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Abraçar a humildade e deixar o orgulho, exorta Bento XVI no ângelus dominical

Abraçar a humildade e deixar o orgulho, exorta Bento XVI no ângelus dominical VATICANO, 23 Set. 12 / 10:26 am (ACI).- Neste domingo, 23 de setembro, diante dos milhares de fiéis que o acompanharam na audiência geral na residência Apostólica de Castel Gandolfo, o Papa afirmou que é necessário mudar o nosso modo de pensar e de viver para seguir o Senhor, e assim abraçar a humildade e deixar o orgulho que nos impedem ser como Cristo que não teme abaixar-se e fazer-se o último.

“Em nossa jornada através do Evangelho de Marcos, no domingo passado chegamos à sua segunda parte, isto é, a última viagem para Jerusalém rumo à cima da missão de Jesus. Depois de que Pedro, em nome dos discípulos, professou a fé nEle, reconhecendo-o como o Messias, Jesus começou a falar abertamente sobre o que iria sucerder com Ele no final”.

O evangelista, explicou o Papa mostra três predições sucessivas da morte e a ressurreição, nos capítulos 8, 9 e 10: nestas Jesus proclama de forma cada vez mais clara o destino que o aguarda e sua intrínseca necessidade para a salvação do mundo.

“ A passagem deste domingo -explicou o Papa- contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem – uma expressão que que Ele usa para designar-se a si mesmo- será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, mas depois de morto, ressuscitará após três dias”.

“Com efeito, lendo esta parte da narrativa de Marcos, aparece evidente que entre Jesus e os discípulos há uma profunda distância interior”, sublinhou o Santo Padre.

Outro aspecto destacado pelo Santo Padre na sua catequese de hoje foi o fato de que na leitura do evangelho deste domingo, “após o segundo anúncio da paixão os discípulos começam a discutir entre eles sobre quem é o maior (cf. Mc 9:34), e depois do terceiro anúncio, Tiago e João pedem a Jesus para sentar-se à sua mão direita e à sua esquerda, quando ele esteja na glória (cf. Mc 10:35-40). Porém existem vários outros sinais desta distância, por exemplo: os discípulos não conseguem curar um menino epiléptico, e em seguida, Jesus o cura com o poder da oração (cf. Mc 9,14-29), ou quando a Jesus se apresentam as crianças, os discípulos buscam censurá-los, mas Jesus, indignado, os deixa ficar, e diz que somente aqueles que são como as crianças podem entrar no Reino de Deus (cf. Mc 10,13-16)”.

“O que isso nos diz? Isto nos lembra que a lógica de Deus é sempre “outra” em relação à nossa, como revelado por Deus através do profeta Isaías: “Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, vossos caminhos não são os meus caminhos” (Is 55: 8). Por isso, seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se iluminar e se transformar interiormente”, ensinou o Papa.

“Um ponto-chave no qual Deus e o homem se diferenciam é o orgulho – continuou o Pontífice; em Deus não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é todo inclinado a amar e doar vida; em nós homens, ao contrário, o orgulho está intimamente enraizado e requer constante vigilância e purificação”, explicou.

“Nós, que somos pequenos, aspiramos parecer grandes e sermos os primeiros, enquanto Deus não teme inclinar-se e fazer-se o último”.

Para concluir Bento XVI pediu à Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e da humildade.

Segundo a nota publicada neste domingo pela Rádio Vaticano, na saudação que fez aos peregrinos de língua francesa o Santo Padre agradeceu uma vez mais àqueles que acompanharam com a oração no último fim de semana a sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente Médio. “Continuem rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo diálogo sereno entre as religiões” – disse o Papa – recordando que neste sábado foi beatificado na localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson, fundador no século XIX dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.

Deus proibiu a fabricação de imagens?

