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Você é curioso? Saiba o que diz São Tomás sobre o assunto

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Você é curioso? Saiba o que diz São Tomás sobre o assunto Hernán Cosp – 3º Teologia

São Tomás de Aquino, no seu tratado sobre a temperança[1], aborda um assunto ao mesmo tempo, tão interessante e agradável quanto atraente e fascinante: a curiositas. Analisemos o pensamento do doutor angélico a respeito de tal questão.

Em primeiro lugar, São Tomás distingue dois tipos de curiositas. Uma é aquela que diz respeito ao conhecimento intelectual e outra é aquela que toca no conhecimento sensitivo. O Aquinate, com a sua natural clareza e simplicidade, nos mostra que sendo o objeto a conhecer alheio às nossas necessidades espirituais e conveniências terrenas, pode facilmente ser nocivo à alma. Em outras palavras, o afã de conhecimento pelo mero prazer de dilatar nossa inteligência, pode levar à perversão do indivíduo, pois o aparta de seu fim último que é Deus Nosso Senhor.

Num segundo momento, o Teólogo indica os principais defeitos da curiositas, a saber:

1º) Quanto ao aspecto intelectual, é um vício o desejo de conhecer as coisas pelo mero prazer pessoal de autoprojeção ou, pior ainda, quando esse “conhecer” leva a pessoa a se considerar outro deus. Uma verdadeira abominação, contrária à reta razão. Nesse caso, o sujeito se esquece que a verdade capital é amar a Deus sobre todas as coisas e, mediante isso, salvar a própria alma. Resultado: há uma degringolada rápida e fatídica no abismo do intelectualismo, nascendo daí o ateísmo, ou seja, a negação da existência de Deus.

2º) Quanto aos sentidos, existe nos indivíduos uma natural tendência para querer conhecer as coisas que os rodeiam. Depois do pecado original, tais coisas podem facilmente converter-se em supérfluas ou até prejudiciais para a alma – por exemplo, um olhar indiferente que excita a concupiscência – nesse caso a curiosidade se transforma num vício, pois penetra no conhecimento para deturpá-lo. Cabe ressaltar que, muitas das vezes, as coisas criadas se apresentam de maneira apática e neutra, porém, no campo das tendências, podem exercer uma grande influência sobre os indivíduos, arrastando-os para o erro e a corrupção.

Resumindo, muitas vezes nos preocupamos com futilidades e tolices, colocando-as no centro de nossas vidas, em detrimento do próprio Deus que é nossa causa primeira e fim último. Dele viemos e para Ele iremos! De que adianta interessar-se pelas criaturas e esquecer-se do Criador?!

[1] Pensamento tomista sobre a temperança e a curiosidade tratado na Suma Teológica II-II questões 161 e 167.

Fonte: Revista Lumen Veritatis
Link: http://ittanoticias.arautos.org/?p=864

A beatificação mais lotada da história

Peregrinos e chefes de Estado unidos por João Paulo II

ROMA, domingo, 1º de maio de 2011 (ZENIT.org) – Mais de um milhão de pessoas – dados das forças de segurança italianas – participaram hoje da beatificação mais lotada da história.

Um grande aplauso se estendeu da Praça de São Pedro, passando pela Via da Conciliação e ruas circundantes, até chegar ao Circus Maximus (onde milhares de pessoas acompanharam a cerimônia por meio de telões), quando Bento XVI leu a fórmula da beatificação.

“Concedemos que o Venerável Servo de Deus João Paulo II, Papa, de agora em diante seja chamado Beato e que se possa celebrar sua festividade nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo direito, todo ano a 22 de outubro”, disse em latim.

O sorriso de Karol Wojtyla foi descoberto nesse momento, em uma grande imagem, imortalizada na cópia de foto de 1995, no centro da fachada da Basílica de São Pedro. As lágrimas dos peregrinos, muitos deles poloneses, não se contiveram.

A religiosa francesa Marie Simon-Pierre, cuja inexplicável cura de Parkinson permitiu concluir o processo de beatificação, acompanhada da freira polonesa que assistiu João Paulo II, a irmã Tobiana, apresentaram a relíquia, um frasco de sangue de Karol Wojtyla.

