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Calorosa recepção das relíquias do Padre Pio em Singapura

O santo também fez milagres na Ásia

SINGAPURA, quinta-feira, 23 de setembro de 2010 (ZENIT.org) – As relíquias de São Pio de Pietrelcina levaram nessa quarta-feira centenas de pessoas à igreja do Espírito Santo, em Singapura, onde se honra o santo com um tríduo, no contexto de sua festividade.

Para a ocasião, o sacerdote italiano do convento de Nossa Senhora da Graça de São Giovannni Rotonto Ermelindo Di Capua levou até a cidade asiática duas relíquias do santo, informou a agência AsiaNews.

O padre Di Capua acompanhou São Pio nos últimos três anos de sua vida e há tempos viaja pelo mundo para promover a espiritualidade, a vida e os ensinamentos do frade capuchinho.

Uma das relíquias contém sangue seco de uma das mãos onde o Padre Pio recebeu os estigmas e a outra é uma luva manchada de sangue.

As relíquias foram expostas apenas durante uma noite e diversos fiéis foram à igreja para honrar o santo e pedir-lhe intercessão pela cura de doenças.

Entre os devotos se encontrava Teresa Lee, da paróquia de Nossa Senhora Estrela do Mar, que veio junto a seu marido, Pedro, sentado na cadeira de rodas por causa de um acidente vascular cerebral.

A mulher testemunhou ter vivido um milagre. “Ele estava muito doente – explicou – e alguém indicou fez rezar para o Padre Pio”.

“Depois de ter rezado, houve uma rápida recuperação – continuou –, e agora ele já pode caminhar curtas distâncias.”

Outra visitante, Margaret Lourdusany, 56 anos, devota do santo há três anos, explicou que “me atrai a humildade dele, com a qual viveu sua vida”.

“Tocar a relíquia – acrescentou – é como tocar o santo que reza junto a Jesus por nós e nos faz sentir mais próximos de Cristo.”

O Padre Pio é um santo muito popular em Singapura. Todo mês, a comunidade católica organiza encontros de oração em torno de sua figura, especialmente nas paróquias de Nossa Senhora de Lourdes, Espírito Santo e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Defesa da veneração dos santos pelos primeiros cristãos

Fonte: Veritatis Splendor

Como os católicos hoje, os cristãos dos primeiros séculos eram acusados de idolatria por venerarem os Santos. Mas, em vez dos grupos heréticos (que tanto se difundiram após o século XVI), quem propagava esta mentira era o rabinismo judaico, isto é, os judeus que não abraçaram a fé cristã.

Talvez o primeiro texto que dá testemunho da veneração dos santos como ainda nós católicos praticamos hoje, com honra, homenagem, celebração dos heróis e modelos da fé, seja a Carta que a Igreja de Esmirna enviou à Igreja de Filomélio, narrando o Martírio de São Policarpo (Bispo de Esmirna e discípulo do Apóstolo São João). Este documento de meados do segundo século é o texto hagiográfico mais antigo que se tem notícia.

A Carta nos dá testemunho que após o martírio de São Policarpo, os cristãos de Esmirna tentaram conseguir a posse de seu corpo, para dar ao mártir um sepultamento adequado. Mas, foram impedidos pelas autoridades que eram influenciadas pelos judeus rabínicos, que diziam que os cristãos queriam o corpo de São Policarpo para adorá-lo como faziam com Cristo.

Na carta é interessante o comentário que os cristãos de Esmirna fazem por causa da ignorância que os judeus tinham sobre a diferença da adoração que os cristãos prestavam somente a Nosso Senhor Jesus Cristo e a veneração prestada aos Santos. Semelhantes a nós católicos dos últimos séculos, os católicos do passado escreveram:

Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!” (Martírio de Policarpo 17:2 +- 160 D.C).

E mais adiante esta importantíssima prova da fé primitiva, dá testemunho do costume que a Igreja tinha em guardar uma data, para celebrar a memória dos Santos, como Ela faz até hoje:

Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos [de Policarpo], mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-lo em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro.” (Martírio de Policarpo 18 +- 160 D.C)

Portanto, a Veneração dos Santos, não é idolatria e sim uma legítima e piedosa doutrina cristã que tem berço na Tradição da Igreja nascente.

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