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Já são 400 mil inscritos na Jornada Mundial da Juventude

Cardeal Rouco: oportunidade de descobrir os fundamentos da vida

MADRI, sexta-feira, 27 de maio de 2011 (ZENIT.org) – Nesta quinta-feira, o cardeal arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela, presidente do comitê organizador local da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), pronunciou a conferência “A três meses da Jornada Mundial da Juventude”, no Fórum da Nova Sociedade.

Já há 400 mil inscritos no evento, de 182 países.

“Os jovens têm ‘toda uma vida adiante’ e a JMJ é uma oportunidade para que se deixem iluminar por Cristo e, no fundo do seu coração e em seus sentimentos de entrega e solidariedade, podem descobrir os fundamentos da sua vida”, explicou.

“Os frutos de entrega das JMJ podem ser observados claramente: são muitas as vocações ao sacerdócio, à vida consagrada, ao matrimônio, que surgem de da JMJ. Mas também, a longo prazo, supõem uma contribuição para a sociedade atual: energia para resolver a crise e fortalecer o caminho da paz”, destacou.

“Os problemas dos jovens estão nas situações de desemprego, mas sobretudo em seu coração, e este é o único lugar em que podem ser solucionados. A democracia vive de pressupostos que ela mesma não se pode dar. Deve beber de outras fontes de humanidade”, sublinhou.

O cardeal de Madri utilizou a comparação de uma casa em chamas com a situação atual: “Se estamos nesta situação, o importante é chamar os bombeiros, mas sobretudo, o mais importante é agir para que isso não volte a ocorrer e, para isso, é preciso algo mais do que soluções técnicas”.

As JMJ “são uma iniciativa pessoal de João Paulo II, que apostou em uma nova geração de jovens de 2000. Agora, Bento XVI retoma este legado. É o Papa quem convoca e atrai os jovens. Em sua última encíclica, Caritas in Veritate, ele aborda muitos problemas da sociedade atual, mas sempre há um ponto de referência: a entrega, a solidariedade, a caridade”, recordou.

“Não podemos nos esquecer de que a escolha da Espanha não foi por acaso, mas tem a ver com a projeção de riqueza espiritual da história deste país na história da Igreja e na cultura do Ocidente. Basta ver o selo espiritual dos padroeiros da JMJ: Inácio de Loyola, Teresa de Ávila, Rosa de Lima, Francisco Xavier”, destacou.

“A imagem de Madri mudará durante os dias da JMJ, pois este acontecimento é da Igreja universal, mas também um grande encontro para a sociedade e a cidade que o acolhe”, destacou.

Na JMJ, além dos atos com o Papa, haverá todo um rico e polifacético programa de atividades culturais.

O cardeal de Madri agradeceu pelo apoio de todas as pessoas e empresas sem as quais não seria possível este acontecimento: “Agradeço às administrações públicas, que estão colaborando sem reservas, a toda a comunidade de Madri, às paróquias e movimentos, às comunidades de vida contemplativa, que nos apoiam com a sua oração, e muito especialmente aos milhares de voluntários da JMJ de todas as nacionalidades, que formam uma ‘ONU’ muito especial”.

Que autoridade prevalece?

Fonte: Veritatis Splendor

Muito se fala no meio protestante da autoridade suprema da Sagrada Escritura, que ela é norma de fé, Palavra de Deus inspirada, etc. e que, por isso mesmo, deve ser crida infalivelmente. Que ela é Palavra de Deus, não resta dúvidas, que é infalível – por provir do próprio Deus, também não. Que lhe devemos todo o assentimento de fé, estamos de pleno acordo, da mesma forma que concordamos que a Escritura é normativa para o cristão. O grande problema não está aí, mas sim no fato de que os protestantes colocam a Escritura como única norma de fé e prática. Nós católicos, temos como norma próxima de fé o Magistério, que se apóia nas Escrituras e na Tradição. Até porque é o próprio Magistério que nos diz o que é Escritura e o que é Tradição. Se não fosse o Magistério, não saberíamos diferenciar o que é realmente Tradição daquilo que seriam somente contos, que livros são Escritura inspirada por Deus ou não. Foi o Magistério, inspirado por Deus, que pôde distinguir quais livros deveriam fazer parte do cânon bíblico e quais deviam ser rejeitados.

Calvino escreve a respeito da autoridade da Escritura nesses termos:

“Antes, porém, que se avance mais, é conveniente inserir certas considerações quanto à autoridade da Escritura, considerações que não só preparem os espíritos à sua reverência, mas também que dissipem toda a dúvida.” (CALVINO, João. As Institutas da Religião Cristã – Edição Clássica, p. 75, Editora Cultura Cristã, São Paulo, 2006).

Ele fala de fazer algumas considerações sobre a Escritura que dissipem toda a dúvida sobre essa questão. Mas ao contrário de desfazer as interrogações a respeito do tema, ele só as aprofunda e agrava, já que não as responde conforme veremos adiante.

A Escritura, é bom que tenhamos isso em mente, não apareceu por um toque de mágica, pronta, impressa, encadernada e acabada em nossas mãos. Para isso, na verdade, se percorreu um longo caminho. E esse caminho, passa inexoravelmente – goste Calvino [e os protestantes] ou não desse fato – pela autoridade da Igreja. Ele se refere a isso (a autoridade da Igreja de determinar o que é Escritura) dessa maneira:

“Tem prevalecido o erro, perniciosíssimo, de que o valor que assiste à Escritura é apenas até onde a opinião da Igreja concede… Depende, portanto, da determinação da Igreja, dizem, não só que se deve reverência à Escritura, como também quais livros devem ser arrolados em seu cânon. E, assim, homens sacrílegos, enquanto, sob o pretexto da Igreja, visam a implantar desenfreada tirania, não fazem caso dos abusos em que se enredam a si próprios e aos demais com tal poder de fazer crer às pessoas simples que a Igreja tudo pode” (Idem, p. 76)

Ele afirma que é errado sustentar a tese de que o valor da Escritura foi dado pela Igreja, de que foi a Igreja que determinou quais livros devem ser arrolados, que devemos veneração às Escrituras. Mas é muito mais fácil para ele falar tudo isso, do que responder de fato e de verdade às próprias alegações daqueles que ele diz defender absurdos. Ele falou que eles estão em tal erro, mas não o refuta. Antes prefere qualificar pejorativamente tais pessoas, como se elas estivessem ali somente para abusar da fé do povo, etc.

Então, ele diz:

“Mas, palradores desse gênero se refutam sobejamente com apenas uma palavra do Apóstolo. Categoriza ele [Ef 2,20] que a Igreja se sustém no fundamento dos profetas e dos apóstolos. Se o fundamento da Igreja é a doutrina profética e apostólica, é necessário que esta doutrina tenha a sua inteira infalibilidade antes que a Igreja começasse a existir.” (Ibidem)

Repare que, em duas frases, Calvino cria mais problemas que soluções. Vamos a eles. Primeiro ele assegura refutar somente com uma passagem o argumento das pessoas que advogam que a Escritura é decorrente da autoridade da Igreja, se referindo a Efésios 2,20. Vamos lê-lo:

“Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus.”

Convém recordar aqui, que o contexto dessa passagem fala da plena cidadania na fé dos gentios (v. 12), que não são mais peregrinos, mas, antes, são membros da família de Deus (v. 19). Bom é lembrar ainda de mais passagens onde o grande São Paulo fala sobre a Igreja e seu fundamento. Ele assevera que a Igreja é “coluna e sustentáculo da verdade” (1 Tm 3,15). Ele não diz que a Escritura é a coluna e sustentáculo da Verdade, mas a Igreja. E por quê? Pelo simples motivo de que Nosso Senhor não fundou um museu literário, mas uma Igreja. E à Igreja deu a autoridade de zelar pela verdade, pelo ensino. S. Paulo mesmo escreveu a respeito disso em outro texto:

“Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa. (2 Ts 2,15)

Repare que aqui o apóstolo não fala de conservar somente os ensinos dados de forma escrita (a Escritura), mas também de guardarem o que ouviram por palavras. Isso é a Tradição oral da Igreja.

Mas voltando ao comentário de Calvino, ele cria outro problema além desse. Ele afirma que é necessário que a doutrina dos apóstolos tenha sua inteira infalibilidade antes que a Igreja começasse a existir. Oras, isso é um contrassenso, absurdo. Quer dizer que os apóstolos não fizeram parte da Igreja, então. Afinal ainda estavam ensinando, não havia como ter a inteira infalibilidade dessa doutrina segundo Calvino. Claro, pois eles ainda não tinham tido seus ensinos “testados” para ver se eram infalíveis. Mas, que ironia. Testados por quem? Não seria pela Igreja? Veja como ele cai em contradição no seu próprio argumento. A Igreja existiu e existia sim, antes do cânon estar fechado e acabado. Senão, haveria aí um vácuo de uns 200 a 300 anos pelo menos. É inconcebível pensar que até o ano 393 (quando se definiu o cânon do Novo Testamento) não tivesse existido a Igreja, segundo a tese de Calvino.

