Tag: jejum

4 maneiras de manter o diabo longe de você

Por Jeffrey Bruno

Nos Evangelhos, lemos o caso de uma pessoa que foi exorcizada e depois voltou a ser atormentada por toda uma legião de demônios, que queriam possuí-la de forma ainda mais vigorosa (cf. Mt 12, 43-45).

O rito de exorcismo, de fato, serve para expulsar o diabo: mas não é uma “garantia” de que o diabo nunca mais vai tentar voltar.

Os exorcistas recomendam quatro maneiras de manter a alma em paz e nas mãos de Deus:

1. Recorrer com frequência aos sacramentos da Confissão e da Eucaristia

O que permite mais facilmente a entrada do diabo na vida de alguém é o habitual estado de pecado mortal desse alguém. Mesmo o pecado venial enfraquece a nossa relação com Deus e nos expõe ao inimigo.

A confissão dos pecados é a principal maneira de que dispomos a trilhar um novo caminho. Não por acaso, o diabo tentou implacavelmente impedir São João Maria Vianney de ouvir as confissões dos pecadores empedernidos. O santo sabia que um grande pecador estava chegando à cidade quando o diabo o assediava durante a noite. A confissão tem tanto poder e graça que o diabo teme as almas que recorrem com frequência a este sacramento.

A Santa Eucaristia é ainda mais poderosa para afastar o diabo – afinal, a Eucaristia é nada menos que a presença real de Jesus Cristo, verdadeiro Deus, diante de quem os demônios não têm absolutamente nenhum poder. A Eucaristia recebida em estado de graça após a confissão é uma dupla muralha contra o diabo, como confirmou São Tomás de Aquino em sua Summa Theologiae: “[A Eucaristia] repele todos os assaltos do diabo”.

2. Vida de oração consistente

A pessoa que recorre frequentemente aos sacramentos da confissão e da Eucaristia também tem de alimentar uma vida de oração diária e consistente, que a coloca em estado permanente de graça e relacionamento com Deus. A pessoa que conversa regularmente com Deus não precisa nunca ter medo do diabo. Os exorcistas sempre sugerem às pessoas que alimentem sólidos hábitos espirituais, como a leitura frequente das Escrituras, o rosário e as formas privadas de oração e reflexão cristã.

3. Jejum

Este é um conselho que vem diretamente dos Evangelhos: “[Há demônios que] não podem ser expulsos senão com oração e jejum” (Mc 9,29). Cada um de nós deve discernir que tipo de jejum é chamado a praticar: como vivemos no mundo e temos tantas responsabilidades, em especial para com a nossa família, não podemos jejuar irresponsavelmente a ponto de negligenciar a nossa própria vocação e pôr a saúde em risco. Em contrapartida, se quisermos mesmo deixar o diabo longe, também precisamos nos desafiar a um jejum que vá além de renunciar a um mísero chocolatinho durante a Quaresma. As virtudes da temperança e da prudência nos ajudarão a definir uma modalidade de jejum que ao mesmo tempo seja sensata e nos exija um sacrifício real.

4. Sacramentais

Os exorcistas não só usam os sacramentais (o próprio rito do exorcismo é um sacramental) como ainda aconselham as pessoas que sofreram possessão diabólica a usarem com frequência os sacramentais. Eles são uma arma poderosa na luta diária para afugentar o diabo. De que sacramentais estamos falando? Dos mais comuns e conhecidos pelas pessoas: água benta, sal abençoado, escapulário… Mantenha-os não só em casa, mas também no seu local de trabalho, no seu carro, junto a si mesmo quando for o caso (como é o do escapulário).

Estas quatro grandes ajudas não só vão manter o diabo longe como também ajudarão você no caminho para a santidade – que nada mais é, afinal, do que viver sempre em união com Deus!

Como fazer o jejum e a oração na Jornada convocada por Francisco?

O beato João Paulo II também convocou uma jornada semelhante depois do atentado das Torres Gêmeas

Papa Francisco

Roma,  (Zenit.orgRocio Lancho García

Diante dos momentos dolorosos que está sofrendo a nação Síria por causa da violência, o santo padre propôs um dia de jejum e oração no qual convida os cristãos, fieis de outras religiões e homens e mulheres de boa vontade a participarem desta jornada. Pedir pela paz no mundo e especialmente neste momento pela paz na Síria, unirá o coração e os desejos de muitas pessoas neste sábado dia 7 de Setembro.

O beato João Paulo II teve uma iniciativa semelhante em 2001, após os ataques às Torres Gêmeas em Nova York, quando convidou a viver o dia 14 de dezembro daquele ano como um dia de jejum e oração para que Deus concedesse ao mundo “uma paz estável, fundada na justiça” e convidou representantes das religiões do mundo a Assis no dia 24 de janeiro de 2002 para rezar pela superação das oposições e para promover a paz autêntica”.

Jejuar também significa ser solidário e entender a situação das milhares de pessoas que todos os dias passam fome no mundo. Este sábado também pode ser um tempo para explicar até mesmo para os menores da casa o sentido de fazer este sacrifício, que está longe de ser um ato desprovido de significado.

Em uma nota divulgada pelo Departamento de Celebrações Litúrgicas na época, ofereceram algumas reflexões sobre o significado do jejum e da oração.

O dia de jejum, indica, não deve ser entendido apenas de acordo com as formas jurídicas do Código de Direito Canônico; “mas em um sentido mais amplo, que envolva livremente a todos os fieis: as crianças, que voluntariamente fazem renúncias em favor dos seus irmãos pobres; os jovens, muito sensíveis à causa da justiça e da paz; todos os adultos, menos os doentes, sem excluir os anciãos”.

” Em todas as grandes experiência religiosas o jejum ocupa um lugar importante”, explica. “O jejum implica uma atitude de fé, de humildade, de total dependência com Deus. Já no Antigo Testamento há exemplos em que o jejum é usado para “se preparar para o encontro com Deus; antes de enfrentar uma tarefa difícil ou pedir o perdão de uma culpa; para expressar a dor causada por uma desgraça familiar ou nacional; mas o jejum, inseparável da oração e da justiça, está orientado principalmente para a conversão do coração, sem a qual, como os profetas já denunciavam, não tem sentido”. Do mesmo jeito encontramos o exemplo na vida de Jesus, quando jejuou durante 40 dias no deserto antes de começar a sua vida pública.

Na nota também explica que “fieis à tradição bíblica, os santos padres tiveram muita consideração pelo jejum. De acordo com eles, a prática do jejum facilita a abertura do homem a outro alimento: o da Palavra de Deus e do cumprimento da vontade do Pai; e em estreita ligação com a oração, fortifica a virtude, suscita a misericórdia, implora o socorro divino, leva à conversão do coração”.

O documento, no final, explica que ” a prática do jejum é dirigida ao passado, ao presente e ao futuro: ao passado, como reconhecimento das culpas contra Deus e contra os irmãos, das quais todos estamos manchados; ao presente, para aprender a abrir os olhos para as necessidades dos outros ou à realidade que nos rodeia; ao futuro, para acolher no coração a realidade divina e renovar, a partir do dom da misericórdia de Deus, a comunhão com todos os homens e com toda a criação, assumindo responsavelmente a tarefa que cada um de nós tem na história”.

Traduzido do original espanhol por Thácio Siqueira

(04 de Setembro de 2013) © Innovative Media Inc.

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén