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“Tornei-me, acaso, vosso inimigo, porque vos disse a Verdade?” (Gálatas 4,16)

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Por Bob Stanley
Fonte: Veritatis Splendor

“A Verdade sempre incomodou as pessoas e nunca é confortável.” (Cardeal Ratzinger, 9 de outubro de 2000)
“O Novo Testamento está escondido no Antigo, e o Antigo é revelado no Novo.” (Santo Agostinho)

A Bíblia é composta de muitos livros e, ao mesmo tempo, é um livro só. Tem muitas histórias e, ao mesmo tempo, uma só história. É a história da História da Salvação do Homem por DEUS. Usando tipologia, uma ferramenta muito útil para a exegese bíblica, tantas prefiguras ou símbolos, no Antigo Testamento, apontam para realidades do Novo Testamento. Regras estritas devem ser seguidas e uma delas é que a prefigura do Antigo Testamento é sempre inferior à realidade do Novo Testamento. Outra regra é que um símbolo do Antigo Testamento nunca aponta para outro símbolo do Novo Testamento, mas sempre para uma realidade muito maior.

Salmos 127,1, uma prefigura:

“Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a constroem. Se o Senhor não guardar a cidade, debalde vigiam as sentinelas.”

Só existe uma Igreja de DEUS. Todo as restantes foram construídas pelo homem.

Todas as igrejas na terra – a não ser uma! – são negadas pelo versículo. Então parece que, a menos que você possa provar que Jesus Cristo fundou a sua igreja, você tem trabalhado em vão.

1Timóteo 3,15, a realidade:

“Todavia, se eu tardar, quero que saibas como deves portar-te na casa de Deus, que é a Igreja de Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade.”

A casa citada no Salmo 127,1 está explicada aqui. Perceba que a palavra usada neste versículo é “Igreja” e não “igrejas”. Note também que a Bíblia diz que é a Igreja que é a coluna e sustentáculo da verdade. Não-Católicos parecem ignorar este versículo, pois quando pergunto a eles, a resposta que me dão é que “a coluna e o sustentáculo da verdade é a Bíblia”.

Agora a maior e mais importante pergunta é: “Qual é essa Igreja?”

Não tema, pois a Bíblia nos diz qual é a Igreja, se seguimos e acreditamos na Palavra de DEUS. Mateus 16,18-19:

“E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus.”

Jesus Cristo fundou uma Igreja. Note que Ele realmente disse “Igreja” (no singular) e não “igrejas” [no plural]. As portas do inferno não prevalecerem é uma promessa que aponta que a Sua Igreja será protegida por Ele Mesmo, por dentro e por fora, por toda a eternidade. Para aqueles que insistem que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois da morte do último Apóstolo, estão realmente dizendo que as portas do inferno prevaleceram contra ela, e desta maneira eles O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

Mateus 28,18-20:

“Toda autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ensinai-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo.”

Esta é a promessa feita por Jesus Cristo de estar com Sua Igreja todos os dias, em todos os séculos, até o fim do mundo; e sem 1500 anos de intervalos, nem mesmo de um só dia. Aqueles que alegam que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois que o último Apóstolo morreu, O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

João 14,16-17:

“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.”

Aqui está a promessa de que o Espírito Santo estará para sempre com a única Igreja que Jesus Cristo fundou. Aqueles que alegam que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo após a morte do último Apóstolo, mais uma vez O chamam de mentiroso por esta Sua promessa.

João 16,2-13, e João 14,26:

“Muitas coisas ainda tenho a dizer-vos, mas não as podeis suportar agora. Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão.”

Perceba o tempo futuro em: “[Ele] ensinar-vos-á” e “anunciar-vos-á as coisas que virão”.

Aqueles que dizem que a Igreja que Jesus Cristo fundou apostatou logo depois que o último Apóstolo morreu, O chamam de mentiroso ainda mais uma vez por esta Sua promessa.

Polêmico roteirista de Hollywood revela sua conversão ao Catolicismo

WASHINGTON DC, 03 Set. 08 / 08:42 am (ACI).- Joe Eszterhas é um roteirista de cinema conhecido em Hollywood como o criador do “thriller erótico”, um gênero composto por filmes escuros que combinam o sexo e a violência. Em uns dias publicará seu mais recente livro no que narra sua assombrosa conversão ao Catolicismo.

Eszterhas se fez milionário por escrever os roteiros de filmes bem sucedidos como Basic Instinct, Showgirls e Jagged Edge, todas conhecidas por seu explícito conteúdo sexual. Além disso foi editor da revista Rolling Stone.

