Tag: deixa

Papa Francisco “A caridade que deixa os pobres assim como são, não é suficiente”

Papa Francisco

VATICANO, 12 Set. 13 / 10:02 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao visitar em 10 de setembro mais de 400 refugiados do Centro Astalli, o Serviço Jesuíta a disposição dos refugiados que chegam a Roma, o Papa Francisco recordou que a esmola “não basta” e recordou a necessidade de acolher estas pessoas e integra-las na sociedade.

“Somente a acolhida não basta. Não basta dar um sanduíche, se não for acompanhado da possibilidade de aprender a caminhar com as próprias pernas. A caridade que deixa os pobres assim como são, não é suficiente. A misericórdia verdadeira, aquela doada e ensinada por Deus, pede a justiça, pede que o pobre encontre o caminho para deixar de ser como é”, disse o Papa Francisco durante um discurso pronunciado aos membros desta instituição, trabalhadores, voluntários, amigos e refugiados em Roma.

A misericórdia “nos pede isso como Igreja, como cidade de Roma, às instituições, pede que ninguém mais tenha a necessidade de um refeitório público, de alojamento improvisado, um serviço de assistência jurídica para ter reconhecido o seu próprio direito de viver e trabalhar, ser plenamente pessoa”, acrescentou.

O Papa chegou ao centro à hora do almoço e se sentou para comer com alguns refugiados e voluntários que serviam a mesa. Depois visitou a capela do centro para orar e de lá foi para a igreja de Gesú, perto do centro, onde foi acolhido por 400 membros desta instituição e escutou, antes de pronunciar seu discurso, as palavras de dois refugiados, um jovem sudanês e uma mulher síria.

“Deste lugar de acolhida, de encontro e serviço, gostaria que partisse uma pergunta para todos, para todas as pessoas que vivem aqui nesta diocese de Roma: eu me curvo diante de quem está com dificuldades ou eu tenho com medo de sujar as mãos? Estou fechado em mim mesmo, nas minhas coisas, ou percebo quem precisa de ajuda? Sirvo somente a mim mesmo, ou sei servir aos outros como Cristo que veio para servir ao ponto de dar a sua vida? Eu olho nos olhos daqueles que pedem justiça ou dirijo o olhar para o outro lado? Para não olhar nos olhos?”, questionou.

O Papa assinalou que “os pobres também são mestres privilegiados de nosso conhecimento de Deus; A fragilidade e simplicidade deles desmascaram o nosso egoísmo, nossas falsas seguranças, nossas pretensões de autossuficiência e nos guiam à experiência da proximidade e ternura de Deus, de receber em nossa vida seu amor, sua misericórdia de Pai que, com discrição e paciente confiança, cuida de nós, de todos nós”.

“Todos os dias, aqui e em outros centros, muitas pessoas, especialmente jovens, entram na fila para uma refeição quente. Essas pessoas nos recordam os sofrimentos e dramas da humanidade. Mas essa fila também nos diz que fazer algo, agora, todos, é possível. É só bater na porta, e tentar dizer: “Eu estou aqui. Como posso ajudar?’”, animou.

Ao dirigir-se aos refugiados, o Papa pôs de exemplo a história de um jovem sudanês –Adam-, e uma mulher síria –Carol-, dois colaboradores do Centro Astalli que fugiram de seus países por causa da guerra e da perseguição.

“Adam disse: ‘Nós, os refugiados temos o dever de fazer o nosso melhor para sermos integrados à Itália.’ E este é um direito: a integração! E Carol disse: ‘Os sírios na Europa, sentem a grande responsabilidade de não ser um peso, queremos sentir-nos parte ativa de uma nova sociedade’. Isso também é um direito! Eis, essa responsabilidade é a base ética, é a força para construir juntos. Eu me pergunto: nós acompanhamos este caminho?”, assinalou Francisco.

“Cada um de vocês, queridos amigos, traz uma história de vida que nos fala dos dramas das guerras, de conflitos, muitas vezes ligados às políticas internacionais. Mas cada um de vocês traz, acima de tudo, uma riqueza humana e religiosa, uma riqueza de acolher, e não temer”, adicionou.

“Muitos de vocês são muçulmanos; de outras religiões; vêm de diferentes países, de diferentes situações. Não devemos ter medo das diferenças! A fraternidade nos faz descobrir que elas são um tesouro, um presente para todos! Vivemos a fraternidade!”, animou.

“Quantas vezes, no entanto, aqui, como em outros lugares, muitas pessoas que carregam escrito ‘proteção internacional’ no seu documento de residência, são forçadas a viver em situações difíceis, às vezes degradante, sem a possibilidade de iniciar uma vida digna, para pensar em um novo futuro!”, clamou.

