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Um remédio poderoso para quem quer se libertar de uma vida pecaminosa

Deus, rico em misericórdia, está pronto para dar um basta naquilo que nos escraviza

Nós nem sempre pensamos assim, mas o pecado realmente nos escraviza, enquanto a virtude nos liberta.

Às vezes, quando queremos fazer o bem e seguir a vontade de Deus, sentimo-nos sobrecarregados e aprisionados pelos nossos pecados. A escravidão pode até chegar ao ponto de causar cegueira espiritual. Nós, literalmente, não conseguimos “ver” que estamos pecando, e não percebemos o dano que estamos causando a nós mesmos e a toda a criação de Deus.

No livro “O Combate Espiritual”, o Padre Lorenzo Scupoli diz:

“Quando o diabo mantém um homem na escravidão do pecado, seu principal cuidado é cegar cada vez mais os olhos e afastar dele tudo aquilo que possa levá-lo ao conhecimento de sua condição mais infeliz.”

O que começa com um pecado pequeno de repente se torna um pecado maior e assim só vai crescendo de proporção. Scupoli explica:

“Da cegueira à cegueira mais profunda, do pecado ao pecado mais impuro, sua vida miserável irá rodopiar até a morte, a menos que Deus, por sua graça, intervenha para salvá-lo”.

Um remédio simples (mas poderoso) para libertar-se desta vida de pecado é voltar-se para Deus de todo o coração.

Scupoli aconselha:

O remédio para quem está nesta condição infeliz é estar pronto para dar atenção diligente aos pensamentos e inspirações que o chamam das trevas para a luz, clamando de todo o coração para o seu Criador.”

O autor, então, sugere a seguinte oração:

“Ó Senhor, ajudai-me; ajudai-me rapidamente; não me deixeis mais na escuridão do pecado.”

A oração deve ser repetida várias vezes, implorando a Deus que a Sua misericórdia seja derramada sobre você. A prece também deve ser acompanhada pelo sacramento da Reconciliação

Pode parecer antipático, mas este tem sido o caminho de muitos santos ao longo dos séculos. Eles conseguiram iniciar o caminho da conversão depois de se voltarem para Deus, caindo diante dele com lágrimas de arrependimento.

Deus deseja um coração contrito e, como o Papa Francisco diz, ele nunca se cansa de perdoar. Uma vez que a contrição toma conta de uma pessoa, a verdadeira mudança acontece.

“O sentido do pecado se adquire redescobrindo o sentido de Deus”, afirmou o Papa

VATICANO, 13 Mar. 11 / 01:57 pm (ACI)

Não obstante a fria e nublada manhã, milhares de fiéis e peregrinos chegados de todas partes do mundo se reuniram na Praça de São Pedro para rezar o Ângelus dominical com o Papa Bento XVI, quem afirmou que não existe escravidão mais grave e mais profunda que a escravidão do pecado.

O Papa iniciou sua meditação recordando a todos o significado da Quaresma: “Tempo litúrgico de quarenta dias que constituem um itinerário espiritual de preparação para a Páscoa. Trata-se de seguir a Jesus que nos dirige decididamente para a Cruz, cume de sua missão de salvação”.

“Por que a Quaresma? Por que a Cruz?” – perguntou o Papa. “A resposta, em termos radicais, é esta: porque existe o mal, aliás, o pecado, que segundo as Escrituras é a causa profunda de todo mal, porém a palavra pecado não é aceita por muitos, porque pressupõe uma visão religiosa do mundo e do homem” – disse Bento XVI.

“Deus não suporta o mal, porque é Amor, Justiça e Fidelidade e por isso não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva. Para salvar a humanidade, Deus intervém e nós vemos isso em toda a história do povo judeu, a partir da libertação do Egito. Deus está determinado a libertar os seus filhos da escravidão para conduzi-los à liberdade. A escravidão maior e mais profunda é a do pecado. Por isso, Deus mandou seu Filho ao mundo, para libertar os homens do domínio de satanás, origem e causa de todo pecado”, afirmou.

O Santo Padre foi muito claro em afirmar que “o sentido do pecado -muito diferente do ‘sentimento de culpa’ como é entendido pela psicologia- adquire-se redescobrindo o sentido de Deus”; em efeito “frente ao mal moral, a posição de Deus é a de opor-se ao pecado e salvar o pecador. Deus não suporta o mal, porque é Amor, Justiça e Fidelidade e por isso não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva”.

“Para salvar a humanidade, Deus intervém: vemo-lo em toda a história do povo hebreu, da liberação do Egito. Deus está determinado a liberar seus filhos da escravidão para conduzi-los à liberdade. E a escravidão mais grave e mais profunda é justamente aquela do pecado”, acrescentou.

Neste contexto o Pontífice explicou o sentido da vinda de Cristo ao mundo: “para liberar os homens do domínio de Satanás, ‘origem e causa de tudo pecado’. Enviou-o em nossa carne mortal para que fosse vítima de expiação, morrendo por nós na cruz. Contra esse plano de salvação definitivo e universal, o diabo se opôs com todas as suas forças, como mostra o Evangelho que nos fala sobre as tentações de Jesus no deserto, proclamado todos os anos no I Domingo da Quaresma”.

“Entrar neste Tempo Litúrgico -continuou- significa ficar sempre da parte de Cristo contra o pecado, enfrentar o combate espiritual contra o espírito do mal. Invoquemos por isso a maternal ajuda de Maria Santíssima para o caminho quaresmal que começou recentemente, para que seja rico de frutos de conversão”, concluiu o Pontífice.

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