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Adoção gay: Não se deve outorgar por lei o que a natureza lhes negou, assegura perito

REDAÇÃO CENTRAL, 04 Jul. 13 / 02:18 pm (ACI/EWTN Noticias).-  Em meio da polêmica suscitada em todo mundo pelo caso do casal de homossexuais norte-americanos que adotaram uma criança russa para depois abusar sexualmente dela e utilizá-la na produção de vídeos pornográficos, o presidente do Conselho Mexicano da Família (ConFamilia), Juan Dabdoub Giacoman, assinalou que “pelo bem superior da criança, as adoções pretendidas por homens ou mulheres solteiras e casais gays ou lésbicas devem estar proibidas”.

Em declarações ao Grupo ACI em 3 de julho, Dabdoub Giacoman explicou que “não existe direito humano algum à adoção, à paternidade ou à maternidade, para homossexuais, nem heterossexuais” mas a adoção “é o direito dascrianças a contarem com um pai e uma mãe que lhes proporcionem as condições necessárias para seu ótimo desenvolvimento”.

O presidente da ConFamilia qualificou de “desnaturalizados” os atos cometidos por Mark J. Newton, de 42 anos, e Peter Truong, de 36, e assinalou que embora “felizmente”, os casos “de abuso infantil como este sejam estranhos entre os homossexuais”, sim se produzem “em maior medida que entre os heterossexuais”.

O perito em temas de família assinalou que este caso deve levar a sociedade a “revisar o ‘direito’ à adoção que outorgou a gays e lésbicas em alguns países”.

Dabdoub indicou que “se para procriar se requerem duas pessoas de diferente sexo, para criar se requer do mesmo; já que o homem e a mulher se complementam entre si e complementam a educação dos filhos”.

“É por isso que, pelo bem superior da criança, as adoções pretendidas por homens ou mulheres solteiras e casais gays ou lésbicas devem estar proibidas”, pois “não se deve outorgar por lei, o que a natureza lhes negou”.

O presidente do Conselho Mexicano da Família criticou aos que “pretendem comparar a situação das famílias monoparentais de mães ou pais viúvos ou divorciados, com a situação dos casais gays e lésbicas”, pois “há uma diferença abismal entre um pai ou uma mãe que se veem forçados a cobrir os dois papéis”, nos que a criança alcança a compreender a situação, “e uma criança que tem que conviver com um impostor como mãe ou como pai”.

“Em casos como o de Ricky Martin ou Elton John, eles poderão sentir-se mulheres, mas nunca poderão comportar-se como mães”, sublinhou.

Dabdoub Giacoman assinalou que sua postura está sustentada cientificamente, com “o estudo publicado no ano passado (2012) pela Universidade do Texas e financiado pelo Instituto Witherspoon de Princeton, Nueva Jersey, titulado ‘Estudo de Novas Estruturas Familiares'”.

Este estudo esteve dirigido pelo Dr. Mark Regnerus, do Centro de Investigação do Departamento de População e Sociologia da Universidade do Texas.

“Até hoje, nenhum cientista foi capaz de refutar este estudo no que participaram 3.000 adultos que foram criados dentro de estruturas familiares diferentes”, assinalou o presidente da ConFamilia.

Na investigação científica, apontou Dabdoub, revela-se que “as crianças que cresceram em famílias biologicamente intactas são em geral melhor educados, têm melhor saúde mental e física, usam menos drogas, participam menos em atividades criminais e afirmam ser mais frequentemente felizes que os outros”.

“Por outro lado, os resultados mais negativos se referem a crianças procedentes de famílias monoparentais lésbicas”, indicou.

A investigação do Dr. Regnerus, “desacredita um estudo (de 2005) da American Psychological Association (APA), segundo o qual ‘nenhum estudo concluiu que as crianças de pais gay ou lésbicas tenham qualquer desvantagem em relação às crianças de casais heterossexuais'”.

Outro importante relatório que desmente a APA, assinalou o presidente da ConFamilia, é o realizado em 2005 pelo professor Loren Marks, da Escola de Ecologia Humana da Louisiana State University, em 2005.

Dabdoub Giacoman assinalou que Marks, no seu estudo sobre o documento da APA, encontrou que nenhum dos estudos aos que fazia referência a organização norte-americana nesse ano, “compara uma amostra grande, ao azar e representativa de pais gays ou lésbicas e seus filhos, contra uma amostra grande, ao azar e representativa de pais casados e seus filhos”.

