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O Papa pede não cair na tentação de ser cristãos sem Cristo

VATICANO, 27 Jun. 13 / 03:39 pm (ACI/EWTN Noticias).- Em sua homilia daMissa que presidiu na capela da Casa Santa Marta, o Papa Francisco exortou a não cair na tentação de ser cristãos sem Cristo, não ser cristãos “líquidos” que fundamentam sua vida sobre a areia e não sobre a rocha que é Jesus, nem ser cristãos muito rígidos que esquecem a alegria.

Rígidos e tristes. Ou alegres, mas sem ter ideia do que é a alegria cristã. São duas “casas”, de certa forma opostas, onde moram duas categorias de fiéis e onde, em ambos os casos, há um defeito grave: se fundamentam em um cristianismo feito de palavras e não se baseiam na “rocha” da Palavra de Cristo. O Papa Francisco fez esta descrição ao comentar o Evangelho de São Mateus, concretamente a conhecida passagem das casas construídas sobre areia ou rocha.

“Na história da Igreja sempre existiu duas classes de cristãos: aqueles que vivem somente de palavras e aqueles que vivem de ação e verdade. Sempre houve a tentação de viver o nosso cristianismo fora da rocha que é Cristo. O único que nos dá a liberdade para dizer ‘Pai’ a Deus é Cristo ou a rocha. É o único que nos sustenta nos momentos difíceis, não é mesmo? Como diz Jesus: ‘caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha’, ai está a segurança, quando são as palavras, as palavras voam, não servem. Mas é a tentação destes cristãos de palavras, de um cristianismo sem Jesus, um cristianismo sem Cristo. E isto aconteceu e acontece hoje na Igreja: ser cristãos sem Cristo”.

O Papa analisou mais detalhadamente estes “cristãos de palavras”, revelando suas características específicas. Existe um primeiro tipo –definido “agnóstico”– “que em vez de amar a rocha, amam as palavras bonitas” e portanto, vivem flutuando sobre a superfície da vida cristã. E depois está o outro tipo que Francisco chamou “pelagiano”, que vive um estilo de vida sério e engomado. Cristãos, ironizou o Papa, que “olham o chão”.

“E esta tentação existe hoje. Cristãos superficiais que acreditam em Deus, em Cristo, mas de modo muito ‘leviano’: não é Jesus Cristo que dá o fundamento. São os agnósticos modernos. A tentação do agnosticismo. Um cristianismo ‘líquido’. Por outra parte, estão os que acreditam que a vida cristã deve ser levada tão seriamente que terminam por confundir solidez, firmeza, com rigidez. São os rígidos! Estes pensam que para ser cristão é necessário estar de luto, sempre”.

O Santo Padre disse logo que há muitos deste tipo de cristãos. Mas precisou que “não são cristãos, mas se disfarçam de cristãos”. “Não sabem –insistiu– quem é o Senhor, não sabem o que é a rocha, não têm a liberdade dos cristãos. E, para dizer de modo simples, não têm alegria”.

“Os primeiros têm certa ‘alegria’ superficial. Os outros vivem em um contínuo velório, mas não sabem o que é a alegria cristã. Não sabem gozar a vida que Jesus nos dá, porque não sabem falar com Jesus. Não se sentem acompanhados por Jesus, com essa firmeza que dá a presença de Jesus. E não só não têm alegria: não têm liberdade”.

O Papa disse para concluir que “aqueles são escravos da superficialidade, desta vida leviana, e estes são escravos da rigidez, não são livres. O Espírito Santo não encontra lugar nas suas vidas. É o Espírito o que nos dá a liberdade! O Senhor nos convida hoje a construir nossa vida cristã sobre Ele, a rocha, que nos dá a liberdade, que nos envia o Espírito, que nos faz ir adiante com a alegria, em seu caminho, em suas propostas”.

Mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele, diz o Papa Francisco

VATICANO, 07 Jun. 13 / 02:38 pm (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco disse na Missa desta manhã na capela da Casa Santa Marta, no marco da solenidade do Sagrado Coração de Jesus, que o mais difícil é deixar-se amar por Deus. O Pontífice destacou que Jesus nos amou não com palavras, mas com obras e com sua vida, e definiu que esta solenidade é “a festa do amor” de um “coração que amou tanto”.

Em outra passagem, expressou: “Esta pode parecer uma heresia, mas é a verdade maior: Mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele!”.

“Deixar-se amar com ternura pelo Senhor é difícil, mas é o que devemos pedir a Deus”, expressou o Papa. Disse também que o amor de Cristo “é um amor que se manifesta mais nas obras do que nas palavras e é, sobretudo, mais dar do que receber”, expressou o Santo Padre, que também ressaltou que estes dois critérios –o dar e o receber– são como as colunas do verdadeiro amor.

“E é o Bom Pastor quem em tudo representa o amor de Deus. Ele conhece suas ovelhas uma a uma, porque o amor não é um amor abstrato ou geral: é amor para cada um”, expressou.

O Papa insistiu em que Deus se faz próximo por amor, caminha com seu povo e este caminhar chega a um ponto que é inimaginável: “é difícil imaginar que o mesmo Senhor se faz um de nós e caminha conosco, fica conosco, fica com sua Igreja, fica na Eucaristia, fica na sua Palavra, fica nos pobres, fica conosco caminhando. Esta é a proximidade: o pastor próximo ao seu rebanho, próximo a suas ovelhas, que conhece uma a uma”.

Citando uma passagem do livro do profeta Ezequiel, ressaltou outro aspecto do amor de Deus. Francisco enfocou sua reflexão no cuidado pela ovelha perdida e por aquela ferida e doente: “Ternura! O Senhor nos ama com ternura. O Senhor conhece aquela bela ciência dos carinhos, a ternura de Deus. Não nos ama com as palavras. Ele se aproxima e nos dá o amor com ternura”.

“Proximidade e ternura! –continuou–. Estas duas formas de amor do Senhor que se faz próximo e dá todo seu amor também nas pequenas coisas: com a ternura. E este é um amor forte, porque proximidade e ternura nos fazem ver a fortaleza do amor de Deus”.

“Vocês amam como eu vos amei?”, perguntou aos presentes. Francisco sublinhou que o amor deve fazer-se próximo do outro, “como o amor do bom samaritano”, e particularmente sob o sinal da proximidade e da ternura. Como restituir o amor do Senhor pelos homens? A fórmula que deu o pontífice foi: “Amando-o, fazendo-se próximo a Ele, sendo terno com Ele”.

Não obstante, adicionou que isto não é suficiente: “Esta pode parecer uma heresia, mas é a verdade maior: mais difícil do que amar a Deus é deixar-se amar por Ele!”.

Francisco assinalou que a maneira de retribuir tanto amor “é abrir o coração e deixar-se amar”, e assim, deixar que Deus se faça próximo de nós: “deixar que Ele se faça terno, que nos acaricie. É tão difícil deixar-nos amar por Ele. Talvez isso seja o que devemos pedir hoje na Missa”.

Francisco concluiu convidando os presentes a rezar por meio de suas palavras: “Senhor, eu quero te amar, mas ensina-me a difícil ciência, o difícil hábito de me deixar amar por Ti, de te sentir próximo e de te sentir terno! Que o Senhor nos dê esta graça!”.

Abraçar a humildade e deixar o orgulho, exorta Bento XVI no ângelus dominical

Abraçar a humildade e deixar o orgulho, exorta Bento XVI no ângelus dominical VATICANO, 23 Set. 12 / 10:26 am (ACI).- Neste domingo, 23 de setembro, diante dos milhares de fiéis que o acompanharam na audiência geral na residência Apostólica de Castel Gandolfo, o Papa afirmou que é necessário mudar o nosso modo de pensar e de viver para seguir o Senhor, e assim abraçar a humildade e deixar o orgulho que nos impedem ser como Cristo que não teme abaixar-se e fazer-se o último.

“Em nossa jornada através do Evangelho de Marcos, no domingo passado chegamos à sua segunda parte, isto é, a última viagem para Jerusalém rumo à cima da missão de Jesus. Depois de que Pedro, em nome dos discípulos, professou a fé nEle, reconhecendo-o como o Messias, Jesus começou a falar abertamente sobre o que iria sucerder com Ele no final”.

O evangelista, explicou o Papa mostra três predições sucessivas da morte e a ressurreição, nos capítulos 8, 9 e 10: nestas Jesus proclama de forma cada vez mais clara o destino que o aguarda e sua intrínseca necessidade para a salvação do mundo.

“ A passagem deste domingo -explicou o Papa- contém o segundo desses anúncios. Jesus diz: “O Filho do Homem – uma expressão que que Ele usa para designar-se a si mesmo- será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo, mas depois de morto, ressuscitará após três dias”.

“Com efeito, lendo esta parte da narrativa de Marcos, aparece evidente que entre Jesus e os discípulos há uma profunda distância interior”, sublinhou o Santo Padre.

