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O Papa: É a Igreja que me traz e me leva a Cristo, os caminhos paralelos são perigosos

VATICANO, 20 Mai. 13 / 11:39 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao celebrar na manhã de ontem a Missa na Solenidade de Pentecostes junto aos movimentos eclesiais dos cinco continentes na Praça de São Pedro, o Papa Francisco afirmou que “é a Igreja que me traz Cristo e me leva a Cristo; os caminhos paralelos são muito perigosos!”.

Ante os mais de 200 mil fiéis presentes, o Santo Padre advertiu que “quando alguém se aventura ultrapassando (proagon) a doutrina e a Comunidade eclesial, e deixa de permanecer nelas, não está unido ao Deus de Jesus Cristo. Por isso perguntemo-nos: Estou aberto à harmonia do Espírito Santo, superando todo o exclusivismo? Deixo-me guiar por Ele, vivendo na Igreja e com a Igreja?”.

O Papa indicou que “a novidade causa sempre um pouco de medo, porque nos sentimos mais seguros se temos tudo sob controle, se somos nós a construir, programar, projetar a nossa vida de acordo com os nossos esquemas, as nossas seguranças, os nossos gostos”.

Isto, advertiu Francisco, “verifica-se também quando se trata de Deus”.

“Muitas vezes seguimo-Lo e acolhemo-Lo, mas até um certo ponto; sentimos dificuldade em abandonar-nos a Ele com plena confiança, deixando que o Espírito Santo seja a alma, o guia da nossa vida, em todas as decisões; temos medo que Deus nos faça seguir novas estradas, faça sair do nosso horizonte frequentemente limitado, fechado, egoísta, para nos abrir aos seus horizontes”.

Quando Deus se revela, em toda a história da salvação, “aparece sua novidade, transforma e pede para confiar totalmente n’Ele: Noé construiu uma arca, no meio da zombaria dos demais, e salva-se; Abraão deixa a sua terra, tendo na mão apenas uma promessa; Moisés enfrenta o poder do Faraó e guia o povo para a liberdade; os Apóstolos, antes temerosos e trancados no Cenáculo, saem corajosamente para anunciar o Evangelho”.

Entretanto, o Santo Padre assinalou que “não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo.?A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem”.

“Perguntemo-nos hoje a nós mesmos: Permanecemos abertos às “surpresas de Deus”? Ou fechamo-nos, com medo, à novidade do Espírito Santo? Mostramo-nos corajosos para seguir as novas estradas que a novidade de Deus nos oferece, ou pomo-nos à defesa fechando-nos em estruturas caducas que perderam a capacidade de acolhimento?”.

O Papa também assinalou que “à primeira vista o Espírito Santo parece criar desordem na Igreja, porque traz a diversidade dos carismas, dos dons. Mas não; sob a sua ação, tudo isso é uma grande riqueza, porque o Espírito Santo é o Espírito de unidade,?que não significa uniformidade, mas a recondução do todo à harmonia”.

“Quem faz a harmonia na Igreja é o Espírito Santo”, indicou o Santo Padre, pois “só Ele pode suscitar a diversidade, a pluralidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, realizar a unidade”.

“Em troca, quando somos nós a querer fazer a diversidade fechando-nos nos nossos particularismos, nos nossos exclusivismos, trazemos a divisão; e quando somos nós a querer fazer a unidade segundo os nossos desígnios humanos, acabamos por trazer a uniformidade, a homogeneização”.

Se nos deixamos guiar pelo Espírito Santo, disse Francisco, “a riqueza, a variedade, a diversidade nunca dão origem ao conflito, porque Ele nos impele a viver a variedade na comunhão da Igreja”.

“O caminhar juntos na Igreja, guiados pelos Pastores – que para isso têm um carisma e ministério especial – é sinal da ação do Espírito Santo; uma característica fundamental para cada cristão, cada comunidade, cada movimento é a eclesialidade”.