Em efeito, Loren Marks concluiu em seu estudo que as afirmações realizadas pela American Psychological Association, favoráveis à adoção homossexual, “não se justificam empiricamente”.

A Igreja nos leva a Cristo, recorda o Papa ante aqueles que dizem “Cristo sim, Igreja não”

VATICANO, 29 Mai. 13 / 02:10 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em meio da chuva que não impediu que cumprimentasse, como sempre faz, a todos os assistentes a audiência geral desta quarta-feira na Praça de São Pedro, o Papa Francisco recordou que a Igreja é a que nos leva a Cristo, a Deus; ante aqueles que afirmam “Cristo sim, Igreja não” ou aqueles que dizem não acreditar nos sacerdotes.

Inaugurando um novo ciclo de catequese sobre a Igreja, à luz do Concílio Vaticano II, o Papa explicou que a Igreja é a família de Deus, cujo projeto é fazer “de todos nós uma única família de filhos, em que cada um se sinta próximo e amado por Ele” como na parábola do Filho pródigo ou do Pai misericordioso.

“Quando se manifesta a Igreja? Celebramos esse momento há dois domingos. Se manifesta quando o dom do Espírito Santo enche o coração dos Apóstolos e os impele a sair e começar o caminho para anunciar o Evangelho, espalhar o amor de Deus. Mesmo hoje em dia, alguém diz: ‘Cristo sim, a Igreja não’. Como aqueles que dizem ‘eu acredito em Deus, mas não nos sacerdotes’.?Mas é a Igreja que nos leva a Cristo, que nos leva a Deus, a Igreja é a grande família dos filhos de Deus”.

O Papa disse também que “a Igreja nasce do desejo de Deus de chamar todo homem à comunhão com Ele, à Sua amizade e a participar como filhos de suavida divina.?A própria palavra ‘Igreja’, do grego ekklesia, significa ‘convocação’: Deus nos chama, nos impulsiona a sair do individualismo, da tendência de nos fechar em nós mesmos e nos chama a fazer parte de sua família”.

“E este chamado tem origem na própria criação. Deus nos criou para que vivêssemos em uma relação de profunda amizade com?Ele e até mesmo quando o pecado quebrou esta relação com Deus, com os outros e com a criação, Deus não nos abandonou”.

“Toda a história da salvação é a história de Deus que busca o homem, oferece-lhe seu amor, o acolhe.?Ele chamou Abraão para ser o pai de uma multidão, escolheu o povo de Israel para firmar uma aliança que abraçasse todas as nações e enviou, na plenitude dos tempos, seu Filho, para que seu plano de amor e salvação fosse realizado em uma nova e eterna aliança com toda a humanidade”.

À pergunta “de onde nasce a Igreja, então?”, Francisco disse que “nasce do supremo ato de amor na Cruz, do lado trespassado de Jesus, de onde jorram sangue e água, símbolo dos sacramentos da Eucaristia e do Batismo. Na família de Deus, na Igreja, a seiva vital é o amor de Deus que se constitui em amá-Lo e amar os outros, todos, sem distinção e medida”.

“Claro que há também aspectos humanos, naqueles que a compõem, pastores e fiéis, há defeitos, imperfeições, pecados e o Papa também os tem e são muitos, mas o belo é que, quando nos damos conta de que somos pecadores, encontramos a misericórdia de Deus, que sempre perdoa.?Não se esqueça: Deus sempre perdoa e nos recebe em seu amor de perdão e misericórdia”.

O Santo Padre questionou “nos perguntemos hoje: quanto amo a Igreja? Rezo por ela? Eu me sinto parte da família da Igreja? O que faço para que seja uma comunidade onde todos se sintam acolhidos e compreendidos, sintam a misericórdia e o amor de Deus que renova a vida??A fé é um dom e um ato que nos afeta pessoalmente, mas Deus nos chama a viver a nossa fé juntos, como família, como Igreja”.

Para concluir alentou pedir ao Senhor “de maneira especial neste Ano da Fé, que as nossas comunidades, toda a Igreja, sejam cada vez mais verdadeiras famílias que vivem e levam o calor de Deus. Obrigado”.

