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O Papa encomenda a vida frágil, indefesa e ameaçada à proteção de Maria

Papa Francisco

VATICANO, 17 Jun. 13 / 10:46 am (ACI/EWTN Noticias).- Em suas palavras prévias à oração do Ângelus, depois de concluir a celebração da Missa pela Jornada da Evangelium Vitae, o Papa Francisco encomendou toda vidahumana, especialmente daqueles frágeis, indefesos e ameaçados, à proteção da Virgem Maria.

O Santo Padre disse pouco antes de começar a oração Mariana do meio-dia que “nos dirigimos agora à Virgem, encomendando à sua proteção materna toda vida humana, especialmente as mais frágeis, indefesas e ameaçadas”.

Francisco agradeceu especialmente àqueles provenientes de todas as partes do mundo para participar do evento de reflexão sobre a vida humana, no marco da Encíclica Evangelium Vitae, do Beato João Paulo II.

“Agradeço de coração a todos vocês que vieram de Roma e de todas as partes da Itália e do mundo, em particular às famílias e a quantos trabalham mais diretamente pela promoção e a tutela da vida” disse.

O Papa também expressou sua saudação cordial “aos 150 membros da Associação ‘Grávida – Argentina’, reunidos na cidade de Pilar. Muito obrigado pelo que fazem! Ânimo e sigam adiante!”.

Irlanda rechaça projeto de lei sobre aborto

DUBLIN, 30 Nov. 12 / 11:05 am (ACI/EWTN Noticias).- A Câmara dos Representantes do Parlamento da Irlanda rechaçou hoje um projeto de lei a favor do aborto apresentado pelo Partido Socialista, que pretendia legalizar esta prática anti-vida em caso de risco para a saúde da mãe.

Conforme assinala a agência Efe, a decisão foi tomada após dois dias de debate depois do qual se votou por impedir a norma.

Antes da votação, a autora do projeto, a deputada socialista Clare Daly, insistiu aos legisladores a “não esperar outros seis meses” para tratar este tema porque este atraso, disse, poderia “ter trágicas consequências” para algumas mulheres como “aconteceu com Savita Halappanavar”.

O caso de Savita Halappanavar foi manipulado pelos promotores do aborto que dizem que sua morte, ocorrida no dia 28 de outubro deste ano, aconteceu porque no Hospital Universitário de Galway não quiseram fazer-lhe o aborto.

Ela ingressou no Hospital Universitário de Galway em 20 de outubro, afligida por fortes dores nas costas. Ao pouco tempo os médicos indicaram-lhe que estava sofrendo um aborto espontâneo.

A mulher pediu que lhe fizessem um aborto, mas os médicos indicaram-lhe que não realizariam esse procedimento até que o coração do bebê deixasse de bater. Em 24 de outubro, a criança morreu e seu corpo foi retirado. Quatro dias depois, a mãe faleceu vítima de septicemia.

O Life Institute divulgou a manobra orquestrada pelos abortistas na Irlanda, ao planejar a difusão nos meios e a pressão política do trágico final da jovem.

A porta-voz do Life Institute, Niamh Uí Bhriain, revelou que tem em seu poder uma cópia de um correio eletrônico, na qual se evidencia que os abortistas conheciam o caso antes que este chegasse aos meios de comunicação, e “de forma muito desagradável (o) descreveram como uma ‘notícia importante para os meios’”.

O correio, com data de 11 de novembro e remetido pela organização abortista Irish Choice Network (ICN), assegura que “uma notícia importante com relação ao aborto aparecerá nos meios de comunicação no início desta semana”.

Por sua parte, MaterCare International assinalou que “com exceção do caso de Savita Halappanavar que foi trágico e fora do comum, a prática da medicina materna na Irlanda foi impecável nas décadas recentes. Irlanda, junto com outros países onde o aborto não está permitido por lei, tem uma das taxas de mortalidade materna mais baixas do mundo”.

Irlanda, indicaram, é “um dos lugares mais seguros no mundo para que as mulheres deem à luz a seus filhos. Alterar dramaticamente estas bem-sucedidas práticas médicas para atender aos buliçosos e ignorantes lobistas seria um erro”.