Fonte: Apologistas Católicos

Uma das “grandes armas” que o protestantismo pensa ter para atacar a Igreja Católica são as imagens. Em qualquer conversa com protestantes a respeito de religião, seja qual assunto for, ele sempre tende que pender para as imagens da Igreja Católica. Quando isso acontece os protestantes sempre aparecem com a famosa passagem da suposta proibição de imagens do livro de Êxodo, ela é:

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.(Ex 20, 4)

Bem, essa parece ser uma proibição absoluta tanto da fabricação quanto da adoração de imagens. Qualquer um que ler a primeira vista vai tirar esta conclusão. Porém a bíblia não deve ser interpretada em versículos isolados nem em traduções tendenciosas, nem tudo que parece ser, é realmente.

Se virarmos algumas páginas depois de Êxodo 20, em Êxodo 25, veremos Deus ordenando Moisés fabricar imagens:

Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório.” (Ex 25,18)

Ora, Deus está se contradizendo? Em um lugar ele proibiu a fabricação de imagens e 5 capítulos após, ele mesmo manda fazer imagens? Pode Deus se contradizer? Claro que não!

Deus nunca proibiu a fabricação de imagens, o que Ele proibiu foi a fabricação de ídolos. Uma análise bem feita do texto e uma verificação do texto original provarão isso.

Se olhar os versículos que antecedem e sucedem a passagem veremos que: 

Não terás outros deuses diante de mim.

Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.

Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta..” (Êxodo 20, 3-5)

Pelo próprio contexto vemos que a passagem não se refere a “imagens” e sim a “deuses”, ou seja era a proibição das imagens desses deuses. Acontece que o povo judeu estava saindo Egito e embebido da idolatria pagã egípcia. Os deuses egípcios eram todos representados em imagens e pinturas, daí vem a proibição para que os judeus não mais fizessem as representações destes deuses.

Analisando o texto no hebraico encontraremos a palavra “פֶסֶל֙ ” (fessel ou pecel), essa palavra não significa “imagens de escultura” e sim “ídolos”.

A Exaustiva concordância Strong (dicionário das linguas bíblicas, e protestante) traduz essa palavra como:

06459 pecel

procedente de 6458; DITAT – 1788a; n. m.

1) ídolo, imagem

Como vemos a palavra não diz respeito a qualquer imagem, e sim a ídolos esculpidos, ou seja imagens de ídolos. De fato pode ser traduzida como imagem, mas não diz respeito a qualquer imagem e sim especificamente ídolos esculpidos.

Dessa forma vemos que a passagem é uma clara referência aos deuses do Egito, como constataremos a baixo:


Não farás para ti ídolos ou coisas alguma que tenha a forma de algo que se encontre no alto do céu…”. (êxodo 20, 4):

O que estava no céu, eram os deuses dos ares do Egito:

RÁ (ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina egípcia. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.

Í BIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado,que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.

HÓRUS, filho de Isis e Osíris. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua.

TOTH, era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.

“…embaixo na terra…”. (Êxodo 20, 4):

O que estava na terra eram os deuses e animais terrestres do Egito:

ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante.

ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.

KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.

BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.

APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.

BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo.

GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.

“…ou nas águas debaixo da terra.”. (Êxodo 20, 4):

Por fim o que estava nas águas eram justamente os deuses animais que ficavam nas águas e que eram adorados no Egito:

SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis.

TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo.

Será que é mera coincidência, Deus ter proibído as “imagens” justamente quando os judeus saíram do Egito? E por que esta proibição se assemelha tanto aos deuses do Egito? É apenas uma coincidência?

Para que não haja mesmo qualquer dúvida ou questionamento de que Deus se referia aos falsos deuses do Egito, ao pedir que o povo não praticasse idolatria, nem fizesse “imagens”, leremos agora um trecho do livro de Josué, que foi quem substitui Moises:

Agora, pois, temei o Senhor e o servi-o com inteligência e fidelidade. Afastai os deuses aos quais vossos pais serviram do outro lado do rio e no Egito, e servi ao Senhor”. (Josué 24, 14).

