. Ele conhecia Deus de uma maneira especial. Ele foi um dos que condenou os líderes religiosos da época, que procuraram em segredo prender Jesus. Ele chamou a Deus por Pai. Chamou os fariseus de hipocritas. Seus caminhos eram “estranhos”. Ele leu seus pensamentos. Ele afirmava ser filho de Deus. Ele foi ridicularizado e torturado, e foi condenado à morte como um criminoso comum, e hostilizado por seus adversários. Esta passagem é cumprida de muitas maneiras em Jesus Cristo. E somente em Jesus Cristo.

Sabedoria 13 é também usada por Paulo em seus escritos em Romanos 1, 18-23. Existem outras alusões à Sabedoria em outras partes do Novo Testamento. No entanto, esta profecia de Sabedoria 2 da vida e morte de Jesus é um testemunho mais poderoso da verdade de quem é Jesus. Isso é muita coisa para qualquer idéia de que não há profecias contidas nos livros deuterocanônicos.

Para Citar:


Matt. Apologistas Católicos. Sabedoria 2, 12-20: A profecia cumprida em Jesus Cristo. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/deuterocanonicos/527-sabedoria-2-12-20-a-profecia-cumprida-em-jesus-cristo>. Desde 28/06/2012.

 

A Igreja Católica proibiu a leitura da Bíblia?

Fonte: Apoologistas Católicos

É praxe da apologética desonesta protestante, se valer de fatos históricos distorcidos e adulterados, no intuito de angariar alguma prova que incrimine a Igreja Católica de algo. Não é diferente em relação as Sagradas Escrituras, eles se valem de contextos históricos determinados pra dizer que a Igreja Católica proibiu a leitura da Bíblia.

Não há nada mais estúpido do que pensar que algum dia a Igreja já tenha proibido a leitura da bíblia por algum motivo, logo ela que preservou os textos Sagrados até os dias de hoje para que os mesmos protestantes que hoje a carregam debaixo do “suvaco”, venham acusá-la descaradamente.

A Igreja sempre estimou as Sagradas Escrituras como fonte de fé e a reserva um lugar especiacialíssimo. A leitura pública da Bíblia sempre foi usada nas celebrações e nos Sacramentos, especialmente na Missa, tudo na vida da Igreja é voltado para as Sagradas Escrituras juntamente com a Sagrada Tradição, essas duas juntas, formam toda a fonte de fé revelada da Igreja.

O cuidado na leitura da Bíblia

Em determinadas circunstancias históricas as autoridades eclesiásticas tiveram que a vigiar sobre o uso da Bíblia, especialmente na Idade Média.

A heresias dos Cátaros ou Albigenses, que abusavam da Bíblia, obrigou os padres dos concílios regionais de Tolosa (1229) e Tarragona (1234) a proibir provisoriamente aos cristãos a leitura da bíblia, para não serem enganados. Mas isso duro muito pouco tempo e se restringiu a leituras de textos vernáculos que não tivessem aprovações eclesiásticas.

O católico deve estar atento que estes dois concílios são os dois principais usados pelos hereges para dizer que a Igreja proibiu a leitura da bíblia. Devemos ter em mente que estes dois concílios são regionais, logo não tem efeito sobre toda a Igreja e se restringiram as regiões onde foram realizados, ou seja, a leitura na lingua vernácula não foi permitida somente onde estava se propagando a heresia dos cátaros.

Pra refutar esta idéia protestante, vamos a alguns testemunhos de alguns autores protestantes,  portanto acima de qualquer suspeita, que derrubam esta falsa tese criada pelo próprio protestatismo:

O Catolicismo Romano tem um grande respeito pela Escritura como fonte de conhecimento. . . Na verdade, as declarações oficiais da Igreja Católica Romana sobre a inspiração e inerrância das Escrituras satisfariam o mais rigoroso fundamentalista protestante. [1]

Nunca houve um momento na história da Igreja ocidental durante a Idade ‘negra’ ou ‘Média’, que as Escrituras fossem oficialmente rebaixadas. Pelo contrário, eles foram consideradas infalíveis e inerrantes, e foram mantidas na mais alta honra.” [2]

Da mesma forma que os papas, Concílios, teólogos, sempre recorreram ao argumento bíblico como o realmente fundamental, a prática dos grandes escritores espirituais de todas as épocas atesta o carácter plenamente tradicional de uma devoção baseada na Bíblia. . . O mesmo aconteceu com os grandes mestres da Idade Média. . . Não só eles conheceram a Bíblia, e fizeram uso abundante dela, mas eles se guiaram nela como em um mundo espiritual que formou o universo habitual de todos os seus pensamentos e sentimentos. Para eles, não era simplesmente uma fonte, entre outras, mas a fonte por excelência, em um sentido único. . .