Os médicos católicos afirmaram que as críticas feitas pelo lobby abortista contra a Igreja “junto com um esforço organizado pelos grupos de pressão tratam de tirar proveito desta perda com o fim de mudar a Constituição da Irlanda para que permita o aborto livre”.

A morte de Savita Halappanavar sublinharam, “é uma trágica perda”, entretanto “não deve ser aproveitado pelos defensores do aborto a fim de promover sua própria ideologia e agenda política”.

Os médicos católicos asseguraram que “se realmente desejamos salvar as vidas das mulheres que morrem durante o parto, devemos respeitar seus direitos como mães e brindar-lhes um cuidado compassivo e especializado”.

Mulheres a serviço do Evangelho

Por Papa Bento XVI
Tradução: Vaticano
Fonte: Vaticano

Amados irmãos e irmãs

Hoje chegámos ao fim do nosso percurso entre as testemunhas do cristianismo nascente, que os escritos neotestamentários mencionam. E usamos a última etapa deste primeiro percurso para dedicar a nossa atenção às diversas figuras femininas que tiveram um papel efectivo e precioso na difusão do Evangelho. O seu testemunho não pode ser esquecido, de acordo com o que o próprio Jesus pôde dizer da mulher que lhe ungiu a cabeça pouco antes da Paixão: “Em verdade vos digo: em qualquer parte do mundo onde este Evangelho for anunciado, há-de também narrar-se, em sua memória, o que ela acaba de fazer” (Mt 26, 13; Mc 14, 9). O Senhor quer que estas testemunhas do Evangelho, estas figuras que deram uma contribuição a fim de que aumentasse a fé nele, sejam conhecidas e a sua memória seja viva na Igreja. Podemos historicamente distinguir o papel das mulheres no Cristianismo primitivo, durante a vida terrena de Jesus e durante as vicissitudes da primeira geração cristã.

Jesus certamente, sabemo-lo, escolheu entre os seus discípulos doze homens como Pais do novo Israel, escolheu-os para “estarem com Ele e para os enviar a pregar” (Mc 3, 14). Este facto é evidente mas, além dos Doze, colunas da Igreja, pais do novo Povo de Deus, são escolhidas no número dos discípulos também muitas mulheres. Apenas brevemente posso mencionar aquelas que se encontram no caminho do próprio Jesus, a começar pela profetisa Ana (cf. Lc 2, 36-38), até à Samaritana (cf. Jo 4, 1-39), à mulher sírio-fenícia (cf. Mc 7, 24-30), à hemorroíssa (cf. Mt 9, 20-22) e à pecadora perdoada (cf. Lc 7, 36-50). Não me refiro sequer às protagonistas de algumas parábolas eficazes, por exemplo a uma dona de casa que amassa o pão (cf. Mt 13, 33), à mulher que perde a dracma (cf. Lc 15, 8-10), à viúva que importuna o juiz (cf. Lc 18, 1-8). Mais significativas para o nosso assunto são aquelas mulheres que desenvolveram um papel activo no contexto da missão de Jesus. Em primeiro lugar, o pensamento dirige-se naturalmente à Virgem Maria que, com a sua fé e a sua obra materna, colaborou de modo único para a nossa Redenção, tanto que Isabel pôde proclamá-la “bendita és tu entre as mulheres” (Lc 1, 42), acrescentando: “Feliz de ti que acreditaste” (Lc 1, 45). Tornando-se discípula do Filho, Maria manifestou em Caná a confiança total nele (cf. Jo 2, 5) e seguiu-o até aos pés da Cruz, onde recebeu dele uma missão materna para todos os seus discípulos de todos os tempos, representados por João (cf. Jo 19, 25-27).

