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Por volta de 15 mil prefeitos recusam celebrar matrimônio gay

PARIS, 19 Abr. 13 / 10:08 am (ACI/EWTN Noticias).- O porta-voz da organização Prefeitos pela Infância (“Maires pour l’Enfance”), Franck Meyer, assegurou que pelo menos 14.900 prefeitos franceses recusarão “celebrar matrimônios entre duas pessoas do mesmo sexo”, ante a possível aprovação do mal chamado “matrimônio” gay no país.

O matrimônio civil entre um homem e uma mulher é ameaçado pelo projeto de lei do “matrimônio para todos”, promovido pelo governo socialista de François Hollande, que inclui a “procriação medicamente assistida” (PMA) e a “gestação para outro” (GPA), assim como a adoção por parte de casais homossexuais.

Em declarações à imprensa, Franck Meyer, também prefeito de Sotteville-sous-le-Val, no norte da França, assinalou em 5 de abril que “é ilusório pensar que a mobilização dos (prefeitos) eleitos irá parar se a lei for aprovada”.

“Como cidadãos, as autoridades eleitas não ficarão de braços cruzados. Alguns de nós já anunciaram sua renúncia no caso da adoção da lei. Outros dizem que se negarão a casá-los”, advertiu.

Conforme indica a página Web de Prefeitos pela Infância, são mais de 20 mil as autoridades, entre prefeitos e vice-prefeitos, que assinaram a declaração na que manifestam sua oposição “ao projeto de lei que permite o “matrimônio” e a adoção de crianças por duas pessoas do mesmo sexo”.

Na sexta-feira passada 12 de abril, o Senado da França aprovou o projeto de lei que legaliza os mal chamados “matrimônios” gay e lhes dá o “direito” de adotar menores, entretanto a lei controversa ainda tem que passar por uma nova leitura na Assembleia Nacional, e uma leitura final de novo na câmara alta.

Os senadores aprovaram a medida anti-família embora um milhão e meio de franceses tenham exigido em 24 de março, em La Manif pour Tous (A Marcha para Todos), pelas principais ruas de Paris, que se retire o nocivo projeto de lei.

Nathalie de Williencourt, lésbica francesa e uma das fundadoras de uma das maiores associações de gays da França, Homovox, expressou em janeiro deste ano que a maioria de pessoas homossexuais do país não quer o mal chamado “matrimônio” nem a adoção de crianças.

“Sou francesa, sou homossexual, a maioria dos homossexuais não querem nem o matrimônio, nem a adoção das crianças, sobretudo não queremos ser tratados do mesmo modo que os heterossexuais porque somos diferentes, não queremos igualdade, mas sim justiça”, assegurou.

Governo se prepara para implantar o aborto no Brasil

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=YHx3e9HYzJI[/youtube]

O que é possível fazer para conscientizar as pessoas do perigo que está rondando o país?

Divulgue para todos de sua lista e-mail esse vídeo explicativo. Toda a sua rede de amigos deve ser mobilizada em favor desse movimento contra a implantação do aborto no Brasil. Contatando a sua lista de endereços, indicando esse vídeo no site padrepauloricardo.org todos encontrarão um extenso material comprovando o que aqui foi dito e que deverá ser estudado para que se ter subsídios, argumentos para informar e discutir.

Se você é cristão entre em contato com seu Bispo, com seu Pastor, com seu líder religioso. Estamos juntos nesta batalha contra o aborto. Faça o download do documento com todo o histórico dos fatos, imprima e informe os superiores do que está acontecendo e peça um posicionamento.

Entre em contato com o Congresso Nacional, escreva para o seu Deputado, nos endereços abaixo mencionados fazendo duas solicitações:

Que detenha o Executivo na implantação das normas técnicas que vão contra a legislação em vigor;

Que se posicione contra o ativismo judicial e o informe de que você (eleitor) apóia os Recursos nº 147/2012 e 148/2012 que visam deter justamente o ativismo judicial;

Entre em contato com a Casa Civil e o Ministério da Saúde, mostrando o seu descontentamento para com o Executivo, explicando que sabe o que está acontecendo e que quer que sejam tomadas as seguintes providências, de forma urgente:

Que seja demitida imediatamente a Ministra da Saúde, sra. Eleonora Menicucci, defensora confessa do aborto;

Que seja demitido imediatamente o Secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, o Sr. Helvécio Magalhães;

Que o Governo cancele imediatamente os convênios que o Ministério da Saúde tem com os grupos de estudos para a implantação do aborto no Brasil.

Que Deus nos abençoe a todos nesta luta contra a praga do aborto que insiste em assolar o nosso país, nossas famílias, nossa legislação e os poderes que compõe a soberania dessa Nação. Vamos à luta!

Deus proibiu a fabricação de imagens?

Fonte: Apologistas Católicos

Uma das “grandes armas” que o protestantismo pensa ter para atacar a Igreja Católica são as imagens. Em qualquer conversa com protestantes a respeito de religião, seja qual assunto for, ele sempre tende que pender para as imagens da Igreja Católica. Quando isso acontece os protestantes sempre aparecem com a famosa passagem da suposta proibição de imagens do livro de Êxodo, ela é:

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.(Ex 20, 4)

Bem, essa parece ser uma proibição absoluta tanto da fabricação quanto da adoração de imagens. Qualquer um que ler a primeira vista vai tirar esta conclusão. Porém a bíblia não deve ser interpretada em versículos isolados nem em traduções tendenciosas, nem tudo que parece ser, é realmente.

Se virarmos algumas páginas depois de Êxodo 20, em Êxodo 25, veremos Deus ordenando Moisés fabricar imagens:

Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.” (Ex 25,18)

Ora, Deus está se contradizendo? Em um lugar ele proibiu a fabricação de imagens e 5 capítulos após, ele mesmo manda fazer imagens? Pode Deus se contradizer? Claro que não!

Deus nunca proibiu a fabricação de imagens, o que Ele proibiu foi a fabricação de ídolos. Uma análise bem feita do texto e uma verificação do texto original provarão isso.

Se olhar os versículos que antecedem e sucedem a passagem veremos que: 

Não terás outros deuses diante de mim.