Não só com a aprovação da hierarquia, mas pela insistência positiva e enfática do próprio Papa, houve um retorno geral ao estudo minucioso das Escrituras, que foi restaurada, não só como base, mas como a fonte, de todos os ensinamentos da teologia.” [3]

Caso isso não fosse verdade, qual o interesse desses protestantes em mostrar que a Igreja sempre estimou e sempre insetivou o estudo das Sagradas Escrituras?  Mais uma vez mostramos protestantes refutando as próprias mentiras protestantes.

Em 1408 o sínodo regional de Oxford, por causa dos erros de J. Wicleff, proibiu as edições da S. Escritura que não tivesse aprovação eclesiástica por que os hereges estavam novamente deturpavam o texto sagrado.

Fica claro que a Igreja não proibiu a leitura da bíblia, mas a leitura de edições deturpadas da bíblia, como faz ainda hoje. Já postamos algumas matérias aqui no site que podem ser lidas aqui (Sola Scriptura Adulterada), onde mostramos as várias deturpações que ocorrem nas edições protestantes. Se hoje com todas as fontes de informações, facilidades de várias versões, os textos gregos amplamente divulgados, já acontecem essas adulterações e deturpações, imagine em um tempo onde pouquíssimos sabiam ler e poucos ainda sabiam traduzir um texto. Não foi corretíssima essa atitude dos bispos no intuito de preservar os fiéis dessas aberrações?

Estas medidas nunca visaram impedir a propagação das Sagradas Escrituras. Por exemplo, na Alemanha, o primeiro livro a ser impresso da História foi uma Bíblia, que foi impressa por Gutenberg,  e foi a bíblia em 2 volumes (1453-1456). Até 1477 saíram cinco edições da bíblia em alemão; de 1477 à 1522 houve nove edições novas (sete em Ausburgo, uma em Nurenberg e uma em Estrasburgo); de 1470 a 1520 apareceram 100 edições de “plenários”, ou seja, livros que continham as epistolas e os evangelhos de cada domingo. Isto mostra de forma claríssima como a Igreja estava longe de querer, a proibição da leitura da bíblia.

Na Itália, houve mais de 40 edições da Bíblia antes da primeira versão protestante aparecer, começando em Veneza em 1471 e 25 delas foram traduzidas em italiano antes de 1500, com a autorização expressa de Roma. Na França haviam 18 edições antes de 1547, a primeira foi impressa em 1478. A Espanha começou a publicar edições no mesmo ano, e emitiu Bíblias com a plena aprovação da Inquisição espanhola (é claro que dificilmente se pode esperar que os protestantes acreditem nisto). Na Hungria, até o ano de 1456, na Boêmia no ano de 1478, na Flandres antes de 1500, e em outras terras, sobre a jurisdiçào  de Roma, sabemos que as edições das Sagradas Escrituras tinha sido dadas largamente ao povo. Em suma de 626 edições da Bíblia,  198 eram em lingua vernácula, e haviam sido emitidas a partir da invensão imprensa, com a sanção e aprovação da Igreja, nos países onde ela reinou suprema, antes da primeira versão protestante das Escrituras sonhar em ser traduzida.  O que, então, torna-se uma ilusão patética, as argumentações protestantes de que o herege Lutero proporcionou alguma coisa para o mundo em relação a bíblia.  (GRAHAM, 1939)

No século XVI, quando Lutero e os seus discípulos fizeram da Escritura a “única fonte de fé”, donde manipulavam e retiravam suas inovações doutrinárias, os bispos da Igreja Católica novamente foram obrigados a tomar medidas necessárias para que o povo católico não fosse enganado pelas novas edições da Bíblia protestante. Por exemplo, Lutero quando traduziu a Bíblia para o Alemão, acrescentou várias palavras que não se encontravam no original grego como em Romanos 3, 28, em que ele diz que o “homem é justificado somente pela fé”: a palavra somente não se encontra no original grego. Esta palavra foi acrescentada para fundamentar os seus delírios e sua incompreensão da obra salvifíca divinda, alterando assim a Palavra de Deus. O texto grego nos mostra:

Λογιζμεθα ον πστει δικαιοσθαι νθρωπον (Rom 3, 28)

Em nenhum lugar vemos a palavra somente, que no grego seria μνον,  presente no texto. De fato o homem é justificado pela fé, mas não somente por ela, São Tiago vem nos mostrar que as boas obras também nos justificam:

“Vedes então que o homem é justificado pelas obras, e não somente pela fé.” (Tiago 2, 24)

A bíblia refuta sumariamente a tradução falsificada de Lutero, bem como a sua doutrina de Justificação somente por fé. Esta mesma passagem de Tiago, levou Lutero rejeitar também este livro por ser incompatível com sua doutrina, assim como ele fez com vários outros livros ao seu bel prazer.