Ademais, ele não responde o óbvio: quem disse que os livros do Novo Testamento foram inspirados? Apareceu um anjo para ele, é? Negativo. A História mostra que o cânon do Novo Testamento, assim como do Antigo, foi definido no Concílio Regional de Hipona, em 393. Aliás, este concílio reafirmou a versão da Septuaginta, em resposta ao cânon do AT que alguns fariseus impuseram  no sínodo de Jâmnia (100 d.C.) e que, por sinal, é o usado pelos protestantes. E foi um concílio feito por quem? Pela Igreja, oras. E mais tarde isso foi confirmado por toda a Igreja universal em outros Concílios regionais, como no Concílio Geral de Cartago (397) e vários outros Concílios posteriores, como o Ecumênico de Florença (1439-1445) e Trento (1545-1563). Interessante é que antes de todos esses concílios, já por volta do ano 200, a Carta Pascal de Santo Atanásio já trazia um Cânon do Novo Testamento quase idêntico ao cânon atual.

Antes de encerrar, queria ver uma última declaração de Calvino, para que se veja como ele evita ir ao ponto central da questão.

“Quanto, porém, ao que perguntam: como seremos persuadidos de que as Escrituras provieram de Deus, a não ser que nos refugiemos no decreto da Igreja? É exatamente como se alguém perguntasse: de onde aprendemos a distinguir a luz das trevas, o branco do preto, o doce do amargo? Pois a Escritura manifesta plenamente evidência não menos diáfana de sua veracidade, que de sua cor as coisas brancas e pretas, de seu sabor, as doces e amargas.” (As Institutas da Religião Cristã, p. 76)

Ele trata da questão como se não houvesse a menor necessidade de uma confirmação de que tais escritos são verdadeiramente Palavra de Deus. Antes, ele coloca de forma simplória que assim como vemos claramente a luz e as trevas, veríamos também que a Escritura é inspirada.

É tão meridiana e clara a questão, que entre os próprios reformadores houve divergência nesse ponto. Lutero tinha a epistola de S. Tiago como “epístola de palha”, não sendo digna, segundo ele, de figurar no cânon bíblico. Motivo? A epístola de Tiago não casa com a justificação somente pela fé tão pregada pelos reformadores. Simples. Ela foca as nossas obras (“a fé sem obras é morta” Tg 2,26) e importância delas na nossa justificação. O mais curioso aí, não é só o argumento – simplório e improcedente – de Calvino. Mas o mais revelador, é que nem nesse trecho e nem em outros ele responde essas questões.

O interessante é que, embora os protestantes critiquem a autoridade da Igreja, ao aceitar o cânon do Novo Testamento, eles implicitamente se sujeitam a essa mesma autoridade a que Calvino chamou de tirânica e sacrílega. Aí fica a pergunta que não quer calar: como eles sabem que o Evangelho de Tomé, de Maria Madalena, Felipe, Pedro, o Livro de Henoc não são inspirados? Um anjo lhes revelou isso? Ou eles se fiam no concílio de Hipona, onde foi definido o cânon do Novo Testamento? Se eles se fiam no concílio, pergunto: que autoridade, afinal, prevaleceu: a da Escritura por si mesma, ou a da Igreja que lhe confirma a inspiração e veracidade?

Falsas Profecias, Justificações e Trapalhadas Doutrinais das Testemunhas de Jeová

