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Igreja é última realização da vontade divina

«Pecados da Igreja nunca anularão a fidelidade de Jesus Cristo», diz cardeal

LISBOA, segunda-feira, 15 de março de 2010 (ZENIT.org).- O Cardeal-Patriarca de Lisboa, Dom José Policarpo, afirmou nesse domingo que a Igreja “é a última realização” da vontade divina antes do final dos tempos e que ela é também, para Deus, “a última esperança” de ter um povo que lhe seja fiel.

Na quarta catequese quaresmal deste ano, proferida na Sé Patriarcal – segundo informa Agência Ecclesia – Dom José Policarpo sublinhou que todos os membros da Igreja são chamados de “povo sacerdotal” porque “a santidade da sua vida é o verdadeiro culto que Deus espera”.

Deus quer que a Igreja seja mediadora entre Ele e toda a humanidade, favorecendo a “realização última” do desígnio divino, isto é, o desejo “de reunir, no fim, todos os homens num só Povo, que o louvem, contemplem a sua glória e experimentem a alegria do amor”.

Para Dom José Policarpo, a revelação da vontade divina para a humanidade é uma “manifestação da persistência de Deus”, que “não desiste de vir um dia a ter esse povo que Ele deseja, que O louve com toda a sua vida”.

“Os pecados da Igreja nunca anularão a fidelidade de Jesus Cristo”, acrescentou o purpurado.

“Não há perigo de mais uma desilusão para Deus, porque a Igreja é Cristo, identifica-se com Cristo, a sua fidelidade é a de Cristo, a força que a move é o próprio Espírito de Cristo.”

Como resposta à ação divina, Deus espera da Igreja uma “atitude sacerdotal”, que contribua para que os seus membros possam “sentir já na história a alegria da intimidade com Ele”.

Paulo é modelo para os sacerdotes, diz patriarca de Lisboa

D. José Policarpo ordena padres e diáconos na abertura do Ano Paulino

Por Alexandre Ribeiro

LISBOA, segunda-feira, 30 de junho de 2008 (ZENIT.org).- O Cardeal-Patriarca de Lisboa apresentou nesse domingo o exemplo de Paulo aos presbíteros recém-ordenados, destacando que o sacerdote tem de aprender a acreditar em Jesus Cristo e na Igreja.

D. José Policarpo presidiu à missa de abertura do Ano Paulino no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, ocasião em que ordenou sete padres e quatro diáconos.

Segundo o cardeal, «o apóstolo Paulo e o seu itinerário de fidelidade» impõem-se como «modelo inspirador do vosso ministério».

D. José Policarpo afirma que Paulo está seguro de que o Senhor é capaz de o manter fiel na fé.

«Cristo vivo é o fundamento sólido da fé de Paulo, desde o início, a sua conversão na Estrada de Damasco, até ao fim, quando lhe será atribuída a coroa de justiça que o Senhor lhe dará naquele dia, o dia da plena manifestação de Cristo.»

«Entre estes dois momentos situa-se a sua vida, o palco do grande combate, em que reconhece: “o Senhor esteve a meu lado e deu-me força” (2Tim. 4,17)», afirma.

De acordo com o cardeal, a fé foi para Paulo «uma aventura de amor e de fidelidade a Jesus Cristo. “Para mim viver é Cristo” (Fil. 1,21), é o desabafo que o define».

«É através da fé que mergulha em Jesus Cristo e usufrui da Sua fecundidade redentora. A fé é um mergulho em Jesus Cristo, que leva a mergulhar em Deus.»

O testemunho de vida de Paulo prova que «a evangelização não é um programa humano, é uma paixão por Jesus Cristo».

«Paulo está de tal maneira consciente de que é na fé que se ama Jesus Cristo, que se nos revela como Salvador, que a maior urgência é comunicar a fé, que nasce da Palavra que é Cristo vivo, porque Ele é a Palavra encarnada.»

«Evangelizar é proporcionar aos homens a relação vital com Jesus Cristo». «Evangelizar é fazer ouvir Jesus Cristo, levar a entregar-se a Ele na fé, na certeza de que a fé é uma experiência de amor», enfatiza o cardeal.

D. José Policarpo falou então aos ordinandos que São Paulo os ajudaria «a descobrir a centralidade decisiva da fé, na vossa vida cristã e no exercício do vosso ministério».

«Cultivai a vossa fé, nunca esquecendo que ela é um dom de Deus, fruto da ação de Deus em nós, nos atrai, nos escolhe e nos consagra.»

«Não esqueçais também que a fé é um combate que há-de dar forma à vossa fidelidade a Cristo, à Igreja, ao Povo que Ele ama e a quem vos confia», afirmou.

De acordo com o patriarca de Lisboa, o sacerdote «tem de aprender a acreditar em Jesus Cristo, na Igreja e a amar Jesus Cristo, amando a Igreja».

«Saúdo neste momento todos: os que começam, os que há 25, 50, 60 anos procuraram amar a Cristo, amando a Igreja. Oxalá todos possam exclamar à chegada: “Combati o bom combate, guardei a fé” (2Tim. 4,7)», destacou o cardeal.

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