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Freira vai à Justiça para poder usar véu em foto da CNH no PR

ESTELITA HASS CARAZZAI
Fonte: Folha Online 10.02.2012
DE CURITIBA

Uma freira de Cascavel (478 km de Curitiba) conseguiu na Justiça o direito de usar o véu na foto da carteira de motorista.

A decisão, emitida no final de janeiro, se baseia na Constituição Federal, que determina que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”.

A irmã Kelly Cristina Favaretto, 33, já havia feito sua primeira habilitação, em 2006, com o véu, mas foi impedida de usar o hábito quando tentou renovar a carteira, em agosto do ano passado.

O motivo, segundo o Detran-PR, foi uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), de 2006 –posterior à primeira habilitação de Favaretto–, que determina que o motorista não pode utilizar “óculos, bonés, gorros, chapéus ou qualquer outro item de vestuário que cubra parte do rosto ou da cabeça” na foto.

A irmã protestou e resolveu recorrer à Justiça. “Eu fui em busca dos meus direitos. [O véu] Não é um acessório. É um sinal de consagração e pertence a Deus. Sem ele, eu estaria infringindo a minha opção de vida.”

Favaretto entrou para a Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família aos 18 anos e usa o véu desde os 27. Em seus outros documentos, a foto foi tirada sem o véu. “No RG, eu só tinha 15 anos”, conta.

Na decisão de primeira instância, a irmã perdeu a causa, pois a juíza entendeu que a resolução do Contran não era ilegal e tinha como objetivo “a perfeita identificação do condutor”. “Trata-se de perfeito respeito à Segurança Pública, […] e é uma norma geral, de caráter nacional”, escreveu a magistrada Vanessa de Lazzari Hoffmann.

Foi só no TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre, que a freira conseguiu reverter a decisão. O acórdão do TRF acolheu um parecer do Ministério Público Federal, que afirma que o uso do véu está relacionado à convicção religiosa da freira, protegida pela Constituição Federal.

“[A norma do Contran] Restringe uma liberdade religiosa para o fim de, supostamente, permitir a visibilidade do motorista e a segurança em geral”, afirma o procurador Januário Paludo. “É uma exigência um tanto rigorosa. Se a freira está obrigada pela ordem a que pertence e por convicção própria a usar o véu, ela não é obrigada a retirá-lo.”

A ação ainda precisa voltar à primeira instância para que, então, a Justiça permita à freira fazer a foto com o véu.

Favaretto pretende fazer sua nova carteira de habilitação “assim que tiver a decisão em mãos”. Além dela, as outras 34 irmãs de sua congregação também foram beneficiadas com a sentença e poderão usar o véu na foto oficial quando sair a decisão final.

O Rosário é Bíblico?

Fonte: Veritatis Splendor

Rosário

A intenção do texto não é esgotar a teologia em torno do Rosário, mas apenas demonstrar superficialmente que não existe oposição entre esta devoção e a Palavra de Deus, como julgam alguns hereges.

Vários protestantes têm uma grande pulga atrás da orelha com o rosário. “Como é antibíblico!”, dizem eles. Pois bem, é hora de analisar o Rosário e ver o que a Bíblia tem a dizer sobre este assunto.

O Rosário é uma coleção de orações individuais:

1 – O Credo
2 – O Pai-Nosso
3 – A Ave-Maria
4 – Glória
5 – Salve Regina

1. O Credo Apostólico

“Creio em Deus-Pai, todo-poderoso, criador do céu e da terra, e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, que foi concebido pela Virgem Maria, padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos e ressuscitou ao terceiro dia. Subiu aos céus e está sentado à direita de Deus-Pai todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja Católica, na Comunhão dos Santos, na remissão dos pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna. Amém.”

Este é um dos credos mais antigos que se conhece. Foi inicialmente usando pelos cristãos de Roma. Não há nada antibíblico nele. A única coisa que alguém poderia objetar seria a expressão “creio…na Santa Igreja Católica”. Bem, a primeira pessoa a utilizar a expressão “Católica” (palavra grega para “geral, universal”) foi Santo Inácio de Antioquia em sua carta aos Esmirnenses. Ele morreu em 107 A.D., o que nos faz tirar a lógica conclusão que tal designação para a igreja já era utilizada desde antes. Ele utilizou este termo para diferenciar a Igreja fundada por Cristo e pelos apóstolos das outras igrejas e filosofias heréticas que estavam aparecendo.

2. O Pai-Nosso

Bem, nada de antibíblico aqui. Sem comentários mais.

3. A Ave-Maria

“Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é contigo. Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre, Jesus. Santa Maria, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte. Amém”.

Isto coloca um bom problema aos protestantes. Porquê? Veja o que a Bíblia diz sobre isso (versão KJV):

“E o anjo veio sobre ela, e disse, Ave, tu que és grandemente favorecida, o Senhor está contigo. Bem-aventurada és tu entre as mulheres”. (Lc 1,28)

São Jerônimo, um dos primeiros Pais da Igreja, traduziu a Bíblia grega para o latim, e a melhor forma de traduzir para o latim a forma “grandemente favorecida” foi “gratia plena”, que significa “cheia de graça”. Isto denota muito bem o estado de Maria, “cheia de graça”, sem pecado.

