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Cristãos “sem coragem” prejudicam a Igreja, afirma o Papa

“Quando a Igreja perde a coragem, entra nela uma atmosfera morna”

Rádio Vaticano

Todos os cristãos têm o dever de transmitir a fé com coragem. Esta é a exortação que o Papa Francisco fez, na manhã desta sexta-feira, 3, na Missa celebrada na Capela da Casa Santa Marta com a participação de guardas suíços. Concelebrou com o Pontífice o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.

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Guarda Suiça participou da Missa com o Papa Francisco, nesta sexta-feira, 3, na Casa Santa Marta no Vaticano (Foto: L’Osservatore Romano)

O Papa dedicou sua homilia ao tema da coragem no anúncio do Evangelho. Todos os cristãos que recebem a fé devem transmiti-la, proclamá-la com a vida e com a palavra.

Francisco contou um episódio de sua infância, de como a fé foi transmitida por meio de sua avó, quando o levava a participar da procissão da Sexta-Feira Santa e lhe dizia: “Jesus está morto, mas amanhã ressuscitará”.

“A fé entrou assim: a fé em Cristo morto e ressuscitado. Na história da Igreja, muitos tentaram encobrir esta certeza, falando de uma ressurreição espiritual. Não, Cristo está vivo!”, afirmou o Papa.

O Pontífice recordou que, na Bíblia, lemos que Abraão e Moisés têm a coragem de “negociar com o Senhor”. Uma coragem em favor dos outros, em favor da Igreja, que é necessária ainda hoje:

“Quando a Igreja perde a coragem, entra nela uma atmosfera morna. Cristãos mornos, sem coragem… Isso prejudica a Igreja, começam os problemas entre nós; não temos horizontes, não temos coragem, nem a coragem da oração ao céu nem a coragem de anunciar o Evangelho. Somos mornos… E não temos a coragem de enfrentar nossos ciúmes, nossas invejas, o carreirismo, de avançar egoisticamente. A Igreja deve ser corajosa!”

Caminho da fé não é alienação, mas uma preparação para a beleza do Céu, diz o Papa

VATICANO, 26 Abr. 13 / 01:40 pm (ACI/EWTN Noticias).- O caminho da fé não é alienação, mas uma preparação cotidiana para a beleza do céu que é o destino definitivo ao que toda pessoa está convidada, explicou o Papa Francisco nesta manhã na homilia da Missa que celebrou na Casa Santa Marta.

Ante alguns empregados da Tipografia Vaticano, do Escritório de Trabalho da Sé Apostólica (ULSA) e membros do Corpo de Guardas presentes naEucaristia, Francisco comentou a frase que Jesus diz a seus discípulos no Evangelho de hoje: “Não se perturbe o vosso coração”.

“São palavras muito belas. Em um momento de despedida, Jesus fala com o coração na mão. Sabe que seus discípulos estão tristes e começa a falar para eles daquele que será seu destino definitivo, o céu. Diz-lhes ‘Tenham fé em Deus e também em mim’… como se fosse um engenheiro ou um arquiteto diz o que vai fazer: ‘vou preparar um lugar, na casa de meu Pai há muitas moradas’. E Jesus vai preparar-nos um lugar”.

O Santo Padre explicou depois que preparar um lugar “é preparar nossa capacidade de desfrutar da possibilidade –nossa possibilidade– de ver, sentir, entender a beleza do que está por vir, dessa pátria para a qual caminhamos”.

“Toda a vida cristã é um trabalho de Jesus e do Espírito Santo para nos preparar um lugar, preparar nossos olhos para ver… Os nossos olhos, os olhos de nossa alma, precisam ser preparados para verem o rosto maravilhoso de Jesus. É necessário preparar o nosso ouvido para ouvir as coisas e as palavras bonitas. Mas, principalmente, é preciso preparar o coração para amar, amar ainda mais”.

No caminho da vida o Senhor prepara os corações “com provações, consolações, tribulações, com as coisas boas… Toda a viagem da vida é um caminho de preparação”.

“Às vezes o Senhor tem que fazê-lo rapidamente, como fez com o bom ladrão: tinha só uns poucos minutos para prepará-lo e o fez. Mas na vida normal é de outra forma não é? É ir preparando-se para chegar a essa pátria, que é a nossa”.

Mas alguns podem pensar “que todos estes pensamentos são uma alienação… que a vida é esta, o concreto, e mais para frente não se sabe o que há… Jesus nos diz que não é assim: ‘Tenham fé em Deus e também em mim’, diz. O que te digo é a verdade: eu não faço armadilhas, não te engano”.

Finalmente o Papa assegurou que “preparar-se para o céu é começar a saudá-lo de longe. Isto não constitui uma alienação, mas uma verdade, é deixar que Jesus prepare o coração e os olhos para tamanha beleza, para o caminho de retorno à pátria. Que Deus conceda esperança, valor e humildade para deixar que o Senhor nos prepare um lugar!”

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