Outro aspecto destacado pelo Santo Padre na sua catequese de hoje foi o fato de que na leitura do evangelho deste domingo, “após o segundo anúncio da paixão os discípulos começam a discutir entre eles sobre quem é o maior (cf. Mc 9:34), e depois do terceiro anúncio, Tiago e João pedem a Jesus para sentar-se à sua mão direita e à sua esquerda, quando ele esteja na glória (cf. Mc 10:35-40). Porém existem vários outros sinais desta distância, por exemplo: os discípulos não conseguem curar um menino epiléptico, e em seguida, Jesus o cura com o poder da oração (cf. Mc 9,14-29), ou quando a Jesus se apresentam as crianças, os discípulos buscam censurá-los, mas Jesus, indignado, os deixa ficar, e diz que somente aqueles que são como as crianças podem entrar no Reino de Deus (cf. Mc 10,13-16)”.

“O que isso nos diz? Isto nos lembra que a lógica de Deus é sempre “outra” em relação à nossa, como revelado por Deus através do profeta Isaías: “Os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, vossos caminhos não são os meus caminhos” (Is 55: 8). Por isso, seguir o Senhor requer sempre do homem uma profunda conversão, uma mudança no modo de pensar e de viver, requer abrir o coração à escuta para deixar-se iluminar e se transformar interiormente”, ensinou o Papa.

“Um ponto-chave no qual Deus e o homem se diferenciam é o orgulho – continuou o Pontífice; em Deus não há orgulho, porque Ele é total plenitude e é todo inclinado a amar e doar vida; em nós homens, ao contrário, o orgulho está intimamente enraizado e requer constante vigilância e purificação”, explicou.

“Nós, que somos pequenos, aspiramos parecer grandes e sermos os primeiros, enquanto Deus não teme inclinar-se e fazer-se o último”.

Para concluir Bento XVI pediu à Virgem Maria que mostre a todos o caminho da fé em Jesus através do amor e da humildade.

Segundo a nota publicada neste domingo pela Rádio Vaticano, na saudação que fez aos peregrinos de língua francesa o Santo Padre agradeceu uma vez mais àqueles que acompanharam com a oração no último fim de semana a sua viagem apostólica ao Líbano, e extensivamente a todo o Oriente Médio. “Continuem rezando pelos cristãos do Oriente Médio, pela paz e pelo diálogo sereno entre as religiões” – disse o Papa – recordando que neste sábado foi beatificado na localidade francesa de Troyes o sacerdote Louis Brisson, fundador no século XIX dos Oblatos e Oblatas de São Francisco de Sales.

O padre Georges Lemaître viu bem mais que a teoria do Big Bang

Georges Lemaitre

Até bem pouco tempo atrás, fora dos círculos especializados era difícil encontrar quem soubesse que o primeiro a propor a teoria do Big Bang foi um padre: o jesuíta belga Georges Lemaître (1894-1966) – ainda hoje, na verdade, esse não é um fato tão conhecido. Quando muito, ficamos sabendo que Lemaître foi o primeiro a propor, em 1927, o modelo teórico do Big Bang, que seria confirmado dois anos depois pelas observações do norte-americano Edwin Hubble (1889-1953); nas décadas seguintes, outros físicos, como George Gamow, aprofundariam o modelo do Big Bang.

A participação de Hubble na história do Big Bang consistiu em medir as distâncias e velocidades de galáxias; ele verificou que havia uma relação entre essas duas grandezas: quanto mais distante de nós a galáxia, mais rapidamente ela se afastava da Terra, o que levou Hubble a concluir que o universo está em expansão. Daí para comprovar a teoria de Lemaître era um pulo: se as galáxias estavam se afastando umas das outras, era porque um dia estiveram muito juntas. Mesmo assim, levou tempo para que essa se estabelecesse definitivamente como a melhor hipótese para o início do universo: o termo “Big Bang” foi criado 20 anos depois das observações de Hubble, e por um opositor da teoria, o britâico Fred Hoyle. Ele queria ridicularizar a teoria, mas o nome acabou colando.