O escritor, nascido em 1944, cresceu em campos de refugiados na Hungria depois da Segunda guerra mundial até que chegou com sua família a Cleveland. Estados Unidos.  Trabalhou como repórter de notícias policiais, cobrindo incontáveis tiroteios e brigas urbanas.

Nesse tempo, conta que sua vida era muito escura, cheia de morte, assassinatos, crímes e caos, o que marcou sua posterior carreira de roteirista.
No verão do ano 2001, Eszterhas foi diagnosticado com câncer de garganta. Deveu submeter-se a uma delicada cirurgia e recebeu a ordem médica de deixar o álcool e o tabaco. Eszterhas tinha 56 anos, sempre teve um estilo de vida meio louco e sabia que mudar seus hábitos não seria fácil.
Um dia, que Eszterhas descreve como “infernalmente caloroso”, estava caminhando pela rua quando se deu conta que sua vida tinha tocado fundo.

“Estava virando maluco. Estava muito nervoso. Tremia. Não tinha paciência para nada. Cada terminação nervosa demandava um gole e um cigarro”, recorda. Sentou-se no chão, começou a chorar e de repente começou a rezar. “Por favor, Deus, me ajude”, disse.

Nesse momento, percebeu que não rezava desde menino. “Não podia acreditar o que dizia. Não soube por que o tinha dito. Nunca antes o fiz”, lembra.

Imediatamente, Eszterhas se sentiu sobressaltado por um sentimento de paz e se acabaram seus tremores. Nesse momento, tal como aconteceu com  Saulo a caminho de Damasco, viu “uma luz brilhante, deslumbrante, quase me deixava cego e me fez cobrir meus olhos com as mãos”.

Para Eszterhas, esta experiência foi determinante. Deixou de duvidar sobre poder viver sem tabaco nem álcool, ou seja que podia vencer-se a si mesmo e triunfar.
Nesse momento começou seu caminho de volta à Igreja mas o escândalo sexual que afetou duramente aos católicos nos Estados Unidos se converteu em um escolho para terminar seu retorno. Por isso optou por assistir a serviços não denominacionais, mas finalmente se convenceu de que não podia deixar de ser católico.
“A Eucaristia e a presença do corpo e sangue de Cristo está em minha mente e é uma experiência assustadora. A Comunhão é poderosa e é quase um sentimento celestial”, afirma.

Ainda agora recebe ofertas para escrever roteiros sobre temas sinistros. Entretanto, assegura que gastou muita vida explorando o lado escuro da humanidade e não quero voltar a isso nunca mais”.
“Minha vida mudou desde que Deus entrou em meu coração. Não me interessa a escuridão. Tenho quatro filhos formosos, uma esposa a quem adoro, adoro estar vivo e curto cada momento de minha vida. Minha visão se iluminou e não quero retornar a esse lugar escuro”.

No último ano, os médicos lhe deram de alta  e assegura que venceu o câncer graças ao que ele considera um milagre. Este é o motivo pelo qual escreveu seu novo livro titulado “Crossbearer: A memoir of faith” (Portador de Cruz: Uma lembrança de fé), para dar graças a Deus e lhe contar ao mundo o que Ele fez em sua vida.

Paulo é modelo para os sacerdotes, diz patriarca de Lisboa

D. José Policarpo ordena padres e diáconos na abertura do Ano Paulino

Por Alexandre Ribeiro

LISBOA, segunda-feira, 30 de junho de 2008 (ZENIT.org).- O Cardeal-Patriarca de Lisboa apresentou nesse domingo o exemplo de Paulo aos presbíteros recém-ordenados, destacando que o sacerdote tem de aprender a acreditar em Jesus Cristo e na Igreja.

D. José Policarpo presidiu à missa de abertura do Ano Paulino no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, ocasião em que ordenou sete padres e quatro diáconos.

Segundo o cardeal, «o apóstolo Paulo e o seu itinerário de fidelidade» impõem-se como «modelo inspirador do vosso ministério».

D. José Policarpo afirma que Paulo está seguro de que o Senhor é capaz de o manter fiel na fé.

«Cristo vivo é o fundamento sólido da fé de Paulo, desde o início, a sua conversão na Estrada de Damasco, até ao fim, quando lhe será atribuída a coroa de justiça que o Senhor lhe dará naquele dia, o dia da plena manifestação de Cristo.»

«Entre estes dois momentos situa-se a sua vida, o palco do grande combate, em que reconhece: “o Senhor esteve a meu lado e deu-me força” (2Tim. 4,17)», afirma.

De acordo com o cardeal, a fé foi para Paulo «uma aventura de amor e de fidelidade a Jesus Cristo. “Para mim viver é Cristo” (Fil. 1,21), é o desabafo que o define».

