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Papa em Nazaré destaca que sociedade necessita da família

Afirma o padre Caesar Atuire

NAZARÉ, quinta-feira, 15 de maio de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI mostrou em Nazaré que a sociedade necessita da família para não se desumanizar, explica o responsável da Obra Romana para as Peregrinações, instituição dependente da Santa Sé.

O padre Caesar Atuire, que acompanha o Santo Padre na Terra Santa, constata em conversa com ZENIT que o penúltimo dia da peregrinação evidencia o antídoto para que a sociedade não se converta em “uma aglomeração de indivíduos” condenados à solidão.

Na Missa para cerca de 40 mil pessoas que o Papa celebrou no Monte do Precipício, encerrou-se o Ano da Família na Terra Santa.

Ao sublinhar a importância desta etapa da peregrinação papal, o padre Atuire recorda que “Deus quis entrar na história da humanidade como um ser humano, como cada um de nós, encarnando em um corpo de uma mulher e a partir daí desenvolveu sua vida em um contexto familiar”.

“O Papa quis ressaltar o tema da família como decisivo hoje, sobretudo quando vivemos em uma sociedade em que a família sofre muitas ameaças”, na qual “se quer equiparar a família com outras realidades que não o são”, disse.

Mensagem pascal do Papa: ressurreição de Jesus não é teoria

Pronunciada da janela da Basílica de São Pedro, diante de 200 mil peregrinos

CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de abril de 2009 (ZENIT.org).- Bento XVI dedicou a mensagem da Páscoa – pronunciada da janela da Basílica de São Pedro do Vaticano – a mostrar como a ressurreição de Jesus não é uma teoria ou um mito, mas o fato mais significativo da história.

Diante de 200 mil fiéis que enchiam a Praça de São Pedro e as ruas adjacentes, o Papa considerou, por este motivo, que o anúncio da Páscoa limpa as regiões escuras do materialismo e do niilismo, que parecem estender-se nas sociedades modernas.

Em uma manhã de céu coberto, o Santo padre recolheu «uma das questões que mais angustia a existência do homem é precisamente esta: o que há depois da morte?».

«A este enigma – respondeu –, a solenidade de hoje permite-nos responder que a morte não tem a última palavra, porque no fim quem triunfa é a Vida.»

A ressurreição de Jesus «não é uma teoria, mas uma realidade histórica revelada pelo Homem Jesus Cristo por meio da sua ‘páscoa’, da sua ‘passagem’, que abriu um ‘caminho novo’ entre a terra e o Céu».

«Não é um mito nem um sonho, não é uma visão nem uma utopia, não é uma fábula, mas um acontecimento único e irrepetível: Jesus de Nazaré, filho de Maria, que ao pôr do sol de Sexta-feira foi descido da cruz e sepultado, deixou vitorioso o túmulo», sublinhou.

O Bispo de Roma explicou que «o anúncio da ressurreição do Senhor ilumina as zonas escuras do mundo em que vivemos. Refiro-me de modo particular ao materialismo e ao niilismo, àquela visão do mundo que não sabe transcender o que é experimentalmente constatável e refugia-se desconsolada num sentimento de que o nada seria a meta definitiva da existência humana».

De fato, assegurou, «se Cristo não tivesse ressuscitado, o ‘vazio’ teria levado a melhor. Se abstraímos de Cristo e da sua ressurreição, não há escapatória para o homem, e toda a sua esperança permanece uma ilusão».

Com a ressurreição de Cristo, sublinhou, «já não é o nada que envolve tudo, mas a presença amorosa de Deus».

Porém, continuou dizendo, ainda que seja verdade que a morte já não tem poder sobre o homem e o mundo, no entanto, «restam ainda muitos, demasiados sinais do seu antigo domínio».

Por este motivo, o papa afirmou que Cristo «precisa de homens e mulheres que, em todo o tempo e lugar, O ajudem a consolidar a sua vitória com as mesmas armas d’Ele: as armas da justiça e da verdade, da misericórdia, do perdão e do amor».