Isto obrigou a Igreja Católica a restringir o uso das versões bíblicas vernáculas não autorizadas. Por isso, o Papa Pio IV, em 24 de Março de 1564, a bula “Dominici grecis” (Regra 4ª), determinou que o uso de traduções vernáculas da Sagrada Escritura ficava reservado aos fiéis a juízo do respectivo bispo ou de algum oficial com o proveito, para a sua fé e piedade. Em Portugal, os reis católicos, fiéis à Igreja, já haviam antecipadamente tomado essas medidas. (AQUINO, 2009)

As restrições eram apenas para as traduções vernáculas, ficando o texto latino da vulgata de uso livre para todos os fiéis. Não há dúvida, no século XVI, período de confusão religiosa e de inovações protestantes, mais ou menos subjetivas, a leitura da bíblia podia construir perigo para os fiéis não preparados.

Após esta fase, os Papas voltaram a estimular a leitura da Bíblia. Pio VI (1775-1799) escreveu ao arcebispo A. Martini, editor de um tradução italiana do texto bíblico, numa época em que os católicos ainda hesitavam sobre a oportunidade de tal obra:

Vossa excelência procede muito bem recomendando vivamente à leitura dos Livros Sagrados, pois são fontes particularmente ricas, às quais cada um deve ter acesso.

São Pio X (1903-1914) em carta ao cardeal Casseta declarou :

Nós, que tudo queremos instaurar em Cristo, desejamos com o máximo ardor que nossos filhos tomem o costume de ler os Evangelhos, não dizemos freqüentemente, mas todos os dias, pois é principalmente por este livro que se aprende como tudo pode e deve ser instaurado no Cristo… O desejo universalmente esparso de ler o Evangelho, provocado por vosso zelo, deve ser secundado por Vós, na medida em que se aumentar o número dos respectivos exemplares. E Oxalá jamais sejam propalados sem sucesso! Tudo isso será útil para dissipar a opinião de que a Igreja se opõe à leitura da Escritura Sagrada em língua vernácula ou lhe suscita alguma dificuldade” (Revista PR, Nº 11, Ano 1958, Página 452).

Muitas outras citações poderiam ser paqui colocadas. Se o  leitor desejar mais algumas provas é convidado a ler o documento do Vaticano II “Revelação Divina”, e as encíclicas papais de Leão XIII (1878-1903): “Sobre o estudo da Sagrada Escritura” (Providentissimus Deus – 1893), e Pio XII (1939-1958): “Promoção de Estudos Bíblicos” (Divino afflante Spiritu – 1943). Estes são encontrados às vezes no início de Bíblias católicas, e pode ser facilmente localizados na internet e no site Oficial do Vaticano.

BIBLIOGRAFIA


[1] BROWN, Robert McAfee, The Spirit of Protestantism, Oxford: Oxford Univ. Press, 1961, 172-173

[2] TOON, Peter, Protestants and Catholics, Ann Arbor, MI: Servant Books, 1983, 39)

[3] BOUYER, Louis, The Spirit and Forms of Protestantism, translated by A.V. Littledale, London: Harvill Press, 1956, 164-165

GRAHAM,  Henry G. Where We Got the Bible, St. Louis: B. Herder, revised edition: 1939.

ARMSTRONG, Dave.  Was the Catholic Church an Avowed Enemy of Scripture in the Middle Ages (or at any other time)?  Disponível em : < http://socrates58.blogspot.com.br/2006/08/was-catholic-church-avowed-enemy-of.html> . Acesso em 23/04/2012.

AQUINO, Felipe. Ciência e Fé em Harmonia. São Paulo: Editora Cleofas, 2009.

PARA CITAR


 RODRIGUES, Rafael. A Igreja católica proibiu a leitura da Bíblia? Disponível em <http://www.apologistascatolicos.com/index.php/apologetica/protestantismo/516-a-igreja-catolica-proibiu-a-leitura-da-biblia>. Desde 23/04/2012

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