Não podemos ser cristãos apenas às vezes, devemos sê-lo em todos os momentos, ensina o Papa

Não podemos ser cristãos apenas às vezes, devemos sê-lo em todos os momentos, ensina o Papa

VATICANO, 15 Mai. 13 / 01:27 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua catequese da audiência geral de hoje celebrada na Praça de São Pedro, o Papa Francisco explicou que o Espírito Santo é quem permite ao cristão conhecer a Verdade, que é Cristo, e dessa forma o ajuda a ser cristão em todo momento, não só às vezes.

O Papa alentou os milhares de fiéis presentes na Praça de São Pedro no Vaticano a deixar-se guiar pelo Espírito Santo e exortou a que “neste ‘Ano da Fé’, perguntemo-nos se, realmente, temos dado algum passo para conhecer mais Cristo e as verdades da fé, lendo e meditando as Escrituras, estudando oCatecismo, recorrendo, com frequência, aos sacramentos“.

“Mas nos perguntemos também quais os passos temos dado para que a fé oriente a nossa existência.?Não podemos ser cristãos de momento, só em certas ocasiões, em certas circunstâncias, em algumas escolhas.?Devemos ser cristãos em todos os momentos! Totalmente! A verdade de Cristo, que o Espírito Santo nos ensina e nos revela, para sempre e totalmente, interessa para sempre à nossa vida diária”.

O Papa recordou que em muitas ocasiões Bento XVI alertou sobre o relativismo, sobre o ceticismo de alguns de acreditar que efetivamente existe a verdade e se referiu a Pôncio Pilatos que foi incapaz de reconhecer a verdade em Cristo.

“E Jesus, de fato, é a Verdade que, na plenitude dos tempos, “se fez carne” (Jo 1,1.14), veio a nós para que nós a conhecêssemos. Ela não se agarra como uma coisa, mas se encontra. Não é uma posse, é um encontro com uma Pessoa”.

O Espírito Santo, prosseguiu, “leva-nos não somente a encontrar Jesus, a plenitude da Verdade, mas também nos guia para “dentro” dela, faz-nos entrar em comunhão mais profunda com Jesus, dando-nos a inteligência das coisas de Deus. E isso não podemos conseguir por conta própria.?Se Deus não nos ilumina interiormente, o nosso ser cristão será superficial”.

O Santo Padre questionou logo: “Estou aberto à ação do Espírito Santo? Peço para que Ele me traga luz, faça-me mais sensível às coisas de Deus??Esta é uma oração que devemos fazer todos os dias:?‘Espírito Santo, faça com que meu coração seja aberto à Palavra de Deus, que meu coração esteja aberto ao bem, à beleza de Deus todos os dias’”.

“Gostaria de fazer uma pergunta a todos: ’Quantos de vocês rezam todos os dias ao Espírito Santo?’ Serão poucos, mas devemos cumprir esse desejo de Jesus e orar, todos os dias, ao Espírito de Deus para que Ele nos abra o coração a Jesus”.

Depois de ressaltar o exemplo de Maria na escuta do Espírito Santo, o Pontífice assinalou: “Por meio do Espírito Santo, o Pai e o Filho permanecem em nós e nós vivemos em Deus e para Deus. Mas a nossa vida é realmente animada pelo Senhor? Quantas coisas coloco em primeiro lugar em vez de Deus?”.

Para concluir, Francisco animou a invocar o Espírito Santo “com mais frequência, para que nos guie no caminho dos discípulos de Cristo. Invoquemos todos os dias, façamos esta proposta: invoquemos todos os dias o Espírito Santo, assim Ele vai nos aproximar, cada vez mais, de Jesus Cristo”.

O Papa na Missa inaugural de seu pontificado: O verdadeiro poder é o serviço

Papa Francisco

VATICANO, 19 Mar. 13 / 03:27 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua homilia pela Missa de inauguração de seu pontificado, celebrada na manhã de hoje na Praça de São Pedro ante centenas de milhares de fiéis, o Papa Francisco assegurou que “o verdadeiro poder é o serviço”.

Ante os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, o Santo Padre assinalou que “é certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? À tríplice pergunta de Jesus a Pedro sobre o amor, segue-se o tríplice convite: apascenta os meus cordeiros, apascenta as minhas ovelhas”.

“Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio Papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz”.

