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Dom Bergozini: Venham comigo lutar pela Vida!

Guarulhos, 11 Nov. 10 / 03:21 pm (ACI).- Em uma carta assinada hoje, (11) o Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, reafirmou seu compromisso de defender a vida contra projetos de lei que visam descriminalizar a prática do aborto no Brasil. “A vida humana pertence a Deus”, assevera Dom Bergonzini, que também recordou que “nenhuma lei, nenhum plebiscito, nenhum partido, nenhum grupo de pessoas pode decidir quem vai morrer e quem vai nascer”. Por isso o bispo afirma manterá a “luta pela vida dos indefesos, contra a cultura da morte que querem implantar no Brasil e na América Latina” e chama os fiéis à luta pela vida também durante o governo de Dilma Rousseff que assume a presidência da República neste 1º de janeiro. Abaixo reproduzimos na íntegra a carta de Dom Bergonzini aos fiéis de Guarulhos recordando a vigília pelos nascituros a ser celebrada no 27 deste mês.

“Muitas pessoas não entenderam o Movimento em Defesa da vida que fizemos e continuaremos fazendo. A época das eleições é propícia para debater os problemas nacionais. A preservação da vida é um problema nacional.

Existe um projeto de liberação do aborto no Brasil, que vem sendo defendido, há muito tempo, por partidos e políticos engajados nesse objetivo. Matar seres humanos indefesos, no útero de suas mães, antes deles chegarem à luz, é problema nacional e assassinato. Os leigos católicos, os religiosos, os padres, os evangélicos, todas as religiões têm o direito de defender sua Doutrina e sua Moral.

Muita gente confundiu a ação pastoral com política. Defender a vida, contra a cultura da morte, não é política. Tem reflexos na política, mas é uma ação pastoral. O Papa Bento XVI não confundiu. Tanto que aprovou a campanha contra o aborto. A Igreja Católica estava usando o seu direito de defender o Evangelho e a Moral Cristã, e continuará a fazê-lo.

O Papa Bento XVI vem alertando o Mundo sobre o relativismo. No caso das eleições, se uma pessoa é cristã e obedece os Mandamentos da Lei de Deus, ela não pode apoiar candidatos com projetos de liberação do aborto. O cristão não pode relativizar e aprovar atitudes e ações que são contra a sua fé e a Doutrina Cristã.

A candidata Dilma Rousseff e sua Coligação me acusaram, no Tribunal Superior Eleitoral, de Brasília, de ter falsificado o documento da CNBB-Regional SUL-1. Imagine um Bispo falsificando um documento assinado por outros três Bispos. Eu e a Igreja Católica fomos vítimas da mentira e da violação dos direitos constitucionais. A defesa apresentada pelos advogados da Diocese de Guarulhos mostra como os direitos da Igreja Católica foram violados. O Ministério Público Eleitoral Federal também entendeu que os direitos da Igreja Católica foram violados.

A vida é o maior bem que temos. Deus nos deu a vida e só Ele pode nos tirá-la. Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. A vida humana pertence a Deus. O ser humano e suas leis terrenas não podem mudar isso. Nenhuma lei, nenhum plebiscito, nenhum partido, nenhum grupo de pessoas pode decidir quem vai morrer e quem vai nascer. Os políticos cristãos deveriam formar uma frente parlamentar nacional para impedir os governos de adotarem medidas para facilitar ou incentivar o aborto.

A campanha em favor da vida, que se iniciou há muito tempo, vai continuar. O projeto de lei para liberação do aborto foi derrotado nas Comissões de Saúde e Seguridade Social e de Constituição e Justiça, da Câmara Federal. Os defensores da vida pensaram que o assunto estava encerrado. Mesmo com essas decisões, um deputado do PT solicitou que o projeto seja apreciado pelo Plenário da Câmara Federal. Depois disso, 21.12.2009, o Governo Federal editou o PNDH-3, e ressurgiu o projeto de liberação do aborto. E em 16.07.2010, numa reunião de países da América Latina, o Governo Federal assinou o “Consenso de Brasília”, que pretende estender a liberação do aborto para toda a América Latina. E, no dia 04 de outubro, um dia após a eleição do primeiro turno, o Governo Federal publicou convênio, no Diário Oficial da União, para prosseguir no caminho da liberação do aborto. Os católicos que votaram nesse projeto serão responsáveis, com os eleitos por eles que apóiam o aborto, pelas mortes das crianças indefesas que forem retiradas dos úteros de suas mães e atiradas no esgoto, como se fossem dejetos.

De minha parte, por amor ao Evangelho, pela fidelidade a Jesus Cristo, à sua Igreja e ao sucessor de Pedro, o Papa Bento XVI, manterei a luta pela vida dos indefesos, contra a cultura da morte que querem implantar no Brasil e na América Latina.

Exorto todos os cristãos a seguirem este mesmo caminho. Venham comigo lutar pela Vida!”

A carta termina recordando os fiéis que neste dia 27 de novembro o Papa Bento XVI decretou o dia mundial da vigília pela vida do nascituro.

"Me inclua fora dessa"

Por Eric Mondolo
Fonte: Veritatis Splendor

Dia 7 de Setembro, feriado nacional em que se comemora a Independência do Brasil, é dia de acordar cedo e ir assistir o desfile cívico da nossa cidade. As crianças balançam bandeirinhas, os adultos se emocionam com a passagem dos milicos aposentados, os bombeiros são aplaudidos, as fanfarras e bandas entoam marchas militares dando o tom da festa e despertando na população aquele sentimento saudosista patriótico, que apesar dos pesares, sempre vem à tona nessas datas. Ou mais gritante ainda em época de copa do mundo de futebol e jogos olímpicos.

