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Francisco chama as autoridades a respeitar a liberdade religiosa em todo o mundo

VATICANO, 17 Mai. 13 / 11:03 am (ACI/EWTN Noticias).- O Papa Francisco fez um chamado às autoridades civis a respeitar a liberdade religiosa em todo o mundo e acolher sem preconceitos as contribuições do cristianismo, ao recordar os 1700 anos do Decreto de Milão que concedeu a liberdade de culto aos cristãos em todo o império romano e pôs fim às perseguições religiosas.

O Santo Padre fez este chamado na mensagem que enviou ao Arcebispo de Milão, Cardeal Angelo Scola, para saudar o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, que visita esta cidade italiana com motivo do aniversário deste documento assinado no ano 313 por Constatino e Licinio, imperadores Ocidente e Oriente.

No texto, enviado através do Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, o Papa fez extensiva sua saudação a todos os que participam da comemoração desta histórica decisão que decretou “a liberdade religiosa para os cristãos, abriu novos caminhos ao Evangelho e contribuiu de forma decisiva ao nascimento da civilização europeia”.

Nesse sentido, expressou seu desejo de que “hoje como ontem o testemunho comum dos cristãos do Oriente e Ocidente, regida pelo espírito do Ressuscitado, contribua à difusão da mensagem de salvação na Europa e em todo o mundo e que, graças aos propósitos das autoridades civis se respeite em todos os lugares o direito à expressão pública da própria fé e se acolha sem preconceitos a contribuição que o cristianismo continua oferecendo à cultura e à sociedade de nosso tempo”.

No momento da promulgação do Decreto de Milão existiam no império romano 1500 sedes episcopais e entre cinco e sete milhões, dos 50 milhões de habitantes, eram cristãos.

Universidade rejeita acusações contra estudo que revela drama da “paternidade” gay

Mark Regnerus Texas, 03 Set. 12 / 04:32 pm (ACI/EWTN Noticias).- Depois de uma pesquisa oficial, a Universidade do Texas em Austin (Estados Unidos) rejeitou as acusações de má conduta científica realizada por um ativista homossexual contra o professor de sociologia Mark Regnerus, logo depois da publicação de um estudo no qual encontrou resultados negativos na vida de crianças cujos pais eram casais do mesmo sexo.

O responsável de integridade da pesquisa da universidade, Robert Peterson, indicou que “revisou cuidadosamente” toda a informação disponível, e discutiu o caso com outros membros da mesa de pesquisa.

“Concluí que o professor Regnerus não cometeu má conduta científica”, assinalou em um memorando dirigido às autoridades da universidade, em 24 de agosto.

O estudo de Regnerus recolheu informação do Estudo de Novas Estruturas Familiares, que examinou os resultados da vida de 3000 americanos entre 18 e 39 anos.

Regnerus encontrou que os lares encabeçados por pais de qualquer sexo, que estão comprometidos em relações homossexuais, mostram grande instabilidade.

O estudo descobriu diferenças “estatisticamente significativas” em 25 dos 40 resultados, entre crianças que cresceram com pais casados, de sexos opostos, e aquelas que cresceram com uma relação que tinha uma mãe envolvida em uma relação homossexual.

As crianças de lares com relações homossexuais femininas mostraram mais problemas de saúde física e mental, mais instabilidade nas relações românticas, e uma média inferior de ganhos econômicos ao alcançar a vida adulta.

Estas pessoas também mostraram altos níveis de desemprego, vício ao cigarro, necessidade de assistência pública e vinculação em crimes.

O ativista e blogueiro Scott Rose denunciou a Regnerus por supostas violações éticas, em uma carta remetida ao presidente da Universidade do Texas, Bill Powers. As autoridades universitárias se reuniram com Rose para dialogar sobre suas acusações.

Entretanto, Robert Peterson assinalou que “nenhuma das acusações de má conduta científica realizadas por Rose foi fundamentada, já seja por informação física, materiais escritos ou informação provida durante as entrevistas”.

“Muitas das acusações estiveram expressamente fora do âmbito da pesquisa”, indicou.

Peterson disse que Rose achava que a pesquisa de Regnerus tinha “graves deficiências” e “inferiu que poderia haver má conduta científica”.

“De qualquer forma, não há evidencia para apoiar essa inferência”, indicou.

Peterson acrescentou que qualquer problema com a pesquisa e a análise de Regnerus deveria ser deixado aos debates acadêmicos e futuras pesquisas.

Por sua parte, David Hacker, advogado principal do grupo de liberdade religiosa Alliance Defending Freedom, elogiou o resultado da pesquisa.

“As universidades dos Estados Unidos devem servir sempre para buscar a verdade, mercados de ideias livres”, disse em 29 de agosto.

“Discrepar com as conclusões de um estudo não é campo para denúncias de má conduta científica; portanto não estamos surpreendidos de que essas acusações fossem declaradas sem fundamento”.

A pesquisa envolveu um tempo e esforço significativo. Toda a informação dos computadores de Regnerus, incluindo seu correio eletrônico e documentos foram sequestrados.

A universidade criou um grupo de membros principais da faculdade para assessorar o processo de pesquisa, e a universidade manteve um consultor experiente independente, para monitorar a pesquisa.

As autoridades pesquisadoras entrevistaram tanto a Regnerus como a Rose. As entrevistas foram gravadas e transcritas por um jornalista da corte, revelou o memorando do Peterson.