Há depois várias mulheres, que a diversos títulos gravitam em volta da figura de Jesus, com funções de responsabilidade. São exemplo eloquente disto as mulheres que seguiam Jesus para o assistir com os seus bens e das quais Lucas nos transmite alguns nomes: Maria de Magdala, Joana, Susana e “muitas outras” (cf. Lc 8, 2-3). Depois, os Evangelhos informam-nos que as mulheres, diversamente dos Doze, não abandonaram Jesus na hora da Paixão (cf. Mt 27, 56.61; Mc 15, 40). Entre elas, sobressai em particular Madalena, que não só presenciou a Paixão, mas foi também a primeira testemunha e anunciadora do Ressuscitado (cf. Jo 20, 1.11-18). Precisamente a Maria de Magdala S. Tomás de Aquino reserva a singular qualificação de “apóstola dos apóstolos” (apostolorum apostola), dedicando-lhe este bonito comentário: “Como uma mulher tinha anunciado ao primeiro homem palavras de morte, assim uma mulher foi a primeira a anunciar aos apóstolos palavras de vida” (Super Ioannem, ed. Cai 2519).

Também no âmbito da Igreja primitiva a presença feminina não é de modo algum secundária. Não insistamos sobre as quatro filhas não nomeadas do “diácono” Filipe, residentes em Cesareia Marítima e todas elas dotadas, como nos diz São Lucas, do “dom da profecia”, ou seja, da faculdade de intervir publicamente sob a acção do Espírito Santo (cf. Act 21, 9). A brevidade da notícia não permite deduções mais precisas. Aliás, devemos a São Paulo uma mais ampla documentação sobre a dignidade e sobre o papel eclesial da mulher. Ele parte do princípio fundamental, segundo o qual para os baptizados não só “não há judeu nem grego, não há escravo nem livre”, mas também “não há homem nem mulher”. O motivo é que “todos somos um só em Cristo Jesus” (Gl 3, 28), ou seja, todos irmanados pela mesma dignidade de fundo, embora cada um tenha funções específicas (cf. 1 Cor 12, 27-30). O Apóstolo admite como algo normal que na comunidade cristã a mulher possa “profetizar” (1 Cor 11, 5), isto é, pronunciar-se abertamente sob o influxo do Espírito, contanto que isto seja para a edificação da comunidade e feito de modo digno. Portanto, a sucessiva, bem conhecida, exortação para que “as mulheres estejam caladas nas assembleias” (1 Cor 14, 34) deve ser antes relativizada. Deixemos aos exegetas o consequente problema, muito discutido, da relação entre a primeira palavra as mulheres podem profetizar na assembleia e a outra não podem falar da relação entre estas duas indicações aparentemente contraditórias. Não se pode discuti-lo aqui. Na quarta-feira passada já encontrámos a figura de Prisca ou Priscila, esposa de Áquila, que em dois casos é surpreendentemente mencionada antes do marido (cf. Act 18, 18; Rm 16, 3): de qualquer maneira, ambos são explicitamente qualificados por Paulo como seus sun-ergoús, “colaboradores” (Rm 16, 3).

Outros relevos não podem ser descuidados. É necessário reconhecer, por exemplo, que a breve Carta a Filémon é na realidade endereçada por Paulo também a uma mulher chamada “Ápfia” (cf. Fm 2). Tradições latinas e sírias do texto grego acrescentam a este nome “Ápfia” o apelativo de “irmã caríssima” (Ibidem) e deve-se dizer que na comunidade de Colossos ela devia ocupar um lugar de relevo; de qualquer forma, é a única mulher mencionada por Paulo entre os destinatários de uma sua carta. Noutro lugar, o Apóstolo menciona uma certa “Febe”, qualificada como diákonos da Igreja de Cêncreas, a pequena cidade portuária a leste de Corinto (cf. Rm 16, 1-2).