Porém um outro programa atrai também muita gente para ruas nesse mesmo dia, é o Grito dos Excluídos. Movimento que teve início no ano de 1994 aqui no Brasil liderado por alguns católicos, realizando sua primeira passeata em Setembro do ano seguinte com o lema “Vida em primeiro lugar”. Segundo a página na internet da organização desse movimento, a idéia inicial era aprofundar o tema da campanha da fraternidade de 1995 “Eras Tu Senhor” com uma marcha nas ruas, e passar alguns outros recadinhos. Entre eles, denunciar os abusos do modelo político e econômico brasileiro. De lá pra cá a marcha cresceu, se espalhou por muitas cidades brasileiras e outras organizações sociais foram se agrupando unindo suas vozes para soltar o brado em comum.

Membros do clero, misturaram-se ao povo e militantes das entidades participantes caminhando, cantando e seguindo a canção. O problema é que essa música não demorou pra desafinar. Como ter unidade de ação com grupos que defendem idéias tão contrárias a fé católica? Em um vídeo na internet, é possível ver pessoas carregando a bandeira do movimento que defende o orgulho gay, em um desses eventos.Uma investida política disfarçada de reivindicações por liberdade sexual.

O MST, claro, tem lugar de destaque no Grito dos Excluídos, organização que não está interessada só em conquistas de terras, mas de toda terra (inclusive as que estão debaixo das unhas alheias). “Tu não desejarás para ti a casa de teu próximo, nem seu campo, nem seu escravo, nem sua escrava, nem seu boi, nem seu jumento, qualquer coisa que pertença a teu próximo” (Dt. 5, 21).Nenhum líder desse movimento esconde o desejo de promover uma revolução para implantar o Socialismo custe o que custar, é o que diz a cartilha do MST “apenas ocupar a terra só pra trabalhar, já é uma posição superada”. Já que receberam milhões de hectares, já decidiram por as manguinhas de fora e mostrar realmente a que vieram.

E o pior é que são essas mesmas bandeiras vermelhas, que fazem número nas passeatas pró-aborto, pró-pesquisa com células-tronco embrionárias, ou a outras aberrações morais. E esse ano a Campanha da Fraternidade, também teve o tema de defesa da vida. Para que lado vão gritar?

E como falei das Olimpíadas, lembro que esse ano, os jogos acontecerão em um país que sofre as conseqüências de um regime comunista, e agora tenta esconder com banners e sorrisos, as amarguras que a população enfrenta no seu dia-a-dia, já que as câmeras de televisão estão voltadas pra lá. Muitas matérias de telejornais mostram as lojas chinesas que vendem produtos falsificados, e são fundamentais na economia pois além do mercado interno, são exportados para muitos países.O Brasil seguiu o exemplo, e também aprendeu a exportar porcaria, o Grito dos Excluídos já chegaram a quase todos os países da América Latina, além dos Estados Unidos.

Nunca vejo as propostas da doutrina social da Igreja sendo defendida em meio a essas movimentações.Símbolos religiosos ou referências à espiritualidade católica nesse grito, ficam quase que escondidos.A Teologia da Libertação e suas distorções evangélicas ainda têm muito espaço na Igreja do Brasil. Mesmo o ex-frei, ex-Leonardo, Genésio Boff, ainda influencia o meio acadêmico filosófico/teológico. Ele que deixou bem claro que a Teologia da Libertação não veio trazer a fé no marxismo, mas o marxismo na fé.Alías, o irmão de Genésio, Clodovis Boff também teólogo dessa estirpe, tem um pensamento interessante sobre o sonho (para ele) do cristianismo perfeito “a oração, a missa e os sacramentos não são a parte mais importante… Um Cristianismo que não confere um sentido objetivo e sobrenatural à luta popular, mas é a luta popular que dá sentido à fé?” (cf. Clodovis Boff, Do político, pp. 102-107). Será que o tal Grito do Excluídos, realmente dá sentido à fé? Ou apenas é o sonho boffiniano ganhando espaço? Quem realmente grita pela exclusão de quem? Os marxistas excluem Deus do mundo e Antônio Gramsci pode comemorar o sucesso parcial de sua empreitada, pois defendia destruir a Igreja Católica por dentro, roendo seus alicerces espirituais, já que os ataques externos são mais difíceis de alcançar êxito.

Eu que na minha infância nos anos 80, nem entendia direito o que havia de errado no discurso cheio de ódio do padre na paróquia que freqüentava, apenas sentia aquele forte cheiro de Boff. Quando o Grito do Excluídos foi criado, eu já estava rouco o suficiente, para não querer participar desse movimento. Hoje dou graças a Deus por conseguir me livrar dessas influências totalmente, e amar a verdadeira Igreja de Cristo, seu Vigário na Terra e viver as belezas que os sacramentos contém.Faço um apelo para todos os desavisados, que bem intencionados pretendem participar do Grito dos Excluídos, para divulgar suas pastorais, seus trabalhos paroquiais, entidades e comunidades sérias e comprometidas com o evangelho de Nosso Senhor, que quando for necessário ir as ruas para defender a vida pra valer, que também o façam.Pois apesar da “doença da Igreja do Brasil” como denomina Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, ainda temos muitos “glóbulos brancos” dispostos a enfrentar a “doença” com a ajuda e a graça de Deus. Ainda que pareça uma luta difícil, a garantia de sucesso e proteção para a Igreja de Pedro, vêm de gente de peso: “As portas do inferno, não prevalecerão contra ela” (Mat. 16,18).

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