E para termos ainda mais certeza de que Deus falava claramente dos falsos deuses do Egito, leiamos o que fala também, Ezequiel 8, 8-10:

Filho do homem, disse-me ele, fura a muralha, quando a furei, divisei uma porta. Aproxima-te, diz ele, e contempla as horríveis abominações a que se entregam aqui. Fui até ali para olhar: enxerguei aí toda espécie de imagens de répteis e animais imundos e, pinturas em volta da parede, todos os ídolos da casa de Israel”.

O que podemos perceber com essa passagem bíblica? Obviamente que os sacerdotes estavam adorando os falsos deuses em forma de répteis e animais, que Deus havia proibido que fossem adorados.

O próprio Josué que condenou as imagens dos ídolos, se prostrou diante das imagens da Arca da Aliança e isso não foi caracterizado como idolatria:

Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde diante da arca do Senhor, tanto ele como os anciãos de Israel, e cobriram de pó as suas cabeças(Josué 7, 6)

Deus nunca iria se contradizer, proibindo e ao mesmo tempo mandando que se fabricassem imagens e permitindo de seus servos se prostrassem diante delas, como podemos ver em diversos versículos.

A serpente de Bronze:

“E disse o Senhor a Moisés: Faze uma serpente ardente e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo mordido que olhar para ela. E Moisés fez uma serpente de metal e pô-la sobre uma haste; e era que, mordendo alguma serpente a alguém, olhava para a serpente de metal e ficava vivo.” (Nm 21,8-9)

A própria serpente de bronze foi uma prefiguração de Cristo e ele próprio confirma isto, ou seja a crucificação de Cristo foi representada com uma imagem de cobra:

Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem,” (João 3, 17)

Estaria Moisés cometendo idolatria?

O templo de Salomão:

E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.” (I Reis 6, 23)

E revestiu de ouro os querubins. E todas as paredes da casa, em redor, lavrou de esculturas e entalhes de querubins, e de palmas, e de flores abertas, por dentro e por fora.” (I Reis, 6, 28-29)

“E sobre as cintas que estavam entre as molduras havia leões, bois, e querubins, e sobre as molduras uma base por cima; e debaixo dos leões e dos bois junturas de obra estendida.” (I Reis 7, 29).

Para o interior do Santo dos Santos, mandou esculpir dois querubins e os revestiu de ouro.” (II Crônicas 3,10)

Era neste mesmo templo que os apóstolos e Jesus iam para orar:

Jesus passeava no templo, no pórtico de Salomão.” (João 10,23)

Enquanto isso, realizavam-se entre o povo pelas mãos dos apóstolos muitos milagres e prodígios. Reuniam-se eles todos unânimes no pórtico de Salomão.”(Atos 5, 12)

Estariam Jesus e os apóstolos sendo idólatras ao frequentar um templo repletos de imagens de escultura?

Fica provado, portanto, que Deus nunca proibiu a fabricação de imagens e sim de ídolos para a adoração, colocando-os no lugar do próprio Deus. Desmascaramos assim mais uma falsa interpretação protestante.

Referencias


LIMA, Alessandro. Deus proibe a Fabricação de Imagens? Disponível em: <http://www.veritatis.com.br/apologetica/123-imagens-santos/554-deus-proibe-confeccao-imagens>. Acesso: 06/06/2012

MAGIA DO ORIENTE. Deuses egípicios. Dsiponível em: <http://magiadooriente.vilabol.uol.com.br/mitologia.htm>. Acesso em: 06/06/2012.

Para citar:


RODRIGUES, Rafael. Deus proiniu a fabricação de Imagens. Apologistas Católicos. Disponível em: <http://apologistascatolicos.com.br/index.php/apologetica/imagens/524-deus-proibiu-a-fabricacao-de-imagens>. Desde 06/06/2012.