Em algumas áreas da Praça de São Pedro era possível ver cobertores no chão, com os quais o povo tinha se abrigado durante a noite fria. As forças de segurança decidiram abrir as entradas antes do esperado, às 2h, por razões de segurança.

Na mesma praça estavam os representantes dos grandes do mundo. Eram 62 delegações lideradas por chefes de Estado e de governo, além de famílias reais e outros países que foram oficialmente representados.

A Itália foi representada tanto pelo seu presidente, Giorgio Napolitano, e pelo primeiro-ministro, Silvio Berlusconi; a Polônia, pelo seu presidente, Bronislaw Komorowski; e a Comissão Europeia, por José Manuel Durão Barroso.

Na praça estava o ministro Yossi Peled, salvo do Holocausto por uma família católica na Bélgica, em representação do Estado de Israel.

Antes da celebração, ele afirmou que “o evento é particularmente significativo. Este homem, nascido em um período no qual se respirava um clima de antissemitismo aprovado publicamente, opôs-se e quis desafiar aqueles que serviam o espírito da raça humana”.

O México foi representado pelo presidente Felipe Calderón; e Honduras, pelo seu chefe de Estado, Porfírio Lobo.

As cinco casas reais estavam presentes perto do Papa: Espanha (com o príncipe Felipe e a princesa Letizia), Bélgica, Luxemburgo, Liechtenstein e Reino Unido.

Os Estados Unidos foram representados por um enviado de Barack Obama junto ao Vaticano, o embaixador Miguel Diaz; e Cuba, por Caridad Diego Bello, chefe do Serviço de Atenção aos Assuntos Religiosos do Comitê Central do Partido. A França esteve presente com seu primeiro-ministro, François Fillon.

Os jornalistas que vieram cobrir o evento eram mais de 2.300, bem como 1.300 canais de televisão.

O cansaço e o sol provocaram desmaios entre os peregrinos, mas a organização manteve a ordem, o que permitiu garantir uma verdadeira festa de fé, apesar do número de peregrinos ter superado as expectativas.

“A organização resistiu e tudo correu bem. Esperamos agora que o retorno ocorra sem problemas”, disse o delegado para a segurança de Roma Capital, Giorgio Ciardi.

(Por Jesús Colina)

Primaz anglicano: Visita do Papa a Reino Unido foi um êxito

LONDRES, 21 Set. 10 / 02:00 pm (ACI).- O Primado da igreja anglicana e Arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, afirmou que a visita do Papa Bento XVI a Reino Unido foi um êxito e descartou os prognósticos negativos da imprensa britânica e internacional.

“O mais importante que quero dizer é que foi uma ocasião extremamente feliz e que o recebimento que o Papa teve dos bispos anglicanos, das pessoas na rua e naturalmente no Westminster Hall foi enormemente positivo. A oração ecumênica da tarde na Abadia foi intensamente comovedora para todos os presentes”, expressou o líder anglicano à Rádio Vaticano.

Nesse sentido, disse que “é uma pena que o mundo só veja as controvérsias ou as pequenas coisas negativas, enquanto que o imenso peso da oração cotidiana, da compreensão, do amor e da amizade que há entre nós passa inadvertido”.

Para Rowan Williams, a visita do Papa “foi uma ocasião verdadeiramente bendita, e as pessoas foram em massa às ruas para manifestar sua fé”. “Como muitas pessoas me disseram nesta ocasião, quando se pensa que isto teria sido totalmente inimaginável há 40 ou 50 anos, inclusive ao início do Concílio Vaticano II, está claro que algo aconteceu”, acrescentou.

O Arcebispo disse que parte deste algo “é uma volta às raízes, algo do qual o Papa e eu falamos em privado –são alguns de nossos entusiasmos teológicos comuns– a herança dos Padres e de novo o rezar juntos ante o sacrário de São Eduardo o Confessor, olhando para trás à época em que as fronteiras não eram as que existem agora entre os cristãos– e tudo isto é parte, acredito, de um quadro muito positivo”.

Ele indicou que os diálogos não se centraram tanto nas relações entre anglicanos e católicos, mas na situação dos cristãos na Terra Santa em vésperas do próximo Sínodo dos Bispos sobre o Oriente Médio que será celebrado em Roma. “Falamos também da questão de como comprometer-se em um diálogo racional com o mundo leigo”, assinalou.