O Papa, disse o Santo Padre, “deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé, de São José e, como ele, abrir os braços para guardar todo o Povo de Deus e acolher, com afeto e ternura, a humanidade inteira, especialmente os mais pobres, os mais fracos, os mais pequeninos”.

Os mais pequeninos e débeis, indicou, são os que “Mateus descreve no Juízo final sobre a caridade: quem tem fome, sede, é estrangeiro, está nu, doente, na prisão. Apenas aqueles que servem com amor capaz de proteger”.

Refletindo sobre a Solenidade de São José, que a Igreja celebra hoje, o Papa Francisco recordou ao Bispo Emérito de Roma Bento XVI, assinalando que “é também o onomástico do meu venerado Predecessor: acompanhamo-lo com a oração, cheia de estima e gratidão”.

O Papa refletiu sobre o Evangelho de Mateus, no qual se relata que “José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor e recebeu sua esposa”.

“Nestas palavras, encerra-se já a missão que Deus confia a José: ser?custos, guardião. Guardião de quem? De Maria e de Jesus, mas é uma guarda que depois se alarga à Igreja”.

O Santo Padre assinalou que José exerce esta custódia “com discrição, com humildade, no silêncio, mas com uma presença constante e uma fidelidade total, mesmo quando não consegue entender”.

José, indicou o Papa, “desde o casamento com Maria até ao episódio de Jesus, aos doze anos, no templo de Jerusalém, acompanha com solicitude e amor cada momento”.

“Como vive José a sua vocação de guardião de Maria, de Jesus, da Igreja? Numa constante atenção a Deus, aberto aos seus sinais, disponível mais ao projeto d’Ele que ao seu”.

O Santo Padre sublinhou que José é guardião “porque sabe ouvir a Deus, deixa-se guiar pela sua vontade e, por isso mesmo, se mostra ainda mais sensível com as pessoas que lhe estão confiadas, sabe ler com realismo os acontecimentos, está atento àquilo que o rodeia, e toma as decisões mais sensatas”.

“Nele, queridos amigos, vemos como se responde à vocação de Deus: com disponibilidade e prontidão; mas vemos também qual é o centro da vocação cristã: Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação!”.

Fundamentalmente, assinalou o Papa, “tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus!”.

“Quando o homem falha nesta responsabilidade, quando não cuidamos da criação e dos irmãos, então encontra lugar a destruição e o coração fica ressequido. Infelizmente, em cada época da história, existem “Herodes” que tramam desígnios de morte, destroem e deturpam o rosto do homem e da mulher”.

O Santo Padre pediu “a todos os que ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos “guardiões” da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente”.

“Não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo!”.

Mas, para guardar, advertiu, “devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida;”.

“Guardar quer dizer então vigiar sobre os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo de bondade, ou mesmo de ternura”, assegurou.

O Santo Padre indicou que “nos Evangelhos, São José aparece como um homem forte, corajoso, trabalhador, mas, no seu íntimo, sobressai uma grande ternura, que não é a virtude dos fracos, antes pelo contrário denota fortaleza de ânimo e capacidade de solicitude, de compaixão, de verdadeira abertura ao outro, de amor. Não devemos ter medo da bondade, da ternura!”.

O Papa pediu aos fiéis “guardar Jesus com Maria, guardar a criação inteira, guardar toda a pessoa, especialmente a mais pobre, guardarmo-nos a nós mesmos”.

“Eis um serviço que o Bispo de Roma está chamado a cumprir, mas para o qual todos nós estamos chamados, fazendo resplandecer a estrela da esperança: Guardemos com amor aquilo que Deus nos deu!”.

Ao concluir sua homilia, Francisco implorou “a intercessão da Virgem Maria, de São José, dos Apóstolos São Pedro e São Paulo, de São Francisco, para que o Espírito Santo acompanhe o meu ministério, e a todos vós, digo: rezai por mim. Amém”.

O Papa: Deus cria o homem para o amor e não para o pecado que tudo destrói

VATICANO, 06 Fev. 13 / 03:57 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua catequese semanal da Audiência Geral das quartas-feiras, o Papa Bento XVI refletiu novamente sobre o Credo, desta vez sobre Deus criador do céu e da terra, e explicou que o Senhor cria tudo bom e que o ápice desta criação é o homem e a mulher, criados para o amor e não para o pecado que “destrói tudo”.