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta..” (Êxodo 20, 3-5)

Pelo próprio contexto vemos que a passagem não se refere a “imagens” e sim a “deuses”, ou seja era a proibição das imagens desses deuses. Acontece que o povo judeu estava saindo Egito e embebido da idolatria pagã egípcia. Os deuses egípcios eram todos representados em imagens e pinturas, daí vem a proibição para que os judeus não mais fizessem as representações destes deuses.

Analisando o texto no hebraico encontraremos a palavra “פֶסֶל֙ ” (fessel ou pecel), essa palavra não significa “imagens de escultura” e sim “ídolos”.

A Exaustiva concordância Strong (dicionário das linguas bíblicas, e protestante) traduz essa palavra como:

06459 pecel

procedente de 6458; DITAT – 1788a; n. m.

1) ídolo, imagem

Como vemos a palavra não diz respeito a qualquer imagem, e sim a ídolos esculpidos, ou seja imagens de ídolos. De fato pode ser traduzida como imagem, mas não diz respeito a qualquer imagem e sim especificamente ídolos esculpidos.

Dessa forma vemos que a passagem é uma clara referência aos deuses do Egito, como constataremos a baixo:


Não farás para ti ídolos ou coisas alguma que tenha a forma de algo que se encontre no alto do céu…”. (êxodo 20, 4):

O que estava no céu, eram os deuses dos ares do Egito:

RÁ (ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina egípcia. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.

Í BIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado,que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.

HÓRUS, filho de Isis e Osíris. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua.

TOTH, era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.

“…embaixo na terra…”. (Êxodo 20, 4):

O que estava na terra eram os deuses e animais terrestres do Egito:

ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante.

ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.

KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.

BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.

APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.

BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.

GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.

“…ou nas águas debaixo da terra.”. (Êxodo 20, 4):

Por fim o que estava nas águas eram justamente os deuses animais que ficavam nas águas e que eram adorados no Egito:

SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis.

TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo.

Será que é mera coincidência, Deus ter proibído as “imagens” justamente quando os judeus saíram do Egito? E por que esta proibição se assemelha tanto aos deuses do Egito? É apenas uma coincidência?

Para que não haja mesmo qualquer dúvida ou questionamento de que Deus se referia aos falsos deuses do Egito, ao pedir que o povo não praticasse idolatria, nem fizesse “imagens”, leremos agora um trecho do livro de Josué, que foi quem substitui Moises:

Agora, pois, temei o Senhor e o servi-o com inteligência e fidelidade. Afastai os deuses aos quais vossos pais serviram do outro lado do rio e no Egito, e servi ao Senhor”. (Josué 24, 14).

E para termos ainda mais certeza de que Deus falava claramente dos falsos deuses do Egito, leiamos o que fala também, Ezequiel 8, 8-10:

Filho do homem, disse-me ele, fura a muralha, quando a furei, divisei uma porta. Aproxima-te, diz ele, e contempla as horríveis abominações a que se entregam aqui. Fui até ali para olhar: enxerguei aí toda espécie de imagens de répteis e animais imundos e, pinturas em volta da parede, todos os ídolos da casa de Israel”.

O que podemos perceber com essa passagem bíblica? Obviamente que os sacerdotes estavam adorando os falsos deuses em forma de répteis e animais, que Deus havia proibido que fossem adorados.

O próprio Josué que condenou as imagens dos ídolos, se prostrou diante das imagens da Arca da Aliança e isso não foi caracterizado como idolatria:

Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde diante da arca do Senhor, tanto ele como os anciãos de Israel, e cobriram de pó as suas cabeças(Josué 7, 6)

Deus nunca iria se contradizer, proibindo e ao mesmo tempo mandando que se fabricassem imagens e permitindo de seus servos se prostrassem diante delas, como podemos ver em diversos versículos.

A serpente de Bronze:

“E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo.” (Nm 21,8-9)

A própria serpente de bronze foi uma prefiguração de Cristo e ele próprio confirma isto, ou seja a crucificação de Cristo foi representada com uma imagem de cobra:

Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,” (João 3, 17)

Estaria Moisés cometendo idolatria?

O templo de Salomão:

E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.” (I Reis 6, 23)

E revestiu de ouro os querubins. E todas as paredes da casa, em redor, lavrou de esculturas e entalhes de querubins, e de palmas, e de flores abertas, por dentro e por fora.” (I Reis, 6, 28-29)

“E sobre as cintas que estavam entre as molduras havia leões, bois, e querubins, e sobre as molduras uma base por cima; e debaixo dos leões e dos bois junturas de obra estendida.” (I Reis 7, 29).

Para o interior do Santo dos Santos, mandou esculpir dois querubins e os revestiu de ouro.” (II Crônicas 3,10)

Era neste mesmo templo que os apóstolos e Jesus iam para orar:

Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.” (João 10,23)

Enquanto isso, realizavam-se entre o povo pelas mãos dos apóstolos muitos milagres e prodígios. Reuniam-se eles todos unânimes no pórtico de Salomão.”(Atos 5, 12)

Estariam Jesus e os apóstolos sendo idólatras ao frequentar um templo repletos de imagens de escultura?

Fica provado, portanto, que Deus nunca proibiu a fabricação de imagens e sim de ídolos para a adoração, colocando-os no lugar do próprio Deus. Desmascaramos assim mais uma falsa interpretação protestante.

Referencias


LIMA, Alessandro. Deus proibe a Fabricação de Imagens? Disponível em: <http://www.veritatis.com.br/apologetica/123-imagens-santos/554-deus-proibe-confeccao-imagens>. Acesso: 06/06/2012

MAGIA DO ORIENTE. Deuses egípicios. Dsiponível em: <http://magiadooriente.vilabol.uol.com.br/mitologia.htm>. Acesso em: 06/06/2012.

Para citar:


RODRIGUES, Rafael. Deus proiniu a fabricação de Imagens. Apologistas Católicos. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/imagens/524-deus-proibiu-a-fabricacao-de-imagens>. Desde 06/06/2012.

DENÚNCIA: Perseguição contra o Padre Paulo Ricardo na Arquidiocese de Cuiabá

Fonte: Porta Fidei

Padre Paulo Ricardo Acabo de ler via Sentinela Católico uma carta, supostamente escrita por parte do Clero de Cuiabá, na qual é desferida uma série de calúnias e injúrias contra o padre Paulo Ricardo. O motivo? A exposição aberta e certeira do padre Paulo a respeito da lama na qual chafurdam tantos e tantos clérigos de nossa Igreja. Satanás não está contente com o sacerdócio do Padre Paulo, pois ele está gerando muitos frutos. Por isso, tratou de suscitar seus demônios para atormentá-lo e fazê-lo vacilar. Oremos pelo padre Paulo nesta batalha.

