Tag: freira

Porque o susto?

Ir. Cristina Scuccia

Desde a noite da última quarta-feira (19) não se fala sobre outra coisa nos círculos católicos a não ser sobre a Ir. Cristina Scuccia (25 anos) e sua maravilhosa performance no “The Voice Italia”. Envergando seu hábito, a religiosa cantou e dançou a música “No one” de Alicia Keys. Aplaudida de pé pelo auditório, Ir. Cristina causou expressões de susto e estranheza nos quatro jurados que, ao girar a cadeira, depararam-se com uma freira cantando no palco. Em vista disso, alguns amigos enviaram mensagens pelo inbox perguntando o que eu achei sobre o fato. Ofereço-lhes agora a minha reflexão.

Em primeiro lugar, devo dizer que achei aquilo o cúmulo do ridículo. Uma religiosa cantando e dançando uma música profana num palco mundano… O que Madre Teresa diria sobre esse fato lamentável? Alguns protestarão afirmando que é um novo modo de evangelizar. Evangelizar? A que preço? Conformando-se ao jeito de ser e às expectativas do mundo? O Cardeal Cerejeira, grande Patriarca de Lisboa, dizia que o que o mundo espera do consagrado é que ele não se iguale ao mundo.

Não me admira que os jurados tenham feito aquela cara de espanto. O último tipo de pessoa que se poderia imaginar num palco daqueles é um freira! A prova mais clara dessa incompatibilidade é a cara de susto dos jurados, porque o mundo – e os jurados parecem-me representar bem esse mundo – reconhece bem o que é seu e o que não é, como nos diz o querido Pe Marcelo Tenorio.

Interessante também a pergunta de Raffaela Carrà (uma das juradas) sobre qual seria a reação do Vaticano àquela apresentação. Até na mente da Sra. Carrà aquela performance se opõe ao que se espera do comportamento das religiosas. Qual a resposta da freira? “Olha, não sei, espero um telefonema do Papa Francisco. Ele nos convida a sair, evangelizar, a dizer que Deus não nos tira nada, pelo contrário, nos dá ainda mais. Eu estou aqui por isso”. Será que é isso mesmo que o Santo Padre tem em mente quando nos convida a sair, evangelizar, etc.? Precisamos ter cuidado para não interpretar erroneamente as palavras do Santo Padre, senão vamos terminar “evangelizando” no “Rock in Rio” ou na “Parada Gay” de São Paulo. Imaginem aí as freiras de hábito cantando num trio de Ivete Sangalo no Carnaval baiano. Imaginem as religiosas desfilando de hábito como ‘destaque’ na Marquês de Sapucaí para ‘evangelizar’.

A maioria das pessoas olha para um fato lamentável desses e aplaude como se fosse a coisa mais normal do mundo! Não acho normal que uma mulher que decidiu consagrar sua vida ao Senhor faça parte desse ‘circo’ funesto. Não acho normal que uma religiosa participe desse tipo de programa cantando frases como: “Você pode ter certeza de que só vai melhorar, você e eu juntos dias e noites. Eu não me preocupo porque tudo vai dar certo” (You can be sure that it will only get better, you and me together through the days and nights. I don’t worry ‘cause everything’s gonna be alright). Que letra evangelizadora! Aposto que moveu os corações de todos a retornar ao Senhor. “Só que não”!

E as caretas dela? E os seus pulinhos e gestos satânicos apontando o indicador e o mínimo para o alto? Tudo em nome de uma pseudo-evangelização. Não nos enganemos, meus caros! A radicalidade do Evangelho não comporta determinados comportamentos por parte de cristãos. Se a Ir. Cristina aprecia esse tipo de música, tudo bem. Mas, por gentileza, ‘sorella’, não nos exponha o escárnio. Não dê motivos aos inimigos da cruz de Cristo para pensar que, por causa de comportamentos como o seu, eles podem encontrar no Catolicismo um aliado.

Rezemos ao Senhor para que conceda a todos nós uma real compreensão do significado do nosso Batismo e das exigências que as nossas opções de vida comportam. Ouçamos a advertência do Apóstolo São Paulo: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e julgar, para que possais distinguir o que é da vontade de Deus, a saber, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito” (Rm 12,2).

Que Deus nos ajude!

Thiago Fragoso
João Pessoa, 21 de março de 2014

Freira vai à Justiça para poder usar véu em foto da CNH no PR

ESTELITA HASS CARAZZAI
Fonte: Folha Online 10.02.2012
DE CURITIBA

Uma freira de Cascavel (478 km de Curitiba) conseguiu na Justiça o direito de usar o véu na foto da carteira de motorista.

A decisão, emitida no final de janeiro, se baseia na Constituição Federal, que determina que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”.

A irmã Kelly Cristina Favaretto, 33, já havia feito sua primeira habilitação, em 2006, com o véu, mas foi impedida de usar o hábito quando tentou renovar a carteira, em agosto do ano passado.

O motivo, segundo o Detran-PR, foi uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), de 2006 –posterior à primeira habilitação de Favaretto–, que determina que o motorista não pode utilizar “óculos, bonés, gorros, chapéus ou qualquer outro item de vestuário que cubra parte do rosto ou da cabeça” na foto.

A irmã protestou e resolveu recorrer à Justiça. “Eu fui em busca dos meus direitos. [O véu] Não é um acessório. É um sinal de consagração e pertence a Deus. Sem ele, eu estaria infringindo a minha opção de vida.”

Favaretto entrou para a Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família aos 18 anos e usa o véu desde os 27. Em seus outros documentos, a foto foi tirada sem o véu. “No RG, eu só tinha 15 anos”, conta.

Na decisão de primeira instância, a irmã perdeu a causa, pois a juíza entendeu que a resolução do Contran não era ilegal e tinha como objetivo “a perfeita identificação do condutor”. “Trata-se de perfeito respeito à Segurança Pública, […] e é uma norma geral, de caráter nacional”, escreveu a magistrada Vanessa de Lazzari Hoffmann.

Foi só no TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região, em Porto Alegre, que a freira conseguiu reverter a decisão. O acórdão do TRF acolheu um parecer do Ministério Público Federal, que afirma que o uso do véu está relacionado à convicção religiosa da freira, protegida pela Constituição Federal.

“[A norma do Contran] Restringe uma liberdade religiosa para o fim de, supostamente, permitir a visibilidade do motorista e a segurança em geral”, afirma o procurador Januário Paludo. “É uma exigência um tanto rigorosa. Se a freira está obrigada pela ordem a que pertence e por convicção própria a usar o véu, ela não é obrigada a retirá-lo.”

A ação ainda precisa voltar à primeira instância para que, então, a Justiça permita à freira fazer a foto com o véu.

Favaretto pretende fazer sua nova carteira de habilitação “assim que tiver a decisão em mãos”. Além dela, as outras 34 irmãs de sua congregação também foram beneficiadas com a sentença e poderão usar o véu na foto oficial quando sair a decisão final.

Eu só posso orar usando fórmulas pré-estabelecidas e apenas em certas horas e locais?

Autor: This Rock Magazine – Julho/1990
Tradução: Carlos Martins Nabeto
Fonte: Catholic Answers – http://www.catholic.com

– Quando eu era católica, me disseram que eu só podia rezar usando fórmulas pré-estabelecidas, e apenas em certas horas e locais. Agora que eu sou uma cristã nascida de novo, eu posso orar usando as minhas próprias palavras, em qualquer tempo e lugar, mesmo quando estou lavando a louça! (Anônimo)

Parece-nos pouco provável que um padre, freira ou instrutor religioso tenha dito a você: “Reze usando fórmulas pré-estabelecidas, em certas horas e locais”. É bem mais provável que você tenha compreendido errado o que lhe disseram.

Ou será que você concluiu, a partir das orações litúrgicas da Missa e dos livros de orações, que toda oração precisa seguir uma fórmula pré-determinada? Se foi isso o que ocorreu, você foi vítima do raciocínio do “non sequitur”: é falácia lógica concluir que todas as orações tenham palavras padronizadas só porque algumas as possuem.

A Igreja Católica sempre ensinou que você pode usar [nas orações] as suas próprias palavras e em qualquer tempo e lugar. Na verdade, a importância da oração mental como uma atitude constante durante o decorrer do dia é bastante recomendada pelos escritores espirituais católicos, tanto antigos quanto contemporâneos.

Ficamos felizes de saber que você descobriu que pode orar usando suas próprias palavras, mas recordamos que você formou uma falsa impressão de que isto não era possível no Catolicismo e, em razão disto, concluiu que precisava abandonar a Igreja para poder ser capaz de orar enquanto lava a louça.

E por falar em lavar, você já era uma cristã nascida de novo quando católica. Isto, evidentemente, não quer negar a realidade da sua conversão espiritual obtida sob os auspícios protestantes, uma conversão que faz o Cristianismo ser vivo para você. Entretanto, é coisa certa que você nasceu de novo pelo Batismo. É claro que você, como protestante evangélica, pode querer objetar esta afirmação, mas o ensinamento claro da Bíblia seria contrário a você (João 3,3; 5,22; Tito 3,5).

Cura imediata e inexplicável

Comissão Médica aprova milagre

A Comissão Médica consultada pelo Vaticano aprovou um milagre atribuído a João Paulo II, e assim a causa de beatificação do pontífice polonês, falecido em 2005, avança significativamente, informaram os meios de comunicação italianos ontem, 4.

Os médicos e teólogos consultados pela Congregação para as Causas dos Santos, reunidos no mais estrito sigilo, estimaram que a cura da freira francesa Marie Simon-Pierre, que sofria de mal de Parkinson, foi “imediata e inexplicável”. A comissão liderada pelo médico particular de Bento XVI, Patrizio Polisca, aprovou o milagre apresentado.

A freira francesa, que era enfermeira, curou-se inexplicavelmente após suas orações e pedidos a João Paulo II poucos meses depois de sua morte, em abril de 2005.

A aprovação dos especialistas deverá ser ratificada por uma comissão de cardeais e bispos da Congregação para a Causa dos Santos.

A beatificação é o primeiro passo no caminho para a canonização, que exige a prova de intercessão em dois milagres.

No dia 19 de dezembro de 2009, o papa Bento XVI aprovou as “virtudes heróicas” do papa polonês João Paulo II venerado já em vida.

Com elas, iniciou-se a investigação do “milagre” atribuído, que deve ser examinado por várias comissões.

O processo de beatificação de João Paulo II foi iniciado por Bento XVI dois meses após a morte, no dia 2 de abril de 2005, de seu predecessor.

Fonte: http://www.cnbb.org.br

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén