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Satanás é um mal pagador e sempre nos engana, ensina o Papa Francisco

VATICANO, 14 Mai. 13 / 03:36 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco disse hoje, em sua habitual homilia da Missa que preside na Casa Santa Marta no Vaticano, que Satanás é um mal pagador e sempre nos engana; e ante essa realidade temos que rezar pedindo ao Espírito Santo um coração capaz de amar como Jesus, porque o que ama nunca está sozinho e não “perde” sua vida mas sim a encontra.

Na Eucaristia concelebrada pelo Arcebispo de Medellín (Colômbia), Dom Ricardo Antonio Tobón Restrepo, e na qual participaram alguns empregados dos Museus Vaticanos, assim como alguns alunos do Pontifício Colégio Português, o Santo Padre disse que se de verdade queremos seguir Jesus, devemos “viver a vida como um dom” para doá-la aos outros, “não como um tesouro que devemos conservar”.

O Santo Padre refletiu sobre a oposição entre o caminho do amor e o do egoísmo. Evocando a palavra forte que Jesus nos diz: “Ninguém tem amor maior que este: dar sua vida.”, o Pontífice destacou que a liturgia de hoje mostra também a Judas, que tinha precisamente a atitude contrária: “e isso porque Judas nunca compreendeu o que é um dom”.

“Pensemos naquele momento, quando Madalena lava os pés de Jesus com o nardo, tão caro: é um momento religioso, um momento de gratidão, um momento de amor. E ele (Judas) se afasta e critica amargamente: ‘Mas … isso poderia ser usado para os pobres!’. Esta é a primeira referência que eu encontrei no Evangelho da pobreza como ideologia. O ideólogo não sabe o que é o amor, porque não sabe doar-se”.

Judas estava “isolado em sua solidão”, e esta sua atitude de egoísmo foi crescendo “até trair Jesus.”, acrescentou o Papa Francisco, ressaltando logo que o que ama “dá sua vida como dom”; enquanto que o egoísta “cuida da sua vida, cresce neste egoísmo e se torna um traidor, mas sempre sozinho”.

Entretanto, quem “dá a sua vida por amor, nunca está sozinho: está sempre em comunidade, em família.” Além disso, quem “isola a sua consciência no egoísmo,” acaba “perdendo-a”, reiterou o Papa, ressaltando que foi isso o que aconteceu com Judas, que “era um idólatra, apegado ao dinheiro”:

“E João o diz: ‘era um ladrão’. E esta idolatria o levou a isolar-se da comunidade: este é o drama da consciência isolada. Quando um cristão começa a isolar-se, também isola a sua consciência do sentido comunitário, do sentido da Igreja, daquele amor que Jesus nos dá. Ao invés disso, o cristão que doa a sua vida, que a perde, como diz Jesus, a encontra, em sua plenitude. E o que, como Judas, quer conservá-la para si mesmo, ao final a perde. João nos diz que ‘nesse momento, Satanás entrou no coração de Judas’. E, devemos dizê-lo: Satanás é um mal pagador. Sempre nos engana, sempre!”

“Mas Jesus ama sempre e sempre se doa. E este seu dom de amor nos leva a amar para dar fruto. E o fruto permanece”, disse o Papa Francisco.

Para concluir o Santo Padre alentou que nestes dias à espera da Festa do Espírito Santo, Pentecostes “peçamos: Vem, Espírito Santo, vem e dê-me um coração aberto, um coração que seja capaz de amar com humildade e com mansidão, mas sempre um coração aberto que seja capaz de amar. Peçamos esta graça ao Espírito Santo. E que nos libere sempre do outro caminho, do caminho do egoísmo, que termina sempre mal. Peçamos esta graça!”.

O Papa exorta a meditar nesta Semana Santa na infinita paciência de Deus conosco

O Papa exorta a meditar nesta Semana Santa na infinita paciência de Deus conosco

VATICANO, 26 Mar. 13 / 09:29 am (ACI/EWTN Noticias).- Nesta Segunda-feira Santa, o Papa Francisco fez um chamado a que, nesta Semana Santa, os católicos meditem na paciência que Deus tem com os pecados e as debilidades de cada um, pois seu amor é sempre superior a eles.

Assim o indicou o Santo Padre em uma breve homilia na Missa que celebrou ontem na Casa Santa Marta, em que meditou sobre a paciência a partir da passagem evangélica em que Judas critica a Maria por ungir os pés de Jesus com perfume.