«É através da fé que mergulha em Jesus Cristo e usufrui da Sua fecundidade redentora. A fé é um mergulho em Jesus Cristo, que leva a mergulhar em Deus.»

O testemunho de vida de Paulo prova que «a evangelização não é um programa humano, é uma paixão por Jesus Cristo».

«Paulo está de tal maneira consciente de que é na fé que se ama Jesus Cristo, que se nos revela como Salvador, que a maior urgência é comunicar a fé, que nasce da Palavra que é Cristo vivo, porque Ele é a Palavra encarnada.»

«Evangelizar é proporcionar aos homens a relação vital com Jesus Cristo». «Evangelizar é fazer ouvir Jesus Cristo, levar a entregar-se a Ele na fé, na certeza de que a fé é uma experiência de amor», enfatiza o cardeal.

D. José Policarpo falou então aos ordinandos que São Paulo os ajudaria «a descobrir a centralidade decisiva da fé, na vossa vida cristã e no exercício do vosso ministério».

«Cultivai a vossa fé, nunca esquecendo que ela é um dom de Deus, fruto da ação de Deus em nós, nos atrai, nos escolhe e nos consagra.»

«Não esqueçais também que a fé é um combate que há-de dar forma à vossa fidelidade a Cristo, à Igreja, ao Povo que Ele ama e a quem vos confia», afirmou.

De acordo com o patriarca de Lisboa, o sacerdote «tem de aprender a acreditar em Jesus Cristo, na Igreja e a amar Jesus Cristo, amando a Igreja».

«Saúdo neste momento todos: os que começam, os que há 25, 50, 60 anos procuraram amar a Cristo, amando a Igreja. Oxalá todos possam exclamar à chegada: “Combati o bom combate, guardei a fé” (2Tim. 4,7)», destacou o cardeal.

Orígenes de Alexandria

Por Papa Bento XVI
Tradução: Vaticano
Fonte: Vaticano

Queridos irmãos e irmãs!

Nas nossas meditações sobre as grandes personalidades da Igreja antiga, hoje conhecemos uma das mais relevantes. Orígenes de Alexandria é realmente uma das personalidades determinantes para todo o desenvolvimento do pensamento cristão. Ele recebe a herança de Clemente de Alexandria, sobre o qual meditámos na passada quarta-feira, e impele para o futuro de modo totalmente inovativo, imprimindo uma mudança irreversível ao desenvolvimento do pensamento cristão. Foi um “mestre” verdadeiro, e assim o recordavam com saudades e emoção os seus alunos: não só um brilhante teólogo, mas uma testemunha exemplar da doutrina que transmitia. “Ele ensinou”, escreve Eusébio de Cesareia, seu biógrafo entusiasta, “que o comportamento deve corresponder exactamente às palavras e foi sobretudo por isso que, ajudado pela graça de Deus, induziu muitos a imitá-lo” (Hist. Eccl. 6, 3, 7).

Toda a sua vida foi percorrida por um profundo anseio pelo martírio. Tinha dezassete anos quando, no décimo ano do imperador Setímio Severo, se desencadeou em Alexandria a perseguição contra os cristãos. Clemente, seu mestre, abandonou a cidade, e o pai de Orígenes, Leónidas, foi encarcerado. O seu filho bramava ardentemente pelo martírio, mas não pôde realizar este desejo.

Então escreveu ao pai, exortando-o a não desistir do testemunho supremo da fé. E quando Leónidas foi decapitado, o pequeno Orígenes sentiu que devia acolher o exemplo da sua vida. Quarenta anos mais tarde, quando pregava em Cesareia, fez esta confissão: “Não me é útil ter tido um pai mártir, se não tenho um bom comportamento e não honro a nobreza da minha estirpe, isto é, o martírio de meu pai e o testemunho que o tornou ilustre em Cristo” (Hom. Ex. 4, 8). Numa homilia sucessiva quando, graças à extrema tolerância do imperador Filipe o Árabe, já parecia não haver a eventualidade de um testemunho cruento Orígenes exclama: “Se Deus me concedesse ser lavado no meu sangue, de modo a receber o segundo baptismo tendo aceite a morte por Cristo, afastar-me-ia deste mundo seguro… Mas são bem aventurados os que merecem estas coisas” (Hom. Iud. 7, 12). Estas expressões revelam toda a nostalgia de Orígenes pelo baptismo de sangue. E finalmente este anseio irresistível foi, pelo menos em parte, satisfeito. Em 250, durante a perseguição de Décio, Orígenes foi preso e torturado cruelmente. Debilitado pelos sofrimentos suportados, faleceu alguns anos mais tarde. Ainda não tinha setenta anos.

