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O Papa Francisco surpreendeu o mundo ao almoçar hoje com os funcionários da Santa Sé

Fonte: Jovens Conectados

O Papa Francisco surpreendeu o mundo ao almoçar hoje com os funcionários da Santa Sé.

As fotos ganharam as redes sociais e fiéis fazem relação direta com o Evangelho de hoje, que fala sobre o chamado ao serviço.

A informação foi confirmada pela Rádio Vaticano, que divulgou fotos oficiais da visita.

As fotos a seguir são de Guillermo Karcher, via Rome Reports.

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Evangelho: Mateus 20, 20-28

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

20Naquele tempo, a mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: “O que tu queres?” Ela respondeu: “Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda”. 22Jesus, então, respondeu-lhes: “Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?” Eles responderam: “Podemos”. 23Então Jesus lhes disse: “De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é que dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou”. 24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos”.

ONU acusa a Igreja de “torturar” as mulheres com seu ensinamento sobre o aborto

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GENEBRA, 08 Mai. 14 / 05:15 pm (ACI/EWTN Noticias).- Diversos organismos criticaram a parcialidade do Comitê das Nações Unidas contra a Tortura, depois da acusação feita em uma de suas audiências contra a Igreja Católica de estar violando uma convenção internacional contra a tortura com o seu ensinamento sobre o aborto.

Ashley McGuire, membro da mesa consultiva do Catholic Voices USA, disse em 6 de maio que “é escandaloso que o Comitê das Nações Unidas contra a Tortura desafie os compromissos da Igreja Católica com a santidade da vida em todas suas etapas”.

O Comitê das Nações Unidas sobre a Convenção contra a Tortura realizou uma audiência com uma delegação da Santa Sé em Genebra, nos dias 5 e 6 de maio.

Cada um dos 155 Estados que fazem parte da convenção, incluído os Estados Unidos, estão obrigados a informar ao comitê das Nações Unidas cada quatro anos, para discutir sobre sua implementação.

O comitê pressionou a delegação da Santa Sé sobre casos de abusos sexuais e de aborto. A vice-presidente do comitê, Felice Gaer, disse que penalizar o aborto em todas as circunstâncias pode violar a convenção contra a tortura.

Para Ashley McGuire, a atitude de Gaer nas audiências “enviou um forte sinal de que ela considera que a posição pró-vida é como uma posição pró-tortura”.

“Dado que a maioria das religiões do mundo defendem perspectivas parecidas sobre o aborto, se o comitê adotasse uma posição oficial contrária, seria um ataque direto contra a liberdade religiosa, e colocaria em risco a credibilidade do comitê e sua missão”.

McGuire questionou também a parcialidade do vice-presidente do comitê, Claudio Grossmanm, citando um relatório do Solidarity Center for Law and Justice, com sede em Atlanta (Estados Unidos), no qual se indicou o anterior trabalho de Grossman em apoio de uma conferência que analisou estratégias para avançar nos “direitos reprodutivos das mulheres”, uma frase que geralmente inclui o aborto.

Grossman também deu ajuda em financiamento e supervisão a um importante defensor do reconhecimento legal de muitas relações pessoais diferentes ao matrimônio tradicional.

Para McGuire, “sua parcialidade ao avaliar a Santa Sé, enquanto se ataca os pontos de vista da Igreja Católica é seriamente questionável”.

Para a integrante do Catholic Voices USA, tanto Gaer como Grossman poderiam estar violando as normas do comitê.

“O óbvio conflito que o presidente e a vice-presidente mantêm não só impacta na credibilidade e reputação de todo o comitê, mas poderia criar um conflito de interesse e poderia cair dentro das próprias regras do Comitê das Nações Unidas para a recusa”.

Por sua parte, o chefe da Missão Observadora Permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, em Genebra, Dom Silvano Tomasi, indicou ao comitê em 5 de maio que os estados estão obrigados a proteger e perseguir pessoas em suas jurisdições, e são responsáveis pela justiça que diz respeito a “crimes e abusos cometidos por pessoas sob sua jurisdição”.

A delegação enfatizou repetidamente que a Santa Sé assinou a convenção com a compreensão de que aplica ao território da Cidade Estado do Vaticano, não a toda a Igreja Católica.

“Obviamente, algumas pessoas não estão de acordo com este manifesto porque sentem que a autoridade da Santa Sé se estende às instituições e às pessoas de toda a Igreja Católica”, disse Dom Tomasi em 5 de maio à Rádio Vaticano.

“Entretanto, de um ponto de vista jurídico, isto não é exato e há uma diferença importante que deve ser levada em consideração entre uma responsabilidade jurídica e uma responsabilidade moral, espiritual, pastoral”.

Dom Tomasi indicou que alguns dos questionamentos do comitê assumiam que a Santa Sé é “diretamente responsável” por cada sacerdote e empregado da Igreja no mundo, “o que é obvio, não é assim”.

Outros comitês da ONU foram usados para examinar a atuação da Igreja Católica em matéria de abuso de menores, e se converteram em plataformas para atacar os ensinamentos da Igreja.

Um relatório de fevereiro do Comitê das Nações Unidas sobre Direitos das Crianças usou a discussão da convenção sobre os direitos das crianças para assegurar que o Vaticano “sistematicamente” adotou políticas permitindo que sacerdotes abusem e assediem crianças.
O comitê também usou o relatório para condenar o ensinamento católico sobre a homossexualidade, anticoncepção e aborto, e solicitaram que se mude a doutrina católica a respeito.

Em 2 de maio deste ano, o diretor do Escritório de Imprensa do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, elogiou os princípios da convenção anti-tortura, ao tempo que advertiu contra a pressão do ONGs com um “forte caráter e orientação ideológica” que estão tentando influenciar tanto no comitê da ONU como na opinião pública.

Santa Sé: Foi criada comissão de investigação sobre Medjugorje

VATICANO, 17 Mar. 10 / 12:33 pm (ACI).- O Escritório de Imprensa da Santa Sé deu a conhecer através de um comunicado que se constituiu uma comissão internacional de investigação sobre Medjugorje, sujeita à Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que será presidida pelo Cardeal Camillo Ruini, Ex-presidente da Conferência Episcopal Italiana e Vigário Emérito do Papa para a diocese de Roma.

O comunicado assinala que esta comissão “composta por cardeais, bispos, peritos e especialistas, trabalhará de maneira reservada, submetendo os resultados do estudo às instâncias do dicastério”.

O Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, explicou ao dar a conhecer o comunicado que a comissão estará conformada por 20 membros.

Ao ser perguntado sobre a inclusão de Dom Ratko Peric, Bispo de Mostar, jurisdição eclesiástica em que se localiza Medjugorje, o sacerdote explicou que não possui a lista dos membros da comissão.

O Diretor da Sala Stampa recordou logo sobre Medjugorje que as investigações começaram em um nível diocesano. Quando se viu que “o fenômeno era maior que a diocese”, foi passado à Conferência Episcopal da antiga Yugoslávia, que agora já não existe.

As comissões nesses níveis, explicou, nunca chegaram a uma conclusão sobre “o tema da sobrenaturalidade –ou não– do fenômeno” das supostas aparições marianas, assim que os bispos da Bósnia e Herzegovina solicitaram à CDF retomar as investigações.

O Pe. Lombardi disse logo que enquanto se realizam as investigações, a comissão decidirá se comunica ou não as suas conclusões. Entretanto, ressaltou, deve assumir-se que este assunto será um projeto “muito discreto” devido “à delicadeza do tema”.

Depois de comentar que se espera que estas investigações tomem “um bom tempo”, o sacerdote jesuíta afirmou que as conclusões da comissão serão entregues à CDF onde se “tomarão as decisões do caso”.

Por agora, concluiu, a lista de membros da comissão é “reservada”, este foi o método assumido para realizar a investigação.

Fracassam as tentativas de envolver o Papa nos escândalos de abusos sexuais

Constata o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé

CIDADE DO VATICANO, domingo, 14 de março de 2010 (ZENIT.org).- Fracassaram as tentativas de vários de meios de comunicação, especialmente na Alemanha, de envolver Bento XVI nos casos de sacerdotes pederastas, constata o porta-voz vaticano.

O padre Federico Lombardi S.J., diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, analisou nos microfones da Rádio Vaticano as últimas notícias que se difundiram sobre casos de abusos sexuais atribuídos a sacerdotes.

“É evidente que nos últimos dias alguns buscaram – com certo obsessão, em Ratisbona e Munique – elementos para envolver pessoalmente o Santo Padre nas questões dos abusos. Para todo observador objetivo fica claro que estes esforços fracassaram”, disse o sacerdote.

Em particular, como ele mesmo recorda, tentou-se lançar a culpa no cardeal Joseph Ratzinger de ter reintroduzido no ministério, quando era arcebispo de Munique, em 1980, um sacerdote que posteriormente foi culpado de abusos sexuais.

O padre Lombardi cita o “amplo e detalhado comunicado” da arquidiocese de Munique em que se mostra como o Papa não tem nenhuma responsabilidade no caso. O cardeal Ratzinger limitou-se a acolher em sua diocese esse sacerdote para que pudesse ser submetido a um tratamento terapêutico, mas não aceitou sua reintegração pastoral.

De fato, o porta-voz explica que o cardeal Ratzinger, sendo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, estabeleceu e aplicou as rígidas normas que a Igreja Católica assumiu como resposta aos casos de abuso que se descobriram nos últimos anos.

“Sua linha foi sempre a do rigor e a coerência na hora de enfrentar as situações mais difíceis”, explica o padre Lombardi.

O jesuíta afirma que as normas da Igreja de forma alguma “buscaram ou favoreceram qualquer tipo de cobertura para tais delitos, e mais, deram fundamento para uma intensa atividade para enfrentar, julgar e punir adequadamente estes delitos no contexto do direito eclesiástico”.

Por este motivo, o padre Lombardi conclui: “apesar da tempestade, a Igreja vê bem o caminho que deve seguir, sob a guia segura e rigorosa do Santo Padre”.

E deseja: “como já dissemos, esperamos que esta tribulação possa ser ao final uma ajuda para a sociedade em seu conjunto para assumir melhor a proteção e a formação da infância e da juventude”.

Santa Sé: não focalizar só na Igreja as acusações de abusos

Apoia a forma como a Igreja na Europa está enfrentando esta ampla questão

CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 9 de março de 2010 (ZENIT.org).- Os abusos a menores por parte de responsáveis eclesiais são especialmente reprováveis, mas a questão é mais ampla e focalizar as acusações na Igreja falseia a perspectiva.

Esta foi a advertência do porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, SJ, em uma nota lida diante dos microfones da Rádio Vaticano, com relação ao debate sobre os abusos sexuais a menores de idade.

“Certamente, os erros cometidos nas instituições e por responsáveis eclesiais são particularmente reprováveis, dada a responsabilidade educativa e moral da Igreja”, indicou.

“Mas todas as pessoas objetivas e informadas sabem que a questão é muito mais ampla e concentrar as acusações somente na Igreja leva a falsear a perspectiva”, acrescentou.

O Pe. Lombardi ilustrou esta realidade com um exemplo dado recentemente pelas autoridades da Áustria.

Segundo estas, “em um mesmo período, os casos encontrados em instituições vinculadas à Igreja foram 17, enquanto se produziram outros 510 em outros ambientes”, explicou o porta-voz vaticano, acrescentando que “seria bom preocupar-se também com estes”.

A nota indica que, contra os abusos, a Igreja elabora as respostas apropriadas, que se inserem “em um contexto e em uma problemática mais ampla, que se refere à proteção – das crianças e jovens – dos abusos sexuais na sociedade”.

O Pe. Lombardi se referiu à iniciativa, promovida pelo Ministério da Família da Alemanha, de convocar uma mesa redonda das diversas realidades educativas e sociais para enfrentar a questão a partir de uma perspectiva complexa e adequada.

“A Igreja está naturalmente disposta a participar e comprometer-se – indicou. Provavelmente, sua dolorosa experiência pode ser uma contribuição útil também para os demais.”

“A chanceler, Sra. Merkel, reconheceu justamente a Igreja na Alemanha pelo seu compromisso sério e construtivo”, acrescentou.

