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Papa Bento XVI proclama João Paulo II beato e juntos fazem história

Vaticano, 01 Mai. 11 / 01:46 pm (ACI)

Esta manhã (hora local) o Papa Bento XVI proclamou como beato o seu predecessor, o Papa João Paulo II, ao início de uma histórica e multitudinária Eucaristia à qual se estima que assistiram mais de um milhão de pessoas de todas as partes do mundo.

Neste evento pela primeira vez em dez séculos um Pontífice eleva aos altares o seu predecessor imediato.

Em meio de um grande ambiente de festa, ante a multidão que lotou a Praça de São Pedro, a via da Conciliação e as ruas adjacentes onde se apreciava bandeiras de muitos países de todo o globo, o Vigário para a diocese de Roma, Cardeal Agostino Vallini, leu ante o Papa uma biografia de João Paulo II, interrompido em diversas ocasiões pelos aplausos dos presentes.

Os aplausos invadiram a Praça de São Pedro quando se recordou, por exemplo, a data da eleição como Pontífice, em 16 de outubro de 1978, sua especial predileção pelos jovens a quem se dirigiu de maneira particular nas Jornadas Mundiais da Juventude.

Depois da leitura da biografia, o Papa Bento XVI declarou beato a João Paulo II e disse que a festa do Papa peregrino será celebrada no dia 22 de outubro de cada ano, depois do qual descobriu a imagem com o rosto de Karol Wojtyla e se entoou o hino da beatificação, ante os incessantes aplausos e vivas dos presentes, em meio de muitas bandeiras que se agitavam em sinal de alegria.

Logo depois da leitura do decreto de beatificação, foi apresentada ao Papa Bento XVI uma ampola com o sangue do novo Beato que foi trazida, entre outros, pela protagonista do milagre que permitiu a beatificação, a religiosa francesa Marie Simon Pierre.

Esta relíquia poderá ser venerada pelos fiéis chegados de todo o mundo a Roma.

Não é possível tirar do Evangelho as verdades incômodas, adverte Papa

Ao celebrar uma multitudinária missa na Praça Pilsudski, em Varsóvia

VARSÓVIA, sexta-feira, 26 de maio de 2006 (ZENIT.org).- Bento XVI alertou esta sexta-feira dos intentos de tirar do Evangelho as verdades incômodas, durante a missa que presidiu na Praça Pilsudski, em Varsóvia, ante cerca de 275.000 pessoas que desafiaram a intensa chuva.

Com seu ato mais multitudinário na capital polonesa, o Santo Padre recordou os 27 anos daquela missa que João Paulo II celebrou nesse mesmo lugar, em sua primeira visita pastoral a sua pátria, e que suscitaria um movimento espiritual de conseqüências decisivas para o bloco soviético.

O bispo de Roma dedicou sua homilia a um dos temas que o apaixonaram durante toda sua vida: a união íntima entre o amor e a verdade.

«Muitos pregadores do Evangelho deram a vida precisamente por causa da fidelidade à verdade da palavra de Cristo», disse o pontífice. Entre os presentes, não faltavam rostos de anciãos a quem sua condição de cristão lhes criava sérios problemas há apenas vinte anos.

E, contudo, denunciou, «como nos séculos passados, também hoje há pessoas ou ambientes que, descuidando desta Tradição de séculos, gostariam de falsificar a palavra de Cristo e tirar do Evangelho as verdades que, segundo eles, são demasiado incômodas para o mundo moderno».

«Trata-se de dar a impressão de que tudo é relativo», disse, retomando a preocupação que já manifestou o cardeal Joseph Ratzinger ao celebrar a missa de início do conclave há algo mais de um ano.

«Inclusive as verdades de fé dependeriam da situação histórica e do juízo humano –continuou constatando–. Mas a Igreja não pode calar ao Espírito da Verdade».

«Todo cristão está obrigado a confrontar continuamente suas próprias convicções com os ditames do Evangelho e da Tradição da Igreja em seu compromisso por permanecer fiel à palavra de Cristo, inclusive quando esta é exigente e humanamente difícil de compreender», afirmou.

«Não temos de cair na tentação do relativismo ou da interpretação subjetiva e seletiva das Sagradas Escrituras. Só a verdade íntegra pode-nos abrir à adesão a Cristo, morto e ressuscitado por nossa salvação», assegurou.

A cruz de 25 metros de altura que se destacava na praça ajudou os peregrinos a compreender a importância das palavras que estavam escutando.

Pela tarde, o Papa viajou de helicóptero a Czestochowa para visitar o santuário mariano de Jasna Gora e encontrar-se com os religiosos e representantes dos movimentos. À noite, chegou a Cracóvia, onde se hospedará. Este sábado visitará Wadowice, cidade natal de João Paulo II.

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