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Bebê moribundo protagoniza lição sobre o valor da vida

NOVA IORQUE, 17 Mar. 11 / 11:23 am (ACI)

O Padre Frank Pavone da organização Sacerdotes pela Vida explicou que a luta por proteger o pequeno Joseph Maraachli, o bebê com uma enfermidade neurodegenerativa que foi resgatado de um hospital canadense onde estava condenado a morrer por uma ordem judicial, é uma lição para a cultura atual.

O sacerdote e líder pró-vida ajudou os pais de Joseph a transladar seu filho a um hospital católico de St. Louis, Missouri. Em declarações à ACI Prensa em 14 de março, o Padre Pavone afirmou que o novo giro no caso é uma “vitória para a família“.

Os pais de Joseph pediram ajuda aos Sacerdotes pela Vida logo que os médicos do London Health Sciences Centre de Ontario se negaram a transferir a criança a outro centro porque uma corte local decidiu que os médicos podiam retirar os tubos de respiração e alimentação que auxiliam o bebê, causando-lhe uma morte por asfixia.

Os médicos não aceitaram o pedido dos pais de submeter o menino a uma traqueotomia para que seu filho pudesse passar seus últimos dias em casa, tal como ocorreu com a filha maior dos Maraachli que faleceu pela mesma enfermidade.

“Junto à família sentíamos que se estava fazendo um juízo de valor sobre sua vida”, indicou o Padre Pavone. “Uma coisa quer dizer que um tratamento seja inútil. Outra coisa é dizer que uma vida não vale nada”, explicou.

A Organização Sacerdotes pela Vida arrecadou os 150 mil dólares necessários para transferir Joseph ao Hospital Infantil Cardeal Glennon de St. Louis e pagar os exames médicos posteriores.

Robert Wilmott, chefe de pediatria no centro, disse em um comunicado na segunda-feira que é provável que pratiquem em Joseph uma traqueotomia este fim de semana.

O Padre Pavone esclareceu que o bebe não se encontra em estado vegetativo como sustenta certa imprensa, porque “se move e reage. É (um bebê) encantador”.

Para o sacerdote, os pais de Joseph, Moe e Sana Maraachli, ele muçulmano e ela católica, são “pessoas de grande fé” que “acreditam em um Deus que não só responde às orações, mas também é o Senhor da vida e da morte.”

“São gente muito humilde e agradecida,” e estão “muito felizes ao saber que outras pessoas os estão ajudando”, explicou.

O Padre Pavone acrescentou que “casos como este ocorrem o tempo todo, mas só alguns que são feitos públicos são suficientes para proporcionar uma plataforma, se quiserem, para a reflexão de toda a Igreja e a sociedade em geral”.

“E isso é o que estivemos fazendo com este caso. Mostrar às pessoas que não se trata só deste bebê, mas realmente de todos nós”, assinalou e considerou a luta desta família nos “oferece uma oportunidade para falar e refletir sobre estas questões tão importantes que afetam a todos”, e “sobre como tomar decisões médicas para nós e para nossos seres queridos”.

Não é um meio extraordinário

Ante os questionamentos dos críticos do pedido dos pais de submeterem o bebê a uma traqueotomia, o Padre Pavone explicou ao grupo ACI que os Maraachli “estão muito familiarizados” com os benefícios do procedimento pela experiência que viveram com sua filha Zina, e essa é “uma das razões pelas que estive lutando muito” por obter o procedimento.

Também esclareceu que o tratamento do Joseph não deve ser considerado como um meio “extraordinário” no qual se refere ao ensino da Igreja sobre o final da vida.

“Neste caso, a traqueotomia estenderia a vida do bebê” embora não cure sua enfermidade “e os pais não estão esperando que o faça”, só pedem “meios ordinários que beneficiem o paciente”.

A origem do Ocidente

Por Carlos Caso-Rosendi
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: Primera Luz – http://voxfidei.blogspot.com/

Nestes últimos anos tem aumentado o coro dos que propõem a erradicação da religião por considerá-la perniciosa para a civilização. Repetem sem refletir as vozes que começaram com o anticlericalismo da Revolução Francesa, que insistia que a religião – especialmente a católica – era uma superstição que apenas atrasava o desenvolvimento potencial da humanidade. Desde aqueles distantes dias, sempre houve aqueles que querem facilmente posar de “intelectuais” e para isso não há nada mais normal do que opor algo que rejeite a religião em nome de uma suposta superioridade intelectual. O sujeito anti-religioso é imediatamente considerado um “livre pensador”, um transgressor das regras do “sistema” e infinitas outras rotulagens que não encontram qualquer amparo na realidade. Para quem consegue enxergar o jogo, a famosa postura anti-religiosa revela sempre as mesmas coisas: má formação intelectual, pobreza no manejo de conceitos abstratos, pouca leitura e muitos preconceitos alimentados geralmente pelo desejo de não se submeter aos limites da moral sexual.

Dizíamos que a Revolução Francesa – sim, a mesma que cortou a cabeça de Lavoisier, pai da física moderna – começou com esta moda do intelectualismo automático. Nada melhor e mais suscinto para um ignorante com pretensão de pensador que se alimente de dois padres no café da manhã para se transformar “ipso facto” em um “arauto da liberdade” e em um “sujeito inteligente e bem-informado”.

Porém, sempre há retrógrados medievais como eu (como podem ver, eu sei que sou assim e sou feliz por ser assim) que se empenham em provar com fatos que os tais secularistas inimigos da religião estão bastante equivocados. Insisto que é o Cristianismo, as idéias cristãs, que criaram primeiramente o intelecto ocidental, com sua genuína e original mistura de individualismo, curiosidade e equanimidade cívica, valores que por sua vez deram origem a sociedades concretas que promovem os direitos do ser humano, a ciência e os governos democráticos. A incoerência do secularismo de hoje é comparável a de um homem que certo dia diz para o seu vizinho, com a maior cara-de-pau, que ele é o inventor da Internet e também construtor da Torre Eiffel. Os secularistas modernos crêem que de alguma maneira essa vaga mistura de darwinismo, psicologia freudiana e marxismo que professam, criou e impôs os direitos humanos, a justiça social, a democracia e a ciência no mundo moderno, que até então era “atrasado” pelas “superstições religiosas”. Uma incoerência tão grave que se esquecem do cesto com a cabeça de Lavoisier, possivelmente a cabeça mais valiosa do Ocidente nessa época, até que a guilhotina revolucionária a separasse do corpo que a sustentava. Talvez se Lavoisier tivesse vivido por mais alguns anos, Newton e Einsten não teriam que trabalhar tanto…

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