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Patriarcado de Moscou publica livro do Papa pela primeira vez

“Europa, pátria espiritual” será apresentado em Roma

ROMA, quarta-feira, 2 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- O patriarcado de Moscou publicou um livro com textos do Papa. “Europa, pátria espiritual” é um volume em edição bilíngue (italiano e russo) que recolhe os discursos que Joseph Ratzinger dedicou à Europa ao longo de 10 anos.

A autorizada introdução à obra é do presidente do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do patriarcado de Moscou, Dom Hilarion de Volokolamsk, e a iniciativa editorial é do próprio departamento, em colaboração com a associação internacional “Sofia: Ideia Russa, Ideia da Europa de Roma”.

“Este livro é um acontecimento de alcance histórico sem precedentes na história milenar de católicos e russo-ortodoxos”, explica o curador da edição, Pierluca Azzaro, presidente adjunto da associação internacional “Sofia” e professor de História do Pensamento Político na Universidade Católica de Milão.

“Mas antes e sobretudo – acrescenta – é um grande testemunho de amor a Cristo e entre cristãos. Deste amor brota, deve brotar, a cultura europeia em todas as suas expressões multiformes: uma cultura viva, imbuída de uma energia moral autenticamente criativa, toda encaminhada à construção de um futuro bom para todos.”

“A Europa, como nos dizem o Papa e o arcebispo Hilarion na bela introdução, é um continente cultural que, com suas duas asas – a Igreja do Oriente e do Ocidente –, eleva-se sobre a estreita dualidade Rússia-Ocidente da Europa: A Europa se apresenta assim, aos nossos olhos, como a comum ‘pátria espiritual’, segundo a bela expressão usada pelo Papa em sua última viagem à República Tcheca”, acrescenta.

Por isso, sublinha, “somente se redescobrirmos e reafirmarmos juntos esta dimensão vital da Europa, será possível conjurar o declive”.

O hieromonge Filipp (Ryabyh), presidente adjunto do Departamento para as Relações Eclesiásticas Externas do patriarcado de Moscou e porta-voz deste último, afirma: “Este livro que recolhe os discursos de Sua Santidade Bento XVI sobre o destino da Europa é o testemunho da absoluta identidade de visões e de posições entre a Igreja Ortodoxa e a Igreja Católica com relação aos modernos processos sociais, e ao mesmo tempo a prova da enorme possibilidade de cooperação católico-ortodoxa”.

A apresentação do livro do Papa acontece dentro da sessão italiana do fórum Ítalo-Russo de Diálogo das Sociedades Civis, que se reúne em Roma e em Moscou, em coincidência com as cúpulas bilaterais dos chefes de Estado e de governo da Itália e da Rússia; portanto, em coincidência também com a visita oficial do presidente da Federação Russa, Dmitri Medvedev, no dia 3 de dezembro.

Na mesa redonda, intervirá, por parte da Igreja Católica, o professor Milan Zust, do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos; da Igreja Ortodoxa Russa, Sergej Svonarev, do Departamento de Relações Eclesiásticas Externas do patriarcado de Moscou.

Do mundo da cultura russa, participará o reitor da Universidade de Relações Internacionais de Moscou, professor Anatoly V. Torkunov; do mundo da cultura italiano, o reitor da Universidade do Sagrado Coração, professor Lorenzo Ornaghi.

Do governo italiano, está anunciada a presença do ministro de Bens Culturais, Sandro Bondi, e do governo russo, Mikhail E. Shvydkoi, conselheiro do presidente para a cooperação cultural internacional.

A mesa redonda será presidida pelo curador da edição, Pierluca Azzaro, membro permanente do Fórum de Diálogo.

Roma já expõe afresco restaurado do século XVII da «samaritana no poço»

De 8 de julho a 10 de setembro

ROMA, segunda-feira, 17 de julho de 2006 (ZENIT.org).- Após um delicado trabalho de restauração, o afresco anônimo do século XVII «A samaritana no poço» é exposto pela primeira vez ao público de 8 de julho a 10 de setembro, no Museu Palazzo Braschi de Roma (Itália).

A obra corresponde à segunda metade do século XVII, entre 1654 e 1661.

Sua origem está no refeitório do Mosteiro de Santa Eufêmia, na igreja de Santo Urbano, um mosteiro destruído durante os trabalhos de escavação dos Foros Imperiais na época do fascismo.

O afresco representa o encontro entre Jesus e a Samaritana no poço de Sicar, narrado no Evangelho de João.

Foi separado da parede na qual estava colocado antes que a igreja fosse derrubada.

Desde 1993, o afresco se conserva no Museu de Roma — Palazzo Braschi.

«A violenta retirada que a obra sofreu comprometeu seriamente seu estado de conservação, mas hoje a obra que reproduz o encontro entre Jesus e a mulher samaritana, a quem Ele reconduziu a um estilo de vida mais sóbrio, voltou a seu aspecto original», expressou Isabella Colucci, da Sala de Restauração, Exposições e Empréstimos de Roma, durante a coletiva de imprensa de apresentação.

Por sua parte, Carla Tomasi, autora da restauração, ilustrou as condições do fragmento: «Quase 20% da superfície pictórica se havia perdido»; «a qualidade material era boa, apesar do dramático trato que sofreu na retirada em 1933».

«É uma obra belíssima, restituída ao público depois de um trabalho atento» — declarou Gianni Borgna, assessor das Políticas Culturais da Prefeitura de Roma, na apresentação aos jornalistas –, «realizado com competência, paixão, generosidade e sensibilidade, graças também à Fundação Droghetti e à sua importante ajuda à Prefeitura».

A iniciativa de restauração foi promovida pela Assessoria de Políticas Culturais e pela Superintendência de Bens Culturais municipal.

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