A crucificação de Jesus Segundo o Talmud babilônico

O Talmud é uma fonte que contém antigas tradições judaicas e que foi concluído no século IV dC. Em comentário à lei do Mishná (séc. II) que prescreve a pena de morte logo após o julgamento do réu, o Talmud babilônico cita Jesus.

Ainda que fale de Jesus com tom depreciativo, o texto reconhece que Jesus foi condenado pelo tribunal judaico e sua pena foi aplicada de fato. Deste modo, podemos comprovar que Jesus foi um personagem histórico e não uma lenda, uma vez que o referido texto não foi criado em ambientes cristãos, mas sim judaicos.

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[…] Entretanto foi ensinado que, na vigília da festa da Páscoa, Jesus foi suspenso1. Porém, quarenta dias antes, o arauto havia proclamado que ele seria apedrejado por praticar a magia e por ter seduzido Israel para a apostasia. Poderia, quem quisesse, vir e falar algo em sua defesa, mas como nada foi feito em sua defesa, foi suspenso2 na véspera da Páscoa.

Ula objetou: “Tu acreditas que algo poderia ser dito na defesa dele? Ele não era um sedutor, como fala a Escritura: ‘não o perdoarás, nem o defenderás’3?” Contudo, as coisas foram diferentes com Jesus porque estava em relação4 com o governo.

1Ou seja, foi crucificado.
2V. nota 1, acima.
3Cf. Dt 13,9.
4Isto é, era uma pessoa influente entre as autoridades civis.

Autor: Carlos Martins Nabeto
Fonte: www.veritatis.com.br





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  1. Alexandre Lino

    Ninguém o defendeu para que se cumprisse a profecia dos profetas, se alguém intervisse, não teria sido cumprido á risca o trecho de Isaías 53.1-11

  2. É interessante saber que Jesus é mencionado também no Talmud, uma fonte não cristã. Porém, penso que a fé na sua encarnação, no seu messiado e na sua ressurreição não se baseia em evidências de um personagem histórico. A pregação contida nos Evangelhos é suficientemente poderosa para que o homem possa conhecer Jesus verdadeiramente, através de uma experiência que é muito mais profunda do que o reducionismo da ciência.

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