Hubble é, hoje, bem mais famoso que Lemaître. Mas alguns autores vêm argumentando que o padre belga viu muito mais que apenas a noção do Big Bang: ele teria, dois anos antes de Hubble, os números e observações que comprovariam a expansão do universo, embora hoje o crédito seja todo dado ao norte-americano. O Alexandre Zabot me mostrou esse paper de David Block, de uma universidade sul-africana; Block se baseia em um livro de 2009 para mostrar que o artigo original de Lemaître, publicado em francês nos Anais da Sociedade Científica de Bruxelas, foi retalhado ao ser traduzido para o inglês – este outro paper dá mais alguns detalhes: a publicação em inglês ocorreu em 1931, nos Monthly Notices da Real Sociedade de Astronomia britânica. Segundo Block, a versão em inglês omitiu praticamente toda a parte que menciona as observações de 42 galáxias feitas por Lemaître, chegando ao ponto de recortar uma equação, a 24, na qual se encontraria a primeira “prévia” (digamos assim) do que hoje é conhecido como “constante de Hubble” (que determina a proporção entre a velocidade e a distância de uma galáxia; em outras palavras, o ritmo de expansão do universo): 625 (km/s)/Megaparsec. No seu texto de 1929, Hubble teria chegado a um valor um pouco menor, na casa dos 500 (km/s)/Mpc; nas décadas seguintes, medições mais precisas (e com melhor instrumentação) levaram a constante a valores na casa dos 70 (km/s)/Mpc.

Ou seja, será que a “lei de Hubble” e a “constante de Hubble” não deveriam levar o nome de Lemaître? Em seu paper, Block faz outros comentários sobre Hubble, e menciona um caso em que o norte-americano teria praticamente se apropriado do trabalho de um colega, o britânico John Reynolds, referente a uma classificação de galáxias (outro tema intimamente ligado ao nome de Hubble). No entanto, não é o propósito desse post discutir o caráter do norte-americano. Na melhor das hipóteses, o padre Lemaître e Hubble estariam trabalhando ao mesmo tempo em observações semelhantes (no melhor estilo Darwin e Wallace), e o belga publicou suas conclusões antes. Na pior das hipóteses, realmente houve caso de censura e plágio. Também não se sabe o que motivou o corte deliberado de vários trechos do paper de Lemaître na tradução para o inglês. Mas o que se pretende aqui é ressaltar a grandiosidade do trabalho desse padre-cientista. É uma questão de justiça – ainda mais em 2011, quando se completa o 80.º aniversário da publicação do texto em inglês de Lemaître, esse que foi cortado – mostrar que ele foi muito além daquilo que hoje lhe é atribuído na história da Astronomia.

Fonte: Tubo de ensaio

Oração ou Reza?

Fonte: Apostolado Spiritus Paraclitus

Oração ou Reza? Quantas vezes você já não ouviu esse paralelo ignorante que alguns protestantes fazem em relação a essas palavras? Quantas vezes você já não foi questionado a respeito de seu uso e desuso e, por fim, quantos de nós católicos também caem nessa falácia de que uma difere e profana a outra. ESTUPIDEZ e IGNORÂNCIA. Veremos que isso nada tem haver com que uma grande parte da população atual menciona como certo e errado.

Vermelho ou encarnado? Um termo vale o outro, com a diferença de que “vermelho” é da língua literária, “encarnado” da língua popular. Igualmente, “oração” é palavra clássica, ao passo que “reza” é da língua caseira. Mas o mesmíssimo significado: A elevação da mente e do coração a Deus, para o adorar, agradecer e pedir-lhe as graças de que necessitamos. É somente isto a vontade de Deus, não lhe interessa o som das palavras, diferentes nas várias línguas.

Isso vale aqueles que, destituídos de um mínimo de cultura ou honestidade intelectual, fazem das duas palavras, “oração” e “reza”, um cavalo de batalha. “Nós oramos os católicos rezam: logo, os católicos estão errados”. Os desinformados e/ou desonestos precisam saber que “oração” “orar” (sem necessidade de remontar ao hebraico “Or” (Luz)), são palavras originadas do latim, língua de Roma e, portanto, língua legítima da Igreja Católica: (Oratio , orare). Até a aparição dos primeiros protestantes (1520), foram de exclusividade nossa, na liturgia da Igreja Ocidental. Querer vender-nos o que é nosso é crime de estelionato!