Mencionámos aquela “mudança irreversível” que Orígenes imprimiu à história da teologia e do pensamento cristão. Mas em que consiste esta “mudança”, esta novidade tão cheia de consequências? Ela corresponde substancialmente à fundação da teologia na explicação das Escrituras. Fazer teologia era para ele essencialmente explicar, compreender a Escritura; ou poderíamos dizer também que a sua teologia é a perfeita simbiose entre teologia e exegese. Na verdade, a sigla própria da doutrina ogigeniana parece residir precisamente no convite incessante a passar das palavras ao espírito das Escrituas, para progredir no conhecimento de Deus. E este chamado “alegorismo”, escreveu von Balthasar, coincide precisamente “com o desenvolvimento do dogma cristão realizado pelo ensinamento dos doutores da Igreja”, os quais de uma forma ou de outra receberam a “lição” de Orígenes. Assim a tradição e o magistério, fundamento e garantia da busca teológica, chegam a configurar-se como “Escritura em acto” (cf. Origene: il mondo, Cristo e la Chiesa, tr. it, Milão 1972, p. 43). Por isso, podemos afirmar que o núcleo central da imensa obra literária de Orígenes consiste na sua “tríplice leitura” da Bíblia. Mas antes de ilustrar esta “leitura” convém lançar um olhar de conjunto à produção literária do Alexandrino. São Jerónimo na sua Epístola 33 elenca os títulos de 320 livros e de 310 homilias de Orígenes. Infelizmente a maior parte desta obra perdeu-se, mas também o pouco que permaneceu faz dele o autor mais fecundo dos primeiros três séculos cristãos. O seu raio de interesses alarga-se da exegese ao dogma, à filosofia, à apologética, à ascética e à mística. É uma visão fundamental e global da vida cristã.

O centro inspirador desta obra é, como mencionámos, a “tríplice leitura” das Escrituras desenvolvida por Orígenes ao longo da sua vida. Com esta expressão pretendemos aludir às três modalidades mais importantes entre si não sucessivas, aliás com mais frequência sobrepostas com as quais Orígenes se dedicou ao estudo das Escrituras. Em primeiro lugar ele leu a Bíblia com a intenção de verificar do melhor modo o seu texto e de oferecer a edição mais fidedigna. Este, por exemplo, é o primeiro passo: conhecer realmente o que está escrito e conhecer o que esta escritura pretendia intencional e inicialmente dizer. Fez um grande estudo com esta finalidade e redigiu uma edição da Bíblia com seis colunas paralelas, da esquerda para a direita, com o texto hebraico em caracteres hebraicos teve também contactos com os rabinos para compreender bem o texto original hebraico da Bíblia depois o texto hebraico transliterado em caracteres gregos e depois quatro traduções diversas em língua grega, que lhe permitiam comparar as diversas possibilidades de tradução. Isto originou o título de “Hexapla” (“seis colunas”) atribuído a esta imane sinopse. Este é o primeiro ponto: conhecer exactamente o que está escrito, o texto como tal.

Em segundo lugar Orígenes leu sistematicamente a Bíblia com os seus célebres Comentários. Eles reproduzem fielmente as explicações que o mestre oferecia durante a escola, tanto em Alexandria como em Cesareia. Orígenes procede quase versículo por versículo, em forma minuciosa, ampla e aprofundada, com notas de carácter filológico e doutrinal. Ele trabalha com grande rigor para conhecer bem o que queriam dizer os autores sagrados.

Por fim, também antes da sua ordenação presbiteral, Orígenes dedicou-se muitíssimo à pregação da Bíblia, adaptando-se a um público muito variado. Contudo, sente-se também nas suas Homelias o mestre, totalmente dedicado à interpretação sistemática da perícope em exame, pouco a pouco fraccionada nos versículos seguintes. Também nas Homilias Orígenes aproveita todas as ocasiões para recordar as diversas dimensões do sentido da Sagrada Escritura, que ajudam ou expressam um caminho no crescimento da fé: há o sentido “literal”, mas ele esconde profundidades que não se vêem num primeiro momento; a segunda dimensão é o sentido “moral”: o que devemos fazer vivendo a palavra; e por fim, o sentido “espiritual”, isto é, a unidade da Escritura, que em todo o seu desenvolvimento fala de Cristo. É o Espírito Santo que nos faz compreender o conteúdo cristológico e assim a unidade da Escritura na sua diversidade. Seria interessante mostrar isto.

