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New York Times difama o Papa Bento, explica editor do Wall Street Journal

William  Mc Gurn WASHINGTON DC, 08 Abr. 10 / 12:46 pm (ACI).- William McGurn é o Vice-presidente da News Corporation, proprietária do Wall Street Journal, é ademais especialista em política internacional e foi assistente da Casa Branca durante a administração George W. Bush. Está acostumado a escrever os discursos de Rupert Murdoch, o magnata australiano dono do mencionado jornal e da citada corporação. Em um recente artigo explica a verdade sobre alguns fatos ocultos pelo New York Times em sua campanha difamatória contra o Papa Bento XVI.

No texto de 6 de abril, McGurn responde a dois artigos do New York Times escritos por Laurie Goodstein. O editor explica que os documentos apresentados pelo NYT foram proporcionados por Jeff Anderson e Mike Finnegan, de quem se diz são “advogados de cinco homens que processaram a Arquidiocese de Milwaukee”.

McGurn adverte que Goodstein não diz nada mais sobre quem é realmente o advogado Anderson. Em seu artigo ela dá alguns detalhes sobre ele: “no que se refere a processos contra a Igreja, ele é o principal advogado. No ano 2002 ele disse à Associated Press que havia faturado 60 milhões de dólares em acordos com a Igreja; e inclusive a outro semanário ele afirmou que ‘estava processando e deixando a Igreja pobre em todos os lados’”. (A expressão grosseira em inglês de Anderson é irreproduzível e ACI Digital faz esta tradução que aproxima de alguma forma à idéia original).

McGurn assinala logo que “nada disto faz que não valha a pena citar Anderson. O que faz o artigo é convertê-lo em uma parte muito mais importante do que a história (de Goodstein) mostra. De fato, é difícil pensar em alguém com interesse financeiro superior a este, sobre tudo quando se tenta promover a idéia de uma Igreja que não atua contra sacerdotes abusadores, culpando de maneira pessoal o Papa Bento XVI“.

Ao ser perguntado sobre os documentos proporcionados por Anderson ao New York Times incluem alguns textos chave sobre algumas reuniões no Vaticano entre três bispos de Wisconsin (onde se encontra Milwaukee) e o Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Tarcisio Bertone. Escritos originalmente em italiano, foram “traduzidos insuficientemente” ao inglês usando um tradutor computadorizado.

Devidamente traduzidos, os documentos mostram que a Arquidiocese de Milwaukee criava barreiras para o processo canônico. Entretanto, em seu artigo McGurn proporciona informação adicional e desafia o New York Times sobre as afirmações que faz sobre o fato que o Pe. Murphy nunca teria sido disciplinado ou submetido ao sistema de justiça da Igreja. De fato, ele foi suspenso como sacerdote, um processo que o editor assinala como o equivalente a retirar a licença de um médico.

O Vice-presidente da News Corporation assinala também que “alguns anos depois, quando a Congregação para a Doutrina da Fé assumiu a autoridade sobre todos os casos de abuso, o então Cardeal Ratzinger estabeleceu várias mudanças que permitiram uma ação administrativa direta em vez de processos que demorariam anos. Quase 60 por cento dos sacerdotes acusados de abuso sexual foram tratados assim”.

McGurn explica que “o homem que é agora Papa reabriu casos que tinham sido fechados”, e que ele “fez mais que nenhum outro para processar casos e responder aos abusadores, e se converteu no primeiro Papa a falar com as vítimas”.

“Não é esta acaso a mais razoável interpretação de todos estes eventos: que a experiência do Cardeal Ratzinger com casos como o de Murphy o levaram a promover reformas que deram à Igreja armas mais efetivas para dirigir os abusos sacerdotais?”, questiona logo.

Para o editor do WSJ, é necessário que a imprensa proporcione “um pouco de contexto e mostre um pouco de cepticismo jornalístico sobre o que é relatado por um advogado de defesa que faz milhões com este tipo de casos” como Jeff Anderson.

“Sem Deus, humanidade perde grandeza e beleza”

Cardeal Tarcisio Bertone fala aos médicos católicos

Por Antonio Gaspari

ROMA, quinta-feira, 19 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- “Quem pretende substituir Deus com sua própria autonomia perde a própria vida, porque rechaça quem a criou e encaminhou ao cumprimento definitivo e glorioso de seu plano de salvação.”

Com estas palavras pronunciadas durante a homilia, o cardeal secretário de Estado vaticano, Tarcisio Bertone, convidou os membros do Conselho Nacional das Associações Médicas Católicas Italianas (AMCI) a refletir sobre a crise moral que assola a sociedade moderna.

Na sexta-feira passada, na Capela Paulina do Palácio Apostólico, dentro da Cidade do Vaticano, o secretário de Estado transmitiu à AMCI o “mais vivo alento para prosseguir em vossa missão”.

“O Papa –afirmou o purpurado– acompanha-os com a oração e envia sua bênção, estendendo-a a todos os sócios” da instituição.

Abordando os desafios da modernidade, o cardeal Bertone recordou que “a atividade do médico católico se revela útil não apenas para os fins da saúde física, mas também, de certo modo, da saúde moral e espiritual do paciente”.

Isso –continuou– porque “corpo e espírito estão no homem tão unidos que um influencia no outro, e vossa tarefa principal é tutelar e promover a vida em sua realização integral”.

O cardeal referiu-se à crise de civilização que caracteriza nosso tempo, em que “a própria medicina, que por sua natureza deve tender à defesa e ao cuidado da vida humana, em alguns de seus setores presta-se cada vez mais a realizar atos contra a pessoa”.

Neste sentido, destacou “a urgência de educar na cultura da vida”.

“Por um lado, assiste-se à eliminação de vidas humanas nascentes ou que se encontram no fim; por outro, torna-se cada vez mais difícil para a consciência distinguir o bem do mal no que afeta o próprio valor fundamental da vida humana”, explicou.

Referindo-se à encíclica Caritas in veritate, o secretário de Estado vaticano denunciou a “concepção material e mecanicista da vida humana” que reduz o amor sem verdade a “uma casca vazia que preencher arbitrariamente” e pode comportar efeitos negativos para o desenvolvimento humano integral.

Segundo o purpurado, para educar na cultura da vida, é necessário “poder contemplar em todo ser humano o reflexo da beleza e do amor de Deus”.

Porque “sem Deus o homem deixa de perceber a si mesmo como ‘misteriosamente outro’ em relação às diversas criaturas terrenas, e é considerado como um de tantos seres vivos, como um organismo que, quando muito, alcançou um estado muito elevado de perfeição”, afirmou.

O secretário de Estado vaticano denunciou então o aborto e as mortes por causa da fome. “Há vidas que não são notícia e cuja perda não dá sobressaltos”, lamentou.

“Há batalhas sacrossantas para salvar a vida de condenados à pena de morte e para salvaguardar o direito à vida também dos que cometeram graves delitos –acrescentou–, enquanto se considera legal e justa a morte de inocentes, com leis aprovadas por maiorias em Parlamentos civis.”

“A emotividade ou as ideologias e as razões políticas substituem na prática a consciência retamente iluminada”, constatou.

Em resposta aos que pretendem substituir Deus pela sua própria autonomia, o cardeal Bertone propôs “o testemunho dos crentes que reafirmam a primazia de Deus sobre tudo: este é de fato o único caminho que conduz o homem a sua plena realização”.

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