Ante milhares de fiéis presentes na Sala Paulo VI no Vaticano, o Papa sublinhou que “Deus se manifesta como Pai na criação, enquanto origem davida e, ao criar, mostra a sua onipotência. A fé implica, portanto, saber reconhecer o invisível, identificando o seu traço no mundo visível”.

“O crente pode ler o grande livro da natureza e entender sua linguagem; mas é necessária a Palavra de revelação, que suscita a fé, para que o homem possa chegar à plena consciência da realidade de Deus como Criador e Pai”.

O Papa explicou a importância da criação, relatada no primeiro capítulo do livro do Gênesis onde se pode ver que “a vida surge, o mundo existe, porque tudo obedece à Palavra divina”.

“Mas a nossa pergunta hoje é: na época da ciência e da técnica, ainda tem sentido falar de criação? Como devemos compreender as narrações de Gênesis? A Bíblia não quer ser um manual de ciências naturais; quer, em vez disso, fazer compreender a verdade autêntica e profunda das coisas”.

O Santo Padre ressaltou logo que “a verdade fundamental que os relatos de Gênesis nos revelam é que o mundo não é um conjunto de forças entre conflitantes, mas tem a sua origem e a sua estabilidade no Logos, na Razão eterna de Deus que continua a sustentar o universo”.

“Há um desígnio sobre o mundo que nasce desta Razão, do Espírito criador. Acreditar que na base de tudo esteja isto, ilumina cada aspecto da existência e dá coragem para enfrentar com confiança e com esperança a aventura da vida”.

“Então, a escritura nos diz que a origem do ser, do mundo, a nossa origem não é o irracional ou as nossas necessidades, mas a razão e o amor e a liberdade. Disto a alternativa: ou prioridade do irracional, da necessidade, ou prioridade da razão, da liberdade, do amor. Nós acreditamos nesta última posição”.

Bento XVI disse que o ápice da criação é o homem e a mulher, o ser humano, criados a imagem e semelhança de Deus por amor e para o amor; que vivem o paradoxo de ser algo pequeno no meio do universo, frente à grandeza do amor eterno que o Senhor quer para todos.

O Papa assegurou que a dignidade humana é inviolável porque é imagem e semelhança de Deus, o que “indica, então, que o homem não é fechado em si mesmo, mas tem uma referência essencial em Deus”.

Depois de ressaltar que o homem deve cuidar e cultivar a criação de acordo ao plano divino, o Pontífice se referiu à tentação personificada pela serpente no relato do Gênesis: “a serpente levanta a suspeita de que a aliança com Deus seja como uma prisão que une, que priva da liberdade e das coisas mais belas e preciosas da vida”.

“A tentação convida a construir sozinho o mundo no qual viver, não aceitar os limites do ser criatura, os limites do bem e do mal, da moralidade; a dependência do amor criador de Deus é visto como um fardo do qual libertar-se. Este é sempre o núcleo da tentação. Mas quando se distorce a relação com Deus, com uma mentira, colocando em seu lugar, todos os outros relacionamentos são alterados”.

Então, continuou o Papa, “o outro transforma-se em um rival, em uma ameaça: Adão, depois de ter cedido à tentação, acusa imediatamente Eva; os dois se escondem da vista daquele Deus com o qual conversavam em amizade; o mundo não é mais o jardim no qual viver com harmonia, mas um lugar para desfrutar e no qual se escondem armadilhas; a inveja e o ódio contra a outro entram no coração do homem: a exemplo de Caim que mata o próprio irmão Abel”.

“Indo contra o seu criador, na verdade o homem vai contra si mesmo, renega a sua origem e também a sua verdade; e o mal entra no mundo, com a sua penosa prisão de dor e de morte. E assim tudo quanto Deus havia criado era bom, na verdade, muito bom, depois desta livre decisão do homem pela mentira contra a verdade, o mal entra no mundo”.

Bento XVI se referiu logo ao pecado, concretamente ao pecado original, e disse que “em primeiro lugar, devemos considerar que nenhum homem é fechado em si mesmo, nenhum pode viver sozinho, por si só; nós recebemos a vida do outro e não somente no momento do nascimento, mas a cada dia”.