Sendo um pouco mais específico Orar vem do latim orare; e rezar, do latim recitare, que também deu em português recitar. Já em latim, os verbos orare e recitare têm sentidos muito próximos: o primeiro significa “pronunciar uma fórmula ritual, uma oração, uma defesa em juízo”; o segundo, “ler em voz alta e clara” (portanto, o mesmo que em português recitar). Entretanto, para orare prevaleceu na latinidade e nas línguas românicas o sentido de rezar, isto é, dizer ou fazer uma oração ou súplica religiosa (cfr. A. Ernout–A. Meillet,Dictionnaire étymologique de la langue latine — Histoire des mots, Klincksieck, Paris, 4ª ed., 1979, p. 469). Nós, católicos, damos ao verbo rezar um sentido bastante amplo e genérico, e reservamos a palavra oração mais especialmente — mas não exclusivamente — para os diversos gêneros de oração mental, como a meditação, a contemplação etc. Não há razão, portanto, para fazer dessa ligeira diferença, comum nos sinônimos, um tema de disputas.

Os protestantes, entretanto, salientam a diferença por dois motivos. Primeiro, porque para eles serve de senha. Com efeito, acentuando arbitrariamente essa pequena diferença de matiz entre as palavras, eles utilizam orar em vez de rezar, e assim imediatamente se identificam comocrentes (como diziam até há pouco) ou evangélicos (como preferem dizer agora). Isso tem a vantagem, para eles, de detectar entre os circunstantes os outros protestantes que ali estejam. É um expediente ao qual recorrem todas as seitas dotadas de um forte desejo de expansão, como é o caso dos protestantes no Brasil.

Por outro lado, a oração, para os protestantes, não tem o mesmo alcance que para nós, católicos. Enquanto para nós o termo oração engloba todos os gêneros de oração — desde a oração de petição até as orações de louvor e glorificação de Deus — os protestantes esvaziam a necessidade da oração de petição, que para eles tem pouco ou nenhum sentido. Com efeito, como nós, católicos, sabemos, a vida nesta Terra é uma luta árdua, em que devemos pedir a Deus em primeiro lugar os bens eternos, e depois os bens terrenos de que temos necessidade. É o que ensinou Nosso Senhor Jesus Cristo.

Até ontem, quando a Missa era em latim, assim como ainda hoje em boa língua portuguesa, o termo clássico era de uso comum, esses ignorantes deveriam verificar entre qualquer Igreja Católica, durante a Missa e ouvirão, mais de uma vez, o convite do celebrante: “Oremos!” E, uma vez o solene: “Orai irmãos para que nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai, Todo Poderoso”. Dizer que a Igreja não ora é no mínimo preguiça de pesquisar a verdade, a Igreja nunca fez distinção entre uma coisa e outra, pois via e continua a ver o mesmo significado em ambas as palavras, o que sempre foi real, os santos e santas que nos antecederam assim já nos demonstravam:

“Depois que ficava em oração, via que saia dela muito melhorada e mais forte.” Santa Teresa d’Ávila

“Assim como necessitamos continuamente da respiração, assim também temos necessidade do auxílio de Deus; porém se queremos, facilmente podemos atraí-lo pela oração.” São João Crisóstomo

“Ora et Labora!”Reza e trabalha! São Bento

“Sabe viver bem quem sabe rezar bem.” Santo Afonso Maria de Ligório

“A oração consiste em tratar a Deus como um pai, um irmão, um Senhor e um Esposo.” Santa Teresinha

“Quem começou a rezar não deve interromper a oração, em que pesem os pecados cometidos.”

“Com a oração poderá logo soerguer-se, ao passo que sem ela ser-lhe-á muito difícil. Não deixe que o demônio o tente a abandonar a oração por humildade” Santa Teresinha

Podemos perceber então que tal distinção não fazia e nunca fez parte da vida religiosa dos santos e santas da Igreja, como então continuarmos com esse paralelismo que, até entre os católicos hoje existe? Basta parar de acreditar na primeira besteira que se ouve e buscar a Sabedoria da Igreja de dois mil anos, que tem todas as respostas necessárias.

Ainda neste contexto perceberemos que nem mesmo o Catecismo da Igreja Católica difere uma coisa da outra, pois ao utilizar ambas demonstra que não existe e nunca existiu diferentes significados, podendo assim serem usadas sem problema algum de cometer um dito “erro”, vejamos:

“A Oração é a elevação da alma a Deus ou o pedido a Deus nos bens convenientes. De onde falamos nós, ao rezar?…” CIC 2559

“[…] Os Salmos alimentam e exprimem a oração do povo de Deus como assembléia, por ocasião das grandes festas em Jerusalém e cada sábado nas sinagogas. […] Rezados e realizados em Cristo, os Salmos são sempre essenciais à oração de Sua Igreja.” CIC 2586

“A oração não se reduz ao surgir espontâneo de um impulso interior; para rezar é preciso querer. Não basta saber o que as Escrituras revelam sobre a oração; também é indispensável aprender a rezar, E é por uma transmissão viva (a Sagrada Tradição) que o Espírito Santo, na ‘Igreja crente e orante’, ensina os filhos de Deus a rezar.” CIC 2650

Fica evidente então a Sabedoria da Igreja e a Verdade que nela, através de Nosso Senhor, se expressa. Em outra Crítica protestante acerca da prática de tais palavras veremos, a seguir, o cuidado que devemos ter.