A arrogância de um judiciário que esnoba a sociedade

Caro Internauta, ontem o Supremo Tribunal Federal, num flagrante ato de arrogância, desmoralizou o Poder Legislativo e o povo brasileiro, aprovando por ideológica unanimidade o reconhecimento civil das uniões homossexuais. Tal decisão é grave por vários motivos:

1. Pelo reto ordenamento, a alteração da Constituição compete somente ao Poder Legislativo. Ao Judiciário cabe vigiar pela aplicação plena das leis, sobretudo da Constituição Federal. Ontem, passando por cima do artigo 226 da nossa Carta, o STF jogou na lata do lixo o texto que ele tem por precípua competência salvaguardar! Não se constrói democracia enfraquecendo instituições ou extrapolando competências. Ontem, vergonhosamente, o STF julgou-se no direito de legislar…

2. Quem poderia introduzir mudanças no artigo 226 da Constituição, alterando a definição de família? Somente o Congresso Nacional, que representa o pensar do povo brasileiro. É importante compreender isto: o Legislativo representa o povo e delibera em seu nome (de modo ainda mais específico: os deputados representam o povo brasileiro e os senadores representam os estados da Federação). A confecção e alteração das leis dependem, portanto, do querer da sociedade, da vontade do povo, de quem emana todo poder numa democracia verdadeiramente madura. O Judiciário não representa o povo nem tem compromisso direto com o povo: seu compromisso é com a salvaguarda de lei, sobretudo dos preceitos constitucionais. Com a aberração de ontem, o Supremo passou por cima do sentir do povo brasileiro e de seus legítimos representantes. Sem legitimidade alguma, de modo autoritário e arrogante, a Corte Maior, sem ouvir o povo brasileiro – que não é sua competência – julgando-se iluminada por um saber vindo de preconceitos laicistas e de uma visão imanentista totalmente estranha à imensa maioria do nosso povo, arvorou-se no direito de ser luz para os ignorantes congressistas e para o obtuso povo brasileiro. O ato de ontem merece todo o repúdio de quem ama a liberdade e a democracia. Os togados de Brasília julgaramm-se acima da sociedade, do povo, do bem e do mal e de Deus! Numa corte suprema agindo assim, nossa democracia torna-se menor. Já foi tutelada pelos militares truculentos, por um Executivo ditatorial e, agora, por um Judiciário autossuficiente, que se julga luz da sociedade!

3. Agora, entremos no mérito da questão da união homossexual reconhecida como família. A Igreja não é contra os homossexuais. Também não é contra o direito de duas pessoas do mesmo sexo viverem maritalmente. Cada um faz o que deseja da sua própria vida. Mas a Igreja tem o direito e o dever de afirmar claramente aos seus fieis o que é segundo a vontade de Deus e o que é contrário ao seu desígnio. Segundo a revelação divina, somente a relação marital entre homem e mulher faz parte do plano de Deus e é segundo a sua vontade. A vivência marital entre duas pessoas do mesmo sexo é pecado. A Igreja orienta; cada um faça como deseja… Por que, então, a Igreja se opõe à legalização da união homossexual como família? Porque isto destrói o conceito de família: se tudo é família, nada mais é família; seu conceito, sua realidade, ficam totalmente diluídos! Há muitos modos corretos e aceitáveis de promover os legítimos direitos das pessoas homossexuais! A decisão do STF não é motivada pela serena busca do respeito aos direitos humanos, mas pelos cânones ideológicos do politicamente correto. É só. E isto é muito grave!

* o autor é Bispo de Aracaju – SE.

Fonte: http://costa_hs.blog.uol.com.br/

Como se expandiu a “Reforma” nos séculos XVI e XVII?