O Papa agradeceu em especial ao diretor do Centro Astalli, o sacerdote jesuíta Giovanni La Manna, assim como a todos os serviços eclesiais, públicos e privados, que se dedicam a acolher essas pessoas com um projeto.

“Vocês, trabalhadores, voluntários, benfeitores, que não só doam o tempo, mas procuram entrar em um relacionamento com aqueles que pedem de asilo e os refugiados, reconhecendo-os como pessoas, esforçando-se para encontrar respostas concretas para a suas necessidades. Tenham sempre viva a esperança! Ajudem a recuperar a confiança! Mostrar que, com acolhida e fraternidade se pode abrir uma janela para o futuro, uma porta, e mais, se pode ainda ter futuro!”, disse.

Por outro lado, destacou três palavras que são o programa de trabalho dos jesuítas e seus colaboradores: Servir, acompanhar, defender.

Explicou que “servir significa acolher a pessoa que chega, com atenção; significa que inclinar-se aos necessitados, estender-lhe a mão, sem cálculo, sem medo, com ternura e compreensão, como Jesus se inclinou para lavar os pés dos Apóstolos. Servir significa trabalhar ao lado dos mais necessitados, estabelecer com eles, antes de tudo, relações humanas, de proximidade, laços de solidariedade”, acrescentou.

No sentido de acompanhar, o Papa animou a semear a “Solidariedade”, “esta palavra –destacou-, é a que mais assusta o mundo desenvolvido. Eles procuram não dizê-la. É quase um palavrão para eles. Mas é a nossa palavra! Servir significa reconhecer e respeitar as exigências da justiça, esperança e procurar juntos as estradas, os percursos concretos de libertação”.

“Acompanhar. Nos últimos anos, o Centro Astalli fez um caminho. No início oferecia serviços de primeira acolhida: alimentação, uma cama, um auxilio de documentação. Em seguida, aprendeu a acompanhar as pessoas em busca de trabalho e na inserção social. E também propôs atividades culturais, para contribuir no crescimento de uma cultura da acolhida, uma cultura de encontro e da solidariedade , a partir da proteção dos direitos humanos”.

Defender é ficar do lado dos mais fracos, disse. “Quantas vezes nós levantamos a voz para defender os nossos direitos, mas quantas vezes somos indiferentes aos direitos dos outros! Quantas vezes não sabemos ou não queremos dar voz a quem – como vocês – sofreram e estão sofrendo, quem viu ser pisoteado seus direitos, quem viveu tanta violência que sufocou também o desejo de ter justiça!”, elevou sua voz.

Por último, recordou que para a Igreja é fundamental acolher os pobres e promover a justiça e que não sejam somente confiadas aos ‘especialistas’, mas tenham uma atenção de todo o trabalho pastoral, da formação dos futuros sacerdotes e religiosos, do compromisso normal de todas as paróquias, os movimentos e grupos eclesiais.

O Papa na Assunção da Virgem: Maria não nos deixa sozinhos e nos apoia na luta contra o mal

VATICANO, 15 Ago. 13 / 12:29 pm (ACI/EWTN Noticias).- Na homilia da Missaque presidiu nesta manhã na Praça da Liberdade em Castel Gandolfo, o Papa Francisco refletiu sobre a festa da Assunção da Virgem que a Igreja celebra hoje e disse que Santa Maria é escola de paciência e esperança, não nos deixa sozinhos, acompanha-nos sempre e sustenta aos cristãos no combate contra as forças do mal.

Ante milhares de fiéis presentes, o Santo Padre expôs a reflexão a partir da festa da Assunção da Virgem e três palavras que se relacionam a este acontecimento: luta, ressurreição e esperança.

“O trecho do Apocalipse apresenta a visão da luta entre a mulher e o dragão. A figura da mulher, que representa a Igreja, é por um lado gloriosa, triunfante, e por outro está ainda em caminho. Assim de fato é a Igreja: se no Céu está já associada à glória de seu Senhor, na história vive continuamente as provas e os desafios que comporta o conflito entre Deus e o maligno, o inimigo de sempre. E nesta luta que os discípulos de Jesus devem enfrentar – nós todos, todos os discípulos de Jesus devem enfrentar esta luta – Maria não nos deixa sozinhos; a Mãe de Cristo e da Igreja está sempre conosco”.

O Papa disse logo que a Virgem “sempre, caminha conosco, está conosco. Também Maria, em certo sentido, partilha esta dupla condição. Ela, naturalmente, entrou de uma vez por todas na glória do Céu. Mas isto não significa que esteja distante, que esteja separada de nós; antes, Maria nos acompanha, luta conosco, apoia os cristãos no combate contra as forças do mal”.

