(ou como se pretende fazer da Igreja e da fé gato e sapato…)
Ultimamente temos assistido, nós pobres ignorantes tapados que temos o dom da fé, a um verdadeiro festival de afrontas, agressões, ridicularizações, ataques, paródias grotescas, enfim, um conjunto de ações que visam a depreciação da fé, apresentada como fanatismo, coisa de gente ignorante…
A Igreja de Cristo transformou-se no vaso de escarro chinês daqueles que se julgam no direito de afrontar, com ares de superioridade, o fanatismo religioso católico, destinado a desaparecer da sociedade civilizada e libertária de um futuro já não tão distante. Finalmente, aproximam-se os tempos da verdadeira liberdade, já que está por pouco a influência do catolicismo em nossa terras…
Este é, infelizmente, o pensamento de muitos e muitas que outorgam a si mesmos o título de “defensores das liberdades e das minorias”. Gente que vomita chavões, slogans, palavras de ordem em defesa de direitos em grande parte absolutamente discutíveis e de escassa consistência. Paródias como a que foi apresentada por uma banda de rock satânico, no último “Rock in Rio”, que se utiliza de símbolos católicos invertidos, exatamente para demonstrar a quem seguem e a que princípio servem, encontram espaço de forma absolutamente natural nestas expressões consideradas de fundo cultural. Hoje, a moda é ser contra o catolicismo. Pior ainda, usa-se até mesmo as palavras, gestos, declarações, entrevistas, quem sabe até adivinham-se intenções e pensamentos, do Papa Francisco, mostrando-o como exemplo de aceitação pura e simples da diversidade e do pluralismo, sem os filtros de uma visão moral já ultrapassada, em vias de extinção. Homens e mulheres da Igreja, alguns sobejamente conhecidos por suas posturas dúbias, que encontraram nas instâncias superiores, limites fundados na grande Disciplina da Igreja para serem mantidos em terrenos aceitáveis da autentica fé católica, hoje sentem-se libertados de qualquer tipo de rédeas e de controles. Há quem até se sinta “compreendido”pelo Papa, e em constante diálogo com o mesmo através da esposa de um bispo afastado do Ministério…
Há alguns meses, escrevia eu, ingenuamente, que “tempos difíceis estavam se aproximando” para a Igreja e para os católicos. Não serão simplesmente difíceis… Serão mesmo terríveis. Tempos não só de testemunho sofrido, mas tempos de martírio, de perseguição, de incompreensão, de oposição virulenta, fundada no princípio de uma liberdade que conduz à pior escravidão: a escravidão daquele que, sendo escravo, pensa ser livre.
Um bispo deve ser anunciador da esperança. Declaro através desta mensagem, prometer seguir adiante na proclamação da Mensagem cristã, fundada antes de tudo, no Mistério Redentor da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus Cristo, único Salvador da humanidade, Mistério este ensinado dentro da Tradição Sagrada, nos séculos pela Santa Igreja, Una, Santa e Católica, fundada na rocha que é o Apóstolo Pedro.
Há uma única arma, a meu ver, de autêntica e poderosa eficácia neste combate: a oração. No início de seu pontificado, o grande Bento XVI propunha-se a escrever e falar menos, e a rezar mais… Quem sabe, dentro do quadro necessário do testemunho que exige também a palavra, principalmente nós, homens do Ministério Sagrado, falemos menos e rezemos mais… Certamente ajudaremos muito mais a Igreja neste combate contra as forças infernais que, mais do que nunca, mostram suas cortantes garras.
Fonte: Encontro com o Bispo