O Santo Padre assinalou que “o Espírito Santo faz-nos entrar no mistério do Deus vivo e salva-nos do perigo de uma Igreja gnóstica e de uma Igreja narcisista, fechada no seu recinto; impele-nos a abrir as portas e sair para anunciar e testemunhar a vida boa do Evangelho, para comunicar a alegria da fé, do encontro com Cristo”.

“O Espírito Santo é a alma da missão.?O sucedido em Jerusalém, há quase dois mil anos, não é um fato distante de nós, mas um fato que nos alcança e se torna experiência viva em cada um de nós”.

Francisco indicou que “o Pentecostes do Cenáculo de Jerusalém é o início, um início que se prolonga.?O Espírito Santo é o dom por excelência de Cristo ressuscitado aos seus Apóstolos, mas Ele quer que chegue a todos”.

“Jesus, como escutamos no Evangelho, diz: ‘Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco’. É o Espírito Paráclito, o “Consolador”, que dá a coragem de levar o Evangelho pelas estradas do mundo!”.

Francisco assegurou que “o Espírito Santo ergue o nosso olhar para o horizonte e impele-nos para as periferias da existência a fim de anunciar a vida de Jesus Cristo. Perguntemo-nos, se tendemos a fechar-nos em nós mesmos, no nosso grupo, ou se deixamos que o Espírito Santo nos abra à missão”.

“A?liturgia de hoje é uma grande súplica, que a Igreja com Jesus eleva ao Pai, para que renove a efusão do Espírito Santo. Cada um de nós, cada grupo, cada movimento, na harmonia da Igreja, se dirija ao Pai pedindo este dom”.

“Também hoje, como no dia do seu nascimento, a Igreja invoca juntamente com Maria: ‘Veni Sancte Spiritus… – Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor’! Amém.”, concluiu.

O Papa na Missa inaugural de seu pontificado: O verdadeiro poder é o serviço

Papa Francisco

VATICANO, 19 Mar. 13 / 03:27 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua homilia pela Missa de inauguração de seu pontificado, celebrada na manhã de hoje na Praça de São Pedro ante centenas de milhares de fiéis, o Papa Francisco assegurou que “o verdadeiro poder é o serviço”.

Ante os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre assinalou que “é certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas”.

“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz”.

O Papa, disse o Santo Padre, “deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos”.

Os mais pequeninos e débeis, indicou, são os que “Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão. Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger”.

Refletindo sobre a Solenidade de São José, que a Igreja celebra hoje, o Papa Francisco recordou ao Bispo Emérito de Roma Bento XVI, assinalando que “é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão”.

O Papa refletiu sobre o Evangelho de Mateus, no qual se relata que “José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa”.

“Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser?custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja”.

O Santo Padre assinalou que José exerce esta custódia “com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender”.

José, indicou o Papa, “desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento”.

“Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu”.

O Santo Padre sublinhou que José é guardião “porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas”.

“Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!”.

Fundamentalmente, assinalou o Papa, “tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!”.

“Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem “Herodes” que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher”.

O Santo Padre pediu “a todos os que ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos “guardiões” da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente”.

“Não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!”.

Mas, para guardar, advertiu, “devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida;”.

“Guardar quer dizer então vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura”, assegurou.

O Santo Padre indicou que “nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!”.

O Papa pediu aos fiéis “guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos”.

“Eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!”.

Ao concluir sua homilia, Francisco implorou “a intercessão da Virgem Maria, de São José, dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e a todos vós, digo: rezai por mim. Amém”.

Jesus teve mais irmãos?

Autor: Padre Alberto Gambarini

Diante das controvérsias se Jesus tinha irmãos ou não, sem entrar em polêmicas, quero ajudar o católico a entender o ensino da Igreja sobre este tema.

l.° — Entre o Povo Judeu, a palavra «irmão» era usada para. designar, também, os parentes próximos, como sobrinhos, primos, etc. Já no Antigo Testamento, o tio e o sobrinho são chamados «irmãos». Como vemos, por exemplo no diálogo entre Abraão e Lot em Gn 13,8 ( Abraão era tio de Lot) “Abrão disse a Lot: “Rogo-te que não haja discórdia entre mim e ti, nem entre nossos pastores, pois somos irmãos.” O mesmo sucede com Jacó e Labão (cf. Génesis 29,10 com 29,15).

