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Personagem católico chama a atenção na nova série de Spielberg sobre alienígenas

Falling Skies - Personagem católico chama a atenção na nova série de Spielberg sobre alienígenas NOVA IORQUE, 20 Jul. 11 / 12:37 pm (ACI)

Estreou-se nos Estados Unidos há poucas semanas a mais recente e ambiciosa série de ficção científica para a televisão produzida por Steven Spielberg que leva o título de “Falling Skies”. Nesta historia sobre a luta entre alienígenas e humanos, o personagem de uma jovem católica que usa sua fé como arma para sobreviver chamou a atenção da imprensa.

O argumento de “Falling Skies” sobre a vida na terra seis meses depois de um ataque alienígena não é novo nem original, mas sendo um produto de Spielberg colhe êxitos de audiência.

Conforme informa o site ReligiónenLibertad.org (ReL), “a ação tem lugar principalmente em uma irreconhecível Boston, e dentre todos os protagonistas destaca-se um personagem de certo modo insólito no panorama das produções televisivas”.

“Trata-se de Lourdes, uma jovem de 17 anos, intelectualmente brilhante, estudante de Medicina, de origem mexicano, bonita e, como assinala Greg Sisk em sua análise dos capítulos emitidos, ‘aberta e explicitamente católica’. O seu próprio nome indica uma esperança sobrenatural”, destaca o site sobre o papel interpretado pela atriz de raízes latinas Seychelle Gabriel.

Chama a atenção que “as cenas nas que Lourdes expõe sua fé estão intencionalmente bem tratadas”. Do primeiro capítulo, o personagem mostra sua fé com naturalidade. Em uma cena atrasou-se do grupo porque se deteve em uma igreja para rezar e defende suas convicções ante as gozações dos demais.

Quando Lourdes alcança o grupo, uma de suas companheiras na ficção ri dela e lhe diz que a próxima vez que se ajoelhe para rezar peça a Deus um bombardeiro. Lourdes responde com claridade: “Eu não rezo a Deus para pedir-lhe coisas. Não acredito que as coisas funcionem assim”. Karen lhe pergunta então para quê ela reza. “Peço a Deus que me mostre o que posso fazer por Ele”, responde Lourdes.

A jovem oferece ao grupo de sobreviventes a contribuição da sua fé junto à sua incipiente experiência clínica. “Em uma cena de outro episódio, sentam-se a comer e é ela quem se persigna para dirigir a bênção da mesa. A câmara se dirige então ao chefe militar do grupo, um homem duro que perdeu a sua família durante a invasão e que costuma expressar-se de forma bastante cínica… mas que murmura com ela a oração“, informa ReL.

“A religião, e em particular a fé católica, esteve sempre muito presente nas produções de Spielberg, em algumas ocasiões misturada com interpretações de corte esotérico, em outras com críticas indiretas, mas algumas vezes também com uma seriedade e respeito incomuns em outros cineastas. Falling skies parece figurar, ao menos até o momento, entre estas últimas”, indica.

«Grande negócio, grande farsa»

Carta do arcebispo de Pamplona (Espanha) sobre «O Código da Vinci»

PAMPLONA, domingo, 21 de maio de 2006 (ZENIT.org).- Publicamos a carta pastoral que difundiu no sábado o arcebispo de Pamplona e bispo de Tudela (Espanha), Dom Fernando Sebastián Aguilar, acerca do livro e filme ? recém-estreado ? «O Código da Vinci».

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GRANDE NEGÓCIO, GRANDE FARSA

Pode parecer duro demais, mas me parece rigorosamente exato. Primeiro foi o livro com seus 40 milhões de exemplares vendidos. Agora será o filme com não sabemos quantos expectadores. Detrás de tudo, um produto literalmente modesto e cientificamente nulo, apoiado em uma grande montagem propagandista. Falo de O Código da Vinci. Como vocês vêem.

Contudo, fica por explicar o por que desse êxito. Grande parte do êxito se deverá ao lançamento, sem dúvida, que foi multimilionário. Mas há razões mais profundas. Dan Brown utiliza a força que tem a pessoa de Jesus Cristo na consciência de milhões de pessoas, inclusive além das fronteiras da Igreja, para aproveitá-la em favor de sua obra e de seu negócio. Constrói uma novela meio policial, meio ficção, com aparência de investigação histórica.