Tentei um pouco, no meu livro “Jesus de Nazaré”, mostrar na situação de hoje estas numerosas dimensões da Palavra, da Sagrada Escritura, que primeiro deve ser respeitada precisamente no sentido histórico. Mas este sentido transcende-nos para Cristo, na luz do Espírito Santo, e mostra-nos o caminho, como viver. Isto é mencionado, por exemplo, na nona Homilia sobre os números, onde Orígenes compara a Escritura com as nozes: “Assim é a doutrina da Lei e dos Profetas na escola de Cristo”, afirma o homileta; “amarga é a casca, que é como a letra; em segundo lugar, chegarás à semente, que é a doutrina moral; em terceiro encontrarás o sentido dos mistérios, do qual se alimentam as almas dos santos na vida presente e na futura” (Hom. Num. 9, 7).

Sobretudo por este caminho Orígenes consegue promover eficazmente a “leitura cristã” do Antigo Testamento, contestando de maneira brilhante o desafio daqueles hereges sobretudo gnósticos e marcionitas que opunham entre si os dois Testamentos até rejeitar o Antigo. A este propósito, na mesma Homilia sobre os Números o Alexandrino afirma: “Eu não chamo à Lei “Antigo Testamento”, se a compreendo no Espírito. A Lei torna-se um “Antigo Testamento” só para aqueles que a desejam compreender carnalmente”, isto é, detendo-se no sentido literal. Mas “para nós, que a compreendemos e aplicamos no Espírito e no sentido do Evangelho, a Lei é sempre nova, e os dois Testamentos são para nós um novo Testamento, não por causa da data temporal, mas pela novidade do sentido… Ao contrário, para o pecador e para quantos não respeitam o pacto da caridade, também os Evangelhos envelhecem” (Hom. Num. 9, 4).

Convido-vos e assim concluo a acolher no vosso coração o ensinamento deste grande mestre na fé. Ele recorda-nos com íntimo arrebatamento que, na leitura orante da Escritura e no compromisso coerente da vida, a Igreja renova-se e rejuvenesce sempre. A Palavra de Deus, que nunca envelhece, e nunca termina, é o meio privilegiado para esta finalidade. De facto, é a Palavra de Deus que, por obra do Espírito Santo, nos guia sempre de novo à verdade total (cf. Bento XVI, Aos participantes no Congresso Internacional no XL aniversário da Constituição dogmática “Dei Verbum”, 16/9/2005). E rezemos ao Senhor para que nos dê hoje pensadores, teólogos, exegetas que encontrem esta multidimensão, esta actualidade permanente da Sagrada Escritura, a sua novidade para hoje. Rezemos para que o Senhor nos ajude a ler de modo orante a Sagrada Escritura, a alimentar-nos realmente do verdadeiro pão da vida, da sua Palavra.

O PENSAMENTO

A catequese de quarta-feira passada foi dedicada à grande figura de Orígenes, doutor de Alexandria dos séculos II-III. Naquela catequese tomámos em consideração a vida e a produção literária do grande mestre de Alexandria, indicando na “tríplice leitura” da Bíblia, por ele conotada, o núcleo animador de toda a sua obra. Deixei de parte para os retomar hoje dois aspectos da doutrina origeniana, que considero entre os mais importantes e actuais: pretendo falar dos seus ensinamentos sobre a oração e sobre a Igreja.

Na verdade Orígenes autor de um importante e sempre actual tratado Sobre a oração entrelaça constantemente a sua produção exegética e teológica com experiências e sugestões relativas à adoração. Não obstante toda a riqueza teológica de pensamento, nunca é um desenvolvimento meramente académico; está sempre fundado na experiência da oração, do contacto com Deus. De facto, na sua opinião, a compreensão das Escrituras exige, ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração. Ele está convicto de que o caminho privilegiado para conhecer Deus seja o amor, e que não se verifica a autêntica scientia Christi sem se apaixonar por Ele. Na Carta a Gregório Orígenes recomenda: “Dedica-te à lectio das divinas Escrituras; aplica-te a isto com perseverança. Compromete-te na lectio com intenção de acreditar e de agradar a Deus. Se durante a lectio te encontrares diante de uma porta fechada, bate e abrir-te-á aquele guardião, do qual Jesus disse: “O guardião abri-la-á”. Aplicando-te assim à lectio divina, procura com lealdade e confiança inabalável em Deus o sentido das Escrituras divinas, que nelas se encontra com grande amplitude. Mas não deves contentar-te com bater e procurar: para compreender as coisas de Deus é-te absolutamente necessária a oratio“. Precisamente para nos exortar a ela o Salvador nos disse não só: “Procurai e encontrareis”, e “Batei e servos-á aberta”, mas acrescentou: “Pedi e recebereis” (Ep. Gr. 4). Sobressai imediatamente o “papel primordial” desempenhado por Orígenes na história da lectio divina. O Bispo Ambrósio de Milão que aprenderá a ler as Escrituras das obras de Orígenes introduzi-la-á depois no Ocidente, para a entregar a Agostinho e à tradição monástica sucessiva.

Como já dissemos, o mais alto nível do conhecimento de Deus, segundo Orígenes, brota do amor. É assim também entre os homens: um só conhece realmente em profundidade o outro se tem amor, se se abrem os corações. Para demonstrar isto, ele baseia-se num significado dado por vezes ao verbo conhecer em hebraico, isto é, quando é utilizado para expressar o acto do amor humano: “Adão conheceu Eva, sua mulher. Ela concebeu…” (Gn 4, 1). Assim é sugerido que a união no amor origina o conhecimento mais autêntico. Assim como o homem e a mulher são “dois numa só carne”, assim Deus e o crente se tornam “dois num mesmo espírito”. Desta forma a oração do Alexandrino alcança os níveis mais elevados da mística, como é confirmado pelas suas Homilias sobre o Cântico dos Cânticos. Vem a propósito um trecho da primeira Homilia, onde Orígenes confessa. “Com frequência, disto Deus é minha testemunha senti que o Esposo se aproximava de mim no máximo grau; depois afastava-se improvisamente, e eu não pude encontrar o que procurava. De novo sinto o desejo da sua vinda, e por vezes ele volta, e quando me apareceu, quando o tenho entre as mãos, de novo me evita, e quando desaparece ponho-me de novo a procurá-lo…” (Hom. Cant. 1, 7).

Volta à mente o que o meu venerado Predecessor escreveu, como autêntica testemunha, na Novo millennio ineunte, onde mostrava aos fiéis “como a oração pode progredir, como verdadeiro e próprio diálogo de amor, até tornar a pessoa humana totalmente possuída pelo Amado divino, vibrante ao toque do Espírito, filialmente abandonada ao coração do Pai… Trata-se prosseguia João Paulo II de um caminho totalmente apoiado pela graça, que contudo exige um forte compromisso espiritual e conhece também dolorosas purificações, mas que leva, de diversas formas possíveis, à indizível alegria vivida pelos místicos como “união esponsal”” (n. 33).

Por fim, tratemos um ensinamento de Orígenes sobre a Igreja, e precisamente no interior dela sobre o sacerdócio comum dos fiéis. De facto, como o Alexandrino afirma na sua Homilia sobre o Levítico, “este discurso refere-se a todos nós” (Hom. Lev. 9, 1). Na mesma Homilia Orígenes referindo-se à proibição feita a Aarão, depois da morte dos seus dois filhos, de entrar na Sancta sanctorum “em qualquer tempo” (Lv 16, 2) assim admoesta os fiéis: “Por isto se demonstra que se alguém entrar em qualquer momento no santuário, sem a devida preparação, não revestido das vestes pontifícias, sem ter preparado as ofertas prescritas e tendo-se tornado Deus propício, morrerá… Este discurso refere-se a todos nós. De facto, ordena que saibamos como aceder ao altar de Deus. Ou não sabes que também a ti, isto é, a toda a Igreja de Deus e ao povo dos crentes, foi conferido o sacerdócio? Ouve como Pedro fala dos fiéis: “Raça eleita”, diz, “real, sacerdotal, nação santa, povo adquirido por Deus”. Portanto, tu tens o sacerdócio porque és “raça eleita”, e por isso deves oferecer a Deus o sacrifício… Mas para que tu o possas oferecer dignamente, tens necessidade de vestes puras e distintas das dos outros homens comuns, e é-te necessário o fogo divino” (ibid.).

Assim por um lado, com o “lado cingido” e as “vestes sacerdotais”, isto é, a pureza e a honestidade da vida, por outro a “lanterna sempre acesa”, isto é, a fé e a ciência das Escrituras, configuram-se como as condições indispensáveis para a prática do sacerdócio universal, que exige pureza e honestidade de vida, fé e ciência das Escrituras. Com razão estas condições são indispensáveis, evidentemente, para a prática do sacerdócio ministerial. Estas condições de íntegro comportamento de vida, mas sobretudo de acolhimento e de estudo da Palavra estabelecem uma verdadeira “hierarquia da santidade” no sacerdócio comum dos cristãos. No vértice deste caminho de perfeição Orígenes coloca o martírio. Sempre na nona Homilia sobre o Levítico alude ao “fogo para o holocausto”, isto é, à fé e à ciência das Escrituras, que nunca se deve apagar no altar de quem exerce o sacerdócio. Depois acrescenta: “Mas cada um de nós tem em si” não só o fogo; tem “também o holocausto, e do seu holocausto acende o altar, para que arda sempre. Eu, se renuncio a tudo quanto possuo e tomo a minha cruz e sigo Cristo, ofereço o meu holocausto no altar de Deus; e se entregar o meu corpo para que arda, tendo a caridade, e obtiver a glória do martírio, ofereço o meu holocausto no altar de Deus” (Hom. Lev. 9, 9).