O porta-voz vaticano também destacou que “a Igreja vive inserida na sociedade civil e nela assume sua responsabilidade, ainda que também tenha seu ordenamento específico diverso, o ‘canônico’”.

Federico Lombardi iniciou sua nota com uma referência aos abusos sexuais a menores cometidos em instituições gestionadas por entidades eclesiásticas e por pessoas com responsabilidade na Igreja, particularmente sacerdotes, na Irlanda.

E explicou que o Papa, após reunir-se com os mais altos representantes do episcopado e depois com todos os bispos ordinários da Irlanda, “prepara a publicação de uma carta sobre o tema para a Igreja na Irlanda”.

Logo depois, o sacerdote abordou o debate sobre abusos sexuais a menores que, nas últimas semanas, está envolvendo a Igreja na Alemanha, Áustria e Holanda.

Sobre estes casos, o porta-voz avaliou as atuações para enfrentar os abusos, levadas a cabo pelas principais instituições eclesiásticas envolvidas: as conferências episcopais da Alemanha, Áustria e Holanda e a província alemã dos jesuítas.

A Santa Sé considera que estas “decidiram manifestar-se sobre o problema de maneira oportuna e com decisão”.

“Demonstraram sua vontade de transparência – continua a nota; de certa forma, aceleraram o surgimento do problema convidando as vítimas a falarem, também quando se tratava de casos antigos.”

O Pe. Lombardi prosseguiu destacando que “agindo assim, enfrentaram os problemas ‘com o pé direito’, porque o ponto de partida correto é o reconhecimento do que ocorreu e a preocupação pelas vítimas e as consequências dos atos cometidos contra elas”.

“Além disso – acrescentou –, levaram em consideração as ‘Diretivas’ já existentes ou previram novas indicações operativas para levar a cabo também a estratégia de prevenção.”

Federico Lombardi afirmou que “não se pode negar a gravidade da aflição que a Igreja está atravessando”.

E concluiu destacando que “não se pode renunciar a fazer tudo o que for possível para obter finalmente também resultados positivos, de melhor proteção da infância e da juventude na Igreja e na sociedade, e de purificação da própria Igreja”.

Anglicanos dos EUA solicitarão um ordinariado católico

Espera-se que 5.200 entrem em comunhão com a Igreja

ORLANDO, segunda-feira, 8 de março de 2010 (ZENIT.org).- Os líderes da Igreja Anglicana nos EUA da Comunhão Anglicana Tradicional responderam ao convite de Bento XVI a entrar na plena comunhão com a Igreja Católica.

A constituição apostólica Anglicanorum Coetibus, publicada no mês de novembro passado, ofereceu aos grupos anglicanos uma maneira de ingressar na Igreja Católica, através do estabelecimento de ordinariados pessoais, um novo tipo de estrutura canônica.

Assim, podem conservar elementos de suas tradições litúrgicas e espirituais e ao mesmo tempo estar unidos sob a autoridade do Papa.

Na quarta-feira passada, a Casa dos bispos da Igreja Anglicana nos Estados Unidos anunciou que manteve um encontro em Orlando “com nosso Primaz, o reverendo Christopher Phillips, da paróquia ‘de uso anglicano’ de Nossa Senhora da Expiação (San Antonio, Texas) e outros”.

“Neste encontro – continua o comunicado – tomou-se a decisão formal de solicitar a aplicação das disposições da Constituição Apostólica Anglicanorum Coetibus nos Estados Unidos da América, pela Congregação para a Doutrina da Fé.”

A Anglican Church in America (ACA), que tem 5.200 membros em 100 congregações, é diferente da Igreja Episcopaliana. Não forma parte da Comunhão Anglicana, que tem como primaz o arcebispo de Cantuária.

A ACA foi criada em 1991 quando alguns membros da Igreja Católica Anglicana e da Igreja Americana Episcopaliana uniram-se através da formação de uma nova Igreja. O atual presidente da Casa dos bispos da ACA é o arcebispo Louis Falk.

A Comunhão Tradicional Anglicana, que tem 400.000 membros em todo o mundo, tem como primaz o arcebispo John Hepworth, da Igreja Católica Anglicana na Austrália. Os líderes desta comunhão enviaram uma carta à Santa Sé em outubro de 2007, para pedir a plena unidade à Igreja Católica.