Fonte: Veritatis Splendor

A “reforma protestante” se expandiu rapidamente porque foi imposta de cima para baixo sem exceção em todos os países em que logrou vingar. O povo foi obrigado a “engolir” as novas doutrinas porque os reis e príncipes cobiçavam as terras e bens materiais da Igreja Católica. Infelizmente nesta época a Igreja era rica de bens materiais e pobre de bens espirituais. Foi com os olhos postos nesta riqueza mundana que os soberanos “escolheram” para si e para seu povo as doutrinas dos novos evangelistas, esquecidos de que todo ouro, terra ou prata se enferruja e fenece conforme ensina a escritura: “O vosso ouro e a vossa prata estão enferrujados e a sua ferrugem testemunhará contra vós e devorará as vossas carnes” ( Tg 5, 2-3 ). Prova isto o fato de que as primeiras providências eram recolher ao fisco real tudo o que da Igreja Católica poderia se converter em dinheiro.

INGLATERRA: foi “convertida” na marra porque o rei Henrique VIII queria se divorciar de Ana Bolena. Como a Igreja não consentiu, ele fundou a “sua” igreja obrigando o parlamento a aprovar o “ato de supremacia do rei sobre os assuntos religiosos”. Padres e bispos foram presos e decapitados, igrejas e mosteiros arrasados, católicos aos milhares foram mortos. Qualquer aproveitador era alçado ao posto de bispo ou pastor. Tribunais religiosos (inquisições) foram montados em todo o país. ( Macaulay. A História da Inglaterra. Leipzig, tomo I, pgna 54 ). Os camponeses da Irlanda pegaram em armas para defender o catolicismo. Foram trucidados impiedosamente pelos exércitos de Cromwell. Ao fim da guerra, as melhores terras irlandesas foram entregues aos ingleses protestantes e os católicos forçados à migrar para o sul do continente. Cerca de 1.000.000 de pessoas morreram de fome no primeiro ano do forçado exílio. Esta guerra criou uma rivalidade entre ingleses protestantes e irlandeses católicos que dura até hoje, e volta e meia aparecem nos noticiários.

ESCÓCIA: O poder civil aboliu por lei o catolicismo e obrigou todos a aderir à igreja “calvinista presbiteriana”. Os padres permaneceram, mas tinham de escolher outra profissão. Quem era encontrado celebrando missa era condenado à morte. Católicos recalcitrantes foram perseguidos e mortos, igrejas e mosteiros arrasados, livros católicos queimados. Tribunais religiosos (inquisições) foram criados para condenar os católicos clandestinos. ( Westminster Review, Tomo LIV, p. 453 )

DINAMARCA: O protestantismo foi introduzido por obra e graça de Cristiano II, por suas crueldades apelidado de “o Nero do Norte”. Encarcerou bispos, confiscou bens, expulsou religiosos e proclamou-se chefe absoluto da Igreja Evangélica Dinamarquesa. Em 1569 publicou os 25 artigos que todos os cidadãos e estrangeiros eram obrigados a assinar aderindo à doutrina luterana. Ainda em 1789 se decretava pena de morte ao sacerdote católico que ousasse por os pés em solo dinamarquês. ( Origem e Progresso da Reforma, pgna 204, Editora Agir, 1923, em IRC )

SUÉCIA: Gustavo Wasa suprimiu por lei o Catolicismo. Jacopson e Knut, os dois mais heróicos bispos católicos foram decapitados. Os outros obrigados a fugir junto com padres, diáconos e religiosos. Os seminários foram fechados, igrejas e mosteiros reduzidos a pó. O povo indignado com tamanha prepotência pegou em armas para defender a religião de seus antepassados. Os Exércitos do “evangélico” rei afogaram em sangue estas reivindicações.(A Reforma Protestante, Pgna 203, 7ª edição, em IRC. 1958)

SUIÇA: O Senado coagido pelo rei aprovou a proibição do catolicismo e proclamou o protestantismo religião oficial. A mesma maldade e vileza ocorreram. Os mártires foram inumeráveis. ( J. B. Galiffe. Notices génealogiques, etc., tomo III. Pgna 403 )