O diretor e vice-presidente da Universidade, Steven Leslie, disse que aceitou a conclusão de Peterson, de que não há evidência de má conduta, em um memorando de 28 de agosto.

“Consequentemente, o caso está fechado”, disse Leslie.

O relatório inicial sobre as descobertas de Regnerus gerou a reação do lobby gay. A Campanha de Direitos Humanos e a Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação criticaram o relatório da pesquisa.

Um grupo de 18 cientistas sociais assinaram uma declaração de apoio a Regnerus em junho. Eles admitiram que seu estudo tem limitações, mas eles consideraram que muitas das críticas contra ele eram “injustificadas”.

Em uma entrevista dada a EWTN News em 12 de junho, Regnerus disse que começou seu projeto “sem ideia do que a informação revelaria”.

Em seu anúncio da pesquisa em junho, Regnerus disse que sua descoberta “mais significativa” é “discutivelmente que as crianças parecem mais aptas para ter êxito como adultos quando passam suas vidas com seu pai e mãe casados, e especialmente quando os pais permanecem casados até a atualidade”.

Jesus filho de Davi. Mas segundo Santa Maria ou São José?

Fonte: Veritatis Splendor

É de conhecimento de todos os cristãos que Jesus é descendente do Rei Davi, conforme o anúncio dos Santos Profetas. Porém, em conversa recente com alguns irmãos surgiu a dúvida: Jesus é descente de Davi segundo Santa Maria ou segundo São José?

Os Evangelistas Mateus e Lucas apresentam duas genealogias diferentes do Messias. Parece-nos contraditórias, no entanto não são. Em Israel, os nomes das gerações eram registrados segundo a natureza ou segundo a lei. Segundo a natureza, pela sucessão das filiações naturais, assim como fazemos hoje; segundo a lei quando alguém gerava filhos sob o nome de um irmão, falecido sem filhos, pois a Lei não proibia que uma repudiada, ou viúva, desposasse um outro, assim os filhos gerados embora segundo a natureza fossem do cunhado, segundo a lei pertenciam ao defunto. Desta forma, segundo a Tradição registrada por Júlio Africano (séc III), Mateus registra a genealogia do Senhor segundo a Natureza e Lucas segundo a Lei (cf. HE I,7).

De qualquer forma, tanto a genealogia segundo São Mateus quanto a segundo São Lucas apontam para São José. Parece-nos então que a descendência real de São José bastava para se provar a descendência real do Senhor. Alguns acham que o fato de Maria Santíssima ser ou não descendente de Davi, em nada impede o cumprimento do anúncio dos santos profetas na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois José era pai do Senhor por causa da Lei. Outros acham que Deus não permitiria a existência de qualquer motivo que suscitasse dúvidas quanto á origem real do Senhor.

Afim de colocar um pouco de luz sobre este assunto, e se Deus o consentir, tentaremos expor uma solução para este dilema.

O Casamento de Santa Maria com São José e de Santa Isabel com São Zacarias

Segundo a Lei de Moisés “Todas as mulheres que possuírem um patrimônio em uma tribo israelita, tomarão marido na tribo paterna, a fim de que cada israelita conserve o patrimônio de família” (Nm 36,8) Ver também Nm 36,1-13.

Assim parece-nos então que Maria Santíssima era mesmo da Tribo de Judá, como seu marido São José. No entanto, Santa Isabel, sua prima (portanto pertencia à mesma família de Maria Santíssima) era casada com São Zacarias e este provavelmente pertencia à da tribo de Levi, devido ao seu serviço do templo. Como poderia então Isabel pertencer à tribo de Judá, e conseqüentemente Maria Santíssima?

Temos uma coisa a observar: A obrigação da noiva se casar na mesma tribo de seu pai, não era aplicado a todas as mulheres. Na verdade a Lei (cf. Nm 36,8), não restringe o casamento na mesma família a todas as mulheres, mas somente àquelas “que possuírem um patrimônio em uma tribo israelita“. E na verdade tanto Santa Maria quanto Santa Isabel tinham procedência muito humilde, não possuindo então herança paterna, o que as desobrigaria em contrair matrimônio com um noivo da mesma tribo. E isto explica o fato de duas primas terem se casado com homens de tribos distintas.

No entanto Davi que pertencia à tribo de Judá tomou como esposa Micol (cf. I Sam 18,27; 19,11) filha do Rei Saul que pertencia à tribo de Benjamim (cf.I m 9,16; 10,20-21). Ora, Micol era filha do Rei, portanto possuía herança paterna, como pôde então receber por noivo um homem da tribo de Judá? A Lei foi dada sobre o Magistério de Moisés e continuou a ser observada durante o Magistério de Josué, seu sucessor. O tempo dos Juízes tem início com a morte de Josué (cf. Jz 2,6-10.16) e ao longo de toda sua duração a prática da Lei foi sendo esquecida (cf. Jz 2,11-23; 21,25). Sabemos que Saul foi rei de Israel logo após o tempo dos Juízes, portanto, numa época e que a observância da Lei não estava latente. Além disto, não podemos nos esquecer que Saul deu sua filha em casamento a Davi, para que através dela pudesse matá-lo (cf. I Sm 18,21).

Sanamos nossa dúvida? Ainda não. Continuemos então buscando as respostas.