Este inexaurível caminho de perfeição “refere-se a todos nós”, sob a condição de que “o olhar do nosso coração” esteja voltado para a contemplação da Sabedoria e da Verdade, que é Jesus Cristo. Pregando sobre o discurso de Jesus de Nazaré quando “os olhos de toda a sinagoga estavam fixos nele” (cf. Lc 4, 16-30) parecia que Orígenes se dirigia precisamente a nós: “Também hoje, se o quiserdes, nesta assembleia os vossos olhos podem fixar o Salvador. De facto, quando dirigires o olhar mais profundo do coração para a contemplação da Sabedoria, da Verdade e do Filho único de Deus, então os teus olhos verão a Deus. Feliz assembleia, a que a Escritura afirma que os olhos de todos estavam fixos nele! Como desejaria que esta assembleia recebesse um testemunho semelhante, que os olhos de todos, dos não baptizados e dos fiéis, das mulheres, dos homens e das crianças, não os olhos do corpo, mas da alma, olhassem para Jesus!… Impressa sobre nós está a luz do teu rosto, Ó Senhor, ao qual pertencem a glória e o poder nos séculos dos séculos. Amém!” (Hom. Lc 32, 6).

Extrema Unção e Unção dos Enfermos são a mesma coisa?

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Comunicação Católica – Como surgiu a festa de Corpus Christi?
Padre Giuberto Badiani – Ela é uma festa antiga na Igreja que surgiu a partir do século XII, XIII, através de uma nova visão que se teve sobre o sacramento da Eucaristia. São Francisco foi um dos grandes adeptos de adoração ao Senhor. Santa Clara que, em vida, na sua própria doença fazia alfaias para o Senhor. E, logo depois, Santo Antônio, que também tinha uma grande adoração ao Senhor e que viveu uma grande experiência com o Senhor, quando ele discutia com o senhor da sua época que tinha um burrinho que comia capim. Um dia, desafiado por este homem, falou que se um dia o burrinho dele se prostasse diante da Eucaristia ele reconheceria Jesus. Aconteceu que um dia eles fizeram um acordo, o burrinho ficou três dias sem se alimentar e um dia se prostrou diante da Eucaristia, mesmo com a barriga vazia. Então a gente percebe o milagre da Eucaristia agindo.

CC – Em que data é comemorado o Corpus Christi hoje?
Pe. Giuberto Badiani – A data veio com uma progressão. Há uma beata chamada Juliana, que viveu na França. Alguns séculos depois, ela teve uma visão do Senhor, e nessa visão ele pedia que a Eucaristia fosse adorada. Aí o bispo na França adotou uma festa, a festa do Corpo do Senhor, que passou a ser adotada por vários bispos daquela região. Com o tempo, essa festa se tornou bem conhecida. No século IX, o papa Pio IX adotou a festa do sangue do Senhor para agradecer a Deus pela sua libertação do exílio. Essa festa foi juntada no Concílio Vaticano II e se tornou uma festa de toda Igreja universal. E hoje essa festa foi adotada na primeira quinta feira depois da Santíssima Trindade.

CC – Existe alguma preparação do fiel para o recebimento da Eucaristia?
Pe. Giuberto Badiani – Então, a Igreja sempre pede que se tenham as devidas preocupações. Primeira: o fiel deve estar com a disposição para receber, acreditar na Eucaristia, acreditar que Jesus está presente nas espécies do Pão e do Vinho. E o fiel deve estar com o sacramento da Penitência em dia, com o coração livre para que o Senhor possa agir através daquele ato que ele está exercendo, porque quando você não está livremente preparado para receber é como se seu coração estivesse dividido interiormente. E a Eucaristia tem esse sentido de fazer com que, recebendo o Senhor, você se transforme naquilo que você recebeu. Nós, recebendo o Senhor nos tornamos um pouquinho mais parecidos com Ele. Quando vou comungar, eu sempre digo: “Jesus, eu gostaria de me tornar um pouquinho mais parecido com o Senhor”. Eu acho bonito também o gesto da Eucaristia, quando o Senhor se tornou pequeno em um pedaço de Pão. Pra mim, toda vez que eu comungo eu penso que Jesus pede para que eu não seja muito orgulhoso. Se Ele que é Deus e fez pão para nos alimentarmos, o que nós estamos fazendo para alimentar as pessoas que estão precisando de nós?