HOLANDA: Aqui foram as câmaras dos Estados Gerais a proibir o catolicismo. Com afã miserável tomaram posse dos bens da Igreja. Martirizaram inúmeros sacerdotes, religiosos e leigos. Fecharam igrejas e mosteiros. A fama e a marca destes fanáticos chegou até ao Brasil. Em 1645 nos municípios de Canguaretama e São Gonçalo do Amarante ambos no atual Rio Grande do Norte cerca de 100 católicos foram mortos entre dois padres, mulheres, velhos e crianças simplesmente porque não queriam se “batizar” na religião dos invasores holandeses. Foram beatificados como mártires este ano.Em 1570 foram enviados para o Brasil para evangelizar os índios o Pe Ináciode Azevedo e mais 40 jesuítas. Vinham a bordo da nau “S. Tiago” quando em alto mar os interceptou o “piedoso” calvinista Jacques Sourie. Como prova de seu “evangélico” zêlo mandou degolar friamente todos os padres e irmãos e jogar os corpos aos tubarões (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pg 224, 1978).

ALEMANHA: Na época era dividida em Principados. Como havia muito conflito entre eles, chegaram no acordo que cada Príncipe escolhesse para os seus súditos a religião que mais lhe conviesse. Princípio administrativo do “cujus regio illius religio”. Os príncipes não se fizeram rogar. Além da administração mundana, passaram também a formular e inventar doutrinas. A opressão sangrenta ao catolicismo pela força armada foi a consequência de semelhante princípio. Cada vez que se trocava um soberano o povo era avisado que também se trocavam as “doutrinas evangélicas” (Confessio Helvetica posterior ( 1562 ) artigo XXX ). Relata o famoso historiador Pfanneri: “uma cidade do Palatinado desde a Reforma, já tinha mudado 10 vezes de religião, conforme seus governantes eram calvinistas ou luteranos” ( Pfanneri. Hist. Pacis Westph. Tomo I e seguintes, 42 apud Doellinger Kirche und Kirchen, p. 55)

ESTADOS UNIDOS: Para a jovem terra recém descoberta fugiram os puritanos e outros protestantes que negavam a autoridade do rei da Inglaterra ou da Igreja Episcopal Anglicana. Fugiram para não serem mortos. Ao chegarem na América repetiram com os indígenas a carnificina que condenavam. O “escalpe” do índio era premiado pelo poder público com preços que variavam conforme fossem de homem maduro, velho, mulher, criança ou recém-nascido. Os “pastores” puritanos negavam que os peles vermelhas tivessem alma e consideravam um grande bem o extermínio da nobre raça. EM RESUMO em nenhum país cuja maioria hoje é protestante foi convertida com a bíblia na mão. Foram “convertidos” a fogo e ferro, graças à ambição dos reis e príncipes. Exceção é feita no presente século onde a tática mudou. Agora o que ocorre é uma invasão maciça de seitas de todos os matizes, cores e sabores financiados pelos EUA. Pregam um cristianismo fácil, recheado de promessas de sucessos financeiros instantâneos ou quando não, promovem como saltimbancos irresponsáveis shows de exorcismos e curas às talargadas. Antes matava-se o corpo. Hoje estraçalha-se a razão e o bom senso. Dificilmente se conhece um “evangélico” que não seja de todo um ignorante nas Sagradas Escrituras ou tenha para com a Igreja de Cristo um ódio mortal e uma ignorância lamentável. Cursinhos de “teologia” ou “Apologética” onde pouco ou nada se estuda sobre a Bíblia, os escritos dos primeiros cristãos ou história séria são ministrados aqui e ali para fisgar os incautos que abandonam a Igreja duas vezes milenar fundada por Cristo e herdeira de suas promessas para seguir opiniões de aventureiros fundadores de igrejolas e seitas. Falsos profetas que se enganam e enganam. Cegos condutores de cegos ( MT 15, 14 ). Que rodeiam o mar e a terra, para fazer um discípulo, e quando o fazem o tornam duas vezes mais digno do inferno do que eles ( MT 23, 15 ).

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