Fonte: Observatório Watchtower

Índice

  • 1. Branqueamento da responsabilidade por falsas profecias
    • 1.1 Exemplo 1: A falsa profecia de 1914
    • 1.2 Exemplo 2: A falsa interpretação das “autoridades superiores”
    • 1.3 Exemplo 3: Um tempo de “provas e purificação”
    • 1.4 Exemplo 4: A falsa profecia de 1925
    • 1.5 Exemplo 5: A falsa profecia de 1975: ‘A culpa foi vossa’
    • 1.6 Exemplo 6: O uso da terceira pessoa
    • 1.7 Exemplo 7: A “libertação de Babilônia” em 1919 e as “impurezas”:
      • 1.7.1 Autoridades superiores
      • 1.7.2 Desenvolvimento do caráter
      • 1.7.3 Feriados pagãos
      • 1.7.4 Cruz
      • 1.7.5 Uso do nome Jeová
      • 1.7.6 Democracia
  • 2. Publicações antigas e “verdades estabelecidas” que deixaram de o ser
    • 2.1 Estudos das Escrituras
    • 2.2 O Mistério Consumado
      • 2.2.1 Falsas previsões
      • 2.2.2 Interpretações pitorescas
      • 2.2.3 Beemote = máquina a vapor
      • 2.2.4 Leviatã = locomotiva a vapor
      • 2.2.5 Miguel e anjos = Papa e Bispos
      • 2.2.6 O profeta Naum e o comboio
    • 2.3 Outras “verdades” que caducaram
    • 2.4 O acesso às publicações antigas
    • 2.5 ‘Os cristãos primitivos também cometiam erros’
  • 3. Apenas a “organização” sobreviverá à ‘grande tribulação’
  • 4. Ideias e atitudes “independentes”
  • 5. Bibliografia

Adaptado de uma mensagem enviada por Odracir para a mailing list testemunhas em 1999-12-02. Nas citações que aparecem nesta página, parte do texto foi colocado em letra maiúscula para ênfase. Algumas edições de A Sentinela citadas aqui, especialmente as mais antigas, foram publicadas inicialmente em lingua inglesa, podendo não haver a exata correspondência com a data da edição em português. Sobre o tema piramidologia, abordado neste artigo, recomendamos a leitura de A Sentinela de 1/1/2000, onde a Sociedade VIU-SE OBRIGADA a fazer um reconhecimento mais explícito e pormenorizado do assunto, após o mesmo vir a conhecimento público.

1. Branqueamento da responsabilidade por falsas profecias

1.1 Exemplo 1: A falsa profecia de 1914

No ano de 1889, no livro “The Time Is At Hand”, páginas 98 e 99, Charles Taze Russell declara:

“Na verdade, é esperar grandes coisas AFIRMAR, COMO O FAZEMOS, que dentro dos próximos 26 anos [1914/1915], TODOS os atuais governos serão DERRUBADOS e dissolvidos; porém, estamos vivendo em um tempo especial e peculiar, o “Dia de Jeová”, no qual os assuntos chegarão a uma conclusão RÁPIDA…. Em vista da forte evidência bíblica concernente aos Tempos dos Gentios, consideramos uma VERDADE ESTABELECIDA que o FINAL DEFINITIVO dos reinos deste mundo e o pleno estabelecimento do Reino de Deus se realize pelo fim de 1914 A.D.” (o maiúsculo é meu)

Tais afirmações referiam-se às previsões sobre os anos de 1874, 1878 e 1914, iniciando-se a ‘parousia’ de Cristo na primeira data (sua ‘posse’ como Rei na segunda data). É importante frisar que tais cálculos cabalísticos começaram com o inglês John Acquila Brown, no ano de 1823 — 29 anos antes do nascimento de Russell, 47 anos antes da formação do grupo dele e mais de meio século (54 anos) antes da publicação do livro que ele financiou, “Os Tres Mundos”. Diversas outras obras da organização reafirmaram tais cálculos como algo além de simples opinião, chamando-os de “datas de Deus” e, em alguns casos, questionando a fé ou a vigilância de quem deles duvidava — “Thy Kingdom Come” (1891), “Watchtower” de 15/1/1892, de 1/7/1894 e de 1/10/1907.

Em 1916, dois anos após o fracasso daquelas previsões e do desapontamento — desnecessário, diga-se de passagem — de Russell e de seus seguidores, os quais ficaram expostos ao escárnio público, o que afirmou ele sobre seu erro, agora impossível de ser negado? Deixemos que o próprio Russell fale:

“Este foi um erro natural no qual se pode cair, mas O SENHOR O INVALIDOU para a bênção de Seu povo. O pensamento de que a igreja seria ajuntada em glória antes de Outubro de 1914, TEVE CERTAMENTE UM EFEITO MUITO ESTIMULANTE E SANTIFICADOR sobre milhares, todos os quais podem consequentemente louvar o Senhor — ATÉ PELO ERRO.” (Prefácio de “The Time is At Hand”, 1916, página iv)

Note o leitor que, após envolver até o próprio Deus em seus erros, “invalidando-os” — na verdade, minimizando-os — encontrou o pastor Russell uma alternativa bastante conveniente a ter que encarar o fato de que suas predições nada tinham de “datas de Deus”. Chegou ele ao cúmulo de elogiar o erro, sim, de promover o erro como meio válido pelo qual Jeová guia seu povo. Isto deu margem, mais tarde, a novas predições, hábito este bastante comum entre os líderes das TJ até os nossos dias, bastante “fiéis” às suas origens, diga-se. Parece isto simples “explicação”, como quer o nosso companheiro H., ou clara JUSTIFICAÇÃO? Precisa Deus dos nossos erros?