Também primos também são chamados «irmãos», como lemos em 1Cro 23,22 (Bíblia de Jerusalém): “Eleazar morreu sem ter filhos, mas teve filhas que foram desposadas pelos filhos de Cis, seus irmãos.” Eleazar e Cis eram irmãos, logo as filhas do primeiro eram primas dos filhos de Cis. Ainda hoje, em muitos povos, a palavra «irmão» é usada para designar os primos e qualquer parente.

2.° — Na Bíblia, são indicados como «irmãos» de Jesus, Tiago, José, Judas, Simão (cf. Marcos 6,3). Mas nós sabemos, pelo Evangelho de S. João, que a Mãe de Jesus tinha uma irmã (ou prima) também chamada Maria e que era mulher da Cléofas, João 19,25 lemos claramente: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.” Sabemos, também, que Maria, mãe de Tiago, o menor ,e de José, não é a Mãe de Jesus (cf. Marcos 15,40; Mateus 27,56). A mãe de Tiago e de José é «outra Maria», irmã ou prima da Mãe de Jesus. Foi esta «outra Maria», que, no «primeiro dia da semana», logo de manhã cedo, foi visitar o sepulcro de Jesus, como lemos em Mateus 28,1: “Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo.” S. Marcos confirma que esta «outra Maria» é, de fato, a mãe de Tiago (Marcos 16,1). S. Lucas diz o mesmo (Lucas 24,10). Portanto, S. Tiago, que foi Bispo de Jerusalém e é chamado o «irmão do Senhor» (cf Gálatas 1,19), não é realmente irmão de Jesus, mas primo. O outro Tiago, de que fala o Novo Testamento, é irmão de João e filho de Zebedeu (Mateus 4,21). Por seu lado, Judas (o santo) apresenta-se como irmão de Tiago (Judas 1,1).

Conclusão: Os «irmãos» e «irmãs» de Jesus, de que fala o Novo Testamento, não são irmãos no sentido verdadeiro, mas primos.

3.° — A Família de Nazaré aparece sempre com 3 pessoas: Jesus, Maria, José, Quando, aos 12 anos, Jesus vai a Jerusalém com Maria e José, para a festa da Páscoa, só aparece Jesus como único filho de Maria (cf Lucas 2,41-52).

4.° — Se Maria tivesse mais filhos, não se compreenderia como é que Jesus, ao morrer, deu ao Apóstolo João, como filho, a Maria, para que cui-dasse d’Ela (cf João 19,26-27). E o Apóstolo João era da família de Zebedeu (cf. Mateus 4,21; 10,3; 27,56; etc). Nem sequer era parente de Jesus. Por certo, Jesus não entregaria a sua Mãe a um estranho, se Ela tivesse outros filhos.

Semana Santa: entenda as tradições que antecedem a Páscoa

Fonte: Canção Nova Notícias

'As pessoas se identificam com o Cristo morto na Cruz, se identificam também por causa dos seus sofrimentos, das suas dores', diz padre Hernaldo Com a celebração do Domingo de Ramos no último domingo, 1º, os católicos iniciaram a Semana Santa, que todos os anos mobiliza milhares de fiéis para reviver os últimos passos de Jesus Cristo. Diversas tradições são realizadas ao longo de toda a semana em preparação ao acontecimento mais importante para esses religiosos: a Páscoa do Senhor.

De acordo com o assessor da Pastoral Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Hernaldo Pinto Farias, o povo tem uma religiosidade muito marcada e, nesses dias da Semana Santa, são muitas as pessoas que procuram a Igreja.

“As pessoas se identificam com o Cristo morto na Cruz, com o Cristo sofredor, das lágrimas, com o Cristo que acolhe as mulheres que choram, que se identificam também por causa dos seus sofrimentos, das suas dores”, explicou.