Desta forma, a primeira parte da Ave-Maria não deixa problema algum. E quanto à segunda parte?

Santa Maria? É esperado que, sendo Maria a mãe do “Santo dos Santos”, ela seja também uma pessoa santa. Isto não pode ser problema para os protestantes, que acreditam que todos os cristãos são santos, de uma forma ou de outra, no mínimo.

Mãe de Deus? Maria é a mãe de Jesus, certo? Jesus era uma pessoa divina com uma natureza divina e humana. Maria “assim como fazem todas as mães” deu a luz à pessoa, não à natureza. E a qual pessoa ela deu à luz? Uma pessoa divina. Logo, Maria é a mãe de Deus.

Rogai por nós, pecadores? Pedimos que Maria ore por nós. Mas ela não está morta? Não de acordo com a Bíblia (Mc 12,26-27; Mt 27,52-53).

Nós devemos orar pelos outros, diz Tiago (Tg 5,16). Ora, mas Jesus não é o único mediador? Sim, assim como Ele é o único rei, o único Senhor, o único sacerdote, etc…E enquanto partilharmos deste seu sacerdócio e reinado, também partilhamos desta única mediação.

Agora e na hora de nossa morte? Oh-oh!, como Maria sabe quando morreremos? Bem, ela possui a visão beatífica (1 Cor 13:12; 2 Pd 1:4), e além do mais, não existe época no paraíso, somente eternidade e, portanto, nem Maria ou os anjos estão sob o limite do tempo e por isso podem ouvir todas as nossas orações.

4. Glória

“Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre. Amem”.

Pequena e linda oração. Ninguém reclame dela.

5. Salve Regina (Salve Rainha)

“Salve Rainha, mãe de misericórdia, vida, doçura e esperança nossa. Salve! A vós bradamos os degredados filhos de Eva. A vós, suspirando, gemendo e chorando neste vale de lágrimas. Ei-a pois, advogada nossa, esses vossos olhos misteriosos a nós volvei. E depois deste desterro, mostrai-nos Jesus. Bendito é o fruto do teu ventre. Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre virgem Maria. Rogai por nós, santa mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo”.

É bem complicado, vamos com calma.

Rainha? Considere que Jesus, Rei dos Reis, nunca foi casado. Se um rei não possui esposa, quem, portanto, é a rainha? Sua mãe! E isto se aplica aqui.

Vida, doçura e esperança? Isto diz respeito à mediação de Maria, assunto que não abordaremos neste texto pela sua natureza mais profunda. Chamamos Maria desta forma porque ela é a causa, estritamente na forma subordinada “claro”, da nossa salvação, vida, doçura e esperança (que é Jesus).

Vossos olhos misericordiosos? Maria, como imaculada, tem misericórdia de seus filhos. Lembrando que todos somos seus filhos. Ela é nossa mãe, porque somos parte do corpo de Jesus, nascido de Maria.

Clemente, piedosa, doce? Quem nega que a mãe de Jesus é clemente? Ou piedosa? Ou doce? Minha mãe (carnal) é! Quanto mais com um filho como Jesus, o filho de Deus!

Como vimos, são várias orações. Claro, existem entre nós questões sobre o rosário, como apontam alguns quando dizem que Jesus nos recomendou não rezar em “vãs repetições” como fazem os gentios (Mt 6,7).

Mas notem todos que Jesus não condena as repetições, somente as que são “vãs”. Se nós condenamos católicos bêbados, não estamos condenando todos os católicos que bebem e nem significa que todos os católicos “são” bêbados. Isto somente significa que aqueles católicos que “estavam” bêbados são condenados. Aqui é a mesma coisa. Jesus disse para não rezarmos as repetições “que são vãs”, ou sejam, de nada adiantariam. E porque o rosário não é incluído nestas “vãs repetições”? Porque nele nós meditamos os mistérios da vida, morte e ressurreição de Cristo, e isto nunca será “vão”. A Ave-Maria somente é a base para todos estes mistérios. Nunca se acreditou que se consegue alguma coisa com uma certa quantidade de orações. O Rosário bem recitado é aquele bem meditado, com concentração. Onde as palavras não são somente balbuciadas, mas rezadas com fé.

Então, da próxima vez que alguém se dizer um cristão, pergunte como honra a Maria. Se disser “não, obrigado, não sou idólatra, somente honro a Jesus”, pergunte então porque a Bíblia nos pede para honrarmos os santos (1 Pd 1,6-7), e porque Maria é tão “grandemente favorecida”.

“Doravante, todas as gerações me proclamarão bem-aventurada” (Lc 1,48).

Traduzido para o Veritatis Splendor por Rondinelly Ribeiro Rosa.