“O ser humano é relacional: eu sou eu mesmo somente no tu e através do tu, na relação do amor com o Tu de Deus e o tu dos outros. Bem, o pecado é perturbar ou destruir a relação com Deus, esta é a sua essência: destruir a relação com Deus, a relação fundamental, colocar-se no lugar de Deus”.

“O Catecismo da Igreja Católica afirma que com o primeiro pecado o homem “fez a escolha de si mesmo contra Deus, contra as exigências da própria condição de criatura e consequentemente contra o próprio bem” (n. 398). Perturbada a relação fundamental, são comprometidos ou destruídos também os outros polos da relação, o pecado arruína as relações, assim arruína tudo, porque nós somos relações”.

Ante a realidade do pecado, explica o Santo Padre, “o homem sozinho não pode sair desta situação, não pode redimir-se sozinho; somente o próprio Criador pode restabelecer as relações certas. Somente se Aquele do qual nós fomos desviados vem a nós e nos toma pela mão com amor, as relações corretas podem ser retomadas”.

Cristo é o que restaura ao ser humano: “Jesus, o Filho de Deus, está em uma relação filial perfeita com o Pai, reduz-se, transforma-se servo, percorre o caminho do amor humilhando-se até a morte de cruz, para reordenar a relação com Deus. A Cruz de Cristo transforma-se assim na nova árvore da vida”.

Para concluir o Papa disse: “Queridos irmãos e irmãs, viver de fé quer dizer reconhecer a grandeza de Deus e aceitar a nossa pequenez, a nossa condição de criatura deixando que o Senhor a transborde com o seu amor e assim cresça a nossa verdadeira grandeza. O mal, com a sua carga de dor e sofrimento, é um mistério que vem iluminado pela luz da fé, que nos dá a certeza de poder ser libertos: a certeza de que é bom ser um homem”.

Bispo de Lorena (SP) denuncia: poder executivo vem sendo o atalho para a promoção do aborto no Brasil

Bispo de Lorena (SP) denuncia: poder executivo vem sendo o atalho para a promoção do aborto no Brasil SÃO PAULO, 11 Set. 12 / 03:58 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em um recente artigo denunciando “a pressão para que o aborto seja legalizado no Brasil”, Dom Benedito Beni dos Santos, bispo diocesano de Lorena (SP) argumenta que nas últimas manobras para aprovar esta prática anti-vida no país o governo brasileiro vem usando o “atalho” do Poder Executivo, como ocorreu no caso da ADPF 54 no qual o STF despenalizou o aborto de fetos com anencefalia e como está fazendo neste momento através do ministério da saúde, que prepara uma norma técnica que instruiria e forneceria serviços abortivos às mulheres que o solicitem.

O prelado inicia seu artigo recordando: “nosso povo brasileiro é defensor da vida”.
“Entretanto – afirma – podemos “constatar” a “pressão para que o aborto seja legalizado no Brasil”.
Dom Beni recorda que o projeto abortista no Brasil vem de longa data, desde o início dos anos 90, porém constantemente os abortistas se viram derrotados nas votações realizadas pelos legítimos representantes do povo brasileiro, e agora estão criando “atalhos” para lograr o êxito da sua agenda.

“Recordamos que, em Abril deste ano, o Supremo Tribunal Federal julgou constitucional o aborto de crianças portadores de meroanencefalia. Esse, infelizmente, foi o marco no Brasil para o aborto eugênico. Uma vez que, no Poder Judiciário, não existe participação direta do povo, todos pudemos acompanhar, atônitos, os mais inacreditáveis pareceres dos Ministros do STF favoráveis ao aborto”, afirmou Dom Beni.

O bispo de Lorena denuncia a estratégia da “promoção da prática do aborto através do Poder Executivo” e critica o Secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães que em entrevista aos meios de comunicação afirmou que este órgão do governo se prepara para lançar uma Norma Técnica para o oferecer “Aborto Seguro”, sob o eufemismo de política de “redução de danos”.

Dom Benedito recorda os três “pilares” desta estratégia:
– a criação de centros de aconselhamento à gestante sobre como interromper a gravidez indesejada.
– a venda de abortivos nas farmácias conveniadas ao SUS
– a produção de uma cartilha sobre como se utiliza estas drogas e se termina o processo de aborto iniciado pelo seu uso.