O padre destacou que essa identificação é importante porque leva a uma vivência da fé, a uma intimidade com o Cristo que, na Sua Cruz, acolhe os sofrimentos de todos os povos.

O sacerdote, porém, ressaltou a constante necessidade de formação para vivenciar bem estes dias, embora a Igreja já invista nesse processo formativo. “Quanto mais somos formados, sobretudo no campo litúrgico, melhor vivemos nossa fé. Nosso crescimento não é apenas de estatura, de idade, mas crescemos também no campo da fé”, enfatizou.

Tradições populares

Nem todas as celebrações da Semana Santa são universais. Procissão do Encontro, na Quarta-feira Santa, Procissão do Fogaréu, conhecida também como Noite da Prisão, Procissão do Enterro ou do Senhor Morto e Malhação do Judas no Sábado de Aleluia são algumas ações que não são realizadas em todas as paróquias.

A explicação, segundo padre Hernaldo, é que estas não são celebrações prescritas pela Igreja para a Semana Santa, mas fazem parte do universo da religiosidade popular e acabam sendo mais intensas em alguns lugares e em outros não.

Essas tradições podem ser vistas como práticas da piedade popular, o que a Igreja não condena. De acordo com padre Hernaldo, a piedade popular tem o seu valor na experiência de fé do povo; são práticas que ajudam o povo a se colocar nessa intimidade com o Senhor.  “É uma forma de eles manifestarem sua fé, à sua maneira, sim, mas o que temos que fazer que a Igreja sempre solicitou é que essas práticas não sejam fins em si mesmas, ou seja, que elas conduzam à verdadeira liturgia”, ressaltou padre Hernaldo.

Significado das tradições da Semana Santa

Missa de Ramos: abre a Semana Santa. Na procissão, o louvor do povo com os ramos é o reconhecimento messiânico da pessoa de Jesus

Missa dos Santos Óleos: acontece na manhã da Quinta-feira Santa. O óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.

Missa de Lava pés: acontece na Quinta-feira Santa à noite. O gesto de Cristo em lavar os pés dos apóstolos deve despertar a humildade, mansidão e respeito com os outros. Neste dia, faz-se memória à Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia. Ainda na quinta-feira, o altar é despido para tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.

Tríduo Pascal: começa na Quinta-feira Santa. São três dias santos em que a Igreja faz memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

– Jejum e abstinência de carne vermelha: realizados na Sexta-feira Santa, constituem uma forma de participar do sofrimento de Jesus. É um dia alitúrgico na Igreja, com a celebração da adoração da Cruz. Impera o silêncio e clima de oração, fazendo memória à paixão e morte do Senhor.

Vigília Pascal: é realizada no Sábado de Aleluia, em que se vai anunciar a ressurreição de Cristo; sua vitória sobre a morte.

Quaresma: como e por quê?

Uma prática que se repete desde os primórdios do cristianismo

ROMA, quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012 (ZENIT.org) – Em preparação para a Páscoa, surgiu já nos primeiros tempos do cristianismo um período voltado a preparar melhor os fiéis para o mistério central da Redenção de Cristo.

Esse período era de um dia apenas. Ele foi se alongando com o tempo, até chegar à duração de 6 semanas. Daí o nome quaresma, do latim quadragesimae, em referência aos 40 dias de preparação para o mistério pascal. A quaresma, para os fiéis, envolve duas práticas religiosas principais: o jejum e a penitência. O primeiro, que já chegou a ser obrigatório para todos os fiéis entre os 21 e os 60 anos de idade, exceto aos domingos, foi introduzido na Igreja a partir do século IV.

O jejum na antiga Igreja latina abrangia 36 dias. No século V, foram adicionados mais quatro, exemplo que foi seguido em todo o Ocidente com exceção da Igreja ambrosiana. Os antigos monges latinos faziam três quaresmas: a principal, antes da Páscoa; outra antes do Natal, chamada de Quaresma de São Martinho; e a terceira, a de São João Batista, depois de Pentecostes.