Abaixo, segue a carta:

Cuiabá, Mato Grosso

27 de fevereiro de 2012

Excelentíssimos e Reverendíssimos Senhores

Bispos, Padres e Povo de Deus

CNBB, ANP, /CNP, CRB, Regional Oeste II

Estado de Mato Grosso

Excelências Reverendíssimas, sacerdotes e povo de Deus

Consternados dirigimo-nos aos senhores para levar a público nossos sentimentos de compaixão e constrangimento com relação ao nosso co-irmão no sacerdócio, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, do clero arquidiocesano de CuiabáO que nos move é nosso desejo de comunhão, unidade, amor à Igreja e ao sacerdócio e a busca de verdadeira justiça, reconciliação e perdão.

Diante de um homem amargurado, fatigado, raivoso, compulsivo, profundamente infeliz e transtornado toma-nos, como cristãos e como sacerdotes, um profundo sentimento de compaixão e misericórdia. Diante de suas reiteradas investidas contra o Concílio vaticano II, contra a CNBB e, sobretudo, contra seus irmãos no sacerdócio invade-nos um profundo sentimento de constrangimento e dor pelas ofensas, calúnias, injúrias, difamação de caráter e conseqüentes danos morais que ele desfere publicamente e através dos diversos meios de comunicação contra nós, sacerdotes e bispos empenhados plenamente na construção do Reino de Deus.

Exporemos aqui estas duas questões com o máximo possível de objetividade na esperança que esta carta aberta seja acolhida com o mesmo espírito com que foi redigida e, mais ainda, na esperança de que encontraremos, com a intervenção segura e consciente de nosso querido Dom Milton Antônio dos Santos, arcebispo de Cuiabá, uma solução definitiva para esta questão e que seja sempre para a maior glória do Reino de Deus e para retomarmos o bom caminho.

Somos padres diocesanos e religiosos da Arquidiocese de Cuiabá e das demais dioceses do estado de Mato Grosso. Há décadas, dedicamo-nos, todos nós, com afinco, zelo e dedicação apostólica à instrução do povo nos caminhos do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto, não merecemos as calúnias, injúrias e difamação de caráter que Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior desfere contra nós.

Vinde e Vede 2012

Há vinte e seis anos a Arquidiocese de Cuiabá organiza, patrocina e realiza, no período do carnaval, uma grande concentração religiosa, de massa, denominada “Vinde e Vede”. A este encontro acorrem milhares de pessoas do país inteiro, mas particularmente das paróquias da Arquidiocese de Cuiabá e dioceses vizinhas. Entre momentos festivos e momentos celebrativos, o encontro é também agraciado com oradores sacros dos mais diversos nortes do país. Entre estes oradores está também Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, homem de verbo fácil, de muitos artifícios oratórios e também de muitas falácias e sofismas. Suas pregações sempre derrapam para denúncias injuriosas e caluniosas contra os bispos, os padres e o povo de Deus em geral. Com o advento das novas tecnologias da comunicação adotadas com maestria pelos organizadores deste grande evento, as lástimas de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior ressoam em todo o mundo.

Leiam com paciência. Transcreveremos aqui parte de sua palestra proferida na última edição do “Vinde e Vede”. Intitulada “Totus tuus, Maria!”

“O espírito mundano entrou dentro da Igreja. E entrou onde? Entrou o espírito mundano de que jeito dentro da Igreja? Pelos leigos? Entrou o espírito mundano de que jeito dentro da Igreja? Foi nos catequistas? Foi (sic) os ministros da comunhão? Foi através dos cenáculos do Movimento Sacerdotal Mariano que entrou o espírito mundano dentro da Igreja? NÃO! Nossa Senhora diz como foi que o espírito mundano entrou dentro da Igreja: ‘quantas são as vidas sacerdotais e religiosas que se tornaram áridas pelo secularismo que as possui completamente’. Deixa eu explicar o que Nossa Senhora está dizendo porque às vezes Nossa Senhora fala na linguagem que a gente não entende. Gente, ela tá falando de padres. Vidas sacerdotais aqui é PADRE! Quantos padres foram tomados COM-PLE-TA-MEN-TE pelo espírito do mundão. Tá entendendo? Caíram no mundão, no mundo. Ela fala espírito do secularismo. Quer dizer que estão no mundão, tão na festança, tão no pecado. Não querem mais ser padres. Querem ser boy. Querem tar na moda. Tá entendendo? Querem ser iguais a todo mundo. Padre que quer ser igual ao mundo! É isto que Nossa Senhora tá falando! O espírito… Vejam: Nossa Senhora está dizendo que a Igreja tá sofrendo um calvário. E por quê? Porque entrou dentro da Igreja o espírito do mundo. E entrou como? Entrou por causa de padre! Por causa de padre que não é padre! Por causa de padre que não honra a batina porque, aliás, nem usa a batina! (aplausos). ‘a fé se apagou em muitas delas.’ Deixa eu falar aqui claro pra vocês porque Nossa Senhora fala mas ocê num entende. A fé se apagou em muitas vidas sacerdotais, deixa eu dizer em português claro pra vocês. Tem padre que deixou de ter fé. É isso que Nossa Senhora tá dizendo. Está dizendo isto no dia em que o Papa João Paulo II estava aqui em Cuiabá. ‘A fé se apagou em muitos padres por causa dos erros que são sempre mais ensinados e seguidos. A vida da graça já está sepultada pelos pecados que se praticam, se justificam e não são mais confessados.’ O que que Nossa Senhora ta dizendo? Vamos trocar em miúdos aqui! Nossa Senhora está dizendo que a vida da graça de muitos padres – o padre tem que viver uma vida da graça. A vida da graça de muitos padres está SE-PUL-TA-DA! Posso dizer mais claro? Morreu! A vida da graça de padres pode morrer também. Como? Nossa Senhora diz: ‘pelos pecados’. Os pecados que praticam, aí depois que eles praticam, justificam: Não… não é pecado. Antigamente é que era pecado, agora não é mais pecado. (com ar de deboche). Entendeu? Nós temos que ser, nós temos que mostrar pra o mundo que a Igreja tem um rosto aberto, que a igreja está aberta pro mundo. Aí lá vai o padre pular carnaval, no meio de mulher pelada. Aí lá vai o padre fazer festa na arruaça, beber, encher a cara até cair. Pra dizer o quê? Ahh, o mundo… eu tenho que pregar o evangelho pro povo, pros jovens… O jovem tem que acreditar na Igreja, então eu tenho que ir lá, eu tenho que ficar junto com o jovem. Eu tenho que viver a vida que todo mundo vive. Gente, eu não sou melhor do que ninguém e Deus sabe os meus pecados […]”.