CC – Existe uma celebração especial na Igreja para a festa de Corpus Christi?
Pe. Giuberto Badiani – Como eu disse, existe uma celebração diocesana. Se recomenda que na festa de Corpus Christi se faça uma procissão, onde Jesus sai para as ruas e vai para o meio do povo. È aquilo que eu já tinha falado no início. O que estamos fazendo com a Eucaristia que estamos recebendo? Então, quando o Senhor sai e vai a encontro do povo, assim também devemos ser nós. Então, sempre tem uma procissão, em alguns lugares do Brasil. Na minha cidade, por exemplo, se fazem os tapetes da rua e se enfeita a cidade com bastante flores para render a homenagem ao Senhor.

Fonte: Comunicação Católica

A Festa de Corpus Christi

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Sua origem está ligada a um milagre acontecido na Idade Média. O sacerdote Pedro de Praga fazia peregrinação indo à Roma. Nessa viagem, parou para pernoitar na vila Bolsena, não longe de Roma e se hospedou na Igreja de Santa Catarina. Na manhã seguinte, foi celebrar uma missa e pediu ao Senhor que tirasse as dúvidas que ele tinha em acreditar que Jesus estava presente na Eucaristia. Era difícil para ele acreditar que no pão e no vinho, estava o corpo de cristo. Na hora em que ergueu a hóstia, esta começou a sangrar (sangue vivo). Ele assustado, embrulhou a hóstia e voltou à sacristia e avisou o que estava acontecendo. O sangue escorria, sujando todo o chão no qual apareciam vários pingos. Isso foi informado ao Papa Urbano IV, que estava em Orvieto, que mandou um bispo a essa vila verificar a veracidade de tal fato. O bispo viu que a hóstia sangrava e o chão, o altar e o corporal (toalha branca do altar) estavam todos manchados de sangue. O bispo pegou as provas do milagre e voltou para mostrar ao Papa. O Papa, entretanto, sentia algo estranho e resolveu ir ao encontro do bispo. As carruagens se encontraram na Ponta do Sol e o Papa desceu de sua carruagem e ao ver todas as provas do milagre, ajoelhou-se no chão e se dobrou sobre aquela hóstia sangrando e exclamou: “Corpus Christ (Corpo de Cristo)!”

Até hoje, ainda existem essas provas do acontecido. Ai começou a ser celebrado o dia de Corpus Christi e todos passaram a acreditar que Jesus está presente na hóstia consagrada. Fizeram então, pela 1ª vez a procissão com o Cristo passando pela cidade e até hoje esse ritual acontece. Para acreditar tudo depende da nossa fé. Isso é um MISTÉRIO DA FÉ. Corpus Christi é Jesus presente na hóstia consagrada em corpo, sangue, alma e divindade. Ninguém vê Jesus na hóstia, mas acreditamos pela nossa fé

Em 1264, o papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo” , estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a Santo Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração.

No Brasil , a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento. A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio corpo de Cristo.

Durante a missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.

Cristãos deveriam ter «facilidade inata» para comunicação

Sacerdote secretário da CEP enfatiza papel junto da mídia

LISBOA, segunda-feira, 7 de abril de 2008 (ZENIT.org).- O novo secretário da CEP (Conferência Episcopal Portuguesa) acredita que uma de suas principais tarefas no cargo será atuar junto da comunicação social.

Pe. Manuel Morujão S.J., atualmente membro do governo geral dos jesuítas em Roma, assumirá o cargo no próximo mês de setembro.

O jesuíta explicou à Agência Ecclesia que «o porta-voz (da CEP) deve fazer a ponte entre o que pensam, programam, escrevem ou dizem os bispos e a comunicação social; deve procurar levar a sua voz à Igreja e à sociedade em Portugal, de um modo aberto e franco».

Pe. Morujão considera que os cristãos deveriam ter «uma facilidade inata para sermos bons comunicadores, pois seguir a Jesus não é apenas acreditar na sua pessoa e doutrina, mas é também pôr em prática o comunicar a sua boa nova aos outros, sem fronteiras nem confins».

O novo secretário considera que os bispos, como pastores do povo de Deus, «têm seguramente uma responsabilidade especial nesta missão».

Pe. Morujão explicou que quando chegar a Portugal, no segundo semestre, se colocará a par do funcionamento e das exigências da Conferência Episcopal.

Isso «a fim de poder servir melhor os bispos e, por eles, toda a Igreja em Portugal e a sociedade em geral».

«A minha primeira expectativa é, naturalmente, aprender as regras e os saberes deste serviço à Igreja que me é pedido», afirma.

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