Este caso não constitui exceção no “currículo” da Watchtower ou tampouco expressa a simples opinião de um membro da sociedade, à parte do que os outros pensavam e dissonante da postura histórica desta entidade no que se refere aos seus falhanços doutrinais. O próximo exemplo ilustra outra situação em que ela GLORIFICA, como organização, seus erros ao invés de se desculpar por eles — na verdade, subentende que eles foram SUPERIORES à verdade, em razão dos seus efeitos “protetores”. Vamos a ele:

1.2 Exemplo 2: A falsa interpretação das “autoridades superiores”

Até 1929, a Watchtower ensinava que as “autoridades superiores” mencionadas no capítulo 13 de Romanos correspondiam às autoridades governamentais seculares. A partir daquele ano, mudou seu “entendimento” do texto e passou a ensinar que o texto referia-se apenas a Deus e Jesus Cristo. Esta doutrina perdurou por mais de 30 anos, até que, em 1962, uma “nova luz” remeteu a sociedade DE VOLTA ao entendimento anteriormente abandonado — o que, por si só, desfere um golpe mortal na tese da “luz progressiva”. Este assunto é considerado em “A Sentinela” de 1/5/1996. Sobre a mudança doutrinária, o artigo, na pág. 14, diz:

“Olhando para trás, precisa-se dizer que esta maneira de encarar as coisas, que enaltecia a supremacia de Jeová e de seu Cristo, AJUDOU o povo de Deus a manter uma intransigente posição neutra durante este período difícil (isto é, desde a 2ª Guerra Mundial até a ‘guerra fria’)”. (o maiúsculo é meu)

Sobre isto, Ray Franz, com muita propriedade, diz:

“Quer dizer que, para todos os efeitos, ter tido o entendimento CORRETO, o entendimento que o apóstolo Paulo tinha em mente quando escreveu seu conselho, NÃO TERIA SIDO NEM TÃO SUFICIENTE PARA ORIENTAR, NEM TÃO EFICAZ PARA PROTEGER contra a ação não-cristã, quanto o conceito ERRÔNEO ensinado pela organização Torre de Vigia. Não há nada que mostre que Deus guie seu povo por meio do erro. Ele o fortalece com a verdade, NÃO COM O ERRO, em época de crise.” 1 João 1:5 (o maiúsculo é meu) — “Crise de Consciência”, pág. 497.

Alguém da lista concordaria, como quer o nosso companheiro H., que, neste caso, o corpo governante APENAS EXPLICOU, SEM DEFENDER?

1.3 Exemplo 3: Um tempo de “provas e purificação”

No Anuário de 1983, pág. 120, quase 70 anos depois do fracasso de 1914, a Watchtower insiste em minimizar seus erros ou, pelo menos, dar-lhes uma conotação piedosa. Após o relato sobre a inocultável frustração que envolveu a expectativa criada por Russell sobre o arrebatamento da igreja e o fim do mundo em 1914 — com o tropeço na fé de muitos — ela dirige a atenção do leitor para o fato de que aquele período era um tempo de “provas e purificação” — por meio do ERRO, naturalmente — e, a seguir, desvia-a para um comentário de um dos desapontados seguidores de Russell, o qual teria dito: “Em vez da esperada coroa da glória, recebemos um resistente par de botas para realizar a obra de pregação”. O assunto é concluído por aí mesmo, sem qualquer assumimento direto da responsabilidade por falsas previsões e suas consequências ou por um cândido pedido de desculpas, como seria de se esperar de humildes cristãos tementes a Deus.

Isto até que soaria comovente, caso não fosse hilariante! Parece isto mais com “explicação”, como quer o nosso companheiro H., ou com “justificação”?