Se havia bons motivos para justificar o jejum de 36 dias, havia também excelentes razões para explicar o número 40. Observemos em primeiro lugar que este número nas Sagradas Escrituras representa sempre a dor e o sofrimento.

Durante 40 dias e 40 noites, caiu o dilúvio que inundou a terra e extinguiu a humanidade pecadora (cf. Gn. 7,12). Durante 40 anos, o povo escolhido vagou pelo deserto, em punição por sua ingratidão, antes de entrar na terra prometida (cf. Dt 8,2). Durante 40 dias, Ezequiel ficou deitado sobre o próprio lado direito, em representação do castigo de Deus iminente sobre a cidade de Jerusalém (cf. Ez 4,6). Moisés jejuou durante 40 dias no monte Sinai antes de receber a revelação de Deus (cf. Ex 24, 12-17). Elias viajou durante 40 dias pelo deserto, para escapar da vingança da rainha idólatra Jezabel e ser consolado e instruído pelo Senhor (cf. 1 Reis 19, 1-8). O próprio Jesus, após ter recebido o batismo no Jordão, e antes de começar a vida pública, passou 40 dias e 40 noites no deserto, rezando e jejuando (cf. Mt 4,2).

No passado, o jejum começava com o primeiro domingo da quaresma e terminava ao alvorecer da Ressurreição de Jesus. Como o domingo era um dia festivo, porém, e não lhe cabia portanto o jejum da quaresma, o Dia do Senhor passou a ser excluído da obrigação. A supressão desses 4 dias no período de jejum demandava que o número sagrado de 40 dias fosse recomposto, o que trouxe o início do jejum para a quarta-feira anterior ao primeiro domingo da quaresma.

Este uso começou nos últimos anos da vida de São Gregório Magno, que foi o sumo pontífice de 590 a 604 d.C. A mudança do início da quaresma para a quarta-feira de cinzas pode ser datada, por isto, nos primeiros anos do século VII, entre 600 e 604. Aquela quarta-feira foi chamada justamente de caput jejunii, ou seja, o início do jejum quaresmal, ou caput quadragesimae, início da quaresma.

A penitência para os pecadores públicos começava com a sua separação da participação na liturgia eucarística. Mas uma prescrição eclesiástica propriamente dita a este respeito é encontrada apenas no concílio de Benevento, em 1901, no cânon 4.

O cristianismo primitivo dedicava o período da quaresma a preparar os catecúmenos, que no dia da Páscoa seriam batizados e recebidos na Igreja.

A prática do jejum, desde a mais remota antiguidade, foi imposta pelas leis religiosas de várias culturas. Os livros sagrados da Índia, os papiros do antigo Egito e os livros mosaicos contêm inúmeras exigências relativas ao jejum.

Na observância da quaresma, os orientais são mais severos que os cristãos ocidentais. Na igreja greco-cismática, o jejum é estrito durante todos os 40 dias que precedem a Páscoa. Ninguém pode ser dispensado, nem mesmo o patriarca. Os primeiros monges do cristianismo, ou cenobitas, praticavam o jejum em rememoração de Jesus no deserto. Os cenobitas do Egito comiam contados pedaços de pão por dia, metade pela manhã e metade à noite, com um copo d’água.

Houve um tempo em que não era permitida mais que uma única refeição por dia durante a quaresma. Esta refeição única, no século IV, se realizava após o pôr-do-sol. Mais tarde, ela foi autorizada no meio da tarde. No início do século XVI, a autoridade da Igreja permitiu que se adicionasse à principal refeição a chamada “colatio”, que era um leve jantar. Suavizando-se cada vez mais os rigores, a carne, que antes era absolutamente proibida durante toda a quaresma, passou a ser admitida na refeição principal até três vezes por semana.