Williams expressou que reza para que a visita de Bento XVI “ajude a promover a fé neste país e ajude as pessoas a reconhecerem tantas pessoas absolutamente comuns que acreditam em Deus, acreditam na vida sacramental da Igreja e fundam sua própria vida em tudo isto”.

Bento XVI pede à Igreja radicalidade evangélica e misericórdia

Angelus durante a visita a Sulmona

SULMONA, domingo, 4 de julho de 2010 (ZENIT.org) – Radicalidade evangélica e misericórdia são dois elementos que a Igreja deve unir em sua missão.

Foi o que afirmou nesse domingo Bento XVI, durante a oração do Angelus na praça Garibaldi, em Sulmona, durante sua visita à cidade do centro da Itália.

Após a celebração eucarística, o pontífice confiou a Igreja e o povo local à Virgem, venerada em Sulmona com particular devoção no Santuário da Madonna della Libera.

Que esta Igreja local “possa caminhar unida e gozosa no caminho da fé, da esperança e da caridade”.

“Que, fiel à herança de São Pedro Celestino, saiba sempre unir a radicalidade evangélica e a misericórdia, para que todos aqueles que buscam a Deus possam encontrá-lo”, disse.

Segundo Bento XVI, São Pedro de Morrone “encontrou encontrou em Maria o modelo perfeito de obediência à vontade divina, em uma vida simples e humilde, dirigida à busca do que é verdadeiramente essencial, capaz de agradecer sempre ao Senhor, reconhecendo em cada coisa um dom de sua bondade”.

“Também nós, que vivemos em uma época de maiores comodidades e possibilidades, estamos chamados a apreciar um estilo de vida sóbrio, para conservar mais livres a mente e o coração, para poder compartilhar os bens com os irmãos”, convidou o Papa.

Deus preenche plenamente o coração humano, afirma Papa

Durante a oração do último Ângelus do mês de junho

CIDADE DO VATICANO, domingo, 27 de junho de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI convidou os fiéis hoje a dirigirem o olhar ao Sagrado Coração de Jesus, para estarem dispostos a um seguimento radical do Senhor.

Ao rezar, ao meio-dia, a oração do Ângelus junto a milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro neste último domingo do mês de junho, o Papa retomou o tema do chamado de Cristo e de suas exigências.

“Hoje, eu gostaria de convidar todos vós a contemplar o mistério do Coração divino-humano do Senhor Jesus, para extrair água da própria fonte do amor de Deus”, disse.

“Quem fixa seu olhar nesse Coração atravessado e sempre aberto por amor a nós, sente a verdade desta invocação: ‘Ó Senhor, sois minha herança e minha taça’, e está pronto para deixar tudo por seguir o Senhor”, acrescentou.

O Pontífice destacou que “um jovem ou uma moça que deixa sua família de origem, os estudos ou o trabalho para se consagrar a Deus” é “um exemplo vivo de resposta radical à vocação divina”.

E garantiu que “esta é uma das experiências mais belas que existem na Igreja: ver, tocar com a mão a ação do Senhor na vida das pessoas; experimentar que Deus não é uma entidade abstrata, mas uma Realidade tão grande e forte como para preencher de uma maneira superabundante o coração do homem; uma Pessoa viva e próxima, que nos ama e pede ser amada”.

Também se referiu à “novidade e a prioridade absoluta do Reino de Deus que se faz presente na própria Pessoa de Jesus Cristo” e à “radicalidade que é devida ao amor de Deus, ao qual Jesus mesmo por primeiro obedece”.

Bento XVI continuou falando do seguimento radical da vocação divina indicando que “quem renuncia a tudo, inclusive a si mesmo, para seguir Jesus, entra em uma nova dimensão da liberdade”.

“Liberdade e amor coincidem! Ao contrário, obedecer ao próprio egoísmo conduz a rivalidades e conflitos”, concluiu.

Renovar a face da terra

SALVADOR, segunda-feira, 24 de maio de 2010 (ZENIT.org).- Apresentamos a reflexão de Dom Geraldo M. Agnelo, cardeal arcebispo de Salvador, sobre a festa de Pentecostes.