Roubam hóstias consagradas em igreja católica nos Andes do Peru

Huaraz, 30 Ago. 11 / 02:50 pm (ACI)

O Bispo de Huaraz (Peru), Dom José Eduardo Velásquez Tarazona, celebrou no domingo passado uma Missa de desagravo pelo roubo que sofreu na madrugada do sábado 27 de agosto a paróquia Nossa Senhora de Belém na sua diocese de Huaraz, quando desconhecidos profanaram o Sacrário e levaram uma âmbula cheia de hóstias consagradas.

O Pe. Santiago León Quiñones, pároco de Nossa Senhora de Belém, informou do roubo mediante um comunicado à comunidade católica e à opinião pública em geral.

Terminada a Missa foi feita uma vigília, com cânticos e orações, também como um ato de reparação, no qual também se pediu pelos autores do roubo sacrílego.

Representantes da paróquia repudiaram este fato que atenta contra a fé dos católicos. Em sua homilia da Missa de ontem, Dom Velásquez repudiou o roubo sacrílego e pediu aos delinqüentes devolver as jóias levadas que têm um valor incalculável para a Igreja e para todos os católicos.

Ao fechamento desta edição e logo depois das investigações do caso que ainda continuam, a polícia local já teria cercados os autores do roubo.

A raiz dos problemas humanos está na falta de amor, disse o Papa

Vaticano, 29 Jul. 11 / 02:09 pm (ACI/EWTN Noticias)

O Papa Bento XVI assinalou que a ausência de amor é uma das principais “pobrezas” que afetam os jovens atualmente e que ademais é “a raiz de qualquer problema humano”.

Assim indicou o Pontífice em sua mensagem, divulgado ontem, enviado ao superior geral dos Clérigos Regulares de Somasca, o Pe. Franco Moscone, por ocasião do Ano Jubilar pelo V centenário da milagrosa liberação do cárcere de seu fundador São Girolamo (Jerônimo) Emiliani.

Conforme assinala a nota de Rádio Vaticano, o Santo Padre também afirma no texto que “as provações pessoais e institucionais a que somos submetidos servem para aumentar a nossa fé”.

Bento XVI afirmou na mensagem que “a libertação do padroeiro universal dos órfãos e da juventude abandonada foi um evento prodigioso que modificou o curso de uma trajetória humana e deu início a uma experiência de vida consagrada muito significativa para a história da Igreja”.

Deste modo expressou seu desejo de que este Santo “nos ajude a dar prioridade a qualquer pobreza que sofram nossos jovens, seja moral, física ou existencial, e sobre tudo à ausência de amor, que é a raiz de todo problema humano sério”.

Diante dos problemas políticos da época, a libertação do cárcere de São Jerônimo Emiliani graças à intervenção divina, também foi uma liberação “dos laços do egoísmo, do orgulho, da busca de reafirmação pessoal. De forma que sua existência, antes dedicada às coisas temporais, orientou-se unicamente a Deus, amado e servido através da juventude órfã, doente e abandonada”.

Para o Santo, o que os jovens precisavam era de amor, “um amor que emanava da mesma caridade de Deus repleto de paciência e compreensão: atento, tenro e preparado ao sacrifício como o de uma mãe”.

Logo em seguida ressaltou o trabalho dos clérigos regulares com os jovens e alentou a que a educação das novas gerações seja animada por um “amor que vence o individualismo e o egoísmo e que se sensibiliza diante das necessidades de qualquer irmão, inclusive quando não pode ser correspondido e especialmente então”.

As celebrações terão início no próximo 25 de setembro em Veneza, com a Santa Missa na basílica de São Marcos e se prolongarão durante o ano com uma série de congressos históricos dedicados à figura e a espiritualidade de São Jerônimo Emiliani. O encerramento oficial será em Somasca no dia 30 de setembro de 2012.

A liberação

Em 27 de agosto de 1511, São Jerônimo Emiliani liderou a resistência militar de uma das fortalezas de Veneza, que nesse momento enfrentava várias potências européias que não queriam que a cidade seguisse obtendo mais poder.

Foi derrotado e feito prisioneiro no castelo que defendeu. Foi preso com grilhões nas mãos, no pescoço e uma corrente atada a uma grande coluna de mármore. Em uma situação similar à de São Inácio de Loyola, teve tempo para meditar sobre o “poder” das ações militares.

Assim começa a rezar e logo se descobre, de repente, livre. Isto aconteceu em 27 de setembro de 1511. O santo atribuiu sempre sua liberação à especial intervenção da Virgem Maria.

Depois de sua liberação dedica sua vida a ajudar os órfãos e os jovens abandonados. Por seu trabalho em Veneza, diversos bispos da região da Lombardia pedem que ele reorganize os trabalhos de caridade.

Surge em torno dele um grupo de pessoas que querem compartilhar seu estilo de vida e surge a Companhia dos servidores dos pobres, hoje chamados Padres Somascos.

São Girolamo ou São Jerônimo faleceu em Somasca -Lecco, ao norte da Itália- no dia 8 de fevereiro de 1537, por causa da peste contraída assistindo os doentes, durante uma das muitas epidemias que assolaram o Vale de São Martinho.

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