As taxativas exigências do jejum quaresmal eram publicadas todos os anos em Roma no famoso Édito sobre a Observância da Quaresma. A prática do jejum, no passado, era realmente obrigatória, e quem a violasse assumia sérias consequências.

Os rigores eram tais que o VIII Concílio de Toledo, em 653, ordenou que todos os que tinham comido carne na quaresma sem necessidade se abstivessem durante todo o ano e não recebessem a comunhão no dia da Páscoa.

Giovanni Preziosi

Como Jesus tratava os políticos de sua época?

Fonte: In Mulieribus

Quem lê os evangelhos se depara com diversos grupos que atuavam na época de Jesus, entre esses os saduceus e os fariseus… estes grupos tinham divergências doutrinárias mas também atuavam politicamente. Para oprimir o povo, aos preceitos das Escrituras acrescentavam outras milhões de regrinhas, e cobravam dízimos e taxas.

No século I, na Palestina, surgiram alguns grupos entre a população judaica como conseqüência das diversas interpretações sobre as fontes e os modos de viver a religião de Israel. Nos tempos de Jesus, os mais apreciados pela maioria do povo eram os fariseus. Seu nome, em hebreu perushim, significa “os segregados”. Dedicavam sua maior atenção às questões relativas à observância das leis de pureza ritual, inclusive fora do templo.

As normas de pureza sacerdotal, estabelecidas para o culto, passaram a marcar para eles um ideal de vida em todas as ações da vida cotidiana, que ficava assim ritualizada e sacralizada. Junto à Lei escrita (Torah ou Pentateuco), foram recopilando uma série de tradições e modos de cumprir as prescrições da Lei, às quais se concedia cada vez um maior apreço até que chegaram a ser recebidas como Torah oral, atribuída também a Deus. Segundo suas convicções, essa Torah oral foi entregue junto com a Torah escrita a Moisés no Sinai e, dessa forma, ambas tinham idêntica força vinculante.

Para uma parte dos fariseus, a dimensão política desempenhava uma função decisiva em seu posicionamiento vital e estava ligada ao empenho pela independência nacional, pois nenhum poder estranho poderia se impôr sobre a soberania do Senhor em seu povo. Estes eram conhecidos pelo nome de zelotes, que possivelmente foi dado por eles próprios, aludindo ao seu zelo por Deus e pelo cumprimento da Lei. Também pensavam que a salvação é concedida por Deus e estavam convencidos de que o Senhor contava com a colaboração humana para obter essa salvação.

Essa colaboração se movia primeiro num âmbito puramente religioso, no zelo pelo cumprimento estrito da Lei. Mais tarde, a partir da década dos cinquenta, consideravam que também havia de se manifestar no âmbito militar, razão pela qual não se podia recusar o uso da violência quando esta fosse necessária para vencer, nem se devia ter medo a perder a vida em combate, pois era como um martírio para santificar o nome do Senhor.
Os saduceus, por sua vez, eram pessoas da alta sociedade, membros de famílias sacerdotais, cultos, ricos e aristocratas. Dentre eles haviam saído desde o início da ocupação romana os sumos sacerdotes que, nesse momento, eram os representantes judeus diante do poder imperial. Faziam uma interpretação muito sóbria da Torah, sem cair nas numerosas questões casuísticas dos fariseus, e portanto subestimavam o que esses consideravam como sendo a Torah oral.

Em oposição aos fariseus, não acreditavam na vida após a morte, nem compartilhavam suas esperanças escatológicas. Não gozavam de popularidade nem do afeto popular, dos quais desfrutavam os fariseus, mas tinham poder religioso e político, pelo que eram muito influentes.

Fonte: http://www.opusdei.org.br/art.php?p=16286

São João Batista já deu o tom…

Ao ver, porém, que muitos dos fariseus e dos saduceus vinham ao seu batismo, disse-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera vindoura? (São Mateus 3,7)

Jesus também não deixou por menos… ele era manso e bom com os cegos, doentes, pecadores, leprosos… mas com os fariseus e saduceus, ele pesava mesmo a mão !