1.4 Exemplo 4: A falsa profecia de 1925

No livro “Testemunhas de Jeová — Proclamadores do Reino de Deus” (1993), pág. 78, faz-se uma tentativa de justificação da falsa profecia de 1925, advogada pelo sucessor de Russell, J. F. Rutherford, por afirmar o seguinte:

“O ano de 1925 chegou e passou. Alguns abandonaram sua esperança. Mas a vasta maioria dos Estudantes da Bíblia permaneceu fiel. ‘Nossa família’, explicou Herald Toutjian, cujos avós se tornaram Estudantes da Bíblia no início do século, “chegou a reconhecer que esperanças não realizadas não são exclusividade dos nossos dias. Os próprios apóstolos tiveram semelhantes expectativas indevidas… Jeová é digno de serviço leal e de louvor COM OU SEM a recompensa final.”

O que, na verdade, isto quer dizer é COM OU SEM FALSAS PREVISÕES. Aquele argumento não procede, visto que não é a existência de uma recompensa que está em jogo — pois a Bíblia assegura a recompensa final aos servos leais de Deus — mas são as FALSAS EXPECTATIVAS criadas por uma organização, em função de uma data específica. A Watchtower, aqui, mais uma vez, passa ao lado da questão central, a saber, seus fracassos doutrinários. Queira notar o leitor que, tanto neste como no caso anterior, ela deixa que terceiros — membros dela, naturalmente — falem por ela. Dos que tropeçaram em razão das falsas profecias dela — nem uma palavra. Mesmo sabendo que muitos largaram seus empregos, venderam seus bens, abandonaram carreiras e até fazendeiros deixaram de colher suas safras, a Watchtower não lamenta aquele triste episódio. Mesmo sabendo que ele minou a fé de muitos, não só na organização, mas NA PRÓPRIA BÍBLIA. Mais uma vez ela não faz qualquer reconhecimento direto de que profetizou em vão. E, além disso, deixa de esclarecer ao leitor que, quando os apóstolos tinham expectativas quanto ao cumprimento de profecias em seus dias, eles estavam INDAGANDO a Cristo e NÃO ENSINANDO a milhões de “outras ovelhas”, no papel de ÚNICO CANAL ENTRE DEUS E OS SERES HUMANOS. A propósito, quanto a isto, Jesus respondeu aos discípulos: “NÃO VOS CABE OBTER CONHECIMENTO DOS TEMPOS OU DAS ÉPOCAS QUE O PAI TEM COLOCADO SOB SUA PRÓPRIA JURISDIÇÃO.” (Atos 1:7) Quão a sério tem o “escravo fiel e discreto” levado estas palavras nos últimos cem anos? Tem sido a estrita adesão a estas palavras de Cristo que tem motivado o conselho supremo da Torre de Vigia a especular sobre datas específicas para “o fim” ou terá sido o interesse em intensificar o ritmo de atividades de proselitismo dos adeptos, “alavancando” assim os chamados “AUGES” organizacionais tão propalados em sua literatura? Devemos louvar a Deus ou louvar números?

Mais uma vez, pergunto: parece isto com simples “explicação”, como quer o nosso companheiro H., ou clara “justificação”?

Defesa da veneração dos santos pelos primeiros cristãos

Fonte: Veritatis Splendor

Como os católicos hoje, os cristãos dos primeiros séculos eram acusados de idolatria por venerarem os Santos. Mas, em vez dos grupos heréticos (que tanto se difundiram após o século XVI), quem propagava esta mentira era o rabinismo judaico, isto é, os judeus que não abraçaram a fé cristã.

Talvez o primeiro texto que dá testemunho da veneração dos santos como ainda nós católicos praticamos hoje, com honra, homenagem, celebração dos heróis e modelos da fé, seja a Carta que a Igreja de Esmirna enviou à Igreja de Filomélio, narrando o Martírio de São Policarpo (Bispo de Esmirna e discípulo do Apóstolo São João). Este documento de meados do segundo século é o texto hagiográfico mais antigo que se tem notícia.

A Carta nos dá testemunho que após o martírio de São Policarpo, os cristãos de Esmirna tentaram conseguir a posse de seu corpo, para dar ao mártir um sepultamento adequado. Mas, foram impedidos pelas autoridades que eram influenciadas pelos judeus rabínicos, que diziam que os cristãos queriam o corpo de São Policarpo para adorá-lo como faziam com Cristo.