A paciência “infinita” de Deus está refletida nesta passagem na qual Jesus é paciente com Judas. São João destaca no Evangelho que Judas não se preocupava com os pobres, mas se preocupava com o dinheiro que roubava. Jesus não lhe diz “você é um ladrão”, mas com seu amor “foi paciente com Judas, procurando atrai-lo a si com sua paciência, com seu amor”.

“Fará bem para nós pensar nesta Semana Santa na paciência de Deus, naquela paciência que o Senhor tem conosco, com nossas debilidades, com nossos pecados”, exortou o Pontífice.

“Quando pensamos na paciência de Deus. Isso é um mistério!”, exclamou o Papa. “Esta paciência que Ele tem conosco! Fazemos tantas coisas, mas Ele é paciente”. “É paciente como o pai que no Evangelho viu o filho de longe, aquele filho que foi embora com todo o dinheiro da herança”.

E por que pôde vê-lo de longe? Pergunta-se o Papa: “porque, todos os dias, ia ao alto para olhar se o filho voltava”. Esta, disse Francisco, “é a paciência de Deus, esta é a paciência de Jesus”.

“Pensemos em uma relação pessoal, nesta Semana: como foi na minha vida a paciência de Jesus comigo? Sobretudo isto. E logo sairá de nosso coração uma só palavra: ‘obrigado, Senhor, obrigado pela sua paciência!’”

Papa sugere: quando não se crê, é melhor ser “honesto” e deixar a Igreja

Por John-Henry Westen – Life Site News | Tradução: Fratres in Unum.com – Cidade do Vaticano, 28 de agosto de 2012:

Papa Bento XVI Em seu discurso no Angelus de domingo, o Papa Bento XVI falou da traição de Judas a Cristo, afirmando que o problema de Judas foi ter falhado em abandonar a Cristo quando já não mais acreditava — uma “falsidade”, afirmou o Papa, “que é uma marca do demônio”.

“Judas”, declarou o Papa Bento, “poderia ter deixado [Jesus], como fizeram muitos discípulos; de fato, ele teria abandonado, se fosse honesto. Pelo contrário, ele permaneceu com Jesus. Não por causa da fé, ou por causa do amor, mas com a intenção secreta de se vingar do Mestre”.

Segundo o diretor em Roma da Human Life International [HLI], Monsenhor Ignacio Barreiro, os comentários são muito relevantes para a atual situação na Igreja Católica. Mons. Barreiro, doutor em teologia dogmática, disse ao LifeSiteNews que “para aqueles Católicos que não podem se convencer a crer nos ensinamentos formais da Igreja sobre questões relacionadas à vida e à família, seria mais honesto deixar a Igreja, em vez de trai-La”.

Mas, acrescentou, “nós lamentamos muitíssimo que a pessoa seja tão propensa [a isso] e desejamos que tenha uma conversão, passando a crer verdadeiramente”.

O Papa Bento, em suas observações, fez uma distinção entre crer e compreender, notando que alguns discípulos se afastaram de Cristo porque não acreditavam. Todavia, disse ele, mesmo aqueles que permaneceram, acreditaram antes de compreender plenamente.

O diretor em Roma da HLI comentou: “dificuldade intelectual não é desobediência”. E explicou: “Pode haver ensinamentos que você acha difíceis de aceitar. Contudo, (nessas circunstâncias) é virtuoso acreditar, uma vez que você faz um sacrifício da sua própria vontade, tomando como sua a mente da Igreja”.

Mons. Barreiro recordou que a submissão da vontade e do intelecto é exigida quando se trata de ensinamentos oficiais da Igreja, e não de opiniões prudenciais. “Por exemplo”, declarou, “[a submissão] é necessária para o ensinamento sobre o aborto, mas pode haver diferenças legítimas de opinião entre os Católicos sobre como prestar auxílio aos pobres”.

Dando outro exemplo, ele ressaltou que “enquanto a Igreja nunca pode ordenar mulheres ao sacerdócio, pode haver diferenças sobre como assegurar a todos o acesso a cuidados de saúde”.

O Papa concluiu com uma oração, pedindo a Deus que “nos ajude a crer em Jesus, como fez São Pedro, e a ser sempre sinceros com Ele e com seu povo”.

Por que a Igreja não vende tudo o que tem para ajudar aos pobres?

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Está é uma pergunta bastante pertinente e apesar de antiga, nunca deixou de ser atual, aliás, ultimamente, com o apetite cada vez mais voraz que a mídia secular demonstra ter para escornear a Igreja Católica, ela torna-se ainda mais relevante. Sendo assim, vamos direto aos fatos, porque apesar de haver um grande número de “bem-intencionados” Judas Iscariotes,, sejamos francos, dentre eles são poucos os que são dados à leitura e à pesquisa. Assim, não é prudente que me extenda muito.

Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair disse. Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? (João 12,4-5)

A igreja Católica é a instituição mais antinga da terra. Se fosse uma empresa privada, seria a maior do mundo, não apenas em tamanho mas em termos de volume do seu patrimônio e sua riqueza e por sua presença em quase todo o país do mundo. Sua importância, porém, não se restringe ao seu tamanho e número de fiéis batizados. Foi a Igreja Católica que criou, por exemplo, o sistema universitário, os métodos de pesquisa científica ou a filantropia instituicional, sem a qual a palavra caridade, que significa amor, não teria sequer o sentido que têm hoje nas sociedade ocidentais. Contudo, apesar de inúmeros outros feitos de valor, o mais nótorio deles: a caridade da Igreja Católica, é infelizmente, ignorada tanto pelos católicos como não-católicos. Assim, a Igreja Católica é sistematicamente cristicada por sua riqueza.

Deus Caritas Est – Deus é Amor

“Mas se a Igreja é tão rica e poderosa, por que não vende tudo o que possui para ajudar aos necessitados?”

Vamos ao números e fatos:

A Igreja Católica mantém na Ásia: 1.076 hospitais; 3.400 dispensários; 330 leprosários; 1.685 asilos; 3.900 orfanatos; 2.960 jardins de infância. Na África: 964 hospitais; 5.000 dispensários; 260 leprosários; 650 asilos; 800 orfanatos; 2.000 jardins de infância. Na América: 1.900 hospitais; 5.400 dispensários; 50 leprosários; 3.700 asilos; 2.500 orfanatos; 4.200 jardins de infância. Na Oceania: 170 hospitais; 180 dispensários; 1 leprosário; 360 asilos;60 orfanatos; 90 jardins de infância. Na Europa: 1.230 hospitais; 2.450 dispensários; 4 Leprosários; 7.970 asilos;2.370 jardins de infância.

No Brasil, podemos seguramente dizer que a contribuição da Igreja Católica para a Saúde pública foi mais valiosa do que a de qualquer outro governo já existente no país. Na década de 50, quando a rede pública de saúde ainda não contava com uma capacidade operacional expressiva, eram as casas de caridade da Igreja Católica que cuidavam das pessoas que não tinham condições de se tratarem em um hospital. As Santas Casas de Misericórdia e Sanatórios eram e continuam a ser dirigidos e subsidiados pela Igreja Católica, e têm as freiras e religiosos católicos como sua principal fonte de recursos humanos.

Seria quase impossível listar e numerar as atividade e contribuições da Igreja Católica no campo da caridade. O vídeo abaixo mostra algumas maneiras pelas quais a Santa Igreja tem, ao longo dos séculos, posto em prática as palavras de Cristo sobre a caridade e o amor ao próximo.

“Tudo o que fizerdes ao mais pequeninos dos Meus irmãos, o fazeis a Mim.” (Mt 25:40)

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=jZeH9OQkFlY[/youtube]

Jesus teve mais irmãos?

Autor: Padre Alberto Gambarini

Diante das controvérsias se Jesus tinha irmãos ou não, sem entrar em polêmicas, quero ajudar o católico a entender o ensino da Igreja sobre este tema.

l.° — Entre o Povo Judeu, a palavra «irmão» era usada para. designar, também, os parentes próximos, como sobrinhos, primos, etc. Já no Antigo Testamento, o tio e o sobrinho são chamados «irmãos». Como vemos, por exemplo no diálogo entre Abraão e Lot em Gn 13,8 ( Abraão era tio de Lot) “Abrão disse a Lot: “Rogo-te que não haja discórdia entre mim e ti, nem entre nossos pastores, pois somos irmãos.” O mesmo sucede com Jacó e Labão (cf. Génesis 29,10 com 29,15).

Também primos também são chamados «irmãos», como lemos em 1Cro 23,22 (Bíblia de Jerusalém): “Eleazar morreu sem ter filhos, mas teve filhas que foram desposadas pelos filhos de Cis, seus irmãos.” Eleazar e Cis eram irmãos, logo as filhas do primeiro eram primas dos filhos de Cis. Ainda hoje, em muitos povos, a palavra «irmão» é usada para designar os primos e qualquer parente.

2.° — Na Bíblia, são indicados como «irmãos» de Jesus, Tiago, José, Judas, Simão (cf. Marcos 6,3). Mas nós sabemos, pelo Evangelho de S. João, que a Mãe de Jesus tinha uma irmã (ou prima) também chamada Maria e que era mulher da Cléofas, João 19,25 lemos claramente: “Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.” Sabemos, também, que Maria, mãe de Tiago, o menor ,e de José, não é a Mãe de Jesus (cf. Marcos 15,40; Mateus 27,56). A mãe de Tiago e de José é «outra Maria», irmã ou prima da Mãe de Jesus. Foi esta «outra Maria», que, no «primeiro dia da semana», logo de manhã cedo, foi visitar o sepulcro de Jesus, como lemos em Mateus 28,1: “Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo.” S. Marcos confirma que esta «outra Maria» é, de fato, a mãe de Tiago (Marcos 16,1). S. Lucas diz o mesmo (Lucas 24,10). Portanto, S. Tiago, que foi Bispo de Jerusalém e é chamado o «irmão do Senhor» (cf Gálatas 1,19), não é realmente irmão de Jesus, mas primo. O outro Tiago, de que fala o Novo Testamento, é irmão de João e filho de Zebedeu (Mateus 4,21). Por seu lado, Judas (o santo) apresenta-se como irmão de Tiago (Judas 1,1).

Conclusão: Os «irmãos» e «irmãs» de Jesus, de que fala o Novo Testamento, não são irmãos no sentido verdadeiro, mas primos.

3.° — A Família de Nazaré aparece sempre com 3 pessoas: Jesus, Maria, José, Quando, aos 12 anos, Jesus vai a Jerusalém com Maria e José, para a festa da Páscoa, só aparece Jesus como único filho de Maria (cf Lucas 2,41-52).

4.° — Se Maria tivesse mais filhos, não se compreenderia como é que Jesus, ao morrer, deu ao Apóstolo João, como filho, a Maria, para que cui-dasse d’Ela (cf João 19,26-27). E o Apóstolo João era da família de Zebedeu (cf. Mateus 4,21; 10,3; 27,56; etc). Nem sequer era parente de Jesus. Por certo, Jesus não entregaria a sua Mãe a um estranho, se Ela tivesse outros filhos.

Semana Santa: entenda as tradições que antecedem a Páscoa

Fonte: Canção Nova Notícias

'As pessoas se identificam com o Cristo morto na Cruz, se identificam também por causa dos seus sofrimentos, das suas dores', diz padre Hernaldo Com a celebração do Domingo de Ramos no último domingo, 1º, os católicos iniciaram a Semana Santa, que todos os anos mobiliza milhares de fiéis para reviver os últimos passos de Jesus Cristo. Diversas tradições são realizadas ao longo de toda a semana em preparação ao acontecimento mais importante para esses religiosos: a Páscoa do Senhor.

De acordo com o assessor da Pastoral Litúrgica da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Hernaldo Pinto Farias, o povo tem uma religiosidade muito marcada e, nesses dias da Semana Santa, são muitas as pessoas que procuram a Igreja.

“As pessoas se identificam com o Cristo morto na Cruz, com o Cristo sofredor, das lágrimas, com o Cristo que acolhe as mulheres que choram, que se identificam também por causa dos seus sofrimentos, das suas dores”, explicou.

O padre destacou que essa identificação é importante porque leva a uma vivência da fé, a uma intimidade com o Cristo que, na Sua Cruz, acolhe os sofrimentos de todos os povos.

O sacerdote, porém, ressaltou a constante necessidade de formação para vivenciar bem estes dias, embora a Igreja já invista nesse processo formativo. “Quanto mais somos formados, sobretudo no campo litúrgico, melhor vivemos nossa fé. Nosso crescimento não é apenas de estatura, de idade, mas crescemos também no campo da fé”, enfatizou.

Tradições populares

Nem todas as celebrações da Semana Santa são universais. Procissão do Encontro, na Quarta-feira Santa, Procissão do Fogaréu, conhecida também como Noite da Prisão, Procissão do Enterro ou do Senhor Morto e Malhação do Judas no Sábado de Aleluia são algumas ações que não são realizadas em todas as paróquias.

A explicação, segundo padre Hernaldo, é que estas não são celebrações prescritas pela Igreja para a Semana Santa, mas fazem parte do universo da religiosidade popular e acabam sendo mais intensas em alguns lugares e em outros não.

Essas tradições podem ser vistas como práticas da piedade popular, o que a Igreja não condena. De acordo com padre Hernaldo, a piedade popular tem o seu valor na experiência de fé do povo; são práticas que ajudam o povo a se colocar nessa intimidade com o Senhor.  “É uma forma de eles manifestarem sua fé, à sua maneira, sim, mas o que temos que fazer que a Igreja sempre solicitou é que essas práticas não sejam fins em si mesmas, ou seja, que elas conduzam à verdadeira liturgia”, ressaltou padre Hernaldo.

Significado das tradições da Semana Santa

Missa de Ramos: abre a Semana Santa. Na procissão, o louvor do povo com os ramos é o reconhecimento messiânico da pessoa de Jesus

Missa dos Santos Óleos: acontece na manhã da Quinta-feira Santa. O óleo de oliva misturado com perfume (bálsamo) é consagrado pelo Bispo para ser usado nas celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e Ordenação.

Missa de Lava pés: acontece na Quinta-feira Santa à noite. O gesto de Cristo em lavar os pés dos apóstolos deve despertar a humildade, mansidão e respeito com os outros. Neste dia, faz-se memória à Última Ceia, quando Jesus instituiu a Eucaristia. Ainda na quinta-feira, o altar é despido para tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.

Tríduo Pascal: começa na Quinta-feira Santa. São três dias santos em que a Igreja faz memória da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

– Jejum e abstinência de carne vermelha: realizados na Sexta-feira Santa, constituem uma forma de participar do sofrimento de Jesus. É um dia alitúrgico na Igreja, com a celebração da adoração da Cruz. Impera o silêncio e clima de oração, fazendo memória à paixão e morte do Senhor.

Vigília Pascal: é realizada no Sábado de Aleluia, em que se vai anunciar a ressurreição de Cristo; sua vitória sobre a morte.

Os pecados da Igreja

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Conta-se que Napoleão, o vencedor de tantas batalhas, após ter mantido o Papa Pio VII prisioneiro em Fontainebleau por longo tempo, queria tomar a Igreja Católica sob a sua tutela para assim alcançar a hegemonia total na Europa. Com isso em mente, redigiu uma Concordata que entregou ao Secretário de Estado, o cardeal Consalvi. O imperador disse ao cardeal que voltaria no dia seguinte e que queria o documento assinado.

Após ler a Concordata, Consalvi informou Sua Santidade de que assinar o documento equivaleria a vender a Igreja ao Imperador da França e, por conseguinte, implorou-lhe que não o assinasse. Quando Napoleão voltou, o cardeal informou-o de que o documento não havia sido assinado. O imperador começou então a usar um dos seus conhecidos estratagemas: a intimidação. Teve uma explosão de raiva e gritou: “Se este documento não for assinado, eu destruirei a Igreja Católica Romana”. Ao que Consalvi calmamente retrucou: “Majestade, se os papas, cardeais, bispos e padres não conseguiram destruir a Igreja em dezenove séculos, como Vossa Alteza espera consegui-lo durante os anos da sua vida?”

Tenho um motivo real para relatar esse episódio. Consalvi deixa claro que embora existam inumeráveis pecadores no seio da Igreja, também em posições de governo, a Igreja conseguiu subsistir por ser a Esposa Imaculada de Cristo, santa e protegida pelo Espírito Santo. Como disse certa vez Hilaire Belloc, se a Igreja fosse uma instituição simplesmente humana, não teria sobrevivido aos muitos prelados medíocres e irresponsáveis que já a lideraram. Por que a Igreja sobrevive e continuará a sobreviver? A resposta é simples. Cristo nunca disse que daria líderes perfeitos à Igreja. Nunca disse que todos os membros da Igreja seriam santos. Judas era um dos Apóstolos, e todos aqueles que traem o Magistério da Esposa de Cristo tornam-se Judas. O que Nosso Senhor disse foi: As portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16, 18).

A palavra “Igreja” tem dois sentidos: um sobrenatural e outro sociológico. Para todos os não-católicos e, infelizmente, também para muitos católicos de hoje, a Igreja é uma instituição meramente humana, constituída por pecadores, uma instituição cuja história está carregada de crimes. É preocupante o fato de que o significado sobrenatural da palavra “Igreja” – a saber, a santa e imaculada Esposa de Cristo –  seja totalmente desconhecida da esmagadora maioria das pessoas, e até de um alto percentual de católicos cuja formação religiosa foi negligenciada desde o Vaticano II. Por isso, quando o Papa ou algum membro da hierarquia pede perdão pelos pecados dos cristãos no passado, muitas pessoas acabam pensando que a Igreja –  a instituição religiosa mais poderosa da terra – está finalmente a admitir as suas culpas e que a sua própria existência foi prejudicial à humanidade.

Na realidade, a Esposa de Cristo é a maior vítima dos pecados dos seus filhos; no entanto, é ela que implora a Deus que perdoe os pecados daqueles que pertencem ao seu corpo. É a Santa Igreja que implora a Deus que cure as feridas que esses filhos pecadores infligiram a outros, muitas vezes em nome da mesma Igreja que traíram.

Somente Deus pode redimir os pecados; é por isso que a liturgia católica é rica em orações que invocam o perdão de Deus. As vítimas dos pecados podem (e devem) perdoar o mal que sofreram, mas não podem de forma alguma perdoar o mal moral em si, e, caso se recusem a perdoar, movidas pelo rancor e pelo ódio, Deus, que é infinitamente misericordioso, nunca nega o seu perdão àqueles que o procuram de coração contrito.

A Santa Igreja Católica não pode pecar; mas muitas vezes é a mãe dolorosa de filhos díscolos e desobedientes. Ela dá-lhes os meios de salvação, dá-lhes o pão puro da Verdade. Mas não pode forçá-los a viver os seus santos ensinamentos. Isto aplica-se tanto a papas e bispos como aos demais membros da Igreja. Cristo foi traído por um dos seus Apóstolos e negado por outro. O primeiro enforcou-se; o segundo arrependeu-se e chorou amargamente.

A diferença entre os sentidos sobrenatural e sociológico da Igreja deve ser continuamente enfatizada, pois fatalmente causa confusão quando não é explicitada com clareza.

Assim como os judeus que aderem ao ateísmo traem tragicamente o seu título de honra – serem parte do povo escolhido de Deus –, assim os católicos romanos que pisoteiam o ponto central da moralidade – amar a Deus e, por Ele, o próximo –, traem um princípio sagrado da sua fé.

Por outro lado, em nome da justiça e da verdade, é forçoso mencionar que os católicos verdadeiros (aqueles que vivem a fé e enxergam a Santa Igreja com os olhos da fé) sempre ergueram a voz contra os pecados cometidos pelos membros da Igreja. São Bernardo de Claraval condenou em termos duríssimos as perseguições que os judeus sofreram na Alemanha do século XII (cf. Ratisbonne, Vida de São Bernardo). Os missionários católicos no México e no Peru protestavam constantemente contra a brutalidade dos conquistadores, geralmente movidos pela ganância. A Igreja deve ser julgada com base naqueles que vivem os seus ensinamentos, não naqueles que os traem. Recordo-me das palavras com que um amigo meu, judeu muito ortodoxo, lamentava o fato de muitos judeus se tornarem ateus: “Se somente um judeu permanecer fiel, esse judeu é Israel”. O mesmo pode ser dito com relação à Igreja Católica; apenas as pessoas fiéis ao ensinamento de Cristo podem falar em seu nome. Ela deve ser julgada de acordo com a santidade que alguns dos seus membros alcançam, não de acordo com os pecados e crimes de inúmeros cristãos que julgam os seus ensinamentos difíceis de praticar e que por isso traem a Deus na sua vida cotidiana.

Os pecadores, aliás, estão igualmente distribuídos pelo mundo e não são uma triste prerrogativa da religião católica. Se fosse assim, estaria justificada a afirmação de um dos meus alunos judeus em Hunter, feita diante de uma sala lotada: “Teria sido melhor para o mundo que o cristianismo nunca tivesse existido”. A história julgará se o conflito atual entre judeus e muçulmanos é moralmente justificável.

Este modesto comentário foi motivado pelo que disse um rabino à televisão, um dia após o pronunciamento histórico de João Paulo II na Basílica de São Pedro, a 12 de março de 2000, quando o Santo Padre pediu perdão pelos pecados dos cristãos no passado. O rabino não apenas achou o pedido de desculpas de Sua Santidade “incompleto” por não mencionar explicitamente o Holocausto (esquecendo-se de mencionar que os católicos eram e são minoria na Alemanha, país basicamente protestante), como também disse que os pecados cometidos pela Igreja foram freqüentemente endossados pelos seus líderes, dando a entender que o anti-semitismo faria parte da própria natureza da Igreja.

É digno de nota que somente o Papa tenha pedido desculpas pelos pecados cometidos pelos membros da Igreja. Não deveriam fazer o mesmo os hindus, por terem praticamente erradicado o budismo da Índia e forçado os seus membros a fugir para o Tibet, a China e o Japão? Não deveriam os anglicanos pedir desculpas por terem assassinado São Thomas More, São John Fisher e São Edmund Campion, para mencionar apenas três nomes? E quanto ao extermínio de um milhão de armênios pelos turcos em 1914? Ninguém fala a respeito desse “holocausto”; ninguém parece saber dele. E o extermínio de cristãos que acontece agora no Sudão? E a Inquisição Protestante ? (Grifos Meu)

Tal afirmação deixa claro que o rabino não tem a menor idéia daquilo que os católicos entendem por Esposa Imaculada de Cristo – uma realidade que não pode ser percebida ou compreendida por aqueles que usam os óculos do secularismo. Pergunto-me quando o “mundo” considerará que a Igreja já pediu desculpas suficientes. Por séculos a Igreja tem sido o bode expiatório ideal. O que os seus acusadores fariam se ela deixasse de existir?

Aqueles que a acusam de “silêncio” não estão apenas desinformados, mas pressupõem que eles próprios seriam heróicos se estivessem na mesma situação. Como o Papa Pio XII disse a meu marido numa entrevista privada, quando ainda era Secretário de Estado: “Não se obriga ninguém a ser mártir”. Quantas pessoas se julgam heróicas sem nunca terem sido realmente testadas! Quantos judeus arriscariam a vida para salvar católicos perseguidos? Por que esquecem que milhões de católicos também pereceram nos campos de concentração? Se a Gestapo tivesse apanhado o meu marido, considerado o inimigo número um de Hitler em Viena, tê-lo-ia feito em pedaços. Ele lutava contra o nazismo em nome da Igreja e perdeu tudo porque odiava a iniqüidade. Quantas pessoas fariam o mesmo – não na sua imaginação, mas na realidade?

Também não devemos esquecer que inúmeros católicos foram (e são) perseguidos por causa da sua fé. Mas um verdadeiro católico não espera desculpas dos seus perseguidores. Perdoa os seus perseguidores, quer eles lhe peçam desculpas, quer não. Reza por eles, ama-os em nome dAquele que padeceu e morreu pelos pecados de todos. É sempre lamentável ouvir um católico dizer: “Fulano e beltrano devem-me desculpas”.

Somente a pessoa que enxerga a Santa Igreja Católica (chamada santa cada vez que o Credo é recitado) com os olhos da fé, só essa pessoa compreende com imensa gratidão que a Igreja é a Santa Esposa de Cristo, sem ruga nem mácula, por causa da santidade do seu ensinamento, porque aponta o caminho para a Vida Eterna e porque dispensa os meios da graça, ou seja, os sacramentos.

O pecado é uma realidade medonha e que os pecados cometidos por aqueles que se dizem servos de Deus são especialmente repulsivos. Nunca serão excessivamente lamentados, mas devemos ter presente que, apesar de muitos membros da Igreja serem – infelizmente – cidadãos da Cidade dos Homens e não da Cidade de Deus, a Igreja permanece santa.

Hildebrand, Alice von. Os pecados da Igreja. Catholic Net.
[Traduzido por Silva Mendes]. Disponível em: http://www.catholic.net/rcc/Periodicals/Homiletic/2000-06/vonhildebrand.html

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