Digo-vos, pois, se vossa justiça não for maior que a dos escribas e fariseus, não entrareis no Reino dos céus. (São Mateus 5,20)

Jesus disse-lhes: Guardai-vos com cuidado do fermento dos fariseus e dos saduceus. (São Mateus 16,6)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Vós fechais aos homens o Reino dos céus. Vós mesmos não entrais e nem deixais que entrem os que querem entrar. (São Mateus 23,13)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis mares e terras para fazer um prosélito e, quando o conseguis, fazeis dele um filho do inferno duas vezes pior que vós mesmos. (São Mateus 23,15)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Limpais por fora o copo e o prato e por dentro estais cheios de roubo e de intemperança. (São Mateus 23,25)

Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Sois semelhantes aos sepulcros caiados: por fora parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos, de cadáveres e de toda espécie de podridão. (São Mateus 23,27)

Enquanto isso, os homens se tinham reunido aos milhares em torno de Jesus, de modo que se atropelavam uns aos outros. Jesus começou a dizer a seus discípulos: Guardai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. (São Lucas 12,1)

Qual era a verdadeira intenção daqueles políticos?

Mas os sumos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para que todo aquele que soubesse onde ele estava o denunciasse, para o prenderem. (São João 11,57)

Devemos ser prudentes como as serpentes, amigos Católicos !

Em homilia na Canção Nova, o Pe. Paulo Ricardo disse: “Satanás irá visitar a Canção Nova…quem sabe satanás vá se disfarçar de político, quem sabe satanás vá se disfarçar de bispo…”   >>> http://youtu.be/X6m60HHQmMY

E não é que a “profecia” se cumpriu?

http://edinhosilva.com.br/2011/11/edinho-estreia-programa-na-tv-cancao-nova/

Quem é Edinho Silva? >> Esse é o homem que entrou na justiça contra os folhetos da CNBB Regional 1,  que alertavam os eleitores sobre os perigos de se votar no PT, que é um partido que apóia INSTITUCIONALMENTE o ABORTO !!!!!!

Em entrevista, quando candidato, o deputado diz que o aborto deve ser tratado como “questão de saúde pública” (http://www.araraquara.com/noticias/politica/2010/09/13/candidatos-respondem-perguntas-de-internautas.html) … não, não e não ! O quinto mandamento não tem exceção, senhor deputado !!!!!

Vejam no site do próprio deputado: http://edinhosilva.com.br/2011/09/iv-congresso-do-pt-pt-amplia-cota-para-mulher-cria-para-jovem-e-lanca-nova-corrente/

Além dos preceitos feministas, a corrente defende uma aproximação maior com movimentos sociais e a retomada da perspectiva socialista.

“Nas últimas eleições, nós rebaixamos nossas bandeiras para ganhar, retrocedendo em posicionamentos importantes como em relação à liberação do aborto e à reforma agrária”, disse Assunção. Mas nós acreditamos que o PT não pode se contentar apenas em reafirmar seus mandatos. Queremos que o partido recupere a capacidade de ousar e despertar o encantamento dos militantes.”

Esse deputado também apóia a causa gayzista:http://edinhosilva.com.br/2011/08/pt-realiza-1%C2%BA-encontro-lgbt-em-araraquara/

Enquanto o Mestre deu o exemplo de como se deve agir com políticos, a Canção Nova vai no sentido oposto…

Eto, Luzia e demais dirigentes, ponham a mão na consciência e vejam se estão agindo como o Mestre !!! Ele é Amor mas também é Justiça e Verdade !!

As incoerências religiosas

Fonte: Encontro com o Bispo

Na parábola dos dois filhos, escutada na proclamação do Evangelho de hoje, somos confrontados com posições muito reais que devemos encarar de frente, pois podemos descobrir nesta parábola nossas próprias incoerências.

Descobrimos três pessoas: um pai e dois filhos. Naturalmente identificamos o pai com Deus; o primeiro filho com Israel, o povo eleito; o segundo com os gentios, os não pertencentes ao povo israelita, mas que se converteram e foram os primeiros a labutar na «vinha».