A CRÍTICA PROTESTANTE A RESPEITO DAS PALAVRAS REPETIDAS

Para sustentar que “não devemos orar repetidas vezes”, os protestantes, como diz a missivista, apelam para a Bíblia. Provavelmente se referem ao Evangelho de São Mateus (6,7): “Nas vossas orações, não queirais usar muitas palavras, como os pagãos, pois julgam que, pelo seu muito falar, serão ouvidos”.

A interpretação deste texto de São Mateus não é entretanto a que os protestantes lhe dão. Ele significa simplesmente que a eficácia da oração não decorre da loquacidade, mas sobretudo das boas disposições do coração. As disposições sendo boas, em princípio, quanto mais se reza, melhor! E o próprio Jesus Cristo Nosso Senhor deu o exemplo de uma oração longa e repetitiva no Horto das Oliveiras, quando, prostrado com o rosto em terra, rezou por mais de uma hora, dizendo: Pai, se é possível, afaste-se de mim este cálice; mas não se faça a minha vontade, e sim a vossa (cfr. Mt 26, 39-44; Lc 22, 41-45).

Quanto à necessidade da insistência na oração, no Evangelho de São Lucas (11, 5-8) se lê a impressionante lição do Divino Mestre: “Se algum de vós tiver um amigo, e for ter com ele à meia-noite, e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, porque um meu amigo acaba de chegar a minha casa de viagem, e não tenho nada que lhe dar; e ele, respondendo lá de dentro, disser: Não me sejas importuno, a porta já está fechada, e os meus filhos estão deitados comigo; não me posso levantar para te dar coisa alguma. E, se o outro perseverar em bater, digo-vos que, ainda que ele se não levantasse a dar-lhos por ser seu amigo, certamente pela sua importunação se levantará, e lhe dará quantos pães precisar”.

A reiteração de nossos pedidos a Deus deve pois chegar a esse ponto da importunação, segundo o conselho do mesmo Nosso Senhor. E por aí se vê como os protestantes, abandonando a sabedoria da Igreja e arrogando-se o direito ao livre exame, se afastam da reta interpretação das Sagradas Escrituras, fazendo ilações lineares, sem levar em conta outras passagens sobre o mesmo tema, o que é indispensável para chegar ao verdadeiro sentido de todas elas.

Que possamos com esta elucidação parar de fazer esse paralelismo errôneo e protestante e de uma vez por todas também aprender a nos defender nesta questão de fé, sempre com a caridade e piedade cristã que nos é lícita mas sem nunca deixarmos de anunciar a Verdade a nós revelada.

Que Nosso Senhor sempre vos Ilumine e que vosso coração sempre tenha espaço para a Santíssima Virgem Maria!

Só observando!

Rezando1

O padre de uma igreja decidiu observar as pessoas que entravam para orar.

A porta se abriu e um homem de camisa esfarrapada adentrou pelo corredor central.

O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora. Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia. Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.

A curiosidade do padre crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali.

O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jim.

Disse que o almoço havia sido há meia hora atrás e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.

E disse a oração que fazia:

‘Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias. Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.’

O padre, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse.

‘É hora de ir’ – disse Jim sorrindo. Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.

O padre ajoelhou-se diante do altar, de um modo como nunca havia feito antes.

Teve então, um lindo encontro com Jesus. Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem…

‘Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar mas penso em você todos os dias.

Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.’

Certo dia, o padre notou que Jim não havia aparecido. Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo.

Durante a semana em que Jim esteve no hospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.

A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jim não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes… Nada!

Ao encontrá-lo, o padre colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jim ouviu o comentário da enfermeira:

– Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!!

Parecendo surpreso, o velho virou-se para o padre e disse com um largo sorriso:

– A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz:

‘Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias. Agora sou eu quem o está observando… E cuidando!’.

Jesus disse: ‘Se vós tendes vergonha de mim, também me envergonharei de vós diante do meu Pai.’

Jesus é sempre o melhor amigo. SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO OBSERVADO(a)!

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