Uma pista não canônica

O proto-Evangelho de Tiago Menor, Apóstolo e Bispo de Jerusalém parece irradiar os primeiros raios de luz sobre a questão. Estudando a obra encontramos o seguinte trecho:

Os sacerdotes se reuniram e decidiram fazer um véu para o Templo do Senhor. O sacerdote disse: ‘Chama as moças imaculadas da Tribo de Davi’. Os ministros saíram e após procurarem, encontraram sete virgens. Então o sacerdote recordou-se de Maria [Mãe do Senhor ainda com a idade de 12 anos] e os mensageiros a buscaram” (proto-Evangelho de Tiago 10,1).

O proto-Evangelho de Tiago, embora não seja considerado canônico, foi recebido entre os primeiros cristãos como documento histórico.

Conforme o trecho acima, a ordem do sacerdote (provavelmente o Sumo Sacerdote) para trazer moças da tribo de Davi (portanto, da tribo de Judá), nos indica ser Maria Santíssima descendente de Davi. Se Maria Santíssima não pertencesse a tal tribo, o sacerdote não haveria se lembrado dela, como nos testemunha o trecho “Então o sacerdote recordou-se de Maria e os mensageiros a buscaram“.

O que diz a Sagrada Escritura?

Na genealogia de Mateus (que é segundo a natureza), São José é descendente de Jeconias, filho do Rei Joaquim. No entanto o Senhor promete que não levantará Rei em Israel que descenda deles.

Sobre a descendência de Jeconias: “Pela minha vida! – oráculo do Senhor, ainda que Jeconias, filho de Joaquim, rei de Judá, fosse um anel em minha mão direita, eu o arrancaria! Entregar-te-ei aos que procuram sua vida, àqueles que temes, a Nabucodonosor, rei de Babilônia, e aos caldeus” (Jr 22,24-25). Ainda diz o profeta: “Inscrevei este homem como não tendo filhos, entre aqueles que coisa alguma lograram colher em vida! Pois que ninguém de sua raça conseguirá ocupar o trono de Davi e reinar em Judá” (Jr 22,30).

Sobre a descendência de Joaquim: “Pois bem, eis o que diz o Senhor a respeito de Joaquim, rei de Judá: Nenhum de seus descendentes ocupará o trono de Davi. Ficará seu cadáver exposto ao calor do dia e ao frio da noite” (Jr 36,30).

Assim a herança real do Salvador de forma alguma tem origem em José, mas sim em Maria; visto que o Senhor prometeu jamais colocar no trono de Davi algum descendente de Joaquim ou Jeconias, ambos progenitores de São José. Assim, fica excluída qualquer herança real através de São José e patente a herança real através de Maria Santíssima.

Conclusão

Por isso foi anunciado que o Salvador nasceria da Virgem, sem a obra do homem, excluindo qualquer contribuição de São José na economia divina. O Herdeiro não fruto da geração condenada de São José, mas do milagre realizado no seio da Virgem Santíssima. Não foi sem motivo que Mateus, ao escrever sobre a origem do Salvador, após anunciar a imensa lista de progenitores nos relatou: “Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” (Mt 1,16). Veja, Mateus na expressão “Maria, da qual nasceu Jesus” expressa aí o mistério do nascimento virginal, mostrando que o Messias seria herdeiro do Trono de Davi, não segundo José, mas segundo Maria.

Podemos então afirmar com toda certeza que Maria, a Mãe de Nosso Deus era realmente descendente de Davi e por conseguinte pertencia à tribo de Judá. E, que Nosso Salvador é Filho de Davi, mas segundo a genealogia de Maria Santíssima.

Os Adventistas do sétimo dia e o “Juízo Investigativo”

Autor: José Miguel Arráiz
Fonte: http://www.apologeticacatolica.org
Tradução: Carlos Martins Nabeto

O dia 22 de outubro de 1844 é componente importante da doutrina escatológica dos Adventistas do Sétimo Dia, já que primeiramente assinalava a data profetizada para a segunda vinda de Cristo e, posteriormente, o início de um evento transcendental para eles: o “Juízo Investigativo”. A chave dessa data encontraria-se oculta no capítulo 8 de Daniel:

Daniel 8:
1. “No terceiro ano do reinado do rei Baltazar, eu, Daniel, tive uma visão após outra, tida anteriormente.
2. Olhei durante a visão e me vi em Susa, a praça forte que encontra-se na província de Elam; olhei na visão e encontrava-me na porta do Ulai.
3. Levantei os olhos para ver e vi um carneiro que estava diante da porta. Tinha dois chifres. Os dois chifres eram altos, porém um era mais do que o outro e o mais alto tinha despontado o último.
4. Vi que o carneiro acometia contra o Oeste, o Norte e o Sul. Nenhuma fera podia resistir-lhe; nada podia escapar ao seu poder. Fazia o que queria e assim se fez grande.
5. Eu estava refletindo e eis que um cabrito veio do Ocidente, percorrendo toda a terra sem tocar o solo. Este cabrito possuía um chifre ‘magnífico’ entre os olhos.
6. Vendo o carneiro de dois chifres que eu havia visto de pé diante da porta, correu até ele com todo o ardor da sua força.
7. Vi como alcançava o carneiro, enfurecido contra ele; atacou o carneiro e lhe quebrou os dois cornos sem que o carneiro tivesse forças para resistir-lhe. Lançou-o por terra e pisoteou-o. Não havia ninguém que libertasse o carneiro de sua mão.
8. O cabrito tornou-se muito grande, mas quando estava na plenitude do seu poder, o grande chifre quebrou e, em seu lugar, despontaram quatro ‘magníficos’ na direção dos quatro ventos do céu.
9. De um deles saiu um chifre, pequeno, que cresceu muito em direção ao Sul, do Oriente e da terra do esplendor.
10. Cresceu até o exército celeste e lançou na terra uma parte do exército e das estrelas, pisoteando-os com seus pés.
11. Chegou, inclusive, até o Chefe do exército, aboliu o sacrifício perpétuo e sacudiu o cimento de seu santuário
12. e ao exército; no lugar do sacrifício colocou a iniquidade e lançou por terra a verdade. Assim agiu e alcançou êxito.
13. Ouvi, então, um santo que falava e outro santo que dizia ao que falava: ‘Até quando a visão: o sacrifício perpétuo, a iniquidade desoladora, o santuário e o exército serão pisoteados?’
14. Respondeu-lhe: ‘Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; depois o santuário será reivindicado’.
15. Enquanto eu, Daniel, contemplava esta visão e tentava compreendê-la, vi imediatamente diante de mim como que uma aparência de homem
16. e ouvi uma voz de homem sobre o Ulai, que gritava: ‘Gabriel, explica-lhe esta visão’.
17. Ele se aproximou do lugar onde eu estava e, quando chegou, fiquei com medo e caí de bruços. Disse-me: ‘Filho de homem, entende: a visão refere-se ao tempo do fim’.
18. Enquanto ele me falava, eu me desvaneci, com o rosto em terra. Ele me tocou e me fez perceber onde estava.
19. Depois, disse: ‘Olha, vou manifestar-lhe o que ocorrerá no fim da ira, porque o fim está fixado.
20. O carneiro que viste, seus dois chifres, são os reis dos medos e dos persas.
21. O cabrito peludo é o rei de Javan; o chifre grande entre os seus olhos é o primeiro rei.
22. O chifre quebrado e os quatro chifres que despontaram em seu lugar são os quatro reinos saídos da sua nação, mas que não terão sua força.
23. E ao fim de seu reinado, quando os pecados atingirem ao grau máximo, surgirá um rei insolente e hábil para enganar.
24. Sua força se tornará poderosa, mas não por sua própria força; tramará coisas inauditas, prosperará em seus empreendimentos, destruirá poderosos e o povo dos santos.
25. E, por sua habilidade, o engano triunfará em suas mãos. Se exaltará em seu coração e, surpreendentemente, destruirá a muitos. Se levantará contra o Príncipe dos príncipes mas, sem que mão alguma intervenha, será destruído.
26. É verdadeira a visão das tardes e manhãs que foi dita, mas tu guardarás em segredo a visão, pois haverá ainda para muitos dias’.
27. Eu, Daniel, desmaiei e fiquei doente durante alguns dias. Depois me levantei para ocupar-me dos assuntos do rei. Permanecia perplexo por causa da visão, que não era possível compreender”.

A interpretação [dos adventistas] parte especificamente dos versículos 13 e 14, onde se diz que o tempo em que o santuário será pisoteado será de “duas mil e trezentas tardes e manhãs” que, para eles, simboliza 2300 anos, contados desde o momento em que saiu o edito para se reedificar Jerusalém (ao que atribuem o ano 457 a.C.). Assim, somando eles 2300 anos a 457 a.C. obtêm o ano 1844.

Pois bem, alguém poderia perguntar: com base em quê eles concluem que estes 2300 anos começam a partir do edito para a reedificação de Jerusalém? A razão é que supõem que como no capítulo 8 de Daniel não se especifica o ponto de partida dos 2300 anos, o anjo Gabriel acaba oferecendo uma explicação um pouco mais adiante, no capítulo 9, versículo 25: “Entende e compreende: desde o momento em que saiu a ordem para reconstruir Jerusalém, até [a chegada do] príncipe Messias, sete semanas e sessenta e duas semanas, praça e fosso serão reconstruídos, mas na angústia dos tempos”.

Como em 1844 não ocorreu a parusia e começaram as deserções que ficaram conhecidas como “o grande desapontamento”, Ellen G. White procedeu ajustes à doutrina pregada pelo fundador do movimento[1] e explicou que este não se equivocara totalmente: o que teria ocorrido nesse dia fora o início do “juízo investigativo”, pelo qual Deus examinará as vidas de todas as pessoas que creram em Jesus, para julgá-las[2].

PROBLEMAS DA EISEGESE ADVENTISTA

A eisegese adventista conta com inúmeros problemas, entre os quais poderíamos mencionar:

1) É uma interpretação fora do contexto. A profecia não faz nenhuma referência ao segundo advento do Messias e tampouco faz menção a algum “juízo investigativo”. Eles entenderam isso porque no versículo 17 menciona-se o “tempo de fim”, no qual será “reivindicado o santuário”. Porém, no versículo 19 se esclarece que isto se refere ao “fim da ira”, expressão que não tem por que se entender daquela outra maneira, como veremos mais adiante.

2) Que o fato de que em alguns textos bíblicos os dias simbolizarem anos[3] não quer dizer que se deva necessariamente aplicar esse critério a toda profecia. Costumeiramente, quando se emprega a palavra “dias” de maneira alegórica, o próprio texto indica que assim se deva entender.
Eles adotam o princípio de “1 dia é igual a 1 ano” a partir de textos como Números 14,34 ou Ezequiel 4,6, que estão em um contexto totalmente diferente:

Números 14,34: “Segundo o número de dias que levastes para explorar o país – 40 dias – suportareis 40 anos com vossos pecados, um ano para cada dia. Assim sabereis o que é afastar-se de Mim” – Aqui Deus castiga o povo com 1 ano para cada dia de desobediência, mas disto não se pode tirar um princípio de que em cada texto profético deva-se assumir a equivalência de 1 dia para cada ano.