Pobre em espírito e conteúdo, esta palestra escamoteia um texto não oficial, escrito pelo fundador e personalidade maior do Movimento Sacerdotal Mariano, Padre Stefano Gobbi. Lembremos apenas as palavras do Papa Bento XVI na exortação apostólica Verbum Domini: […] “a aprovação eclesiástica de uma revelação privada indica essencialmente que a respectiva mensagem não contém nada que contradiga a fé e os bons costumes; é lícito torná-la pública, e os fiéis são autorizados a prestar-lhe de forma prudente a sua adesão. […] É uma ajuda, que é oferecida, mas da qual não é obrigatório fazer uso.” (Verbum Domini, n. 14).

É desastrosa e danosa à reputação de milhares de sacerdotes à “tradução” e “interpretação” que padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior dá às supostas palavras de Nossa Senhora ao Padre Stefano Gobbi.

Ainda Bento XVI, por ocasião da Conferência de Aparecida nos advertia: “Não resistiria aos embates do tempo uma fé católica reduzida a uma bagagem, a um elenco de algumas normas e de proibições, a práticas de devoções fragmentadas, a adesões seletivas e parciais da verdade da fé, a uma participação ocasional em alguns sacramentos, à repetição de princípios doutrinais, a moralismos brandos ou crispados que não convertem a vida dos batizados. Nossa maior ameaça é o medíocre pragmatismo da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo procede com normalidade, mas na verdade a fé vai se desgastando e degenerando em mesquinhez” […]. (DAp. N. 12).

O moralismo crispado e falso de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior reduz a rica tradição da Igreja a um pequeno número de normas e restrições, com uma verdadeira obsessão de traços patológicos pelo uso da batina, fato que provocou recentemente um grande desgaste ao clero e ao povo da Arquidiocese de Cuiabá e volta a provocar agora, na 26ª edição do “Vinde e Vede”.

Interpreta ele erroneamente o Cânon 284 do Código de Direito Canônico (do qual se diz mestre) – “os clérigos usem hábito eclesiástico conveniente, de acordo com as normas dadas pela Conferência dos Bispos e com os legítimos costumes locais.” – e também as normas estabelecidas pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil que observam: “nas determinações concretas, porém, devem levar-se em conta a diversidade das pessoas, dos lugares e dos tempos.”

Colocando-se talvez no lugar de Deus, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior julga e condena inúmeros irmãos no sacerdócio que levam vida ilibada e que são reconhecidamente compromissados com o Evangelho, com a Igreja e com o Reino de Deus. Ele espalha discórdia e divisões desnecessárias e prejudiciais ao crescimento espiritual do clero e do povo de Deus. De forma indireta, condena nosso arcebispo emérito Dom Bonifácio Piccinini e nosso atual arcebispo, Dom Milton Antônio dos Santos. Ambos, dedicados inteiramente, com generosidade e abnegação ao Reino de Deus e à Igreja, não usam batina, como observou em junho passado uma fiel leiga presente a uma dessas contendas levadas a cabo por Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior e seus sequazes.

Ademais, o uso que ele faz da batina é puramente ideológico. Não a usa como veste, pois não a usa sempre. Usa-a apenas como instrumento de ataque àqueles que elegeu como seus desafetos. Essencial seria ele perguntar-se a si mesmo: “o que quero esconder ou o que quero mostrar com o uso da batina?” Não somos contra o uso da batina. Entendemos que identidade sacerdotal, bem construída, se expressa no testemunho pessoal e nas obras apostólicas e não na batina. Somos contra o uso ideológico que se faz dela e a condenação daqueles que “levam em conta a diversidade das pessoas, dos lugares e dos tempos.”

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior: uma pessoa controversa

Muitos dos problemas enfrentados pela Arquidiocese de Cuiabá têm origem, continuação e fim na pessoa do Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, dono de uma personalidade no mínimo controversa.

Apesar de todos os esforços de nosso querido Dom Milton Antônio dos Santos em busca da unidade, pouco se tem alcançado. Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior continua exercendo sua influência nefasta e dividindo o clero e o povo de Deus na arquidiocese de Cuiabá e no Regional Oeste II. E, mais importante, no SEDAC e nos seminaristas de todos os seminários do estado de Mato Groso.

Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior ultrapassa os limites do fanatismo quando se trata de questões teológicas, eclesiais e pastorais. Não é um teólogo e nunca foi um homem de pastoral. É apenas um polêmico, capaz de julgar e condenar a todos que não se submetem aos seus ditames e interesses de carreira.

Guardião de ortodoxias e censor de plantão, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior costuma ser pouco honesto. Honestidade intelectual é proceder com humildade, modéstia, cautela nas críticas, observou recentemente o Papa Bento XVI em homilia ao clero da Diocese de Roma. A impetuosidade e o açodamento característicos da personalidade do Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior terminam por levá-lo a pecar contra a objetividade. Condena antes de saber de que se trata. Tem mais faro que inteligência, mais instinto que razão, mais paixão que serenidade, mais zelo doentio que honestidade.

Por ocasião da campanha eleitoral para a presidência da república, enfurnou-se em um cordão de calúnias, ameaças e difamação contra candidatos, contra o povo e contra a própria CNBB. A coisa se agravou a tal ponto que o arcebispo de Cuiabá teve que publicar uma carta proibindo o uso da missa e do sermão para campanhas político-partidárias.

Na mesma ocasião, Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior publicou na rede mundial de computadores uma carta difamatória contra os bispos, chamando-os de cachorros. “Cachorros que latem, mas não mordem.” A atitude de Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior deixou muitos bispos do Regional Oeste II profundamente consternados.