O bispo critica ainda a atitude da Ministra Eleonora Menicucci que afirmou em entrevista que “não seria crime explicar a uma mulher como fazer o aborto em si mesmo: crime seria fazer o aborto nela”.

Diante destes fatos urgentes e gravíssimos, Dom Beni pede aos homens e mulheres de sua diocese que “se façam ouvir”.

“Em uma democracia, o poder é exercido pelo povo e em nome do povo. Manifestem-se junto ao Ministério de Saúde dizendo que esta medida fere a consciência e os reais anseios da população brasileira”.

“Dirijam-se também à Presidência da República através de telefones e endereços eletrônicos disponíveis no site do Governo Federal. Digam que a Presidente precisa honrar sua promessa eleitoral de não avançar na promoção do aborto durante seu governo”, exortou.

O apelo de Dom Benedito Beni vem unir-se ao pedido e críticas de outros nove prelados brasileiros que recentemente se pronunciaram contra a promoção da agenda anti-vida e anti-família que vem sendo imposta no Brasil sem a participação dos representantes do povo.

Os outros bispos que alçaram suas vozes contra o abortismo do atual governo brasileiro foram:
Dom Benedito Simão, bispo de Assis (SP), Dom Henrique Soares da Costa, auxiliar de Aracaju (SE), Dom Antonio Keller, bispo de Federico Westphalen (RS), Dom Antonio Augusto Duarte, auxiliar do Rio de Janeiro (RJ), Dom Eduardo Benes, Arcebispo de Sorocaba (SP), Dom Aldo Pagotto, Arcebispo da Paraíba (PB), Dom Ottorino Assolari, Bispo de Serrinha (BA), Dom Caetano Ferrari, Bispo de Bauru (SP) e Dom Fernando Rifan, Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney, em Campos (RJ).

Em histórica conexão o Papa conversa com os astronautas da estação espacial sobre a ciência e o futuro do mundo

Propõe os avanços científicos como ferramenta para obter a paz Vaticano, 21 Mai. 11 / 01:10 pm (ACI/EWTN Noticias)

Em uma comunicação que durou aproximadamente 20 minutos, o Papa Bento XVI conversou hoje com os astronautas da estação espacial internacional do transbordador Endeavour, com quem tratou diversos temas como o aporte da ciência à consecução da paz e o futuro do mundo.

Ao iniciar a conexão, o Santo Padre disse: “queridos astronautas, estou muito contente de ter a extraordinária oportunidade de conversar com vocês durante esta missão, e especialmente agradecido de poder falar com vocês presentes na estação espacial neste momento”.

Em sua introdução às perguntas, assinala a Rádio Vaticano, Bento XVI assinalou que “a humanidade experimenta um período de rápido progresso nos campos de aplicações técnicas e conhecimentos científicos e que em certo sentido eles neste campo são representantes da humanidade em uma exploração que introduz no conhecimento de novos espaços e possibilidades para o futuro da humanidade que vai além das limitações da existência cotidiana”.

“Em um sentido, são nossos representantes: a exploração da humanidade é um ponto de partida para novos espaços e possibilidades para o nosso futuro, que vai além das limitações de nossa existência cotidiana”.

O Papa disse logo que “admiramos sua valentia assim como a disciplina e extrema responsabilidade com que se prepararam para cumprir com esta missão. Estamos convencidos de que ela está inspirada por nobres ideais e tem a finalidade de colocar os resultados desta investigação e seus esforços à disposição de toda a humanidade para o bem comum”.

Depois de expressar sua curiosidade pelo que os astronautas apreciam do espaço e sobre suas investigações, o Papa fez uma pergunta relacionada com a visão que desde uma estação espacial se tem da terra, aludindo a que se voa sobre as nações e continentes várias vezes ao dia.

“Acredito que deve ser evidente para vocês que vivemos todos juntos na terra e quão absurdo seja o lutar e matar a outros”, e expressou a Mark Kelly, um dos astronautas, sua curiosidade por saber se, quando estão contemplando a terra de acima acaso se perguntaram “sobre as Nações e as pessoas que vivem juntas na terra e sobre o modo em que a ciência pode contribuir à causa da paz”.

O segundo argumento tratado pelo Santo Padre e dirigido a Ron Garan, tem relação com um tema que se refere à responsabilidade que os humanos têm sobre o futuro do planeta. “Recordo neste momento, os graves riscos que enfrenta o meio ambiente com a sobrevivência das gerações futuras. Os cientistas nos dizem há que tomar cuidado e desde um ponto de vista ético, temos que desenvolver nossa consciência”.

