1. Nós, que somos os fortes, devemos suportar as fraquezas dos que são fracos, e não agir a nosso modo.*

2. Cada um de vós procure contentar o próximo, para seu bem e sua edificação.

3. Cristo não se agradou a si mesmo; pelo contrário, como está escrito: Os insultos dos que vos ultrajam caíram sobre mim (Sl 68,10).

4. Ora, tudo quanto outrora foi escrito, foi escrito para a nossa instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos esperança.

5. O Deus da perseve­rança e da consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Jesus Cristo,

6. para que, com um só coração e uma só voz, glorifiqueis a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.

7. Por isso, acolhei-vos uns aos outros, como Cristo nos acolheu para a glória de Deus.

8. Pois asseguro que Cristo exerceu seu ministério entre os circuncisos para manifestar a veracidade de Deus pela realização das promessas feitas aos patriarcas.

9. Quanto aos pagãos, eles só glorificam a Deus em razão de sua misericórdia, como está escrito: Por isso, eu vos louvarei entre as nações e cantarei louvores ao vosso nome (2Sm 22,50; Sl 17,50).

10. Noutro lugar diz: Alegrai-vos, nações, com o seu povo (Dt 32,43).

11. E ainda diz: Louvai ao Senhor, nações todas, e glorificai-o todos os povos (Sl 116,1)!

12. Isaías também diz: Da raiz de Jessé surgirá um rebento que governará as nações; nele esperarão as nações (Is 11,10).

13. O Deus da esperança vos en­cha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!

14. Estou pessoalmente convencido, meus irmãos, de que estais cheios de bondade, cheios de um perfeito conhecimento, capazes de vos admoestar uns aos outros.

15. Se, em parte, vos escrevi com particular liberdade, foi para relem­brar-vos. E o fiz em virtude da graça que me foi dada por Deus,

16. de ser o ministro de Jesus Cristo entre os pagãos, exercendo a função sagrada do Evangelho de Deus. E isso para que os pagãos, santificados pelo Espírito Santo, lhe sejam uma oferta agradável.

17. Tenho motivo de gloriar-me em Jesus Cristo, no que diz respeito ao serviço de Deus.

18. Porque não ousaria mencionar ação alguma que Cristo não houvesse rea­lizado por meu ministério, para levar os pagãos a aceitar o Evangelho, pela palavra e pela ação,

19. pelo poder dos milagres e prodígios, pela virtude do Espírito. De maneira que tenho divulgado o Evangelho de Cristo desde Jerusalém e suas terras vizinhas até a Ilíria.

20. E me empenhei por anunciar o Evangelho onde ainda não havia sido anunciado o nome de Cristo, pois não queria edificar sobre fundamento lançado por outro.

21. Fiz bem assim como está escrito: Irão vê-la aqueles aos quais ainda não tinha sido anunciado; chegarão a conhecê-lo aqueles que dele ainda não tinham ouvido falar (Is 52,15).

22. Foi isso o que muitas vezes me impediu de ir ter convosco.

23. Mas, agora, já não tenho com que me ocupar nestas terras; e como há muitos anos tenho saudades de vós,

24. espero ver-vos de passagem, quando eu for à Espanha. Espero também ser por vós conduzido até lá, depois que tiver satisfeito, ao menos em parte, o meu desejo de estar convosco.

25. Mas no momento vou a Jerusalém para ajuda dos irmãos.

26. A Macedônia e a Acaia houveram por bem fazer uma coleta para os irmãos de Jerusalém que se acham em pobre­za.

27. Houveram-no por bem; aliás, o devem a eles, pois se os pagãos têm parte nos bens espirituais dos judeus, devem por sua vez assisti-los com os bens materiais.

28. Logo que eu tiver desempenhado essa incumbência, e lhes tiver feito entrega fiel dessa coleta, irei à Espanha, passando por vós.

29. E sei que, quando for ter convosco, irei com todas as riquezas das bênçãos de Cristo.

30. Rogo-vos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo e em nome da caridade que é dada pelo Espírito, combatei comigo, dirigindo vossas orações a Deus por mim,

31. para que eu escape dos infiéis que estão na Judeia e para que o auxílio que levo a Jerusalém seja bem acolhido pelos irmãos.

32. Então, poderei ir ver-vos com alegria e, se for a vontade de Deus, encontrar no vosso meio algum repouso.

33. E o Deus da paz esteja com todos vós. Amém.

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“Não há nada mais inaceitável do que uma mulher caprichosa, frívola e arrogante, especialmente se é casada. Uma esposa cristã deve ser uma mulher de profunda piedade em relação a Deus, um anjo de paz na família, digna e agradável em relação ao próximo.” São Padre Pio de Pietrelcina