Ao longo do escrito, acusa a Igreja de ter manipulado a história de Jesus em favor de seu próprio interesse. Quando é ele quem faz exatamente isso. Se essa obra se tivesse apresentado como uma obra de literatura ficção a propósito de Jesus, poderíamos discutir o bom gosto do autor ao tirar sarro do personagem que para os cristãos é sagrado, mas não poderíamos denunciar o escrito como falso nem como farsa. Porém, o autor apresenta sua obra como fruto de longos e profundos estudos históricos, atribuindo às suas afirmações um valor científico e histórico que não tem desde nenhum ponto de vista. Há dados históricos inegáveis, mas com eles, e outras muitas coisas que são meras fábulas, compõe um conjunto do estilo dos livros de cavalarias.

O conjunto de personagens que apresenta e a descrição de instituições que manipula, ou são inteiramente realidades de ficção, ou vêm descritas de maneira que não respondem à realidade. A tese central da novela é dizer que o cristianismo é falso porque é criação de uns homens sem escrúpulos que inventaram seus dogmas fundamentais no século ÎV para dominar os estímulos do império. O autor diz contar a verdadeira história de Jesus como um personagem, sem nenhum sinal nem pretensão de divindade, morto como os demais homens, que viveu, casado com Maria Madalena, com a qual teve vários filhos dos que procedem alguns grupos misteriosos e truculentos que são pura invenção sua.

Para apoiar sua tese, utiliza um método muito simples. Nega validez às fontes históricas do cristianismo, desconhecendo todos os estudos sobre a historicidade dos evangelhos, a análise crítica de seu texto, a fidelidade na conservação dos textos originais, etc. e a confere a outros escritos muitos mais tardios, de comprovada falta de rigor histórico, afetados pelas doutrinas de grupos dissidentes e heréticos, e completa o produto incorporando outras afirmações truculentas que são puras lendas medievais e às vezes invenções totalmente impossíveis por graves alterações históricas e afirmações arbitrárias.

Suas afirmações sobre Madalena, os conflitos desta com Pedro, os filhos de Jesus, as lutas da Igreja contra eles e a pretensão do Opus [Dei] de acabar com os últimos descendentes de Jesus, são uma mistura de tópicos, aproveitando a morbosidade dos mitos do momento, que não tem valor histórico nenhum. Como pôde inventar Constantino a divindade de Jesus, quando nos séculos I, II e III haviam morrido tantos mártires por professar sua divindade e esperar a ressurreição? Estamos no gênero de Amadis de Gaula.

Muita gente nos pergunta o que nós, cristãos, podemos pensar sobre tudo isto. Eu o vejo da seguinte maneira:

1.Os cristãos não devem assustar-se por semelhante bagulho. Não diz nada sério que possa questionar nenhuma das bases históricas do cristianismo cientificamente estabelecidas. Não há razão para ficar nervosos, nem para sentir sequer curiosidade. Considerado em si mesmo, não vale a pena levar a sério. Sua força está na propaganda, na morbosidade que desperta na fraqueza de muitas consciências. Quem quer ficar sabendo algo sobre Jesus é melhor que leia os evangelhos.

2.Tampouco devemos deixar-nos ganhar pela morbidez de seu atrativo. Quem quer ler a obra ou ver o filme que o faça, sem credulidade, sem deixar-se levar infantilmente pela morbidade da apresentação, com uma certa distância crítica. Certamente, quem vir este filme ou ler esta obra com fruição, terá que reconhecer que não anda muito claro em sua fé, se é que a tem, nem anda tampouco forte em sabedoria. O europeu que queira libertar-se de suas origens cristãs, ver-se-á aliviado por este gênero de literatura que busca desprestigiar os fundamentos históricos e a validez religiosa e humana da tradição cristã. A verdade é que este estilo de obras é pouco sério e não consegue tocar as bases históricas e científicas de nossa fé. Deixando de lado que a fé religiosa é algo mais que a certeza que podem produzir os dados históricos e as argumentações racionais.