Ultimamente, tem difamado a CNBB, os bispos do Brasil e o Concílio Vaticano II na rede de TV Canção Nova. Este fato foi denunciado na última Assembléia Geral da CNBB.

Não obstante os já mencionados esforços de nosso arcebispo em busca da unidade, nossa Arquidiocese se aprofunda mais e mais em divisões, inúteis, desnecessárias e nocivas ao crescimento humano e espiritual da parcela do povo de Deus que nos foi confiada.

Solicitamos, portanto, de Vossas Excelências Reverendíssimas que Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior seja imediatamente afastado das atividades de magistério no Sedac e das demais atividades por ele desenvolvidas nas diversas instituições formativas sediadas na Arquidiocese e fora dela tais como direção espiritual de seminaristas, palestras, conferências e celebrações, pois não tem saúde mental para ser formador de futuros presbíteros. Pedimos também que seja afastado de todos os meios de comunicação social em todo e qualquer suporte, isto é, meios eletrônicos, meios impressos, mídias sociais e rede mundial de computadores.

Pedindo a bênção de Vossas Excelências Reverendíssimas, despedimo-nos com o coração cheio de esperança de que muito em breve será encontrada uma solução para esta constrangedora situação que tem se consolidado em nossa Arquidiocese.

Na obediência, na fé e na comunhão para nunca mais acabar… (Grifos do Sentinela Católico)

Atualização: Um grupo de filhos espirituais do Padre Paulo já disponibilizaram um link para a assinatura de um abaixo assinado contra este infame manifesto. Cliquem aqui para assinar!

Quaresma: como e por quê?

Uma prática que se repete desde os primórdios do cristianismo

ROMA, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) – Em preparação para a Páscoa, surgiu já nos primeiros tempos do cristianismo um período voltado a preparar melhor os fiéis para o mistério central da Redenção de Cristo.

Esse período era de um dia apenas. Ele foi se alongando com o tempo, até chegar à duração de 6 semanas. Daí o nome quaresma, do latim quadragesimae, em referência aos 40 dias de preparação para o mistério pascal. A quaresma, para os fiéis, envolve duas práticas religiosas principais: o jejum e a penitência. O primeiro, que já chegou a ser obrigatório para todos os fiéis entre os 21 e os 60 anos de idade, exceto aos domingos, foi introduzido na Igreja a partir do século IV.

O jejum na antiga Igreja latina abrangia 36 dias. No século V, foram adicionados mais quatro, exemplo que foi seguido em todo o Ocidente com exceção da Igreja ambrosiana. Os antigos monges latinos faziam três quaresmas: a principal, antes da Páscoa; outra antes do Natal, chamada de Quaresma de São Martinho; e a terceira, a de São João Batista, depois de Pentecostes.

Se havia bons motivos para justificar o jejum de 36 dias, havia também excelentes razões para explicar o número 40. Observemos em primeiro lugar que este número nas Sagradas Escrituras representa sempre a dor e o sofrimento.

Durante 40 dias e 40 noites, caiu o dilúvio que inundou a terra e extinguiu a humanidade pecadora (cf. Gn. 7,12). Durante 40 anos, o povo escolhido vagou pelo deserto, em punição por sua ingratidão, antes de entrar na terra prometida (cf. Dt 8,2). Durante 40 dias, Ezequiel ficou deitado sobre o próprio lado direito, em representação do castigo de Deus iminente sobre a cidade de Jerusalém (cf. Ez 4,6). Moisés jejuou durante 40 dias no monte Sinai antes de receber a revelação de Deus (cf. Ex 24, 12-17). Elias viajou durante 40 dias pelo deserto, para escapar da vingança da rainha idólatra Jezabel e ser consolado e instruído pelo Senhor (cf. 1 Reis 19, 1-8). O próprio Jesus, após ter recebido o batismo no Jordão, e antes de começar a vida pública, passou 40 dias e 40 noites no deserto, rezando e jejuando (cf. Mt 4,2).

No passado, o jejum começava com o primeiro domingo da quaresma e terminava ao alvorecer da Ressurreição de Jesus. Como o domingo era um dia festivo, porém, e não lhe cabia portanto o jejum da quaresma, o Dia do Senhor passou a ser excluído da obrigação. A supressão desses 4 dias no período de jejum demandava que o número sagrado de 40 dias fosse recomposto, o que trouxe o início do jejum para a quarta-feira anterior ao primeiro domingo da quaresma.

Este uso começou nos últimos anos da vida de São Gregório Magno, que foi o sumo pontífice de 590 a 604 d.C. A mudança do início da quaresma para a quarta-feira de cinzas pode ser datada, por isto, nos primeiros anos do século VII, entre 600 e 604. Aquela quarta-feira foi chamada justamente de caput jejunii, ou seja, o início do jejum quaresmal, ou caput quadragesimae, início da quaresma.

A penitência para os pecadores públicos começava com a sua separação da participação na liturgia eucarística. Mas uma prescrição eclesiástica propriamente dita a este respeito é encontrada apenas no concílio de Benevento, em 1901, no cânon 4.

O cristianismo primitivo dedicava o período da quaresma a preparar os catecúmenos, que no dia da Páscoa seriam batizados e recebidos na Igreja.

A prática do jejum, desde a mais remota antiguidade, foi imposta pelas leis religiosas de várias culturas. Os livros sagrados da Índia, os papiros do antigo Egito e os livros mosaicos contêm inúmeras exigências relativas ao jejum.

Na observância da quaresma, os orientais são mais severos que os cristãos ocidentais. Na igreja greco-cismática, o jejum é estrito durante todos os 40 dias que precedem a Páscoa. Ninguém pode ser dispensado, nem mesmo o patriarca. Os primeiros monges do cristianismo, ou cenobitas, praticavam o jejum em rememoração de Jesus no deserto. Os cenobitas do Egito comiam contados pedaços de pão por dia, metade pela manhã e metade à noite, com um copo d’água.

Houve um tempo em que não era permitida mais que uma única refeição por dia durante a quaresma. Esta refeição única, no século IV, se realizava após o pôr-do-sol. Mais tarde, ela foi autorizada no meio da tarde. No início do século XVI, a autoridade da Igreja permitiu que se adicionasse à principal refeição a chamada “colatio”, que era um leve jantar. Suavizando-se cada vez mais os rigores, a carne, que antes era absolutamente proibida durante toda a quaresma, passou a ser admitida na refeição principal até três vezes por semana.