Na carta é interessante o comentário que os cristãos de Esmirna fazem por causa da ignorância que os judeus tinham sobre a diferença da adoração que os cristãos prestavam somente a Nosso Senhor Jesus Cristo e a veneração prestada aos Santos. Semelhantes a nós católicos dos últimos séculos, os católicos do passado escreveram:

Ignoravam eles que não poderíamos jamais abandonar Cristo, que sofreu pela salvação de todos aqueles que são salvos no mundo, como inocente em favor dos pecadores, nem prestamos culto a outro. Nós o adoramos porque é o Filho de Deus. Quanto aos mártires, nós os amamos justamente como discípulos e imitadores do Senhor, por causa da incomparável devoção que tinham para com seu rei e mestre. Pudéssemos nós também ser seus companheiros e condiscípulos!” (Martírio de Policarpo 17:2 +- 160 D.C).

E mais adiante esta importantíssima prova da fé primitiva, dá testemunho do costume que a Igreja tinha em guardar uma data, para celebrar a memória dos Santos, como Ela faz até hoje:

Vendo a rixa suscitada pelos judeus, o centurião colocou o corpo no meio e o fez queimar, como era costume. Desse modo, pudemos mais tarde recolher seus ossos [de Policarpo], mais preciosos do que pedras preciosas e mais valiosos do que o ouro, para colocá-lo em lugar conveniente. Quando possível, é aí que o Senhor nos permitirá reunir-nos, na alegria e contentamento, para celebrar o aniversário de seu martírio, em memória daqueles que combateram antes de nós, e para exercitar e preparar aqueles que deverão combater no futuro.” (Martírio de Policarpo 18 +- 160 D.C)

Portanto, a Veneração dos Santos, não é idolatria e sim uma legítima e piedosa doutrina cristã que tem berço na Tradição da Igreja nascente.

Política de aborto destrói sociedades européias, adverte Bispo espanhol

Dom  Demetrio Fernández, Bispo de Córdoba CÓRDOBA, 22 Jun. 10 / 05:59 pm (ACI/Europa Press).- O Bispo de Córdoba, Dom Demetrio Fernández, assinalou que “a política anti-natalista”, quer dizer, a que permite o aborto, “leva à destruição da sociedade”, de tal modo que, “sociedades européias prósperas, como foram a Alemanha, França ou a Holanda, entre outras, agora são sociedades que morrem, que vão se esgotando”, e o mesmo ocorre na Espanha.

Em uma entrevista concedida à agência Europa Press, Dom Fernández assinalou que essa é uma realidade que qualquer pessoa pode constatar, “pois, se não houver filhos, não há trabalhadores suficientes, embora seja só isso, mas esta questão não parece preocupar a ninguém e só o recorda e fala sobre isto a Igreja“, cuja posição contrária à nova Lei do Aborto é clara: que se permita “matar as crianças no seio de suas mães impunemente” é uma ação própria de “bárbaros”.

Por isso, “a Igreja, que está a favor da vida“, sairá ao encontro “das mães que se vêem muitas vezes obrigadas (a abortar), não tendo outra saída, já que por parte das instituições públicas todas são ajudas para abortar, mas não há nenhuma ajuda para quem quer levar adiante sua gravidez e dar à luz”. Será a Igreja a que deverá “suprir” esta falta de apoios institucionais às mães em dificuldades, daquelas que “nem sequer têm a possibilidade de dar à luz, querendo fazê-lo”, pois “tudo a empurra a abortar e ninguém a ajuda a levar a feliz término sua maternidade”.

Além disso, isso ocorre em uma sociedade “que não é capaz de gerar a seguinte geração, o qual é uma catástrofe tremenda. Quer dizer, que uma nação não seja capaz de engendrar a geração seguinte é o maior fracasso de uma sociedade, porque não foi capaz de transmitir a vida à próxima geração, já que só o fez pela metade ou para um terço, de modo que isso deverá ser suprido de outra maneira, como se faz ante uma catástrofe”, neste caso se trata “da catástrofe natalista que estão sofrendo a Europa, Espanha e Andaluzia, e será preciso arrumar esta situação como seja possível, mas não deixará de ser uma catástrofe”.

Este argumento é o que levou a Bispo à conclusão de que “a política antinatalista destrói à sociedade”. Contudo, a Igreja defende “o amor e o apreço à vida” e confia que, apesar de tudo, um número suficiente de cristãos transmitam a vida abundantemente, para que se continue a espécie e não se extinga”.

“Não procura a moda”

A Igreja, conforme insistiu Dom Fernández, “está a favor da vida, a favor das mães que querem dar à luz, a favor de proteger a vida nascente”, resultando que, “quando a Igreja pronuncia este discurso, colide contra todos os discursos que estão de moda, mas a Igreja não procura a moda, busca o bem do homem e o primeiro bem do homem é o direito a nascer”.