Embora o título naquele tempo não tenha um específico valor ministerial de tipo hierárquico, ele expressa um verdadeiro e próprio exercício de responsabilidade desta mulher em favor daquela comunidade cristã. Paulo recomenda que seja recebida cordialmente e assistida “nas actividades em que precisar de vós”; depois, acrescenta: “Pois também ela tem sido uma protectora para muitos e para mim pessoalmente”. No mesmo contexto epistolar, o Apóstolo recorda com traços de delicadeza outros nomes de mulheres: uma certa Maria, depois Trifena, Trifosa e a “querida” Pérside, além de Júlia, das quais escreve abertamente que “se afadigaram por vós” ou “que se afadigaram pelo Senhor” (Rm 16, 6.12a.12b.15), ressaltando assim o seu forte compromisso eclesial. Depois, na Igreja de Filipos deviam distinguir-se duas mulheres chamadas “Evódia e Síntique” (Fl 4, 2): a exortação que Paulo faz à concórdia recíproca deixa entender que as duas mulheres tinham uma função importante no interior daquela comunidade.

Em síntese, a história do cristianismo teria tido um desenvolvimento muito diferente, se não houvesse a generosa contribuição de muitas mulheres. Por isso, como pôde escrever o meu venerado e querido Predecessor João Paulo II na Carta Apostólica Mulieris dignitatis, “a Igreja rende graças por todas e cada uma das mulheres… A Igreja agradece todas as manifestações do “génio” feminino, surgidas no curso da história, no meio de todos os povos e nações; agradece todos os carismas que o Espírito Santo concede às mulheres na história do Povo de Deus, todas as vitórias que deve à fé, à esperança e à caridade das mesmas: agradece todos os frutos de santidade feminina” (n. 31). Como se vê, o elogio diz respeito às mulheres ao longo da história da Igreja, e é expresso em nome de toda a comunidade eclesial. Também nós nos unimos a este apreço, dando graças ao Senhor porque Ele conduz a sua Igreja, de geração em geração, valendo-se indistintamente de homens e mulheres, que sabem frutificar a sua fé e o seu baptismo, para o bem de todo o Corpo eclesiástico, para maior glória de Deus.

Aborto: a quem interessa?

Maria José Miranda Pereira, promotora de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília (DF), membro da Associação Nacional Mulheres pela Vida

BRASÍLIA, sexta-feira, 21 de julho de 2006 (ZENIT.org).- Publicamos a seguir artigo de Maria José Miranda Pereira, promotora de Justiça do Tribunal do Júri de Brasília (DF), membro da Associação Nacional Mulheres pela Vida, intitulado «Aborto: a quem interessa?». O texto foi publicado originalmente site Jus Navigandi, nº 1090, 26 de junho de 2006 (Cf. http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8562).

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Aborto, a quem interessa?

“Certos fatos sobre o aborto precisam ser entendidos: nenhum país já reduziu o crescimento de sua população sem recorrer ao aborto” (Relatório Kissinger, p. 182).

Uma pesquisa da Sensus realizada em abril de 2005 a pedido da Confederação Nacional de Transportes (CNT) revelou que 85% dos brasileiros são contrários à prática do aborto. Mesmo em caso de violência sexual, 49,5% são contrários, enquanto 43,5% são favoráveis e 7% não responderam [1].

A Folha de S. Paulo recentemente mostrou sua admiração pela “queda abissal” (sic) da aprovação pública ao aborto:

“Um dos aspectos que mais atraíram a atenção das pessoas ouvidas pela Folha a respeito dos resultados das chamadas ´questões morais´ da pesquisa Datafolha foi a queda abissal no índice de moradores de São Paulo que apóiam a legalização do aborto. Saiu de 43% em 1994, quando a maioria da população se declarava a favor da descriminalização, para 21% em 1997, já em segundo nas opções, para apenas 11% na pesquisa atual…” [2].

Paradoxalmente, estamos vendo parte do governo e de ONGs feministas numa busca frenética da liberação total do aborto. Por iniciativa do governo federal, foi instalada uma Comissão Tripartite para rever a legislação punitiva de tal crime. A Comissão foi composta por três partes: a primeira, abortistas do Poder Executivo; a segunda, abortistas do Poder Legislativo; a terceira, abortistas das ONGs financiadas com muitos dólares “representando” (?) a sociedade civil. Lamentavelmente, a Associação Nacional Mulheres pela Vida não foi convidada. O anteprojeto (ou “proposta normativa”) resultante do trabalho de tal Comissão dificilmente poderia ter saído pior.

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