3.Para os que não tenham alguma razão especial, como pode ser, sua responsabilidade como críticos ou educadores, a melhor postura é o desinteresse. Não vale a pena. Não oferece nada sério nem bem fundamentado. Nem como história nem como arte.

Vocês não perceberam como, desde há algum tempo, cada três ou quatro meses, sai alguma obra que ?vai comover as bases da Igreja católica?? Mas continuamos aqui. A Igreja está edificada sobre a pedra firme que é Cristo, de modo que os poderes do inferno não poderão prevalecer sobre ela.

Deus tira bens dos males, e escreve certo em linhas tortas. Este livro deplorável despertou a curiosidade de muitos e nos oferece uma ocasião excelente para explicar aos cristãos, e aos não cristãos, as verdadeiras origens históricas do cristianismo, as fontes documentais do conhecimento de Jesus, de sua vida e de sua mensagem, e explicar como foram os primeiros anos da vida da Igreja e a expansão da fé cristã pelo mundo conhecido. Esta é agora nossa missão. Podemos nos animar a ler algum livro, ou a buscar na Internet uma informação séria e fidedigna sobre a pessoa de Jesus, sobre o Deus Pai do qual veio a dar testemunho para nossa iluminação e salvação. E conhecer melhor a natureza e a missão desta humilde Igreja nossa, feita de santos e pecadores, que nos conservou fielmente a memória de Jesus, de sua mensagem e de seu testemunho. Ela nos ajuda a viver como pessoas livres, filhos de Deus e cidadãos do Céu. Por tudo isso, damos muitas graças a Deus.

Pamplona, 20 de maio de 2006.

+Fernando Sebastián Aguilar
Arcebispo de Pamplona e Bispo de Tudela

Cristãos são as vítimas de «O Código da Vinci»; não os agressores

Resposta do Opus Dei ao diretor do filme

ROMA, segunda-feira, 15 de maio de 2006 (ZENIT.org).- Publicamos na íntegra o comunicado que enviou esta sexta-feira a Zenit a Sala de Informação do Opus Dei –Prelazia da Igreja Católica– em resposta a declarações do diretor do filme «O Código da Vinci», a poucos dias de sua estréia.

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A imprensa italiana publicou esta quinta-feira algumas entrevistas com Ron Howard, diretor do filme «O Código da Vinci». Nas frases que se atribuem, Howard afirma que ?negar o direito de assistir ao filme é um ato fascista?, e também que ?dizer a alguém que não vá ver o filme é um ato de militância e a militância gera ódio e violência?. Nessas entrevistas menciona-se várias vezes o Opus Dei. As frases parecem se referir às recentes declarações de algumas autoridades da Igreja.

Eu me atreveria a pedir a Ron Howard que mantenha a serenidade e se expresse com respeito.

Não convém perder de vista a realidade da situação: este filme é ofensivo para os cristãos, Howard representa o agressor, e os católicos são vítima de uma ofensa. Não se pode tirar do agressor inclusive o último direito, o de expressar seu ponto de vista. Não são as declarações de alguns eclesiásticos ou o pedido respeitoso do Opus Dei de incluir uma advertência ao início do filme de que se trata de um trabalho de ficção as que geram violência: são mais bem os retratos odiosos, falsos e injustos os que alimentam o ódio.

Em suas declarações, Howard repete também que é simplesmente um filme, uma história inventada, e que não há que tomá-la demasiado a sério. Mas não é possível negar a importância do cinema e da literatura. A ficção influi em nosso modo de ver o mundo, sobretudo entre os jovens. Não é sério não levar a sério. Certamente, a criatividade artística necessita de um clima de liberdade, mas a liberdade não se pode separar da responsabilidade.

Imagine você um filme que conte que a Sony está por detrás dos atentados das Torres Gêmeas, que os promoveu porque queria desestabilizar os Estados Unidos. Ou ainda uma novela que revele que a Sony pagou o pistoleiro que atirou no Papa na Praça de São Pedro, em 1981, porque queria opor-se à liderança moral do Santo Padre. São só histórias inventadas. Suponho que a Sony, uma empresa respeitável e séria, não estaria contente de se ver retratada deste modo nas telas, e que não ficaria satisfeita com uma resposta do tipo: ?não se preocupe, é só ficção, não há que tomá-la demasiado a sério, a liberdade de expressão é sagrada?.