Vaticanista revela o prólogo do próximo livro do Papa

ROMA, 15 Jan. 07 (ACI) .- Em um artigo titulado “A próxima batalha a favor e contra Jesus se combaterá a golpes de livro”, o vaticanista do semanário L’Espresso, Sandro Magister apresentou em exclusiva o íntegro do novo livro do Papa Bento XVI sobre Jesus Cristo, que, conforme augura o perito, “será o best seller do ano”.

O livro terá por título: “Jesus de Nazaré. Do batismo no Jordão até a Transfiguração”; e será o primeiro de dois volúmes previstos, com o segundo que abrangerá até a Ressurreição.

“Seu livro sobre Jesus foi anunciado a fins de novembro e estará à venda na próxima primavera (boreal). Mas não há semana em que Bento XVI não pregue sobre o protagonista do livro: Jesus, ‘verdadeiro Deus e verdadeiro homem’”, explica Magister.

Segundo o perito, “a alternativa que Bento XVI põe entre o falso e o verdadeiro Jesus é a mesma que ele vê em ato entre os livros que reduzem Jesus a um simples homem e os que pelo contrário o apresentam em sua verdade humano-divina”.

Entre os livros contrários à verdadeira visão de Jesus, explica Magister se encontra um que na Itália vendeu meio milhão de cópias, titulado: “Inchiesta su Gesù. Chi era l’uomo che há cambiato il mondo” (Investigação sobre Jesus. Quem era o homem que mudou o mundo).

Os autores do livro são o agnóstico Corrado Augias, jornalista e escritor, editorialista do jornal “A Repubblica”, e o católico Mauro Pesque, professor de história da Igreja da Universidade de Bolonha, especialista em textos do cristianismo primitivo.

A tese deste livro é que é falso tudo o que a fé cristã professa respeito de Jesus.

“O iminente livro de Joseph Ratzinger / Bento XVI – assinado assim porque foi escrito por ele antes e depois da eleição como Papa pretende precisamente opor o Jesus autêntico ao falso Jesus ‘modernizado ou postmodernizado’”, explica Magister.

Palavras do Papa

No prefácio, cuja versão íntegra pode ler-se em espanhol na página Web de Magister,

o Santo Padre escreve que “no tempo de minha juventude – nos anos trinta e quarenta – foram publicados uma série de livros sobre Jesus que entusiasmavam. Me lembro só o nome de alguns autores: Karl Adam, Romano Guardini, Franz Michel William, Giovanni Papini, Jean Daniel-Rops. Em todos estes livros a imagem de Jesus Cristo foi delineada a partir dos Evangelhos: como viveu sobre a terra e como, sendo inteiramente homem, levou-lhes a mesmo tempo a Deus aos homens, com o qual, por ser Filho, era uma só coisa”.

O Papa assinala entretanto que, “ao início dos anos cinqüenta a situação mudou. A fenda entre o ‘Jesus histórico’ e o ‘Cristo da fé’ se fez sempre mais ampla; a simples vista um se afastou do outro”.

Assim, “as reconstruções deste Jesus, que deveria ser procurado seguindo as tradições dos evangelistas e suas fontes, fizeram-se sempre mais contraditórias: do revolucionário inimigo dos romanos que se opõe ao poder constituído e naturalmente fracassa, ao manso moralista que tudo permite e inexplicavelmente termina por causar sua própria ruína”.

Bento XVI assinala que estas obras “são muito mais fotografias dos autores e de seus ideais e não a exposição de uma icone que se tornou confusa”.

“Uma situação assim –segue o Papa- é dramática para a fé porque torna incerto seu autêntico ponto de referência: a íntima amizade com Jesus, de quem tudo depende, ameaça com se esgotar inutilmente no vazio”.

O Papa explica que “minha apresentação de Jesus significa acima de tudo que tenho confiança nos Evangelhos”.

Estou convencido, e espero que o leitor também possa perceber isso, que esta figura é muito mais lógica e também, do ponto de vista histórico, mais compreensível que as reconstruções com as quais nos devemos confrontar nos últimos decênios”, adiciona.

O Papa adverte também que, embora “este livro não foi escrito contra a exegese moderna, procurei ir além da mera interpretação histórico-crítica aplicando os novos critérios metodológicos, que nos permitem uma interpretação propriamente teológica da Bíblia e que naturalmente requerem a fé, sem por isso querer e poder – de fato – renunciar à seriedade histórica”.

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