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O Papa: É a Igreja que me traz e me leva a Cristo, os caminhos paralelos são perigosos

VATICANO, 20 Mai. 13 / 11:39 am (ACI/EWTN Noticias).- Ao celebrar na manhã de ontem a Missa na Solenidade de Pentecostes junto aos movimentos eclesiais dos cinco continentes na Praça de São Pedro, o Papa Francisco afirmou que “é a Igreja que me traz Cristo e me leva a Cristo; os caminhos paralelos são muito perigosos!”.

Ante os mais de 200 mil fiéis presentes, o Santo Padre advertiu que “quando alguém se aventura ultrapassando (proagon) a doutrina e a Comunidade eclesial, e deixa de permanecer nelas, não está unido ao Deus de Jesus Cristo. Por isso perguntemo-nos: Estou aberto à harmonia do Espírito Santo, superando todo o exclusivismo? Deixo-me guiar por Ele, vivendo na Igreja e com a Igreja?”.

O Papa indicou que “a novidade causa sempre um pouco de medo, porque nos sentimos mais seguros se temos tudo sob controle, se somos nós a construir, programar, projetar a nossa vida de acordo com os nossos esquemas, as nossas seguranças, os nossos gostos”.

Isto, advertiu Francisco, “verifica-se também quando se trata de Deus”.

“Muitas vezes seguimo-Lo e acolhemo-Lo, mas até um certo ponto; sentimos dificuldade em abandonar-nos a Ele com plena confiança, deixando que o Espírito Santo seja a alma, o guia da nossa vida, em todas as decisões; temos medo que Deus nos faça seguir novas estradas, faça sair do nosso horizonte frequentemente limitado, fechado, egoísta, para nos abrir aos seus horizontes”.

Quando Deus se revela, em toda a história da salvação, “aparece sua novidade, transforma e pede para confiar totalmente n’Ele: Noé construiu uma arca, no meio da zombaria dos demais, e salva-se; Abraão deixa a sua terra, tendo na mão apenas uma promessa; Moisés enfrenta o poder do Faraó e guia o povo para a liberdade; os Apóstolos, antes temerosos e trancados no Cenáculo, saem corajosamente para anunciar o Evangelho”.

Entretanto, o Santo Padre assinalou que “não se trata de seguir a novidade pela novidade, a busca de coisas novas para se vencer o tédio, como sucede muitas vezes no nosso tempo.?A novidade que Deus traz à nossa vida é verdadeiramente o que nos realiza, o que nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira serenidade, porque Deus nos ama e quer apenas o nosso bem”.

“Perguntemo-nos hoje a nós mesmos: Permanecemos abertos às “surpresas de Deus”? Ou fechamo-nos, com medo, à novidade do Espírito Santo? Mostramo-nos corajosos para seguir as novas estradas que a novidade de Deus nos oferece, ou pomo-nos à defesa fechando-nos em estruturas caducas que perderam a capacidade de acolhimento?”.

O Papa também assinalou que “à primeira vista o Espírito Santo parece criar desordem na Igreja, porque traz a diversidade dos carismas, dos dons. Mas não; sob a sua ação, tudo isso é uma grande riqueza, porque o Espírito Santo é o Espírito de unidade,?que não significa uniformidade, mas a recondução do todo à harmonia”.

“Quem faz a harmonia na Igreja é o Espírito Santo”, indicou o Santo Padre, pois “só Ele pode suscitar a diversidade, a pluralidade, a multiplicidade e, ao mesmo tempo, realizar a unidade”.

“Em troca, quando somos nós a querer fazer a diversidade fechando-nos nos nossos particularismos, nos nossos exclusivismos, trazemos a divisão; e quando somos nós a querer fazer a unidade segundo os nossos desígnios humanos, acabamos por trazer a uniformidade, a homogeneização”.

Se nos deixamos guiar pelo Espírito Santo, disse Francisco, “a riqueza, a variedade, a diversidade nunca dão origem ao conflito, porque Ele nos impele a viver a variedade na comunhão da Igreja”.

“O caminhar juntos na Igreja, guiados pelos Pastores – que para isso têm um carisma e ministério especial – é sinal da ação do Espírito Santo; uma característica fundamental para cada cristão, cada comunidade, cada movimento é a eclesialidade”.

O Santo Padre assinalou que “o Espírito Santo faz-nos entrar no mistério do Deus vivo e salva-nos do perigo de uma Igreja gnóstica e de uma Igreja narcisista, fechada no seu recinto; impele-nos a abrir as portas e sair para anunciar e testemunhar a vida boa do Evangelho, para comunicar a alegria da fé, do encontro com Cristo”.

“O Espírito Santo é a alma da missão.?O sucedido em Jerusalém, há quase dois mil anos, não é um fato distante de nós, mas um fato que nos alcança e se torna experiência viva em cada um de nós”.

Francisco indicou que “o Pentecostes do Cenáculo de Jerusalém é o início, um início que se prolonga.?O Espírito Santo é o dom por excelência de Cristo ressuscitado aos seus Apóstolos, mas Ele quer que chegue a todos”.

“Jesus, como escutamos no Evangelho, diz: ‘Eu apelarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito para que esteja sempre convosco’. É o Espírito Paráclito, o “Consolador”, que dá a coragem de levar o Evangelho pelas estradas do mundo!”.

Francisco assegurou que “o Espírito Santo ergue o nosso olhar para o horizonte e impele-nos para as periferias da existência a fim de anunciar a vida de Jesus Cristo. Perguntemo-nos, se tendemos a fechar-nos em nós mesmos, no nosso grupo, ou se deixamos que o Espírito Santo nos abra à missão”.

“A?liturgia de hoje é uma grande súplica, que a Igreja com Jesus eleva ao Pai, para que renove a efusão do Espírito Santo. Cada um de nós, cada grupo, cada movimento, na harmonia da Igreja, se dirija ao Pai pedindo este dom”.

“Também hoje, como no dia do seu nascimento, a Igreja invoca juntamente com Maria: ‘Veni Sancte Spiritus… – Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor’! Amém.”, concluiu.

As profecias Maias relativas a 2012 deveriam nos preocupar?

Autor: Manuel Mondragón L.
Fonte: http://vacunadefe.com
Tradução: Carlos Martins Nabeto

De uns tempos para cá, tem-se propagado a ideia de que em dezembro de 2012 tudo o que conhecemos encontrará o seu fim.

Alguns defendem esta crença baseada nas profecias maias, pois – segundo dizem – em 21 de dezembro desse ano ocorrerão eventos que alterarão o curso da história e da humanidade. Inclusive, diversos filmes fatalistas apresentam imagens do mundo destruído nesse ano, ressaltando que o futuro será devastador, pouco importando a religião, exceto para algumas mentes brilhantes ou passageiros ricos que se salvarão como no relato de Noé. Tudo isto é completamente irreal.

AS PROFECIAS MAIAS

O mítico povo pré-hispânico dos Maias era considerado grande observador do céu. Ostentava maravilhosos discernimentos astronômicos e media o tempo com precisão, não de forma direta mas a partir de lapsos cíclicos, através de diversos sistemas de calendário de impressionante exatidão.

As profecias maias referem-se ao Sexto Ahau (isto é, o Sexto Sol), que em correspondência com o nosso calendário começará em 21 de dezembro de 2012, dando início a um período de 5125 anos. Seus defensores indicam que será um ciclo de sabedoria, harmonia, paz, amor, consciência e supõe o retorno à ordem natural. Tal data corresponde ao solstício de inverno no hemisfério norte e, assim, alguns consideram que sobrevirá o fim do mundo ou o fim dos tempos, embora outros, ao contrário, vislumbrem grandes mudanças no interior e exterior dos seres humanos. Quanta ternura!

Para respaldar suas afirmações, o movimento que crê na convergência dos vaticínios supostamente derivados da cultura maia, bem como os hopis, as culturas hindu, egípcia e chinesa, as que se ajustam com elementos retirados supostamente da Bíblia judaico-cristã ou de doutrinas oriundas de alquimistas, astrólogos e, obviamente – como não poderia faltar – do ultimamente citado Michel de Nostradamus, e ainda alguns irmãos separados e outros que se dizem cientistas, arrematam que em tal data o magnetismo do nosso planeta Terra poderá ser alterado e abaterá sobre ele um gigantesco planeta ou um imenso asteroide, dando lugar a uma acelerada atividade solar sem precedentes, além de ocorrerem estranhas conjunções astrais de caráter planetário e alinhamento da Terra com o Sol e o centro de nossa Via Láctea, sem descartar que receberemos uma potente radiação luminosa com origem no centro da galáxia.

É certo, caros irmãos: desde agora já existe um extraordinário alinhamento ou conjunção, porém, na verdade, nada tem a ver com fenômenos espaciais mas com um contexto bastante tosco: a concordância raramente vista entre loucos, míticos charlatães e um ou outro “espertalhão” que, como ocorre desde tempos remotos, se beneficiam da credulidade de uns tantos incautos. E não tem faltado aqueles que, ao estilo dos Testemunhas de Jeová, preparam abrigos para esse dia: no México, um grupo de estrangeiros italianos, pertencentes a uma seita dita “apocalíptica”, ergue, em uma remota e humilde comunidade de Yucatán chamada Xul, na delegação de Oxkutzcab, uma “cidade do fim do mundo” chamada Bugarach. Talvez este grupo tenha acreditado no pitoresco ditado [mexicano]: “Se o mundo terminar, vou-me embora para Yucatán”e aí querem fazer sua “torre de babel”. Segundo alguns operários, nessa cidade são fabricados seus próprios alimentos orgânicos.

Por isso, ao procurar o início dessas profecias fatalistas, descobre-se que realmente a cultura maia sabia que os humanos sofreriam uma crise sem precedentes, razão pela qual deixaram registros dos fatos que nãoexperimentaríamos. Mas será possível que esta Cultura, que desconhecia a existência de outras terras continentais, possuía uma visão global de destruição?

A perspectiva profética dos maias está sujeita às mais diversas. Creio que sejam más interpretações, mas muitos asseguram que esses antecedentes registrais podem ser encontrados nos vestígios de pedras dispersas pelo enorme território que essa civilização pré-hispânica ocupou e que hoje faz parte do México, Honduras, Belize, Guatemala e El Salvador.

Muitos asseguram que nos livros do “Chilam Balam”, provenientes da tradução castelhana de hieroglifos maias arcaicos, encontra-se o registro do que haverá de ocorrer no tempo vindouro.

O FIM DO MUNDO?

Conforme o dr. Mark Van Stone, estudioso da cultura maia, a breve resposta para essa especulação é: Não será o fim do mundo! Van Stone afirma que há diversas razões pelas quais as “profecias maias” devam ser lidas de maneira bastante crítica:

a) Elas são fragmentárias – Isto porque temos apenas um pouco das passagens históricas (que certamente é bem maior) e que até hoje estão perdidas.

b) São contraditórias – As fontes astecas, mistecas e maias não estão de acordo entre si: todas as datas associadas à “data final” são diferentes.

c) Foram manipuladas – Tlacaélel, ministro de três imperadores astecas, fez com que a história fosse totalmente reescrita para exaltar os “mexicas” e denigrir os rivais.

d) Não há qualquer menção a destruição – e nem de renovação humana, possível melhora ou despertar de consciência interligada com a data final de dezembro de 2012.