Em todo caso, quem participou do projeto do filme não tem motivos para se preocupar. Os cristãos não reagirão com ódio nem violência, mas com respeito e caridade, sem insultos nem ameaças. Podem seguir calculando tranqüilos o dinheiro que o filme arrecadará. Porque a liberdade do lucro econômico parece a única liberdade sagrada de verdade, a única isenta de toda responsabilidade. É provável que arrecadem muito dinheiro, mas estão pagando um alto preço ao deteriorar seu prestígio e reputação.

Espero que a polêmica destes meses não seja estéril, que sirva para que se reflita sobre o caráter relativo do lucro econômico quando estão em jogo valores mais altos; sobre a importância da ficção; sobre a responsabilidade que acompanha e protege sempre a liberdade.?

O plano da comunicação da Sala de Informação ante este caso pode-se encontrar em www.opusdei.org. Ali se explica com detalhe a posição que manteve nestes meses.

Manuel Sánchez Hurtado
Encarregado de relações com a imprensa internacional
Sala de Informação do Opus Dei em Roma

Esclarecimentos sobre o "Código da Vinci"

A difusão do livro “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, e do filme baseado sobre a obra, tem suscitado em muitas pessoas perplexidades, dúvidas e confusão a respeito de algumas verdades fundamentais da fé cristã referentes a Jesus Cristo e à Igreja.

A CNBB, consciente de sua responsabilidade em relação à defesa da verdadeira fé da Igreja, vem a público para prestar alguns esclarecimentos.

Não devemos esquecer que a obra em questão é de ficção e não retrata a história de Jesus, nem da Igreja. Não se pode atribuir verdade às afirmações claras ou veladas do autor. O que é fantasia deve ser lido e entendido como fantasia. As únicas fontes dignas de fé sobre a vida de Jesus e o início da Igreja são os textos do Novo Testamento, da Bíblia. A história da Igreja, depois dos apóstolos, está retratada em obras de caráter histórico, cujas afirmações são respaldadas pelo rigor do método histórico.

Alertamos, portanto, que a obra, no seu gênero fantasioso, apresenta uma imagem profundamente distorcida de Jesus Cristo, que está em contraste com as pesquisas e afirmações de estudiosos de diversas áreas das ciências humanas, da teologia e dos estudos bíblicos, ao longo de dois mil anos de história do cristianismo.

É lamentável que a obra, com roupagem pseudo-científica, se ponha a versar de maneira leviana e desrespeitosa sobre convicções tão sagradas para os cristãos. Muitos cristãos sentem-se feridos em sua fé e nas convicções que lhes são profundamente caras. Outras pessoas são induzidas à dúvida sobre verdades da fé pregadas pela Igreja, desde sua origem, e transmitidas de geração em geração, com zelosa fidelidade à doutrina dos apóstolos. Ainda outras são levadas, inclusive, a levantar suspeitas sobre a honestidade da Igreja nas afirmações de fé sobre Jesus Cristo, seu divino fundador.

Diante disso, afirmamos, com toda convicção, que a Igreja, de forma alguma, ocultou no passado, nem oculta no presente, a verdade sobre Jesus Cristo e sobre a origem dela própria. A Igreja não pode deixar de afirmar o sagrado patrimônio das verdades a respeito de Jesus Cristo e sobre si mesma, que ela recebeu dos apóstolos.

Convidamos todos a lerem os Evangelhos e demais textos do Novo Testamento da Bíblia, para encontrarem aí a imagem de Jesus Cristo, assim como é anunciada pela pregação da Igreja desde as suas origens. Por outro lado a leitura de algum bom livro de história da Igreja – e existem muitos! – poderá ajudar a conhecer a verdade histórica sobre a Igreja, que não é oculta nem subtraída ao conhecimento de quem quer que seja.