E perguntou desde sua perspectiva de observação, extraordinária, sobre o modo em que se percebe a situação na terra, e se forem perceptíveis os sinais ou fenômenos para os que temos que estar mais atentos.

Ron Garan respondeu ao Santo Padre: “Sua Santidade, é uma grande honra conversar com você e tem razão: realmente temos um ponto extraordinário de observação aqui em cima. Por um lado, podemos ver quão indescritivelmente formoso é o planeta que nos foi dado, mas por outro, também vemos claramente quão frágil ele é”.

O Papa introduziu sua terceira pergunta a Mike Finchke, antepondo sua convicção de que a tripulação presente na Estação Espacial Internacional “vive uma experiência extraordinária e muito importante, sobre tudo se pensamos que terão que retornar à terra e viver como o resto dos seres humanos”.

Foi assim observou que certamente, à sua volta, serão admirados e tratados como heróis a quem pedirão falar de suas experiências. Em seguida questionou sobre “quais serão as mensagens mais importantes que gostariam de transmitir especialmente aos jovens que vão viver em um mundo fortemente influenciado por sua experiência e descobertas”.

Em sua quarta intervenção dirigida a Roberto Vittori, o Pontífice novamente sublinhou que a exploração espacial é uma fascinante aventura científica e disse: “sei que instalaram novas equipes para seguir a investigação científica e o estudo da radiação procedente do espaço exterior, mas acredito que também é uma aventura do espírito humano, um poderoso estímulo para refletir sobre a origem e o futuro do universo e da humanidade. Freqüentemente os crentes olham o céu ilimitado e meditam sobre o criador de tudo, pensando no mistério de sua grandeza”.

O Papa recordou logo que a medalha que entregou a este astronauta italiano tem gravada a representação do fresco de “Criação” do homem, desenhado por Michelangelo na Capela Sixtina. Recordando seu intenso compromisso de trabalho e de investigação perguntou-lhe se existem vezes em que têm que se deter para fazer reflexões parecidas, “e talvez dirigir uma oração ao Criador, ou acaso será mais fácil refletir sobre estas coisas estando de volta e sobre a Terra”.

Vittori assinalou em sua resposta que “quando temos um momento para olhar abaixo, a beleza tridimensional de nosso planeta captura nosso coração, captura meu coração. E sim rezo. Rezo por mim, por nossas famílias, por nosso futuro”.

A última pergunta de Bento XVI aos astronautas foi em italiano, dirigida ao segundo astronauta desta nacionalidade, Paolo Nespoli. Ele comentou que era ciente que há poucos dias sua mãe havia falecido: “quando dentro de poucos dias você retorne à casa já não a encontrará esperando-te. Todos estamos próximos a ti, rezei também eu por ela”.

O Santo Padre dirigiu sua última pergunta para saber se “na estação espacial os astronautas se sentem longínquos e isolados, sofrendo um sentido de separação, ou pelo contrário se sentem unidos entre eles mesmos e portanto membros de uma comunidade que os acompanha com atenção e afeto”.

Nespoli respondeu: “Santo Padre, escutei suas orações,eu as senti chegar até aqui: é certo, estamos fora deste mundo, orbitamos em torno da terra e estamos em um ponto de vantagem para olhar a Terra e para escutar tudo ao redor”.

Depois de agradecer a proximidade de sua família e sua tripulação frente à distância, o astronauta disse que “senti-me longínquo mas também muito próximo, e certamente o pensamento de sentir a todos próximos neste momento, foi de grande alívio. Agradeço à Agência Espacial Européia e à Agência Espacial americana que puseram a disposição os recursos para que para que eu tenha podido falar com você nestes momentos”.

Finalmente o Papa Bento XVI disse aos astronautas que “vocês ajudaram, não somente a mim mas a tantas outras pessoas, a refletir juntas sobre temas importantes para o futuro da humanidade. Expresso os melhores desejos para o desenvolvimento de seu trabalho e pelo resultado desta grande missão ao serviço da ciência, da colaboração internacional, do progresso autêntico e da paz no mundo. Continuarei a segui-los com meu pensamento e minha oração”.

 

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