Declararam sua adesão à doutrina católica, mas expressaram seu desejo de conservar algumas tradições anglicanas distintivas.

A carta foi recebida pela Congregação para a Doutrina da Fé, que respondeu em julho de 2008 com o compromisso de considerar esta possibilidade.

No ano seguinte, a 20 de outubro de 2009, o prefeito da congregação, o cardeal William Levada, anunciou a intenção de Bento XVI de criar uma forma para que estes grupos anglicanos entrassem em plena comunhão com a Igreja Católica.

Dias depois, a 9 de novembro, foi publicada a constituição Anglicanorum Coetibus.

Declaração histórica católico-muçulmana contra justificação da violência

Emitida por representantes vaticanos e da voz acadêmica mais prestigiosa para o mundo sunita

Por Jesús Colina

CAIRO, segunda-feira, 1º de março de 2010 (ZENIT.org).- Representantes muçulmanos e católicos do mundo assinaram uma histórica declaração comum para rejeitar a manipulação da religião com o objetivo de justificar interesses políticos, a violência ou a discriminação.

O documento recolheu as conclusões da reunião anual realizada no Cairo, nos dias 23 e 24 de fevereiro, do Comitê Permanente de Al-Azhar para o Diálogo entre as Religiões Monoteístas e o Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso da Santa Sé.

A declaração está assinada pelos presentes no encontro: o xeique Muhammad Abd al-Aziz Wasil, wakil (representante nos assuntos jurídicos) de Al-Azhar e presidente do Comitê para o Diálogo de Al-Azhar, assim como pelo cardeal Jean-Louis Tauran, presidente do Conselho vaticano.

Al-Azhar, fundada em 975, é considerada a universidade mais antiga com funcionamento ininterrupto e é vista pela maioria dos muçulmanos sunitas como a escola mais prestigiosa.

O comitê, com a ajuda de documentos apresentados por Dom Bernard Munono Muyembe e pelo professor Abdallah Mabrouk al-Naggar, analisou o tema “O fenômeno da violência confessional: compreender o fenômeno e suas causas e propor soluções, fazendo referência particular ao papel das religiões neste sentido”.

No final do encontro, os participantes concordaram em oferecer estas recomendações: “prestar maior atenção ao fato de que a manipulação da religião com objetivos políticos ou de outro caráter pode ser fonte de violência; evitar a discriminação em virtude da identidade religiosa; abrir o coração ao perdão e à reconciliação recíprocos, condições necessárias para uma convivência pacífica e fecunda”.

Muçulmanos e católicos pediram “reconhecer as semelhanças e respeitar as diferenças como requisito de uma cultura de diálogo, baseada em valores comuns; afirmar que ambas as partes se comprometem novamente no reconhecimento e no respeito da dignidade de todo ser humano, sem distinção de pertença étnica ou religiosa; opor-se à discriminação religiosa em todos os campos (leis justas deveriam garantir uma igualdade fundamental); promover ideais de justiça, solidariedade e cooperação para garantir uma vida pacífica e próspera para todos”.

O encontro bilateral concluiu com o compromisso de “opor-se com determinação a qualquer ato que tenda a criar tensões, divisões e conflitos nas sociedades; promover uma cultura do respeito e do diálogo recíprocos através da educação na família, na escola, nas igrejas e nas mesquitas, difundindo um espírito de fraternidade entre todas as pessoas e a comunidade; opor-se aos ataques contra as religiões por parte dos meios de comunicação social, particularmente nos canais de satélite, levando em consideração o efeito perigoso que estas declarações podem ter na coesão social e na paz entre as comunidades religiosas”.

Por último, católicos e muçulmanos exigiram “assegurar que a pregação dos responsáveis religiosos, assim como o ensino escolar e os livros de texto não emitam declarações ou referências a eventos históricos que, direta ou indiretamente, possam suscitar uma atitude violenta entre seguidores das diferentes religiões”.

O comitê estabeleceu que sua próxima reunião será em Roma, no dias 23 e 24 de fevereiro de 2011.

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