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O Papa nomeia Dom Pietro Parolin como novo Secretário de Estado do Vaticano

Dom Pietro Parolin, novo Secretário de Estado do Vaticano

A HAIA, 31 Ago. 13 / 12:09 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na manhã do dia de hoje, sábado 31 de agosto, o Papa Francisco nomeou o Arcebispo Pietro Parolin, como novo Secretário de Estado do Vaticano, em substituição do Cardeal Tarcisio Bertone, cuja renuncia ao cargo foi aceita pelo Santo Padre. Dom Parolin era até o momento Núncio Apostólico na Venezuela, tem 58 anos de idade e assumirá o cargo no próximo dia 15 de outubro.

A informação se fez pública durante uma audiência especial, na Casa Santa Marta, do Papa Francisco com o Cardeal Tarcisio Bertone, o Cardeal Leonardo Sandri, Prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, Dom Dominique Mambertí, Secretário para as Relações com os Estados, Dom Peter B. Wells, assessor para os Assuntos Gerais, Dom Antoine Camilleri, Subsecretário para as Relações com os Estados e Dom Alberto Ortega Martín, oficial da Secretaria de Estado para as Relações com os Estados.

No próximo dia 15 de outubro, o Santo Padre receberá em audiência os superiores e oficiais da Secretaria de Estado, para agradecer publicamente o Cardeal Tarcisio Bertone pelo seu serviço fiel e generoso à Santa Sé e para a apresentação do novo Secretário de Estado.

Por outra parte, o Papa confirmou em seus cargos a Dom Giovanni Angelo Becciu, Substituto para os Assuntos Gerais; a Dom Dominique Mambertí, Secretário para as Relações com os Estados; a Dom Georg Gänswein, Prefeito da Prefeitura da Casa Pontifícia; a Dom Peter Wells, Assessor para os Assuntos Gerais; e a Dom Antoine Camilleri, Subsecretário para as Relações com os Estados.

Breve Biografia

O novo Secretário de Estado Vaticano é natural de Schiavon, na província e na diocese de Vicenza (Itália), onde nasceu em 17 de janeiro de 1955 em umafamília de classe média italiana. Seu pai se ocupava da venda de maquinaria agrícola e sua mãe exerceu como professora de educação primária.

Órfão de pai aos 10 anos, entrou no seminário de Vicenza aos 14, onde iniciou os estudos de Filosofia e Teologia. Em 1980 foi ordenado sacerdote e enviado como vigário paroquial à paróquia da Santíssima Trindade de Schio. Dois anos depois começou os estudos de Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana.

Em 1983 ingressou na Pontifícia Academia Eclesiástica. Em 1986 formou-se em Direito Canônico com uma tese sobre o Sínodo dos Bispos. Pouco depois foi enviado à Nunciatura da Nigéria (1986–1989) e depois a do México (1989-1992).

Seu conhecimento da realidade da Igreja nas nações hispano-americanas e africanas fez que, ao seu regresso à Santa Sé em 1992, lhe encomendassem estas áreas assim como outras questões.

Em 2002, Dom Parolin foi nomeado Subsecretário da segunda seção da Secretaria de Estado, ocupando-se, portanto, das relações com os Estados, área em que impulsionou conversações e reatamento das relações com estados orientais e africanos.

Em 2009, Dom Pietro Parolin foi nomeado Núncio Apostólico na Venezuela e ordenado Arcebispo em 12 de setembro desse ano. Atualmente atuava como Núncio nesta nação hispano-americana.

Estado é laico, mas sociedade é marcadamente religiosa, lembra arcebispo

Dom Walmor Oliveira de Azevedo destaca autenticidade do cristianismo

BELO HORIZONTE, segunda-feira, 7 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, considera que a laicidade do Estado “não pode permitir que um tratamento discriminatório ou indiferente venha por parte dele, em se considerando especialmente seu dever de cuidar das necessidades básicas de sua sociedade”.”Seria uma temeridade banir religiões e igrejas dos cenários de uma sociedade”, afirma, em artigo enviado a Zenit na sexta-feira.

O arcebispo assinala que é necessário que a sociedade discuta “questões que dizem respeito à importância e necessidade incontestável da religiosidade na vida de seu povo”.

“Não é, portanto, só o PIB, o pré-sal, a destinação dos seus sonhados resultados financeiros, a sucessão presidencial ou o superávit primário que têm importância e garantem uma sociedade modernizada e desenvolvida.”

Dom Walmor enfatiza que “o que a sua população e instituições podem e sabem discutir e refletir tem força determinante sobre seu destino e desdobramentos na sua história”.

“Não se pode brincar com vivência religiosa, mesmo descontando o natural e insubstituível respeito às liberdades individuais. E menos ainda entender e fazer do afazer religioso um negócio ou exploração mercadológica.”

“Nesta importante discussão de interesse para a sociedade é preciso focar as raízes, motivações e história das práticas religiosas. Não basta simplesmente fazer uma lei geral, considerada por muitos como um risco de liberação geral, para acalmar e acomodar fúrias religiosas ou garantir conivências políticas.”

O arcebispo afirma que “não se pode correr o risco de garantir direitos de inventar uma religião e suas práticas a qualquer um. Do contrário, valerá o que cada um simplesmente disser, como se diz, tirando de ‘detrás da orelha’, e proclamando como verdade e como dogma o que anuncia”.

Então ele explica que “o cristianismo na sua autenticidade, enraizado na tradição judaica, se afirma pelo primado da palavra – que não é anunciado por qualquer pessoa. É o primado da Palavra de Deus. A Palavra de Deus que é Jesus Cristo, o Verbo que se fez carne e habitou entre nós”.

“Este primado da Palavra exige dos discípulos de Jesus Cristo uma escuta cotidiana desta Palavra. Sem manipulações arriscadas que a enjaula numa panacéia milagreira, reduzindo a exigência de uma experiência de fé, obediência e confiança para transformar a vida, em expectativas de receber simplesmente o que se precisa, como se Deus fosse prateleira de supermercado na qual se apanha, gratuitamente, o que se quer.”

Dom Walmor afirma que o primado da Palavra de Deus “tem no episódio contado por São João no capítulo seis do seu Evangelho, depois da multiplicação dos pães, a direção certa, quando muitos entenderam como duro demais o que Jesus estava dizendo, e o abandonaram”.

“Perguntados os discípulos se queriam ir embora também, Pedro respondeu: ‘A quem iremos nós, Senhor, só tu tens palavras de vida eterna’. O primado da Palavra de Deus é fonte inesgotável de qualificação de toda palavra que se pronuncia, de todo juízo e de toda edificação. Palavra é vida e compromisso. O primado da Palavra de Deus é exigência de escuta permanente para qualificar o que se diz, e com o que se diz edificar.”

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