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Cristo Jesus, tendo subido aos céus, enviou o seu Espírito Santo para renovar a face da terra. O cristão é chamado a testemunhar no mundo a força renovadora do amor que vem do sacrifício de Cristo na cruz.

Neste domingo celebramos a festa de Pentecostes. Recordamos a descida do Espírito Santo sobre a Virgem Maria e os Apóstolos, reunidos no cenáculo; a primeira pregação do Evangelho em Jerusalém; a formação da primeira comunidade cristã; o nascimento da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo.

O protagonista escondido de tudo isso é o Espírito Santo. Ele operou outrora e continua operando hoje na sua Igreja. E se lhe damos espaço, intervém com eficácia também em nossa vida. Talvez até agora tenhamos descuidado da presença do Espírito em nós, os seus convites para operar o bem.

Notamos algo de curioso nas três leituras da missa deste domingo. Normalmente, a mais importante é a do evangelho que apresenta Jesus operando no meio dos homens. Nos últimos domingos a importância está na primeira leitura, tomada do livro dos Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas. Este livro nos conta a vida dos discípulos depois da ressurreição do Senhor, a história da Igreja em seus inícios. Nesse livro encontramos o relato por extenso de Pentecostes, acontecimento que dá origem à festa de hoje.

Pentecostes significa quinquagésimo dia. Cinquenta dias depois da Páscoa, os apóstolos com a Mãe de Deus recolheram-se no Cenáculo, a grande sala na qual o Senhor tinha celebrado a última ceia. Eles continuavam a recolher-se ali, depois da ascensão do Senhor, e sobre eles veio descer o Espírito Santo. Nesse dia tem início a história da Igreja no mundo. E, portanto começa também a história dos cristãos.

Desse acontecimento, o trecho do Evangelho nos apresenta somente uma antecipação: narra como Jesus prometeu aos apóstolos o dom do Espírito Santo, e lhes assegurou que nele haveriam de encontrar conforto, e dele receberiam tudo que deveriam conhecer para a sua missão. Era a tarde da Quinta feira Santa, depois da última ceia, durante o longo e comovente discurso de adeus de Jesus aos apóstolos. Vivendo perto de Jesus tinham percebido nele a presença do divino.

Pedro um dia tinha concluído também em nome dos outros: “Tu és o Filho de Deus, tu tens palavras de vida eterna.” Sentiam-se amados por Jesus, e o amavam também. Para segui-lo tinham abandonado casa, família, profissão, tudo. Mas Jesus lhes tinha advertido que um dia os deixaria. Daí o seu desencorajamento, sua desilusão. Por isso a promessa de Jesus: “Eu pedirei ao Pai, e ele vos dará um outro Consolador, para que permaneça convosco para sempre”.

A palavra usada por Jesus foi Paráclito que significa Consolador e também  Advogado, para que nas circunstâncias difíceis lhes sugerisse o que dizer diante dos homens e ainda nos tribunais.

Mas tudo isso se desenrolou na “Quinta Feira Santa”, no recolhimento da Última Ceia, na forma privada.

Ao invés, cinquenta dias depois da Páscoa, o Espírito Santo se fez presente de forma sensível, manifesta, clamorosa, com sinais vistosos e surpreendentes. São Lucas fala de “um trovão, um vento impetuoso”. Fala de “línguas como de fogo, que pousavam sobre Maria e os apóstolos”.

Os apóstolos compreenderam bem aqueles sinais, acolheram o Espírito Santo, sentiram-se transformados interiormente, venceram todo o medo. Antes estavam escondidos no Cenáculo. Agora saem fora ao descoberto, falam em público e anunciam a todos o Evangelho.

Assim nasceu a Igreja, como realidade histórica que se radica nas cidades, nas nações e nos continentes, que percorre os séculos e os milênios. Uma experiência de homens em diálogo com Deus, que desde dois mil anos atravessa a história.

O protagonista é o Espírito de Jesus; protagonista na história da humanidade e na pequena história de cada um de nós. Do Espírito de Deus “está plena a terra”, desde a criação, a Encarnação do Filho de Deus no seio da Virgem Maria, no perdão dos pecados, e no testemunho cristão. Um sentido de amor para a vida e aos irmãos que nasce do Espírito e nos faz imitadores de Cristo.

Dom Geraldo M. Agnelo

Cardeal Arcebispo de Salvador

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