Na parábola, o pai indica aos filhos que se dediquem ao trabalho da vinha. O primeiro diz que irá trabalhar,mas não vai. O segundo diz que não irá trabalhar, mas depois, vai. E jesus termina perguntando qual dos dois cumpriu a vontade do pai…

A parábola inicialmente pode parecer-nos perturbadora. Todavia, Jesus vem avaliar a nossa franqueza e a nossa lealdade. Ainda hoje Deus continua a ter dois filhos: na Igreja, nas nossas comunidades cristãs, no mundo… subsistem sempre os dois filhos. Uns solicitam o Batismo, dizem «sim», mas, logo, na vida real, o seu «sim» é mudado em muitos «nãos». Porém, existem muitas pessoas que nunca aceitaram claramente a Deus, mas na sua experiência diária amam o irmão, dedicam-se aos outros, praticam desprendidamente a caridade, tem até mesmo em suas vidas u sentido de Deus.

Sob uma fictícia teimosia, pode existir um verdadeiro amor que no instante próprio se exterioriza francamente. No oposto, certas formas de obediência podem constituir apenas desinteresse, por falta de amor autêntico. É o fato das pessoas que pronunciam sempre «sim», porque não são capazes de dizer «não»: verdadeiramente nunca passam das palavras às obras, não sentem necessidade de conversão.

Jesus, como desfecho da parábola, pôs em confrontação a disposição dos filhos do Povo Eleito com a dos pagãos. De igual modo, o profeta Ezequiel – como escutamos na primeira leitura – comparou o modo de julgar do povo israelita com a maneira como Deus procede. Pelo brado do profeta, Deus pretende repreender os esquemas simplistas com que, às vezes, classificamos sem recurso as pessoas, ou as fazemos joguetes das desgraças. Para Deus todo o homem, mesmo grande pecador, tem capacidade de se converter, como também aquele que se acha bom e justo, pode cair. O Senhor conhece-nos bem e espera que empreguemos conscientemente a nossa autonomia.

As palavras do profeta, confirmadas pelas sentenças de Jesus no final da parábola, são palavras fortes, que encerram uma denúncia sempre atual. Devemos pensar séria e autenticamente sobre elas, para ver qual é a nossa forma de agir: se copiamos os que se pensam bons e não fazem nenhuma tentativa por se converterem, ou se respeitosamente nos identificamos pecadores e com mansidão nos convertemos ao Senhor, consoante o apelo de S. Paulo.

A segunda leitura vem fortalecer as duas leituras antecedentes. A comunidade de Filipos era admirável e São Paulo vangloriava-se dela. Mas lá, como também acontece nas nossas melhores comunidades, havia a dificuldade da inveja entre cristãos. Existia quem desejasse distinguir-se, pretendendo ter o encargo de alguma função a seus olhos relevante (a proclamação da Palavra durante as celebrações litúrgicas, a administração dos bens da comunidade, a organização da vida comunitária, a responsabilidade pelos cânticos…). É verdade que aspiravam a tais incumbências para ajudar os irmãos, mas também para afirmação própria, para mandar, para se exibirem. Ou seja, havia algo de podre por baixo da intenção de servir.

São Paulo, que sempre guardara muito afeto pelos Filipenses, pede-lhes que lhe dêem a imensa alegria de conviverem sem interesse, sem espírito de preponderância, mas unidos em efetiva caridade, não pretendendo o próprio proveito, mas o dos outros. O Apóstolo não se apraz em aconselhar: indica o modelo, Jesus Cristo, e pede que nas relações recíprocas procurem retratar a sensibilidade e as maneiras de agir de Jesus.

Tomara que com a reflexão destes textos, escritos há mais de dois mil anos, mas atuais, consigamos corrigir alguma postura menos correta que em nós ainda persista, a fim de sermos verdadeiras testemunhas de Jesus Cristo, presente através de cada um de nós, no mundo de hoje.

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