O Pai-Nosso é a oração perfeita: eis um pensamento unânime entre todos os cristãos. Quem teria a empáfia de propor alterações em uma oração composta pelo próprio Deus Encarnado? Ninguém… A não ser algumas centenas de padres pelo Brasil afora!
Já virou modinha em diversas igrejas a substituição, na Missa, da oração do Pai Nosso por versões dessa mesma oração. As versões mais populares são:
- Pai Nosso do Padre Marcelo Rossi;
- “Pai Nosso Tu que estás“, da banda Anjos de Resgate;
- “Ele assumiu nossas dores”, do Pe. Zezinho;
- Pai Nosso Dos Mártires (Zé Vicente).
Não há mal algum em compor músicas com versos inspirados no Pai-Nosso, sem necessariamente manter as palavras originais da oração. O problema é quando essas músicas são inseridas na Missa, substituindo o Pai-Nosso tradicional. Isso é um abuso litúrgico grave! Ou, nas palavras de Dom José Francisco Falcão, é um “assassinato da liturgia católica”:
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=wt-ldYv_LdY[/youtube]
Dom José Francisco Falcão de Barros é bispo Titular de Augurus e auxiliar do ordinariado militar do Brasil.
A oração do Pai-Nosso pode ser cantada? Pode, desde que os versos sejam fiéis à oração tradicional do Pai-Nosso, sem NENHUMA alteração. No vídeo abaixo, vemos São João Paulo II cantando essa oração. Lindo!!!
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=9Vjp7bu_3JE[/youtube]
O Pai-Nosso do Padre Marcelo é muito bonito, mas em hipótese alguma pode substituir o Pai-Nosso tradicional; a letra tem alterações discretas, mas muito relevantes, como o trecho em que se pede que o Pai perdoe os nossos pecados “de um modo maior com que perdoamos”. Ora, Jesus disse mais de uma vez que seremos julgados com a mesma medida que julgarmos o próximo, e que seremos perdoados da mesma forma – e não de um modo maior – com que perdoamos quem nos ofendeu.
Com uma melodia ótima, tirada da canção “Sound of the silence”, de Paul Simon & Garfunkel, o “Pai Nosso Tu que estás” tem uma letra bacana. Podemos cantarolar essa música o dia inteiro, mas não para substituir o Pai-Nosso na Missa. Mais uma vez, o texto não apresenta a oração do Pai-Nosso, e sim de uma versão. O mesmo vale para a bela composição do Pe. Zezinho.
Já o “Pai-Nosso dos Mártires” não passa de uma tentativa lamentável de misturar água e óleo, ou seja, cristianismo com ideologia marxista. Vade retro, Satanás! Sobre essa infeliz versão do Pai-Nosso, é interessante a reflexão do blog Deus lo Vult! (clique aqui).
O que tem que ficar claro é que, na sagrada liturgia, não se deve inventar: tem que ser fiel ao Missal Romano e às palavras de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Fonte: O Catequista