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Hábito da leitura diária da Bíblia é "inestimável fonte de consolação", diz cardeal

Dom Eugenio de Araújo Sales destaca importância do Magistério eclesiástico
RIO DE JANEIRO, segunda-feira, 24 de setembro de 2007 (ZENIT.org).- Segundo o arcebispo emérito do Rio de Janeiro, o hábito da leitura diária da Bíblia é uma «inestimável fonte de consolação nos sofrimentos e angústias».

Em mensagem aos fiéis difundida pelo site de sua arquidiocese, o cardeal Eugenio de Araújo Sales destaca também que a leitura assídua da Palavra de Deus é um «precioso elemento formador da vida cristã e sustentáculo na luta pela fidelidade aos ensinamentos salvíficos que nos vêm de Jesus Cristo».

Neste último domingo de setembro, celebra-se no Brasil o Dia da Bíblia. Nesse contexto, o cardeal Araújo Sales recorda que o texto bíblico, por sua riqueza e complexidade, merece sempre comentário criterioso e autorizado.

«Variadas correntes de pensamento buscam apoio em citações bíblicas. Às vezes, a tradução é exata, mas o leitor é levado a desvios doutrinários, com afirmações alheias ao verdadeiro objetivo para o qual foram escritos os livros sagrados», afirma.

De acordo com o cardeal, «é necessária uma constante cautela, para não sermos conduzidos a ensinamentos que nos afastem de Cristo e sua Igreja».

«Esse perigo já existia na antiguidade e mereceu de São Pedro, em sua segunda Epístola, uma advertência: “(…) como nosso caríssimo irmão Paulo vos escreveu (…). Nelas há algumas passagens difíceis de entender, cujo sentido os espíritos ignorantes ou pouco fortalecidos deturpam (…)” (2Pd 3,16).»

Dom Eugenio afirma que nem sempre tem sido fácil o cumprimento dessa orientação. «Lemos em S. Lucas (cap. 24) um caso típico: os discípulos de Emaús, desanimados, sofrem uma admirável transformação quando Jesus lhes explica o exato sentido dos textos sagrados. De derrotados tornam-se vitoriosos e retornam a Jerusalém como testemunhas da ressurreição».

«Hoje, também, o Espírito Santo age em nós, de modo particular, através do Magistério eclesiástico, esclarecendo-nos, animando-nos, para que a Sagrada Escritura produza seus admiráveis resultados em nossa vida.»

O arcebispo emérito do Rio de Janeiro explica que, no Dia da Bíblia, considera-se a grande importância da meditação da Palavra de Deus e que o crescimento da vida cristã está vinculado à reflexão sobre esses escritos.

«Os Círculos Bíblicos proporcionam abundantes frutos aos que deles participam. Uma pequena comunidade se reúne em torno do Livro. Lidos seus ensinamentos, são aplicados, após reflexão, à vida individual e social», afirma.

Segundo o cardeal Araújo Sales, hoje, são muitas as facilidades para o aprofundamento bíblico, através de cursos.

«A Escola “Mater Ecclesiae”, fundada, em 1964, pelo cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, então arcebispo do Rio, já formou milhares de estudantes da Bíblia em suas salas de aula. Além disto, ministra cursos por correspondência, estes desde 1984, abrangendo não somente as Sagradas Escrituras, mas também as demais disciplinas teológicas. Atendeu a milhares de alunos no Brasil e no exterior nos 23 anos de sua existência. Os benefícios espirituais são muitos», destaca.

«No Domingo da Bíblia, reanimemos nosso amor à Sagrada Escritura. Ao mesmo tempo, a gratidão pela presença do Senhor, através de Sua mensagem salvífica. E, em conseqüência, a fidelidade em seguir os rumos aí traçados. Eles nos conduzem a Deus», afirma o arcebispo emérito.

Aborto é crime horrível, diz bispo brasileiro

Para Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, suposto plebiscito é «absurdo»

SOROCABA, quinta-feira, 26 de abril de 2007 (ZENIT.org).- Segundo o arcebispo de Sorocaba (São Paulo), o abortamento é um crime horrível e é «absurdo» submeter à consulta popular sua descriminalização.

Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues afirma, em mensagem aos fiéis difundida essa quarta-feira pela CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), que «a legalização do abortamento é fruto da arbitrariedade e da prepotência».

«O embrião ou feto é vida humana em processo como a minha e a sua, caro leitor», escreve o arcebispo. «Por isso deve ser protegida pela sociedade», enfatiza.

«Na verdade só teremos acabado de nascer ao morrer. Temos um destino eterno. Nossa vida, desde a concepção é sagrada.»

De acordo com Dom Benes, «por isso é absurdo submeter à consulta popular – a plebiscito -, a descriminalização do abortamento».

«Supõe-se que os dirigentes de uma nação tenham suficiente discernimento para resguardarem os direitos fundamentais do ser humano e suficiente formação moral para discernirem entre o bem e o mal», afirma.

«E é obrigação deles esclarecer a sociedade sobre as exigências concretas de respeito à dignidade humana e da procura do bem comum.»

O arcebispo enfatiza que «há valores que não dependem da votação da maioria».

Sobre a idéia de realizar no Brasil um referendo sobre a legalização do aborto, Dom Benes escreve que essa iniciativa «é absolutamente destituída de sentido ético».

«Só o fato de abrir tal consulta está a ensinar que se pode eliminar uma vida inocente e indefesa», afirma.

«Não faz muito tempo assisti em DVD a um abortamento. Vi uma criança de 12 semanas ser arrancada aos pedaços de sob o coração da mãe. Foi uma cena horrível», testemunha.

«O Dr. Bernard Nathanson, cognominado o “Rei do Aborto”, diretor de uma clínica especializada em abortamento nos EUA, depois de assistir o DVD de um aborto que ele mesmo fizera, – ele fizera tantos outros -, horrorizado, converteu-se no apóstolo do “direito de nascer” e é ele mesmo quem, em magistral aula, descreve, no DVD que assisti, o violento procedimento do abortamento.»

«O aborto é um crime – para quem crê em Deus, um pecado – praticado por muitas mãos, também pelas mãos daqueles que fazem leis que o tornam “legal”», escreve o arcebispo.

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