A respeito da História Moderna, existem mais de 50 supostos profetas que têm se arriscado a pressagiar o ano, mas nunca ninguém “o captou” (e me atrevo a dizer que jamais captarão). Com efeito, o fim do tempo é um mistério para a humanidade… A maioria das profecias são de fundo religioso ou relacionadas com seitas (saudação especial aos Testemunhas de Jeová!), muito embora no âmbito da ciência também se tenham feito prognósticos do Fim.

As únicas profecias que sempre se cumpriram tal como estão escritas são as bíblicas. E diga-se de passagem que o próprio Jesus Cristo disse que NÃO há data exata para a consumação de todas as coisas (v. Marcos 13,32-33).

Mas, apesar disso, a Cristandade viu desfilar em sua História “profecias” sobre esse assunto:

– No ano 989, o avistamento de um cometa e a fé popular na iminente segunda vinda de Jesus após cumpridos mil anos de Seu nascimento incitaram, em uma boa parte dos piedosos da Europa medieval, o medo pela vinda do fim do mundo. Raoul Glaber, monge borgonês nascido em 985, faz uma alusão nesse sentido em sua obra “Crônica (Historiae) dos ‘Portentos e Distúbios'” que ocorreram nessas terras entre os anos 900 e 1044. E o mundo não acabou!

– Após o imenso fracasso da profecia do ano 1000, astutamente tentaram transportar a data fatal para o ano 1033, ou seja, para o milésimo aniversário da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.

– Após estudar a Bíblia, o pregador norte-americano William Miller (1782-1849), fundador da Igreja Adventista, predisse o fim do mundo para o ano 1843, baseando-se em uma interpretação de Daniel 8,14. Com isto, nasceu o chamado “Movimento Milenarista”, o qual, conforme ia se aproximando a data [fatal], foi conquistando força. Após insistência de seus seguidores, o fundador Miller marcou a data do Apocalipse diversas vezes: a primeira foi para 21 de março de 1843; depois, 18 de abril; e, por fim, 22 de outubro do mesmo ano. Como nada aconteceu nesses dias, não houve outra saída para o propagandista do que admitir o seu erro, apesar da desilusão de seus partidários. Não obstante, sua confissão foi marcada pela frase: “Porém, eu ainda creio que o Dia do Senhor está próximo, quase à porta”.  Daí existir sempre uma seita assegurando que o Advento do Messias está muito próximo.

– E o que dizer das profecias falidas dos irmãos Testemunhas de Jeová??? Disso tratarei em um outro artigo…

Apesar disso, na década de 1990 houve um apogeu de correntes fatalistas criadas em torno de seitas cristãs lideradas por autênticos fanáticos, com objetivos bastante questionáveis: normalmente visando lucro ou suicidas por sua desordenada vida espiritual. Por exemplo:

– O “pastor” coreano Lee Jang Rim, da denominada Igreja Tami, convenceu milhares de pessoas de várias partes dos Estados Unidos e Coreia do Sul de que a Parusia do Senhor Jesus se daria em 28 de outubro de 1992; e, por isso, o mundo chegaria ao fim. Transcorreram dois meses e o pastor Jang Rim foi preso pelas autoridades civis por defraudar de seus adeptos pouco mais de 4 milhões de dólares. Uma quantia considerável! Planejava pagar todas as suas dívidas e comprar uma luxuosa mansão paradisíaca, ou seja, montar seu paraíso na Terra.

– Logo após, em 1992, o radialista de uma estação “cristã”, chamado Harold Camping, informou que o dia do aguardado Juízo Final ocorreria em 6 de setembro de 1994, segundo seus cálculos matemáticos. Em razão disso, gananciosamente publicou um livro em que fundamentava a sua “profecia”. Tempos depois, percebendo que a sua função de “Pitágoras Bíblico” não havia dado certo, pois sua predição não havia se cumprido, Camping teve que admitir publicamente o seu erro.

Também durante a década de 1990 e início dos 2000, ocorreram muitos atentados, fatos violentos e um grande número de suicídios em massa motivados pela crença da “iminente chegada do fim do mundo”.

Entre estes casos estão: o assalto ao grande rancho de Wacco (Texas), em 1993, onde morava o denominado “Ramo dos Davidianos”, seita comandada pelo líder fanático David Koresh; o ataque ao metrô de Tóquio, realizado pelo culto Aum Shinrikyo, em 1995, onde 5 mil pessoas foram intoxicadas e quase perderam a vida; e o suicídio coletivo de cerca de 40 membros da seita “Heaven’s Gate”, que em 1997 acreditavam que uma nave extraterrestre oculta na cauda de um cometa viria salvá-los. E assim o mundo acabou para eles!

Quem também não se recorda do chamado “Bug do Milênio” no final da década de 1990? Havia a crença de que, pela falta de previsão da mudança do milênio [nos sistemas de informática], haveria um caos global que favoreceria a extinção da civilização. Os crédulos desta teoria diziam que às zero hora de 1 de janeiro de 2000 o sistema financeiro mundial sofreria um colapso, as empresas de todos os portes quebrariam, os governos mundiais desapareceriam e, ato contínuo, surgiria a anarquia. Não faltaram aqueles que falavam de dias de obscuridade e era triste observar como alguns ingênuos carregavam velas, provisões alimentícias e até cortinas para serem “benzidas” nas igrejas. Tudo isso um autêntico sonho!

Em 2010, o famoso Robert Fitzpatrick, um aposentado nova-iorquino gastou sua fortuna promovendo uma publicidade fatalista no metrô de Nova Iorque e em alguns lugares da América Latina. Isto porque sua crença se baseava na “nova profecia” propagada pelo radialista Harold Camping, de quem já falamos; porém, seus novos cálculos lhe diziam que o “acabou-se” começaria em 21 de maio de 2010 e se concluiria em 21 de outubro desse mesmo ano. E eis que aqui estamos… e o mesmo se dará com [as profecias] maias!

E como se tudo isso já não bastasse, para aqueles que pensam que [o fim] se dará em 2012, lamentamos informar que o nosso sistema de contagem de anos possui um erro, de forma que estamos a 2018 anos do nascimento do Senhor Jesus. Por isso, fazer corresponder o nosso sistema de contagem com o sistema maia traz sérios problemas e o sentido último dessas profecias não seria compreensível sem se referir à longa contagem (a medição do tempo dos maias), cuja unidade é o kin (=1 dia).

Como usavam o código vigesimal (20 unidades), era muito importante para eles o “vinal (ou “uinal“), de 20 dias. “1 tun é “1 ano maia” de 360 dias. “1 katún são 20 anos (=7200 dias) e “1 baktún” (=20 katuns) são 144.400 dias. Assim, de 3113 a.C. a 2012 d.C. teriam transcorrido 13 baktunes.

Quanto a isso, estudiosos mexicanos asseveraram que “em nenhum lugar [os maias] escreveram que em 2012 ocorreria o fim do mundo, até porque operaram, inclusive, com datas posteriores a esse ano”, como afirmou o reconhecido epigrafista Carlos Pallán Gayol, do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH), para um conhecido jornal diário do México.

Para esse cientista, é importante contextualizar as evidências arqueológicas. Dessa forma, na inscrição de Tortuguero é apontada uma data coetânea para aqueles que ergueram o monumento no século VII d.C. e, de repente, no texto hieróglifo, emprega-se o que se chama de “número de distância”, que aponta para 13 séculos adiante: o dia 21 de dezembro de 2012.

“‘Pois bem: o que nos expressa o Monumento 6? O que ocorrerá nessa data? Indica expressamente que vai terminar um período. Os maias sempre louvam os finais de período assim como hoje festejamos os aniversários: os lustros (=5 anos), as décadas (10 anos), o centenário (100) ou o bicentenário (200) de um fato histórico. Porém, isso não significa que o mundo irá acabar’, formulou Pallán”.

Para o pesquisador da Coordenação Nacional de Arqueologia [do México], diferentemente das sociedades modernas, para os maias o tempo não era algo indeterminado: era formado por ciclos e estes, às vezes, eram tão precisos que recebiam nome e podiam ser personificados mediante imagens de seres animados; por exemplo, o ciclo de 400 anos era representado por uma ave mitológica.

Isto porque os maias se preocupavam mais com os ciclos do que com o tempo; sua importância era realizar rituais que de algum modo garantiriam a prosperidade do ciclo vindouro. Para o caso específico da menção a 2012 (conforme o nosso calendário), nota-se certa insistência que, mesmo em data tão distante, se recorde de um ciclo calendárico estabelecido.

Segundo esse pesquisador, algumas vezes se tem comentado coisas tão absurdas, tais como: que os antigos maias não conheciam além do ciclo corrente ou que uma vez atingido [o ciclo], este período de tempo se acabaria. Os maias usavam ciclos enormes, inclusive de bilhões de anos, através do sistema de longa contagem, que também era comum para outras culturas da Mesoamérica, como é o caso da “istmenha” ou “mixe-zoque”. Os maias jamais mencionam que o mundo irá acabar, nem mesmo o tempo.

A passagem específica do Monumento 6 de Tortuguero é bastante breve e simplesmente diz que uma vez cumprido o 13 BÆakÆtun – algo análogo ao 23 de dezembro de 2012 -, descerá do céu Bolon YokteÆ KÆu, isto é, o deus ou deuses dos Nove Pilares. Isso, em sentido mitológico, não significa nada. Portanto, não se deve interpretar como um evento fatalista, já que os maias empregaram datas posteriores a 2012. Sabe-se que o Templo das Inscrições de Palenque menciona data que ocorre mais de 2 mil anos depois, ou seja, em 4772. E havendo civilizações até lá, estas também as preocuparão!

Muitos ficarão decepcionados ao saber do teor deste Monumento 6, que não é nada catastrófico. Pelo contrário, os maias faziam calendários bem extensos para legitimar seu poder sobre os povos conquistados, aos quais apontavam que seu poderio se estenderia por milhares de anos, assim como com diversos deuses míticos. Portanto, aqueles que creram nisso, simplesmente o fizeram porque foram presas da criatividade e inteligência maia. No que diz respeito a mim, creio em Alguém superior aos maias e em um Povo que não espera que baixe; mas, ao contrário, que vive com seu Deus… com o Emanuel (Deus conosco).

Em 21 de dezembro de 2011, 1 ano antes do vaticínio pseudomaia, a NASA garantiu que não tem observado a presença de corpos celestes próximos da Terra e descartou mudanças magnéticas. Portanto, os cientistas da NASA refutam incisivamente que o mundo acabe em 2012, bem ao contrário do que informam algumas páginas de mal agouro na Internet, que aproveitam o fim do calendário maia para prever catástrofes. A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, assegurou que essa data é o fim do extenso período de contagem maia; porém, da mesma forma como o nosso calendário começa novamente em 1º de janeiro de 2012, começará também um outro período no calendário maia.

Não devemos nos esquecer que a Terra está sempre cercada de corpos celestes, como cometas e asteroides. O último impacto de um asteroide de tamanho significante foi aquele que causou a extinção dos dinossauros há 65 milhões de anos; porém, em nossos dias, existe um setor da NASA, assim como outros observadores no mundo, que acompanham e detectam se a Terra está na trajetória de algum deles. Portanto, Niribu e outros planetas fora de órbita são um equívoco: se algum corpo celeste ameaçasse a Terra, nossos astrônomos o estariam acompanhando há pelo menos 10 anos; inclusive, seria visto a olho-nu aqui da Terra. E isto não tem ocorrido.

Ademais, devemos considerar que sempre estamos expostos a que HOJE seja o nosso último dia de existência ou, em todo caso, que o Senhor Jesus regresse a qualquer instante para julgar os vivos e os mortos, separando o Bom Pastor aqueles que O amaram e o obedeceram com sinceridade. Em ambos os casos, NÃO há uma data pré-estabelecida!

Pedro, a Rocha. (Parte I)

Fonte: Apologistas Católicos

Esta é mais uma matéria sobre Pedro. É com “grande freqüência” que estou postando sobre esse assunto, porque estou fazendo uma série de textos e colocando aos poucos devido a falta de tempo para fazer uma maior.

Já foram postadas:

Pedro realmente esteve em Roma?

Pedro era um simples Presbítero?

Pedro foi bispo de Roma! Testemunhos Primitivos.

E agora esta aqui, fundamentando Pedro como a Rocha de Mateus 16, 18, onde vamos analisar 3 fontes: Idiomática e Bíblica (juntas) e Patrística na Parte II.

Um aviso aos neófitos protestantes. Se quiserem se meter a refutar esta matéria, o faça no mesmo nível dela, com argumentações em grego, aramaico, bíblicas e patrísticas todas em harmonia entre si, caso contrário todos os delírios serão ignorados.

Então vamos lá.

IDIOMÁTICA E BÍBLICA

Em Aramaico temos duas palavras para designar materiais rochosos:

1º  Evna = Pedra

2º Kepha  כף (ou cefas, transliterado para o grego) =  Rocha

Em Grego, assim como o aramaico, temos também 2 palavras:

1º Lithos (λίθος), = Pedra pequena

2º Petra (πέτρ ) = Rocha maciça, Pedra Grande (que é o equivalente de Kepha)

A Bíblia nos diz que Jesus deu um nome novo a um pescador que se chamava Simão e este nome foi “KEPHA” (Aramaico) e transliterado como “cefas”,  que no grego ficou “Petrus”, como podemos ver em João 1, 42:

“Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de Jonas, serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” (Negrito meu)

Em aramaico não temos gênero, mas em grego sim, por isso a palavra Petra que é o equivalente a KEPHA (cefas) foi masculinizada para dar nome a um homem, Petrus, mas o significado permaneceu o mesmo (Rocha ou pedra grande) como é atestado nos seguintes Léxicos protestantes:

CONCORDÂNCIA STRONG

4074 πετρος Petros Pedro = “uma rocha ou uma pedra”
1) um dos doze discípulos de Jesus

FRIBERG, ANALYTICAL GREEK LEXICON

“Πέτρος, ου, Pedro, nome próprio masculino dado como um título descritivo para Simão, um dos apóstolos (MK 3.16), o significado do nome, a pedra, é provavelmente o equivalente grego de uma palavra aramaica transliterada como Κηφς (João 1,42 )”

THAYER, GREEK LEXICON OF NT

Πέτρος, Πέτρου, – um nome próprio apelativo, o que significa “uma pedra”, “uma rocha,” “rochedo “”.

Em português a diferença entre Pedro e Pedra não permite acentuar a força do original aramaico e grego que é a mesma palavra que designa a materialidade da rocha.

A CONCORDÂNCIA STRONG, que é tão utilizada pelos protestantes brasileiros, diz que Cefas ou Kepha é Rocha, leiam:

“03710 כף (keph)
Procedente de 3721, grego 2786 κηφας (cefas); DITAT – 1017; n m
1) rocha, cavidade duma rocha” (o parênteses em vermelho foi  adicionado por mim)

Os próprios protestantes em seus léxicos confirmam que o nome de Pedro Significa “ROCHA” ou “PEDRA”.

Mais algumas passagens com o nome de “Cefas”.

1Co 1:12 Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo.

1Co 3:22 Seja Paulo, seja Apolo, seja Cefas, seja o mundo, seja a vida, seja a morte, seja o presente, seja o futuro; tudo é vosso,

1Co 9:5 Não temos nós direito de levar conosco uma esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos do Senhor, e Cefas?

1Co 15:5 E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze.

Gal 2:9 E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão;

Refutando Algumas objeções dos que dizem que:

1 º O significado do nome de Petrus é Pedregulho.

Não existe nenhum prova para isto, até por que no NT Petrus só é designado para Pedro e para nada mais.

2º O significado do nome Petrus é pequena pedra para arremessar.

Isso não existe no grego koiné. No grego koiné usa-se a palavra “lithos” para significar “uma pedrinha ou uma pedra para arremessar” como podemos constatar no caso da mulher adúltera (João 8, 7) ou de Jesus (João 8, 59).

João 8, 7 Ὡς δὲ ἐπέμενον ἐρωτῶντες αὐτόν, ἀνακύψας εἶπεν πρὸς αὐτούς, Ὁ ἀναμάρτητος ὑμῶν, πρῶτον ἐπ᾽ αὐτὴν τὸν λίθον βαλέτω.

Tradução: “Como insistissem na pergunta, Jesus se levantou e lhes disse: Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra.

John 8:59 Ἦραν οὖν λίθους ἵνα βάλωσιν ἐπ᾽ αὐτόν· Ἰησοῦς δὲ ἐκρύβη, καὶ ἐξῆλθεν ἐκ τοῦ ἱεροῦ, διελθὼν διὰ μέσου αὐτῶν·

Tradução: “Então pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.”

Pedra de arremesso nunca foi nem será Petrus.

E para azar e confusão na cabeça dos protestantes que sustentam esta mesma idéia, Jesus em 1 Pedro 2,4 é chamado de “Lithos” a mesma palavra em gênero, número, grau e declinação que foi usada para a Pedra de arremesso da adúltera e das pedras jogadas em Jesus.

1 Pd 2:4 “πρὸς ὃν προσερχόμενοι λίθον ζῶντα ὑπὸ ἀνθρώπων μὲν ἀποδεδοκιμασμένον παρὰ δὲ θεῷ ἐκλεκτὸν ἔντιμον..”

Tradução “Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa…”

Seria também Jesus uma pequena pedrinha de arremesso e não a grande Rocha da Salvação?

Gostaria de ver algum protestante respondendo isto!

3º O significado do nome Petrus é pequena pedra igual as demais como citado em sua epístola.

Não existem bases ou sustentações para afirmar que “Petrus” significa “pedra pequena” porque para isto a Bíblia utiliza outra palavra (lithos ou lithon) como foi mostrado.

E vejam:

1 Pd 2:5 καὶ αὐτοὶ ὡς λίθοι ζῶντες οἰκοδομεῖσθε οἶκος πνευματικός, ἱεράτευμα ἅγιον, ἀνενέγκαι πνευματικὰς θυσίας εὐπροσδέκτους τῷ θεῷ διὰ Ἰησοῦ χριστοῦ.

Tradução: Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por Jesus Cristo.

Ou seja, a palavra “Lithos” que é usada para Jesus em 1 Pd 2, 4 se referindo a Jesus é novamente utilizada em grau e gênero para os demais Cristãos em 1 Pd 2, 5.

E ainda aparecem protestante vindo dizer que a rocha ou pedra só pode ser utilizada para Jesus.

Em outras passagens Jesus também é chamado de PETRA, assim como Pedro (Petrus). Mas isso não tira a magnitude de Jesus como rocha da Salvação, nem da função de Pedro como Rocha da Unidade da Igreja.

Penso que por aqui já basta a explicação sobre o nome de Pedro, agora vamos a linda passagem do evangelho de Mateus que é o foco desta matéria.

Em Mateus 16, 18 lemos:

“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”

Em Grego:

“κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, κα π ταύτ τ πέτρ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς.

Vejamos em aramaico este trecho em negrito na Bíblia Peshita (Tradução do grego para o aramaico do século V):

(lê se da direita pra esquerda)

Veja que não há diferença entre a rocha (em aramaico) e o nome de Pedro (em aramaico).

 

Agora analisaremos duas palavras em especial.

Voltemos ao grego de Mateus 16, 18:

“κἀγὼ δέ σοι λέγω ὅτι σὺ εἶ Πέτρος, κα π ταύτ τ πέτρ οἰκοδομήσω μου τὴν ἐκκλησίαν καὶ πύλαι ᾅδου οὐ κατισχύσουσιν αὐτῆς.

Note as duas palavras em vermelho que são ταύτ τ que quase todas as traduções (católicas e protestantes) traduzem simplesmente por esta”.

Vamos fazer uma analise:

ταύτ (tauth) é o dativo feminino de οτος (outós) e sua tradução simples é “esta”. E serve para dar ênfase a algo previamente mencionado.

τ (th) é também o dativo feminino e  (o)  e é o artigo da frase ou seja sua tradução é “a”.

Estas duas palavras juntas  ταύττ, tem o sentido ou tradução de “esta mesma”, “esta própria”.

Então juntando o nome de Pedro que foi previamente confirmado como ROCHA, e PETRA que também foi confirmada como ROCHA pelos léxicos protestantes, podemos traduzir Mateus 16, 18 da seguinte forma:

“TU ÉS ROCHA E SOBRE ESTA MESMA ROCHA, EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA.”

A pergunta que todo protestante faria ao ver isto “então por que as traduções católicas não traduzem assim?”

A Resposta : Por que o artigo, no grego, depois de um pronome demonstrativo não precisa ser traduzido, já é sub-entendido, então se traduz somente o “esta” na maioria das vezes, mas o sentido continua o mesmo.

Além disso São Jerônimo traduziu  para o Latim da seguinte forma “HANC PETRAM” ou seja “Esta mesma Rocha“.

HANC no latim tem o sentido próprio de “esta mesma”, “esta própria” assim como ταύττ no grego. São Jerônimo, como falava fluentemente o grego koiné, sabia muito bem o sentido real da passagem, quando ele traduziu a vulgata o grego koiné ainda era “vivo”.

E agora para o desespero de protestantes que apesar de tudo o que aqui foi demonstrado até agora ainda estejam duvidando, vou usar a própria bíblia João Almeida para provar que ταύττ tem o sentido e também tradução de “esta mesma”, apesar da maioria das passagens que contém estas duas palavras os tradutores não traduzam assim, por que já está implícito. Vou pegar aqui 1 passagem que a própria João Almeida confirma o que eu estou dizendo.

Antes que algum protestante venha com conversinha de versão da bíblia João Almeida, estou utilizando aqui 4 versões da mesma que traduzem a passagem do mesmo jeito em todas.

Vejamos em Atos 27, 23:

Grego:

Atos 27, 23 παρέστη γάρ μοι ταύτ τ νυκτὶ τοῦ θεοῦ, οὗ εἰμι [ἐγώ] ᾧ καὶ λατρεύω, ἄγγελος

João Almeida

Atos 27, 23 Porque esta mesma noite o anjo de Deus, de quem eu sou, e a quem sirvo, esteve comigo.

Podem conferir ai no grego e em suas bíblias.

Ai vai vim um protestante me dizer que viu em sua bíblia as palavras “esta mesma” e no grego não estavam escritas como ταύτ τ.

Como eu já disse ταύτ e τ estão no dativo, declinadas, ou seja conjugadas. No português só temos conjugação para verbos na maioria das vezes, mas no grego não, acontece também com pronomes e substantivos, as palavras “esta mesma” podem ser encontradas também desta forma ταύτην τν, onde ταύτην equivale a ταύτ e τν equivale a τ. Onde não há nenhuma diferença entre as mesmas, apenas a declinação.

Portanto podemos dizer com clareza a quem quiser ouvir, PEDRO É A ROCHA.

“TU ÉS ROCHA E SOBRE ESTA MESMA ROCHA, EU EDIFICAREI A MINHA IGREJA.”

Na parte II desta matéria veremos os  vários testemunhos patrísticos a respeito disso.

Bibliografia Utilizada:

1 – Malzoni, Cláudio Vianney, 25 Lições de Iniciação ao Grego do novo testamento/ Cláudio Vianney Malzoni. – 1. Ed. – São Paulo: Paulinas, 2009 (Coleção Línguas Bíblicas).

2 – Dicionário de Grego do Novo Testamento / Carlo Rusconi; [Tradução Rabuske] – São Paulo : Paulus 2003. – (Dicionários)

3 –Strong, James –  Exaustiva Concordância –  Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, São Paulo : Sociedade Bíblica do Brasil 2002.

4 – Friberg, Analytical Greek Lexicon.

5 – Thayer, Greek Lexicon Of Nt.

A Igreja precisa dos idosos

Fonte: Humberto Pinho da Silva

Eu tenho um amigo, daqueles que sempre estão presente nas horas amargas, que era catequista.

Semanalmente, nos fins-de-semana, abalava para o “interior”, deixando família, para participar na preparação da catequese.

Certa vez confessou-me: “Quando for aposentado vou-me dedicar às actividades da Igreja da minha terra e à agricultura. Tenho um campinho na retaguarda da casa que ergui na aldeia e vou cuidar das árvores de fruta e da hortinha.

O tempo passou e ele sempre a sonhar com a reforma que lhe permitiria organizar melhor a catequese da paróquia, já que era o coordenador.

Um dia atingiu a idade necessária para se retirar. Despediu-se de olhos marejados, dos colegas; pela derradeira vez visitou a banca de trabalho, testemunha de horas alegres e de muitas e muitas angústias; e definitivamente partiu para a terra natal.

Não deixou, porém, de passar pela livraria católica em busca de material para as aulas da catequese. Como as verbas para a evangelização dos jovens eram escassas, despendeu muito de seu bolso.

Era um sonho há muito idealizado.

Mal chegou foi prestes à reunião da catequese. Admirou-se, porém, que o abade, velho companheiro nas lidas religiosas, estivesse presente.

Aberta a reunião, o padre urdiu eloquente palestra entremeada de rasgados elogios ao meu amigo. Apoiavam enternecidos os presentes as palavras do sacerdote. Ao concluir ofertaram bonita bíblia, de folhas doiradas, encadernada a pele.

No acto da entrega, disse o abade: “Chegou o momento de descansar. É justo que o libertem das árduas canseiras que lhe roubaram horas de recreação. É mister sangue novo. Já indigitei novo coordenador, e faço votos que ao aposentar-se, tenha finalmente o merecido repouso, junto dos que lhe querem bem.

Escusado será descrever a desilusão que sofreu o meu amigo. Mesmo assim teve ânimo para agradecer, lembrando que não se sentia velho, e muito podia dar à Igreja.

Este caso verídico faz-me reflectir na perda que a Igreja tem ao desprezar o trabalho dos idosos.

Há muito que lembro – mas poucos escutam, – que muitos professores, homens de valor, ilustres catedráticos, após aposentação, podem ser excelentes sacerdotes (diáconos e padres), consoante os casos, com reduzido estudo no Seminário Maior.

O aposentado, em regra, tem tempo disponível; não carece de trabalhar para sobreviver; e pode perfeitamente dispor ainda de vinte anos ou mais, ao serviço de Deus.

Desaproveitar conhecimentos e disponibilidades é erro crasso, mormente em época em que a falta de sacerdotes é notória.

Bom era que as dioceses incentivassem os crentes idosos a participarem nas actividades das paróquias, de harmonia com os conhecimentos e saúde de cada um.

Exercícios espirituais do Papa: mistério do chamado de Deus

A vocação ao sacerdócio no centro das reflexões

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010 (ZENIT.org).- Amanhã terminarão, com a celebração das Laudes e uma última meditação, os exercícios espirituais pregados ao Papa e à Cúria Romana pelo salesiano Enrico Dal Covolo, que neste ano se centraram no tema da vocação sacerdotal.

“Mais uma vez, o pontífice dá exemplo aos fiéis sobre a atitude que se deve ter neste tempo particular de oração, de reflexão e de conversão”, sublinha o Pe. David Gutiérrez, diretor da programação em espanhol da Rádio Vaticano e encarregado de comentar os exercícios espirituais deste ano.

Gutiérrez sublinha a profunda vivência destes exercícios por parte do Papa, durante toda a semana.

Como o próprio Dal Covolo explicou em uma entrevista com Zenit, cada um dos dias da semana constituiu um marco específico a partir do qual consideraram esta vocação ao sacerdócio, em harmonia com o Ano Sacerdotal convocado por Bento XVI.

Assim, a segunda-feira foi um dia de “escuta”, centrado na Lectio divina de uma passagem bíblica muito conhecida como paradigma do chamado vocacional, o de Deus ao profeta Samuel (1 Re, 19, 1-21).

O pregador propôs várias figuras bíblicas e dos Padres da Igreja sobre esta atitude de escuta do chamado divino, especialmente o modelo de Santo Agostinho, um santo muito querido pelo Papa Bento XVI.

A terça-feira foi dedicada a refletir sobre a resposta do homem ao chamado divino. Segundo comenta Gutiérrez, nesse dia, “Enrico Dal Covolo centrou suas reflexões na resposta que o homem dá a esse chamado de Deus, revisando algumas histórias bíblicas, especialmente a referida no Evangelho de São Mateus, em que Jesus fala sobre construir sobre a areia dos nossos interesses ou construir sobre a rocha de Deus”.

“Uma ênfase especial foi dada ao sentido que a vocação e a resposta representam para a missão. Este segundo dia terminou com uma reflexão sobre o exemplo sacerdotal do Santo Cura de Ars.”

A quarta-feira foi dedicada à penitência e, segundo explica o comentarista da Rádio Vaticano, o propósito foi refletir, depois de fazê-lo acerca do chamado divino e sobre a resposta do homem, sobre “os aspectos humanos que estão envolvidos nesse processo, especialmente os referidos ao que podemos chamar de ‘resistências’ que o ser humano apresenta diante da vontade de Deus, que o chama”.

“As tentações, as dúvidas, as resistências fazem parte da nossa história, o que gera a consciência de que sempre somos pecadores, mas também convidam a uma abertura à graça do Deus que sempre nos perdoa. É a atitude permanente de conversão que a Igreja pede aos seus fiéis neste tempo da Quaresma e que o Papa, com seus exercícios espirituais, está vivendo de maneira profunda”, explica.

A quinta-feira, seguindo a tradição da Igreja de consagrar este dia ao culto eucarístico e à veneração do sacerdócio ministerial, foi um dia “cristológico”, isto é, dedicado à reflexão sobre a pessoa de Jesus Cristo, aprofundando no chamado aos primeiros discípulos.

“Tanto a Lectio divina quanto as meditações da manhã seguiram este texto para compreender o papel de Jesus na vida de cada chamado, de cada sacerdote”, explica o responsável pela programação espanhola da Rádio Vaticano.

A figura sacerdotal apresentada neste dia por Dal Covolo foi a do salesiano italiano Giuseppe Quadri, cuja vida sacerdotal foi um exemplo pela sua humildade e simplicidade.

“Seu lema era ‘buscarei ser santo’. Este lema é a mensagem que o pregador dos exercícios do Papa deixou: que todos busquem ser santos no exercício do seu ministério sacerdotal”, sublinha Gutiérrez.

Hoje, sexta-feira, a meditação se centrou na Virgem Maria, modelo de resposta ao chamado divino. Como explica o Pe. Gutiérrez, “o Santo Padre e seus colaboradores meditaram, seguindo os textos do Magnificat e da Anunciação, ambos tomados do Evangelho segundo São Lucas, sobre a figura da nossa Mãe celestial, vendo n’Ela o exemplo da confirmação de Deus quando faz um convite a algum dos seus filhos”.

“O pregador apresentou hoje para a reflexão a figura do Papa João Paulo II, uma pessoa que viveu seu ministério sacerdotal, episcopal e petrino sempre confiando em Nossa Senhora”, explica.

Alegria, marca do cristão, diz cardeal

SALVADOR, segunda-feira, 18 de maio de 2009 (ZENIT.org).- O novo estilo de vida do cristão relacionar-se com o próximo, baseado no pedido de Jesus de “permanecer no meu amor”, tem um “efeito imprevisto”: a alegria.

É o que afirma o arcebispo de Salvador (Brasil), cardeal Geraldo Agnelo, em artigo enviado hoje a Zenit.

Trata-se, segundo o cardeal, de uma “alegria festiva”, “própria do domingo de Páscoa”.

Dom Geraldo cita que esse modo festivo de viver a amizade com Deus “o compreendeu bem o escritor moderno Chesterton, um convertido, que escreveu: ‘A alegria é o gigantesco segredo do cristão’”.

“Se somos sempre tristes, cheios de bronca, brutalhões, podemos suspeitar que talvez não sejamos verdadeiros cristãos.”

O arcebispo afirma que São João “refletiu durante toda a sua vida sobre estas verdades. Na sua primeira carta, “nos propõe a mais profunda de suas intuições. Ele chega a dar de Deus uma nova definição, plenamente em harmonia com o que Jesus havia revelado: ‘Deus é amor’. Definição simples, mas de extrema profundidade”.

“Os filósofos antigos imaginavam Deus um ente perfeito, abstrato, todo razão, causa eficiente do mundo, origem de todas as coisas. Também os estudiosos de hoje, se crêem, olham as galáxias e as moléculas e são levados a pensar em Deus como um engenheiro, um arquiteto.”

Mas –prossegue o cardeal– “Deus-Pai é revelação de Cristo. Deus-amor é a intuição de João, o discípulo que Jesus amava”.

“No centro de tudo está Deus, Pai que nos ama e espera de nós resposta de amor. É fundamental. Diz João: ‘Quem não ama permanece na morte’”. O arcebispo cita ainda S. João da Cruz, que diz: ‘Ao  entardecer da vida seremos julgados sobre o amor’.

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