Salmos, 72

Bíblia Matos Soares (1956)

1 Salmo. De Asaf. Quão bom é Deus para com os rectos, o Senhor para com os puros de coração!

2 Os meus pés por pouco não vacilaram; por pouco se não transviaram os meus passos, (ver nota)

3 porque tive inveja dos ímpios, ao observar a prosperidade dos pecadores.

4 Porque eles não têm sofrimentos, são e gordo anda o seu corpo.

5 Não participam (pelo menos aparentemente) dos trabalhos dos mortais, nem como os outros são flagelados.

6 Pelo que os cinge a soberba como um colar, e envolve-os a violência como um vestido.

7 Brota a iniquidade do seu crasso coração, trasbordam as ficções da sua mente.

8 Zombam e falam com maldade, altivos ameaçam opressões.

9 Abrem a sua boca contra o céu, e a sua língua arrasta-se pela terra.

10 Por isto o meu povo se volta para eles, e sorve das suas águas abundantes.

11 Chegam a dizer; "Porventura Deus sabe isto, tem disto notícia o Altíssimo?"

12 Eis como são os pecadores, e, (contudo) sempre tranquilos, aumentam a sua fortuna.

13 Foi portanto inutilmente que conservei puro o meu coração, e lavei na inocência as minhas mãos?

14 Pois sou flagelado a toda a hora e castigado todo o dia.

15 Se eu pensasse: "Hei-de falar com eles," seria um desertor da raça dos teus filhos.

16 Reflectia pois para compreender isto; pareceu-me porém coisa bastante difícil,

17 até que entrei no santuário (íntimo) de Deus, e atendi ao fim de todos eles.

18 Na verdade, é sobre caminhos escorregadios que os colocas, precipita-los na ruína. (ver nota)

19 Oh! como tombara num momento, acabaram, foram consumidos de espantoso terror!

20 Como um sonho, ao despertar, Senhor, assim, quando te Levantas, desprezarás a sua aparência.

21 Quando se exasperava o meu espírito, e o meu coração se sentia aguilhoado.

22 eu era um insensato e não compreendia, fui diante de ti como um jumento.

23 Todavia, não; estarei sempre contigo: tomaste-me pela minha mão direita,

24 Hás-de guiar-me com teu conselho, e por fim hás-de receber-me na tua glória.

25 Quem tenho eu, lá no céu, fora de ti? e, se estou contigo, a terra não me deleita.

26 Desfalece a minha carne e o meu coração; o rochedo do meu coração e a minha herança é Deus para sempre.

27 Com efeito, os que se apartam de ti perecerão, aniquilas todos os que te são infiéis.

28 Mas para mim é bom estar junto de Deus, pôr no Senhor Deus o meu refúgio. Publicarei todas as tuas obras às portas da filha de Sião.




Versículos relacionados com Salmos, 72:

O Salmo 72 é um poema que fala sobre um rei justo e misericordioso, que governa com sabedoria e prosperidade. Os versículos selecionados abaixo abordam temas relacionados ao governo, à justiça e à proteção divina.

Salmos 2:10-11: "Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos instruir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos com tremor." Este versículo fala sobre a importância de os governantes agirem com sabedoria e justiça, temendo a Deus e buscando sua orientação.

Salmos 72:1-2: "Ó Deus, dá ao rei os teus juízos e a tua justiça ao filho do rei. Ele julgará o teu povo com justiça, e os teus pobres com equidade." Este versículo se relaciona diretamente com o tema central do Salmo 72, que é a figura do rei justo e misericordioso, que governa com sabedoria e justiça.

Salmos 72:12-13: "Porque ele livrará o necessitado que clama, como também o pobre e o que não tem quem o socorra. Terá piedade do pobre e do necessitado, e salvará as almas dos necessitados." Este versículo fala sobre a proteção divina que é oferecida aos necessitados e oprimidos, que são os mais vulneráveis na sociedade.

Salmos 82:3-4: "Fazei justiça ao pobre e ao órfão; procedei retamente com o aflito e o desamparado. Livrai o pobre e o necessitado; tirai-os das mãos dos ímpios." Este versículo se relaciona com o tema da justiça e proteção aos mais fracos, que é central no Salmo 72.

Salmos 89:14: "A justiça e o juízo são a base do teu trono; a misericórdia e a verdade vão adiante do teu rosto." Este versículo fala sobre a importância da justiça e da verdade como fundamentos para um governo justo e misericordioso, que é o ideal descrito no Salmo 72.


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