Cardeal Geraldo Majella Agnelo
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Presidente da CNBB

Resenha do livro ?O Código Da Vinci?

?O Código Da Vinci? é um bestseller norte-americano de ficção que, depois de um investimento milionário em marketing, foi publicado recentemente no Brasil. A trama do romance propõe a falsidade do cristianismo, que seria uma invenção da Igreja Católica mantida a qualquer preço ao longo dos séculos. Diante da sugestão, nas primeiras páginas do livro, de que estaria baseado em fatos reais, apresentamos uma resenha crítica publicada em ?El Confidencial Digital? (Espanha).

São abundantes os romances, bem como as suas correspondentes adaptações cinematográficas, que se encaixam na chamada ?teologia-ficção? para questionar a veracidade histórica do cristianismo. Não há dúvida de que pretendem aproveitar-se comercialmente do escândalo que suscitam nos fiéis e, ao mesmo tempo, fazer sucesso com um público carente de cultura religiosa, mas ainda familiarizado com o imaginário cristão.

O autor de ?O Código Da Vinci?, Dan Brown, emprega a velha fórmula de encher páginas com uma informação aparente que, na realidade, não tem nenhuma base histórica, artística ou religiosa. Por isso, a crítica mais eloqüente é, simplesmente, expôr friamente a sua tese, despojando-a dos fogos de artifício da trama de ação.

O enredo desse romance se baseia em afirmar que Jesus foi casado com Maria Madalena, com quem teve uma filha. Este fato teria sido supostamente silenciado pela Igreja ao longo dos séculos, através de assassinatos e guerras. A hipótese, repetida por muitos detratores do cristianismo, não tem fundamento histórico algum, de modo que não é sustentada por nenhum exegeta católico ou protestante. No entanto, o autor parece considerar mais confiável o roteiro de ?A última tentação de Cristo? do que séculos de estudos bíblicos.

A Igreja Católica aparece no livro como uma grande mentira histórica, produto de uma invenção do imperador Constantino, que procurava uma religião para todo o império. Até esse momento, o cristianismo teria sido uma religião oriental pregada por um profeta judeu chamado Jesus, casado com uma certa Maria Madalena, com quem teve uma filha. O imperador teria fundido os ensinamentos cristãos com as tradições pagãs, para que fossem mais facilmente aceitos pelo povo. Ele também promoveu o Concílio de Nicéia, onde submeteu a votação a declaração da divindade de Jesus, que até então era um simples homem. Essa tergiversação fez com que fosse necessário destruir todos os relatos evangélicos e reescrevê-los, para demonstrar a divindade e Cristo. Nessa manipulação teria sido suprimida a figura da mulher de Jesus, convertendo-a na atual Maria Madalena.

Desde então, o aspecto feminino e sexual da religião cristã teria sido sistematicamente recusado pela Igreja. Esta ficção histórica permite ao autor do romance descrever a Igreja Católica ? representada pelo Vaticano e pelo Opus Dei ? como inimiga da mulher, da verdade e capaz de todo tipo de crimes, chegando a afirmar que assassinou cinco milhões de mulheres.

Em contraste com a mentira do cristianismo apresenta como verdadeira religiosidade a dos cultos pré-cristãos, que adoravam a divindade feminina e praticavam o sexo sagrado.

A conclusão do romance é que não basta revelar a suposta verdade sobre o cristianismo, descobrindo as provas do casamento de Jesus com Maria Madalena, mas que é necessário que a Igreja Católica reconheça a sua impostura e os seus crimes, voltando a adorar a divindade feminina, o que a obrigaria a mudar a sua doutrina moral sobre a sexualidade e sobre o sacerdócio de mulheres.

À luz do absurdo da sua tese de fundo, a verossimilhança do romance fica completamente comprometida, e as suas afirmações desatinadas caem por seu próprio peso. Há demasiada invenção, demasiada maldade, demasiada perversão para que seja ao menos verossímil. Os leitores mais inocentes, no entanto, podem ficar com a idéia de que a Igreja Católica, e em particular o Vaticano e o Opus Dei, é uma instituição pouco digna de confiança.

Fonte: Opus Dei

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