Neste contexto, o Bispo disse que parecem bem “os recursos de inconstitucionalidade” expostos contra a nova Lei do Aborto e também as ações “para impedir que a Lei se aplique, pois todo isso entra dentro do jogo democrático”, sendo positivo tudo aquilo “que vai na linha de que sejam mortos o mínimo de crianças possíveis no seio de suas mães, que é o lugar mais seguro deste mundo”.

Infelizmente, conforme sublinhou o Prelado, o seio materno “está convertendo-se no lugar mais ameaçado deste mundo para o próprio homem, o qual é tremendo, mas é assim, pois se trata de um problema social”, ante o qual a solução passa por “mudar a mentalidade da sociedade, recordando os valores fundamentais da vida”.

Maria recorda que Cristo nunca nos abandona, assegura Bento XVI

Ao rezar o Ângelus em Nicósia

NICÓSIA, domingo, 6 de junho de 2010 (ZENIT.org). – A Virgem Maria, com seu exemplo de vida, mostra a cada cristão que, inclusive nas noites escuras, Cristo não o abandona, explicou Bento XVI hoje, ao rezar o Ângelus na capital de Chipre.

Após ter presidido a Missa conclusiva desta primeira peregrinação, no Palácio de Esportes Eleftheria de Nicósia, e de entregar o “Documento de trabalho” do próximo Sínodo dos Bispos do Oriente Médio, que será realizado em outubro, em Roma, o Papa deu espaço a uma profunda contemplação do mistério de Maria.

A ocasião foi propiciada pela oração do Ângelus junto a 10 mil cipriotas e milhões de fiéis do mundo inteiro, que acompanhavam o Papa ao vivo, pela televisão, nos cinco continentes.

O Pontífice constatou como essa oração mariana lembra o “sim” que a Santíssima Virgem pronunciou ao anjo para aceitar ser Mãe de Deus, fazendo que a esperança de milênios se convertesse em realidade: “Aquele a quem Israel tinha esperado veio ao mundo, à nossa história”.

“Trinta anos mais tarde, quando Maria estava chorando aos pés da cruz, deve ter sido duro manter essa esperança viva”, considerou o Papa, em sua intensa meditação.

“As forças da escuridão pareciam ter ganhado o jogo – acrescentou. E, no entanto, no fundo, ela teria lembrado das palavras do anjo. Inclusive em meio à desolação do Sábado Santo, a certeza da esperança a levou adiante rumo à alegria da manhã da Páscoa.”

“E assim nós, seus filhos – continuou refletindo -, vivemos na mesma esperança confiada de que o Verbo feito carne no seio de Maria nunca nos abandonará.”

“Ele, o Filho de Deus e Filho de Maria, fortalece a comunhão que nos une, de maneira que possamos dar testemunho dele e do poder do seu amor de cura e reconciliação.”

O Papa confiou à intercessão de Maria “o povo de Chipre e a Igreja em todo o Oriente Médio”.

Anglicanos na Igreja Católica: ecumenismo não foi arruinado

Cardeal Odilo Scherer comenta decisão de acolher anglicanos na plena comunhão

SÃO PAULO, quinta-feira, 3 de dezembro de 2009 (ZENIT.org).- O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, considera que as relações ecumênicas com a Comunhão Anglicana “não foram arruinadas, ou diminuídas” com a acolhida da Igreja Católica aos anglicanos que desejam estar em plena comunhão com ela.

Em artigo desta semana do jornal arquidiocesano O São Paulo, Dom Odilo afirma que “a Igreja Católica nada mais faz que acolher o pedido livre e pessoal que recebe de fiéis da Igreja Anglicana”.

Dom Odilo lembra ainda que no dia 21 de novembro, pouco mais de duas semanas após a publicação da Constituição Apostólica Anglicanorum coetibus, que traz as regras para o ingresso dos anglicanos no seio católico, o arcebispo de Cantuária e primaz da Igreja Anglicana, Rowan Williams, fez visita a Roma e foi recebido por Bento XVI.

“É sinal claro”, segundo o cardeal, de que as relações ecumênicas com a Comunhão Anglicana não ficaram comprometidas. “O Ecumenismo vai adiante e vai produzindo frutos, mediante a ação do Espírito Santo”, afirma o arcebispo.

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