“A oração com Maria, em particular o Terço – mas ouçam bem: o Terço. Vocês rezam o Terço todos os dias? Mas não sei… (os presentes gritam: Sim!). É mesmo? Então, a oração com Maria, em particular o Terço tem também esta dimensão “agonística”, isso é, de luta, uma oração que apoia na batalha contra o maligno e os seus cúmplices. Também o Terço nos apoia na batalha”.

O Papa Francisco disse logo que a segunda leitura se refere à ressurreição. “Toda a nossa fé se baseia nesta verdade fundamental que não é uma ideia, mas um acontecimento. E também o mistério da Assunção de Maria em corpo e alma está todo inscrito na Ressurreição de Cristo. A humanidade da Mãe foi “atraída” pelo Filho na sua passagem através da morte”.

“Jesus entrou para sempre na vida eterna com toda a sua humanidade, aquela que havia tomado junto à Maria; assim ela, a Mãe, que O seguiu fielmente por toda a vida, seguiu-O com o coração, entrou com Ele na vida eterna, que chamamos também de Céu, Paraíso, Casa do Pai”.

Depois de recordar que Maria também sofreu as dores da Cruz de Cristo, que viveu até “o fundo da alma”, o Papa se referiu à esperança. “A esperança é a virtude de quem, experimentando o conflito, a luta cotidiana entre a vida e a morte, entre o bem e o mal, crê na Ressurreição de Cristo, na vitória do Amor”.

O Santo Padre explicou logo que o canto do Magnificat, que Maria entoa em ação de graças a Deus, é um canto de esperança. “Este cântico é particularmente intenso lá onde o Corpo de Cristo sofre hoje a Paixão“.

“Onde tem a Cruz, para nós cristãos, tem a esperança, sempre. Se não tem a esperança, nós não somos cristãos. Por isto eu gosto de dizer: não deixem roubar a esperança. Que não roubem a esperança, porque esta força é uma graça, um dom de Deus que nos leva adiante olhando o Céu. E Maria está sempre ali, próxima a esta comunidade, a estes nossos irmãos, caminha com eles, sofre com eles, e canta com eles o?Magnificat?da esperança”.

Para concluir, o Papa disse: “queridos irmãos e irmãs, unamo-nos, com todo o coração, a este cântico de paciência e de vitória, de luta e de alegria, que une a Igreja triunfante com aquela peregrina, nós; que une a terra com o Céu, que une a nossa história com a eternidade, rumo à qual caminhamos. Assim seja”.

Deus vê em cada um a Alma que há que salvar, dia Papa

Meditação no Angelus deste domingo

CIDADE DO VATICANO, domingo, 31 de outubro de 2010 (ZENIT.org) – Bento XVI assegurou que Deus vê em cada pessoa uma alma que há de salvar. Durante o encontro dominical com milhares de peregrinos, o pontífice comentou a passagem que a liturgia deste domingo apresentava: a conversão de Zaqueu, um arrecadador de impostos do imperador romano. 

“Deus não exclui ninguém, nem pobres nem ricos. Deus não se deixa condicionar por nossos preconceitos humanos, mas vê em cada um uma alma que há que salvar, e o atraem especialmente aquelas almas que são consideradas perdidas e que assim o creem elas mesmas”, afirmou o Papa, dirigindo-se desde a janela de seu apartamento aos milhares de peregrinos na praça de São Pedro.

Esse era precisamente o caso de Zaqueu, o chefe dos publicanos de Jericó, importante cidade do rio Jordão, depreciado por seus compatriotas judeus por sua falta de honestidade, e quem recebeu Jesus em sua casa.

Sabendo que as pessoas criticariam sua decisão de visitar a casa de um “pecador público”, Jesus “quis arriscar e ganhou a aposta”, assegurou o Papa. “Zaqueu, profundamente impressionado pela visita de Jesus, decide mudar de vida, e promete restituir o quádruplo do que roubou”.

“Jesus Cristo, encarnação de Deus, demonstrou esta imensa misericórdia, que não tira nada à gravidade do pecado, mas que busca sempre salvar o pecador, oferecer-lhe a possibilidade de resgate, de voltar a começar, de se converter”, acrescentou o Papa.
O Papa concluiu a meditação sobre o Evangelho reconhecendo que “Zaqueu acolheu Jesus e se converteu, pois Jesus tinha sido o primeiro a acolhê-lo”.

“Não o havia condenado, mas tinha respondido a seu desejo de salvação. Peçamos à Virgem Maria, modelo perfeito de comunhão com Jesus, que experimentemos a alegria de receber a visita do Filho de Deus, de ficar renovados por seu amor, e transmitir aos demais sua misericórdia”, disse o Papa.

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén