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Texto da Evangelii Gaudium do Papa Francisco lembra a forma que Pedro falava com Jesus

Papa Francisco

ROMA, 29 Nov. 13 / 09:54 am (ACI/EWTN Noticias).- O Presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli, considera que a primeira Exortação Apostólica do Papa Francisco Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho), lembra as conversas entre Jesus e São Pedro, o primeiro Pontífice da história.

O Papa Francisco na Evangelii Gaudium “me recorda o episódio do Evangelho no qual Jesus diz a Pedro: ‘Pedro, eu, rezei por ti, para que a tua fé não desfaleça. E tu, quando tiveres voltado para Mim, fortalece os teus irmãos’. Pois bem, a tarefa do Papa Francisco como a nossa, é confirmar os irmãos na fé”, explicou Dom Celli em 26 de novembro em uma entrevista concedida ao Grupo ACI no Vaticano.

“Acho que esta Exortação Apostólica se situa na grande preocupação que hoje o Papa Francisco está dando à Igreja. O Papa Francisco convida a Igreja a assumir uma atitude de encontro, de ir ao encontro do homem e da mulher de hoje e demonstrar a estes homens e mulheres o amor do Pai, assim como se caracterizou na vida, nos ensinamentos, na morte e ressurreição de Jesus”, acrescentou.

A autoridade vaticana assegurou que com o texto o Papa foge de todo proselitismo e busca ser exemplo para o homem com a ação e a palavra.

“Nós não falamos de proselitismo, temos que ser missionários anunciando com o testemunho de vida, e se for necessário também usar as palavras e explicar quem é Jesus para nós”, e “o Papa convida a ter valor, a ter coragem, a ter este impulso missionário para isto”, acrescentou.

Dom Celli considerou que com a Evangelii Gaudium o Papa devolve a alegria intrínseca que deve levar o anúncio do Evangelho: “Tem umas partes muito simpáticas na Evangelii Gaudium. Diz que muitos cristãos parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa, e que há muitos evangelizadores que têm cara de funeral. E isto não pode ser, é necessário redescobrir para todos a alegria de estar com Jesus, da profunda conversão, de sentir-nos amados pelo Pai e viver em plenitude esta conversão”.

“A alegria é a primeira dimensão da Evangelii Gaudium que me parece a mais importante, a alegria do Evangelho, porque é indubitável que muitas vezes a vida, as dificuldades, as mil preocupações não ajudam o homem a experimentar a alegria de viver com Jesus e de ter recebido Jesus no próprio caminho existencial”, expressou.

“Como sabem, na última ceia Jesus disse a seus discípulos: digo-lhes estas coisas para que minha alegria esteja em vós e minha alegria seja plena e o Papa recorda a todos que desde o começo, o anúncio de Jesus esteve marcado pela alegria”.

O Arcebispo Celli resgatou do texto que a fé não se pode levar a meias ou com peso, mas tem que ser uma fé alegre, cheia de alegria por ter encontrado o Senhor.

Além disso, também assinalou que com este texto o Santo Padre se mescla totalmente entre os fiéis para expressar seu coração de pastor: “o coração de um homem que caminha entre nós. Sim, é certo que é o Bispo de Roma, é o Sucessor de Pedro, mas compartilha conosco o caminho, é nosso pastor, nosso guia”, disse.

“Acho que isso é um ponto fundamental, a Igreja existe para anunciar o Evangelho, para anunciar Jesus, e hoje é necessário fazê-lo sabendo em que cultura e situação de vida vive o homem de hoje, o Papa quer que a Igreja saiba dialogar, saiba caminhar, e saiba expressar sua simpatia pelo ser humano e estabelecer com ele um diálogo respeitoso para anunciar Jesus Cristo”, concluiu.

A exortação apostólica Evangelii Gaudium do Papa Francisco em espanhol tem uma extensão de 142 páginas e está dividida em uma introdução e cinco capítulos: “A transformação missionária da Igreja”, “Na crise do compromisso comunitário”, “O anúncio do Evangelho”, “A dimensão social da Evangelização” e “Evangelizadores com espírito”.

A Evangelii Gaudium foi apresentada na Sala de Imprensa do Vaticano por Dom Celli, Dom Rino Fisichella, Presidente do Pontifício Conselho para a promoção da Nova Evangelização, e pelo Secretário Geral do Sínodo dosBispos, Dom Lorenzo Baldisseri.

O Papa na Evangelii Gaudium: A homilia não pode ser um espetáculo de divertimento

Papa Francisco

VATICANO, 27 Nov. 13 / 11:17 am (ACI).- Na primeira exortação apostólica do seu pontificado intitulada “Evangelii Gaudium”, o Papa Francisco ressaltou que “a homilia não pode ser um espetáculo de divertimento, não corresponde à lógica dos recursos mediáticos, mas deve dar fervor e significado à celebração”.

Pela importância do tema, o Santo Padre dedica uma seção deste documento a explicar como deve ser a homilia: “é um gênero peculiar, já que se trata de uma pregação no quadro duma celebração litúrgica; por conseguinte, deve ser breve e evitar que se pareça com uma conferência ou uma lição”.

No numeral 138, o Papa afirma que “o pregador pode até ser capaz de manter vivo o interesse das pessoas por uma hora, mas assim a sua palavra torna-se mais importante que a celebração da fé. Se a homilia se prolonga demasiado, lesa duas características da celebração litúrgica: a harmonia entre as suas partes e o seu ritmo.”.

“Quando a pregação se realiza no contexto da Liturgia, incorpora-se como parte da oferenda que se entrega ao Pai e como mediação da graça que Cristo derrama na celebração. Este mesmo contexto exige que a pregação oriente a assembleia, e também o pregador, para uma comunhão com Cristo na Eucaristia, que transforme a vida. Isto requer que a palavra do pregador não ocupe um lugar excessivo, para que o Senhor brilhe mais que o ministro”.

O Papa Francisco assegura também que “a homilia é o ponto de comparação para avaliar a proximidade e a capacidade de encontro de um Pastor com o seu povo. De fato, sabemos que os fiéis lhe dão muita importância; e, muitas vezes, tanto eles como os próprios ministros ordenados sofrem: uns a ouvir e os outros a pregar. É triste que assim seja. A homilia pode ser, realmente, uma experiência intensa e feliz do Espírito, um consolador encontro com a Palavra, uma fonte constante de renovação e crescimento”.

Depois de colocar como exemplo a pregação de São Paulo, o Papa assinala que “a proclamação litúrgica da Palavra de Deus, principalmente no contexto da assembleia eucarística, não é tanto um momento de meditação e de catequese, como sobretudo o diálogo de Deus com o seu povo, no qual se proclamam as maravilhas da salvação e se propõem continuamente as exigências da Aliança”.

“Reveste-se de um valor especial a homilia, derivado do seu contexto eucarístico, que supera toda a catequese por ser o momento mais alto do diálogo entre Deus e o seu povo, antes da comunhão sacramental. A homilia é um retomar este diálogo que já está estabelecido entre o Senhor e o seu povo”.

Aquele que prega, prossegue, “deve conhecer o coração da sua comunidade para identificar onde está vivo e ardente o desejo de Deus e também onde é que este diálogo de amor foi sufocado ou não pôde dar fruto”.

O Papa alerta logo que “a pregação puramente moralista ou doutrinadora e também a que se transforma numa lição de exegese reduzem esta comunicação entre os corações que se verifica na homilia e que deve ter um caráter quase sacramental: ‘A fé surge da pregação, e a pregação surge pela palavra de Cristo’”.

“Na homilia, a verdade anda de mãos dadas com a beleza e o bem. Não se trata de verdades abstratas ou de silogismos frios, porque se comunica também a beleza das imagens que o Senhor utilizava para incentivar a prática do bem. A memória do povo fiel, como a de Maria, deve ficar transbordante das maravilhas de Deus. O seu coração, esperançado na prática alegre e possível do amor que lhe foi anunciado, sente que toda a palavra na Escritura, antes de ser exigência, é dom”.

Para o Santo Padre, “falar com o coração implica mantê-lo não só ardente, mas também iluminado pela integridade da Revelação e pelo caminho que essa Palavra percorreu no coração da Igreja e do nosso povo fiel ao longo da sua história”.

A identidade cristã, precisa, “que é aquele abraço batismal que o Pai nos deu em pequeninos, faz-nos anelar, como filhos pródigos – e prediletos em Maria –, pelo outro abraço, o do Pai misericordioso que nos espera na glória. Fazer com que o nosso povo se sinta, de certo modo, no meio destes dois abraços é a tarefa difícil, mas bela, de quem prega o Evangelho”.

O Papa Francisco escreve a sua primeira exortação apostólica Evangelii Gaudium

O Papa Francisco escreve a sua primeira exortação apostólica Evangelii Gaudium

Vaticano, 18 Nov. 13 / 03:00 pm (ACI/EWTN Noticias).- O diretor do Escritório de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, anunciou nesta manhã que no próximo dia 24 de novembro, dia de encerramento do Ano da Fé, o Papa Francisco entregará ao povo de Deus a sua primeira Exortação Apostólica intitulada: Evangelii Gaudium (O Gozo do Evangelho, tradução livre).

O documento será apresentado à imprensa, no dia 26 na Sala João Paulo IIdo Vaticano, em uma conferência na qual participarão o Presidente do Conselho Pontifício para a promoção da Nova Evangelização, o Arcebispo Rino Fisichella; o Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, Dom Lorenzo Baldisseri; e o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, Dom Claudio Maria Celli.

Em declarações ao grupo ACI nesta segunda-feira, Dom Fisichella explicou que o Papa Francisco fará a entrega do documento durante a Missa de clausura do Ano da Fé ao povo de Deus representado por “um Bispo, um sacerdote, um diácono, religiosos e religiosas, noviças, uma família, catequistas, artistas, jornalistas, jovens, idosos, doentes… quer dizer, de alguma maneira a entregará a todos aqueles que nos diversos momentos davida, sendo cristãos, estão chamados a ser evangelizadores”.

O Ano da Fé, explicou o Arcebispo Fisichella, converte-se assim “em um compromisso que a Igreja assume mais uma vez como um dever de levar o Evangelho a toda criatura”.

Serão, no total, 36 pessoas de 18 países dos cinco continentes os que receberão a primeira exortação apostólica escrita pelo Papa Francisco.

O Vaticano anunciou que o Bispo, o sacerdote e o diácono aos que o Papa entregará a Exortação são oriundos da Letônia, Tanzânia e Austrália respectivamente.

Por outro lado, os artistas que representarão a arte católica e receberão a Exortação serão o arquiteto japonês Etsuro Sotoo, que se converteu enquanto trabalhava na Basílica da Sagrada Família de Barcelona, e a pintora polonesa Anna Gulak.

Neste grupo também haverá dois jornalistas, um é Joan Lewis, norte-americano do maior canal católico do mundo, EWTN.

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