As taxativas exigências do jejum quaresmal eram publicadas todos os anos em Roma no famoso Édito sobre a Observância da Quaresma. A prática do jejum, no passado, era realmente obrigatória, e quem a violasse assumia sérias consequências.

Os rigores eram tais que o VIII Concílio de Toledo, em 653, ordenou que todos os que tinham comido carne na quaresma sem necessidade se abstivessem durante todo o ano e não recebessem a comunhão no dia da Páscoa.

Giovanni Preziosi

Relação entre estudo teológico e vida interior

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Relação entre estudo teológico e vida interior Costuma-se separar demais o estudo da vida interior, e não se observa o bastante a belíssima gradação que se encontra no cap. 48 da Regra de São Bento: “lectio, cogitatio, studium, meditatio, oratio, contemplatio”. Santo Tomás, que recebeu sua primeira formação dos beneditinos, conservou esta gradação admirável na sua Suma Teológica, no lugar onde trata da vida contemplativa (IIa. IIae. q. 180, a. 3).

Ora, dessa excessiva separação entre estudo e oração, seguem-se muitos defeitos: os sacrifícios e as dificuldades que não raro se encontram nos estudos, não são mais considerados como uma penitência salutar, nem são adequadamente ordenados a Deus; assim, por vezes sobrevêm fadigas e fastio, sem que delas se tire nenhum fruto religioso.

Por outro lado, por vezes se encontra no estudo o deleitamento natural, que poderia ser ordenado a Deus, em espírito de fé viva, mas que não raro permanece puramente natural, sem qualquer fruto para a alma religiosa.

Santo Tomás fala desses dois desvios na IIa IIae, q. 166, onde trata da virtude da estudiosidade ou da aplicação aos estudos, que deve ser governada pela caridade, contra a curiosidade desordenada e contra a preguiça, a fim de que se estude o que convém, como convém, quando e onde convém e, sobretudo, para que se estude com o espírito e o fim mais apropriado para melhor conhecer o próprio Deus e para a salvação das almas.

Mas, para evitar os defeitos acima, opostos um ao outro, é bom lembrar-se de como nosso estudo intelectual pode ser santificado, considerando, em primeiro lugar, o que recebe a vida anterior do estudo retamente ordenado; em seguida, e por outro lado, o que o estudo da Sagrada Teologia pode cada vez mais receber da vida interior. Na união destas duas atividades de nossa vida, verifica-se o princípio: “Causae ad invicem sunt causae, sed in diverso genere“; há entre elas uma relação de mútua causalidade e de prioridade verdadeiramente admirável.

O que a vida interior deve ao estudo

A vida interior, pelo estudo da teologia, é preservada sobretudo de dois graves defeitos: subjetivismo, na piedade, e particularismo.

O subjetivismo, no que toca a piedade, hoje comumente chamado de “sentimentalismo”, é uma certa afetação de amor, desprovida do verdadeiro e profundo amor de Deus e das almas. Este defeito provém do fato de prevalecer na oração a inclinação natural da nossa sensibilidade, conforme a índole de cada um. Prevalece alguma emoção da sensibilidade que, por vezes, é expressa com algum lirismo, mas que carece do sólido fundamento da verdade. Hoje, muitos psicólogos incrédulos, como Bergson, na França, acreditam ainda que o misticismo católico provenha da prevalência de alguma nobre emoção que nasceria no subconsciente e que, em seguida, se exprimiria nas idéias e nos juízos dos místicos. Mas permaneceria sempre a dúvida sobre a verdade real destes juízos que nasceram sob a pressão do subconsciente e do sentimento.

Ao contrário, nossa vida interior deve estar fundada na verdade divina. Isto, de certo, já ocorre pela própria fé infusa, fundada na autoridade de Deus que a revela. Mas o estudo bem ordenado em muito ajuda à bem conhecer em que propriamente consistem as verdades da fé, independentemente de nossas disposição subjetivas. O estudo ajuda sobretudo a formar uma reta noção sobre as perfeições de Deus, sobre Sua bondade, misericórdia, amor, justiça e ainda sobre as virtudes infusas, sobre a verdadeira humildade, religião e caridade, não permitindo a mistura de emoções não fundadas na verdade. Por essa razão, Santa Teresa, como a própria afirma em seuLivro da Vida, capítulo 13, muito recebeu das conferências dos bons teólogos, para que não se desviasse da senda da verdade nas enormes dificuldades.

Nosso estudo bem orientado liberta nossa vida interior, não apenas do subjetivismo, mas também do particularismo, que provém do influxo excessivo de certas idéias, particulares de algum tempo ou região, que após uns trinta anos já se mostrarão obsoletas. Em tempos passados, prevaleceram certas idéias ou filosofias que hoje já não agradam; assim ocorre a cada geração; surgem sucessivas opiniões e admirações que passam com a figura do mundo, enquanto permanece a palavra de Deus, da qual o justo deve viver.

Assim, o estudo bem ordenado verdadeiramente conserva, na vida interior, a devida objetividade,sobre todos os desvios da sensibilidade e a universalidade, fundada naquilo que sempre e por toda a parte a Igreja ensinou. E assim, cada vez mais percebemos que as verdades mais altasmais profundas e mais vitais nada mais são que as verdades elementares do Catolicismo, desde que profundamente examinadas e tornadas objeto de quotidiana meditação e contemplação. Assim são as verdades enunciadas no Pai Nosso, assim as da primeira linha do catecismo: “Para que fostes criado? Para conhecer Deus, amar a Deus, servir a Deus e assim obter a vida eterna”. Assim, igualmente, cada vez mais se mostra a verdade fundamental de todo Cristianismo: Deus tanto amou o mundo que deu seu Filho unigênito.

É coisa de máxima importância viver profundamente destas verdades, sem nenhum desvio do subjetivismo, sentimentalismo ou particularismo de qualquer tempo ou região. Nisso, também, nossa vida interior tem muito a receber do bom estudo; e este é o ótimo fruto da penitência que se encontra nas dificuldades do estudo, e fruto muito mais precioso do que o deleitamento natural, que pode existir no labor intelectual não suficientemente santificado ou ordenado a Deus. No estudo diligente, governado pela caridade, verifica-se de modo notável esta proposição comum: se são amargas as raízes da ciência, seus frutos são mais doces e excelentes. Não se trata aqui da ciência que incha, mas daquela que, sob o influxo da caridade e da virtude da estudiosidade,verdadeiramente edifica.

A vida interior, portanto, é pelo estudo preservada de muitos desvios, para que permaneça objetiva, e verdadeiramente fundada na doutrina que sempre e em toda parte se transmitiu. Mas há, por outro lado, um influxo da vida interior no estudo da Sacra Teologia.

O que o estudo da teologia deve à vida interior

Não raro este estudo fica sem vida, quer na parte positiva, quer na especulativa e abstrata. Muitas vezes falta nele o espírito alto e o influxo das virtudes teologais e dos dons da inteligência e da sabedoria. Por conseqüência, o saber teológico muitas vezes não é aquela “ciência saboreada” da qual fala Santo Tomás na primeira questão da Suma Teológica.

Não raro nossa mente estaciona nas próprias fórmulas dogmáticas, na sua análise conceitual, nas conclusões deduzidas, e não costuma, por essas fórmulas, penetrar no mistério da fé, para saboreá-lo espiritualmente e para dele viver.

Convém dizer isto porque muitos santos que não puderam fazer tantos estudos como nós,penetraram muito mais profundamente nestes mistérios da fé. Assim, São Francisco de Assis, Santa Catarina de Sena, São Bento-José Labré e muitos outros que certamente não fizeram de modo abstrato e especulativo a análise conceitual dos dogmas da Encarnação, da Redenção, da Eucaristia, nem deduziram as conclusões teológicas que conhecemos e que, no entanto, mais profundamente e com santo realismo tiraram destes mistérios vida abundante.

Pelas fórmulas, atingiram a própria realidade divina vitalmente nas sombras da fé. Como diz Santo Tomás (IIa IIae, q. 1, a. 2 ad 2m): “O Ato do que crê não se termina no enunciável, mas na coisa“, no mistério revelado.

Mesmo sem a grande graça da contemplação, muitos ótimos cristãos, pela via da humildade e da abnegação, penetram, à seu modo, na profundidade destes mistérios.

E se isto se verifica nestes ótimos fiéis, por mais forte razão deve se verificar nos religiosos e sacerdotes que verdadeiramente compreenderam a grandeza de sua vocação. A cada dia, os sacerdotes devem celebrar o santo sacrifício com fé mais firme, esperança mais viva e caridade mais ardente, para que sua comunhão eucarística seja, quase todo dia, mais substancialmente fervente, e para que sua caridade não apenas se conserve, mas cresça cada vez mais.

Muito a propósito, diz Santo Tomás no seu Comentário a Epístola aos Hebreus, X, 25: “O movimento natural, quando mais se aproxima do fim, mais se acelera. É o contrário do movimento violento (p. ex., uma pedra lançada para o alto). Ora, a graça nos inclina como uma segunda natureza. Portanto (assim como a velocidade da pedra que cai é crescente) aqueles que estão na graça, quanto mais se aproximam do fim, tanto mais devem crescer”, pois quanto mais se aproximam de Deus, mais são por Ele movidos ou atraídos, assim como a pedra que cai é atraída pelo centro da terra.

Assim, se crescesse diariamente nossa vida interior, exerceria uma influência muito fecunda em nosso estudo, que se tornaria mais vívido a cada dia.

O estudo e a vida de oração, pois, são causa um do outro em bela harmonia.

Qual é o fruto deste influxo mútuo?

Quando um sacerdote tem uma grande e sólida vida interior, sua teologia sempre se torna mais vívida. E depois que este teólogo tiver descido da fé para estudar pontos particulares da teologia, desejará retornar à fonte, ou seja, subir da teologia, estudada em pontos particulares, para o alto cume da fé. O teólogo é como o homem que nasceu em um monte (Monte Cassino, por exemplo) e depois desceu para o vale para conhecer com exatidão suas particularidades; por fim, este homem quis retornar para o seu alto monte para contemplar do alto todo o vale com um só olhar.

Existem homens que amam mais as planícies, outros, com efeito, mais amam os montes; “mirabilis Deus in altis suis” [Sl 92, 2]

Deste modo, deve o bom teólogo respirar diariamente o ar dos montes e nutrir a si mesmo do Símbolo dos Apóstolos e, ao final das missas, do Prólogo do Evangelho de S. João, que é como uma síntese de toda a revelação cristã. Deve igualmente viver todo dia, de modo mais elevado, do Pai Nosso, das beatitudes evangélicas e de todo o Sermão da Montanha, que é como uma síntese de toda a ética cristã em sua admirável elevação.

Quando a alma do sacerdote é, como convém, uma alma de oração, então ela é inclinada, desde a sua vida interior, a procurar na teologia, ora dogmática, ora moral, aquilo que é mais vívido e fecundo. Então, com efeito, sob o influxo dos dons da inteligência e da sabedoria, a fé se torna mais penetrante e saborosa.

Então, na doutrina cristã aparecem as belíssimas meia-luzes, ou harmonias entre as luzes e as sombras, que, como o claro-escuro na pintura, cativam o intelecto e são o objeto da contemplação dos santos.

Por exemplo, todas as grandes questões sobre a graça são, pouco a pouco, reduzidas a estes dois princípios: por um lado, “Deus não manda o impossível, mas ao mandar, aconselha que faças o que podes e peças o que não podes”, como diz S. Agostinho, citado pelo Concílio Tridentino (Denz. 804) contra os protestantes. Por outro lado, porém, contra os pelagianos e semipelagianos, “Quem te distingue? E o que tens que não recebestes.1 Cor 4, 7, ou, como diz Santo Tomás: Dado que o amor de Deus é causa da bondade das coisas, nada seria melhor que nada, se não fosse mais amado por Deus (Ia. q. 20, a. 3).

Estes dois princípios, considerados isoladamente, são claros e certíssimos, mas sua conciliação íntima é sem dúvida muito obscura, pela elevada obscuridade que provém da luz excessiva. Para enxergar esta íntima conciliação, seria necessário ver como se conciliam intimamente, na eminência da Divindade, a infinita Justiça, a infinita Misericórdia e a suprema Liberdade.

Igualmente, para dar outro exemplo, com o progresso da vida interior, torna-se cada vez mais evidente a profundidade do tratado sobre a Encarnação redentora e, sobretudo, os motivos da Encarnação do Filho de Deus, “O qual, por amor de nós, os homens, e para nossa salvação, desceu dos Céus”.

Do mesmo modo, sob o influxo da vida de oração, torna-se mais vívido o tratado sobre a Eucaristia e, entre as várias opiniões acerca da essência do sacrifício da Missa, cada vez mais se sobressai a doutrina do Concílio de Trento (Denz. 940): “Uma única e a mesma é a vítima, e o que agora se oferece por meio do ministério dos sacerdotes, é o mesmo que então se ofereceu a si mesmo na cruz, sendo unicamente distinta a maneira de oferecer-se“. Cristo mais e mais aparece como osacerdote principal, sempre pronto para interceder por nós, especialmente na Missa, cujo valor, por isso, é infinito. Assim, pouco a pouco se encontram, nos Concílios, as mais preciosas pedras adamantinas e, igualmente, na Suma Teológica, progressivamente se manifestam os princípios capitais ou artigos mais altos, que são como as montanhas mais elevados pelos quais se conhecem toda a cadeia de montanhas.

Se, verdadeiramente, em espírito de fé, oração e penitência, nossa mente se dedicasse ao estudo da teologia, então a nós se aplicariam estas palavras de Santo Tomás (IIa IIae 188, 6): “A doutrina e a pregação devem ser derivadas da plenitude da contemplação“, até certo ponto, como a pregação dos Apóstolos depois de Pentecostes.

A Teologia, assim compreendida, é de grande importância para o ministério das almas. Ela própria forma profundamente o espírito para julgar sabiamente, conforme a mente de Cristo e da Igreja; para exortar as almas à perfeição segundo princípios verdadeiros, p. ex., para mostrar que, a par do preceito supremo: “Ama teu Deus de todo o teu coração…” todos cristãos devem tender à perfeição da caridade, cada qual conforme a medida de sua condição.

E não podemos chegar a esta plena perfeição da vida cristã sem vivermos profundamente dos mistérios Encarnação redentora e da Eucaristia, sem penetrar neles e sem os saborear pela fé ilustrada pelos dons de inteligência e sabedoria. Para isto, é de grande ajuda, com efeito, o estudo da teologia, desde que retamente ordenada, não à nossa satisfação, mas ao maior conhecimento de Deus e à salvação das almas.

Assim, mais e mais poderão se verificar em nós aquelas belas palavras do Concílio Vaticano (Denz. 1796), que encerram como que uma definição da Sacra Teologia: “A razão ilustrada pela fé, quando busca cuidadosa, pia e sobriamente, alcança, por dom de Deus, alguma inteligência, e muito frutuosa, dos mistérios, ora por analogia do que naturalmente conhece, ora pela conexão dos mistérios mesmos entre si e com o fim último do homem… “.

O estudo da sagrada teologia, por vezes difícil, árduo, mas frutuoso, a tal ponto dispõe nossas mentes à luz da contemplação e da vida, que é como que uma introdução e um certo começo da vida eterna.

(Extr. de “De Deo Uno”, Desclée de Brouwer et Cie, Paris pp. 30-34. Tradução: PERMANÊNCIA)

Fonte: http://permanencia.org.br/drupal/node/413.

Correção fraterna deve ser ato de amor, explica Papa

Ilustra o ensinamento de Jesus

CASTEL GANDOLFO, domingo, 4 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI está convencido de que a “correção fraterna” constitui um dever, mas que não nasce de uma reação à ofensa sofrida, e sim do amor pelo irmão.

Esta foi sua explicação dada hoje, ao dirigir-se aos milhares de peregrinos reunidos na residência pontifícia de Castel Gandolfo, comentando a passagem evangélica da liturgia deste domingo, (Mt 18, 15-20), na qual o próprio Jesus explica como corrigir o irmão na comunidade cristã.

“Oamor fraterno comporta também um sentido de responsabilidade recíproca, razão pela qual, se meu irmão comete uma culpa contra mim, eu devo ser caridoso e, antes de mais nada, falar com ele pessoalmente, dando-lhe a conhecer que o que ele disse ou fez não é bom”, começou explicando o Pontífice.

“Essa maneira de agir se chama correção fraterna: não é uma reação à ofensa sofrida, mas surge do amor pelo irmão.”

De fato, citando Santo Agostinho, afirmou que “aquele que te ofendeu, ofendendo-te, inferiu a si mesmo uma grande ferida; e tu não te preocupas pela ferida de um irmão teu? (…) Tu deves esquecer a ofensa que recebeste, não a ferida do teu irmão”.

A seguir, o Papa pareceu responder à pergunta que aparecia no rosto dos peregrinos ao escutar suas palavras: “E se o irmão não me ouvir?”.

O Santo Padre ilustrou os passos que Jesus apresenta no Evangelho: “Primeiro, é preciso voltar a falar-lhe com outras duas ou três pessoas, para ajudá-lo a perceber o que fez; se, apesar disso, ele rejeitar ainda a observação, é necessário dizê-lo à comunidade; e se ele não escutar nem sequer a comunidade, é preciso fazer-lhe perceber a separação que ele mesmo provocou, separando-se da comunhão da Igreja”.

A correção fraterna, sublinhou Bento XVI, se explica porque “há uma corresponsabilidade no caminho da vida cristã: cada um, consciente dos seus próprios limites e defeitos, está chamado a receber a correção fraterna e a ajudar os outros com este serviço particular”.

Outro fruto da caridade na comunidade é a oração conjunta, continuou explicando, citando o Evangelho: “Eu vos digo: se dois de vós estiverem de acordo na terra sobre qualquer coisa que quiserem pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está nos céus. Pois, onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí, no meio deles”.

“A oração pessoal certamente é importante, e mais ainda, indispensável, mas o Senhor garante sua presença à comunidade que – ainda que seja muito pequena – está unida e unânime, porque reflete a realidade de Deus Uno e Trino, perfeita comunhão de amor”, disse.

Por este motivo, o Bispo de Roma concluiu com seu conselho aos peregrinos: “Devemos nos exercitar tanto na correção fraterna, que requer muita humildade e simplicidade de coração, como na oração, para que se eleve a Deus a partir de uma comunidade verdadeiramente unida a Cristo”.

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