O mesmo se dá em Ezequiel 4,6: o profeta se encostará do lado direito por 40 dias, em penitência pelos pecados do povo cometidos durante 40 anos:

“Quando tiverdes terminado estes últimos, te encostarás novamente do lado direito e carregarás a culpa da Casa de Judá durante 40 dias (…) Eu te impus 1 dia para cada ano”.

Ao contrário, em Daniel 8,14 há uma ausência absoluta de qualquer menção de que a expressão “tardes e manhãs” deva ser entendida como anos, expressão que denota a sucessão de dias e noites.

Eis que temos, então, duas suposições dos adventistas:

a) Que a expressão “tardes e manhãs” equivale a “dias”; e

b) Que se deve entender aí que 1 dia significa simbolicamente 1 ano.

3) Tampouco existe algo no capítulo 8 de Daniel que indique que esses 2300 dias (que entendem como anos) devam ser contados a partir do edito para a reedificação de Jerusalém. No capítulo 9 de Daniel, o anjo explica uma profecia diferente e não há razão alguma para assumirmos que ambas [as profecias] tenham o mesmo ponto de partida.

4) A explicação que o próprio anjo Gabriel oferece a Daniel nos versículos 20 a 25 é bastante clara e não concorda com a eisegese adventista, mas com a exegese tradicional da Igreja ao longo da História.

EXEGESE ORTODOXA E TRADICIONAL

Uma correta explicação do capítulo 8 de Daniel é fornecida por São Jerônimo, a qual poderíamos resumir da seguinte maneira:

O carneiro de dois chifres, sendo um chifre mais alto que o outro (v.3) representa o Império Persa: nenhum povo podia resistir a este Império; o próprio Daniel identifica este em sua explicação da profecia[4]:

“[Daniel] dá o nome de carneiro a Dario, o tio-avô de Ciro, que sucedeu no trono dos Medos ao seu pai Astiages. Por outro lado, o chifre mais alto que o outro e que tinha brotado depois representa o próprio Ciro, rei dos Medos e Persas após Astiages, seu avô materno, junto com seu tio materno Dario, que em grego recebe o nome de Ciaxares”[5].

O cabrito com um chifre grande representa Alexandre Magno: este obteve a total vitória sobre o Império Persa derrotando primeiro ao rei Dario Dodomano, conquistando depois o Egito, derrotando em Arbela as sobras do Império Persa no ano 331 a.C.:

“Este cabrito, que vinha do Ocidente e que devido à grande velocidade com que avançava parecia não tocar o solo, é Alexandre, rei dos Gregos, que após destruir Tebas, tomou armas contra os Persas e, após uma primeira batalha nas margens do rio Grânico, venceu aos generais de Dario e atacou diretamente o próprio carneiro, rompendo-lhe seus dois chifres, isto é, os Medos e os Persas, lançando-os aos seus pés, submetendo os dois chifres ao seu poder”[6].

– A morte de Alexandre Magno é representada pela quebra do chifre grande: em razão disto, surgem 4 reinos que se formaram do desmembramento de seu Império e que são simbolizados pelos 4 chifres que surgem depois que o chifre grande se quebra:

“O chifre grande é o primeiro rei, Alexandre; uma vez morto na Babilônia, quando contava 32 anos, surgiram em seu lugar 4 generais, que dividiram o Império entre eles: Ptolomeu, filho de Lago, obteve o Egito; Filipe da Macedônia, conhecido também como Arideu, irmão de Alexandre, obteve a Síria e a Babilônia; Seleuco Nicanor, todos os reinos do Oriente; na Ásia, reinou Antígono. Porém, não tinham a sua força; Daniel [8,22] diz: ‘nenhum, com efeito, pôde igualar a grandeza de Alexandre'”.

O chifre pequeno, que aboliu o sacrifício perpétuo, simboliza Antíoco Epifanes:

“‘E no fim dos anos, na Síria, surgirá um rei insolente e hábil em enganar’: Antíoco Epifanes, filho de Seleuco, que também recebeu o nome de Filopator, após ter sido refém em Roma e, sem que o Senado o soubesse, ter-se apoderado do império mediante fraude, enfrentou a Ptolomeu Filometor, isto é, o “meio-dia” e os egípcios[7]; e depois, o Oriente[8], contra aqueles que preparavam levantes na Pésia; finalmente, enfrentou ou judeus e, após tomar a Judeia, entrou em Jerusalém e erigiu uma estátua a Júpiter Olímpico no Templo de Deus[9]. E ‘até o exército do céu’, isto é, os filhos de Israel, protegidos pelos anjos, ‘chegou sua magnificência'[10], de modo que submeteu muitos santos à idolatria e os colocou sob seus pés como se fossem ‘estrelas do céu'[11]; e tudo ocorreu de modo que submeteu ao seu Império o meio-dia e o Oriente, isto é, o Egito e a Pérsia. E quando diz: ‘E se equiparou, inclusive, ao chefe do exército'[12], significa que se levantou contra Deus e perseguiu os seus santos, além de ter abolido o sacrifício perpétuo que se oferecia pela manhã e pela tarde; ‘e contaminou e sacudiu o cimento do santuário'[13]: isto ele não conseguiu graças ao seu valor, mas graças aos pecados do povo. Assim, a verdade foi lançada à terra; e enquanto florescia o culto aos ídolos, se reduzia o respeito a Deus”[15].

As duas mil e trezentas tardes e manhãs correspondem ao tempo que duraria a profanação do Templo: tempo no qual também foi abolido os sacrifícios no Templo:

“‘Até quando a visão será pisoteada: o sacrifício perpétuo, o pecado da desolação que se tem cometido, o santuário e o exército?'[16]. Um anjo perguntou a outro anjo ‘até quando’, por sentença de Deus e sob o reinado de Antíoco na Síria, o Templo ficará desolado e até quando permanecerá a estátua de Júpiter no Templo de Deus. E respondeu-lhe [o outro anjo]: ‘Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; após, purificará o santuário'[17]. Leiamos os livros dos Macabeus e a história de Josefo e ali encontraremos escrito que 143 anos depois de Seleuco, que foi o primeiro rei da Síria após Alexandre, Antíoco entrou em Jerusalém e a devastou completamente; três anos depois voltou e colocou no Templo uma estátua de Júpiter. E até Judas Macabeu, isto é, até 148 anos depois, durante os 6 anos que durou a devastação de Jerusalém e os 3 meses em que o Templo foi corrompido, transcorreram-se 2300 dias e 3 meses, findo os quais o Templo foi purificado[18]. E quando se acrescenta que se ‘purificará o santuário’, faz referência à época de Judas Macabeu que, com o apoio dos irmãos e parentes da aldeia de Modim e muitos outros judeus, venceu os generais de Antíoco junto a Emaús, conhecida agora pelo nome de Nicópolis[19]. Ao ouvir isto, Antíoco, que havia se levantado contra ‘o Príncipe dos príncipes’, isto é, ‘o Senhor dos poderosos’ e ‘Rei dos reis'[20], e se encontrava em Elimais, província da Pérsia, com a intenção de espoliar o templo de Diana, que continha valiosos tesouros, ali mesmo pereceu sem qualquer violência, isto é, morreu doente e de tristeza”[21].

Eis aí uma explicação não somente muito mais racional como também cumprida cabalmente, podendo ser verificada na História.

DOUTRINA ADVENTISTA COMPROMETIDA

Mas não é assim que ocorre com as interpretações adventistas, baseadas em suposições, eisegeses e textos fora do contexto, que foram aceitas pelos crentes em razão da “profetiza” Ellen G. White as apoiar com base em “revelações privadas”, às quais atribuía origem divina.
O “juízo investigativo” não foi nada mais que o recurso ao qual os adventistas recorreram para justificar sua grande desilusão ao invés de reconhecer seu erro; porém, é um recurso que já caducou, mais difícil de se sustentar a cada dia que passa, pois já entre eles mesmos começam a se perguntar como pode ser possível que esse juízo, nunca mencionado em qualquer parte das Escrituras, dure já 167 anos, considerando que Deus é onisciente e tudo sabe. Alguns se conformam com a desculpa dada por seus líderes: Deus demora porque é misericordioso e quer oferecer tempo para a conversão…

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NOTAS
[1] William Miller.
[2] Na Bíblia, há referências ao juízo particular de cada crente após a morte (Hebreus 9,27) e do juízo final (Mateus 24,30-31; Apocalipse 20,11-14), mas não há qualquer menção a um “juízo investigativo”.
[3] Números 14,34; Ezequiel 4,6.
[4] Daniel 8,20.
[5] Obras Completas de São Jerônimo, Edição Bilíngue. BAC 662, Madri, 2006, Tomo V-b, p. 644.
[6] Idem, pp. 644-645.
[7] 1Macabeus 1,19-20.
[8] Daniel 8,9
[9] 1Macabeus 1,21-28.43-57; 2Macabeus 5,11-26; 6,1-7.
[10] Daniel 8,10.
[11] 1Macabeus 1,30-42.58-67; 2Macabeus 5,24-27; 6,8-7.42.
[12] Daniel 8,11
[13] Passagem de interpretação controvertida. Talvez aluda aos atos sacrílegos ocorridos em 25 de dezembro de 167 a.C., cf. C.G.OZANE, “Três Problemas Textuais em Daniel 8,12; 9,26; 11,18”. JthSt 16, 1965, pp. 445-448.
[14] Daniel 8,12.
[15] Obras Completas de São Jerônimo, Edição Bilíngue. BAC 662, Madri, 2006, Tomo V-b, p. 645.
[16] Daniel 8,14.
[17] Idem.
[18] Obras Completas de São Jerônimo, Edição Bilíngue. BAC 662, Madri, 2006, Tomo V-b, p. 647.
[19] 1Macabeus 4,3-25; 2Macabeu 8,1-36; FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades dos Judeus 12,7,304 (298-312).
[20] Daniel 8,25; 11,36.
[21] Daniel 8,25; 1Macabeus 6,9-16; 2Macabeus 9,5-10.28; FLÁVIO JOSEFO, Antiguidades dos Judeus 12,9,1 (354.358).

A Patrística Refutando a Sola Scriptura

Fonte: Apologistas Católicos

Esta é uma EXAUSTIVA MATÉRIA, repito, EXAUSTIVA MATÉRIA com dezenas de citações patrísticas confirmando que os pais da Igreja nunca foram adeptos da Heresia de Lutero.

Depois de não encontrarem na bíblia nenhuma citação que comprove a Sola Scriptura, os protestantes estão querendo agora utilizar os pais da Igreja, que eles tanto odiavam, para querer fundamentar esta sua heresia iniciada com John Huss e homologada por Lutero.

E por isso que Erasmo De Roterdam quando Lutero inventou este negócio, profetizou:

”SE ESTE TEU PRINCÍPIO FOR ADMITIDO A CRISTANDADE SE CONVERTERÁ NUM AMONTOADO DE SEITAS.”

O cumprimento da profecia está ai pra todo mundo ver!

Esta apologética desonesta se vale de textos isolados e truncados (Igualzinho fazem com a bíblia) para afirmar que os pais da Igreja eram adeptos desta coisa ai. Quem estuda Patrística e a Patrologia deve até achar engraçado este negócio, mas é a mais pura verdade, os protestantes querendo provar a Sola Scriptura por meio dos pais da Igreja. Todos sabemos que para saber qual era realmente o pensamento de um pai, temos que estudar seus escritos sua vida, ordem religiosa e etc, mas os protestantes como num passe de mágica descobrem isso lendo na internet uma ou duas passagens deles.

Veio um dia um protestante e disse que São Vicente De Lerins “apoiava” a Sola Scriptura e mostrou a passagem:

“Posto que o Cânon das Escrituras é em si mais que suficientemente perfeito para tudo” (Commonitorium).

A primeira vista isso seria uma grande prova que São Vicente era adepto da Sola Scriptura, só que o texto não passava de uma frase cortada de seu contexto original que se refere exatamente ao contrário, ou seja este mesmo texto de São Vicente refuta a Sola Scriptura Vejamos:

“Perguntando eu com toda a atenção e diligência a numerosos varões, eminentes em santidade e doutrina, que norma poderia achar segura, enquanto possível genérica e regular, para distinguir a verdade da fé católica da falsidade da heresia, eis a resposta constante de todos eles: quem quiser descobrir as fraudes dos hereges nascentes, evitar seus laços e permanecer sadio e íntegro na sadia fé, há de resguardá-la, SOB O AUXÍLIO divino, duplamente: com A AUTORIDADE DA LEI DIVINA E COM A TRADIÇÃO DA IGREJA CATÓLICA. Sem embargo, ALGUÉM PODERIA OBJETAR: Posto que o Cânon das Escrituras é em si mais que suficientemente perfeito para tudo, que necessidade há de se acrescentar a autoridade da interpretação da Igreja? Precisamente porque a Escritura, por causa de sua mesma sublimidade, não é entendida por todos de modo idêntico e universal. De fato, as mesmas palavras são interpretadas de maneira diferente por uns e por outros. Se pode dizer que tantas são as interpretações quantos são os leitores.” (Commonitorium).

Ou seja São Vicente nada mais está fazendo do que refutando os adeptos da Sola Scriptura, 1100 anos antes dela aparecer. Só que como o cara recorta a passagem fica parecendo que São Vicente falou algo que ele nunca quis dizer.

O Desonesto CA”C”P, diz que Irineu, Tertuliano, Cirilo de Jerusalém, Gregório de Nissa, Cipriano, Orígenes, Hipólito, Atanásio, Firmiliano e Agostinho,  Gregório de Nissa. Policarpo, Clemente de Alexandria, Orígenes, eram todos adeptos da Sola Scriptura, pois bem vou postar aqui testemunho de todos estes Pais e de outras dezenas afirmando exatamente ao contrário.

Como eu não tinha tempo de ficar traduzindo tudo, eu fui pesquisando em alguns sites católicos e fui juntando as passagens que existiam em português , os que não tinham em nenhum site eu tive que traduzir mesmo, por que a grande maioria dos livros patristicos que eu tenho estão em inglês, mas eu parei e não tinha chegado nem na metade, por que se não daria um Livro com mais de 380 citações dos Padres  do Século I ao VII sobre a Sagrada Tradição e a Autoridade Dos Bispos.

Os protestantes têm que fazer força, ginásticas mentais, adulterações, truncagens, malabarismos e textos imensos induzindo os Santos Padres a serem adeptos da Sola Scriptura. Eu, por minha vez, apenas me limitei a citá-los e fazer uma breve introdução em alguns dos seus comentários, pois eles falam sozinhos.

Feito isso vamos à exposição.

SÃO CLEMENTE DE ROMA (Papa, +100):

Autoridade da Igreja

“Devido às repentinas e repetidas calamidades e desventuras que se têm abatido sobre nós, precisamos reconhecer que tardamos um pouco em voltar nossa atenção para os assuntos de disputas entre vocês, amados; e especial-mente a abominável e ímpia rebelião, alienígena e estrangeira aos eleitos de Deus, que umas pessoas temerárias e rebeldes inflamaram a tal loucura que o seu nome venerável e ilustre, digno de ser amado por todos os homens, têm sido difamado. ” (Carta aos Coríntios, Palestra, 80 D.C).
“Aceitem o nosso conselho e não terão nada a lamentar.” (Carta aos Coríntios 58,2).

“Se, porém, alguns não obedecerem ao que foi dito por nós, saibam que se envolverão em pecado e perigo não pequeno” (Carta aos Coríntios 59,1).

Então ele Completa, Tradição:

“Sigamos a gloriosa e veneranda norma da nossa tradição.”

34.000 católicos a mais por dia

Revela o relatório anual da “Situação da Missão Global”, realizado em 2011

ROMA, terça-feira, 22 de novembro de 2011(ZENIT.org) – Segundo o relatório anual da “Situação da missão global”, feito em 2011, a Igreja Católica reúne 1 bilhão e 160 milhões de fiéis em todo o mundo e todos os dias mais 34 000 pessoas se tornam parte.

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Segundo o relatório anual da “Situação da Missão Global”, feito em 2011, a Igreja Católica reúne 1 bilhão e 160 milhões de adeptos em todo o mundo e todos os dias aderem mais 34 000 pessoas. Os dados do estudo, divulgado pela agência Analisis Digirtal, afirma que no mundo hoje, existem dois bilhões de pessoas, de um total de sete bilhões, que nunca foram alcançados pela mensagem do Evangelho. Outros dois bilhões e 680 milhões ouviram algumas vezes, ou conhece vagamente, mas não são cristãos.

“Apesar do fato de que Jesus Cristo fundou uma só Igreja, e pouco antes de morrer, rezava para que -todos fossem um- hoje existem muitas denominações cristãs: eram 1600 no início do séc.XX, e são 42 000 em 2011”, afirma o estudo. Os protestantes carismáticos são 612 milhões e crescem 37 mil ao dia. Os protestantes “clássicos” são 426 milhões e aumentam 20 mil por dia.

As Igrejas Ortodoxas somam 271 milhões de batizados e ganham cinco mil por dia. Anglicanos, reunidos principalmente na África e na Ásia, 87 milhões, e três mil a mais por dia. Aqueles que o estudo define “cristãos marginais” (Testemunhas de Jeová, mórmons, aqueles que não reconhecem a divindade de Jesus ou da Trindade) são 35 milhões e crescem dois mil ao dia.

“A forma mais comum de crescimento é ter muitos filhos e fazê-los aderir à sua tradição religiosa. A conversão é mais rara, no entanto, acontece para milhões de pessoas todos os anos, o mais comum é a de um cônjuge para a fé do outro”. Em 2011, os cristãos de todas as denominações farão circular mais de 71 milhões a mais de Bíblias no mundo (já há 1 bilhão e 741 milhões, algumas de forma clandestina). A cada ano 409 mil cristãos partem para evangelizar um país que não é o seu de origem, distribuídos em 4.800 organizações missionárias diversas.

A beatificação mais lotada da história

Peregrinos e chefes de Estado unidos por João Paulo II

ROMA, domingo, 1º de maio de 2011 (ZENIT.org) – Mais de um milhão de pessoas – dados das forças de segurança italianas – participaram hoje da beatificação mais lotada da história.

Um grande aplauso se estendeu da Praça de São Pedro, passando pela Via da Conciliação e ruas circundantes, até chegar ao Circus Maximus (onde milhares de pessoas acompanharam a cerimônia por meio de telões), quando Bento XVI leu a fórmula da beatificação.

“Concedemos que o Venerável Servo de Deus João Paulo II, Papa, de agora em diante seja chamado Beato e que se possa celebrar sua festividade nos lugares e segundo as regras estabelecidas pelo direito, todo ano a 22 de outubro”, disse em latim.

O sorriso de Karol Wojtyla foi descoberto nesse momento, em uma grande imagem, imortalizada na cópia de foto de 1995, no centro da fachada da Basílica de São Pedro. As lágrimas dos peregrinos, muitos deles poloneses, não se contiveram.

A religiosa francesa Marie Simon-Pierre, cuja inexplicável cura de Parkinson permitiu concluir o processo de beatificação, acompanhada da freira polonesa que assistiu João Paulo II, a irmã Tobiana, apresentaram a relíquia, um frasco de sangue de Karol Wojtyla.

Em algumas áreas da Praça de São Pedro era possível ver cobertores no chão, com os quais o povo tinha se abrigado durante a noite fria. As forças de segurança decidiram abrir as entradas antes do esperado, às 2h, por razões de segurança.

Na mesma praça estavam os representantes dos grandes do mundo. Eram 62 delegações lideradas por chefes de Estado e de governo, além de famílias reais e outros países que foram oficialmente representados.

A Itália foi representada tanto pelo seu presidente, Giorgio Napolitano, e pelo primeiro-ministro, Silvio Berlusconi; a Polônia, pelo seu presidente, Bronislaw Komorowski; e a Comissão Europeia, por José Manuel Durão Barroso.

Na praça estava o ministro Yossi Peled, salvo do Holocausto por uma família católica na Bélgica, em representação do Estado de Israel.

Antes da celebração, ele afirmou que “o evento é particularmente significativo. Este homem, nascido em um período no qual se respirava um clima de antissemitismo aprovado publicamente, opôs-se e quis desafiar aqueles que serviam o espírito da raça humana”.

O México foi representado pelo presidente Felipe Calderón; e Honduras, pelo seu chefe de Estado, Porfírio Lobo.

As cinco casas reais estavam presentes perto do Papa: Espanha (com o príncipe Felipe e a princesa Letizia), Bélgica, Luxemburgo, Liechtenstein e Reino Unido.

Os Estados Unidos foram representados por um enviado de Barack Obama junto ao Vaticano, o embaixador Miguel Diaz; e Cuba, por Caridad Diego Bello, chefe do Serviço de Atenção aos Assuntos Religiosos do Comitê Central do Partido. A França esteve presente com seu primeiro-ministro, François Fillon.

Os jornalistas que vieram cobrir o evento eram mais de 2.300, bem como 1.300 canais de televisão.

O cansaço e o sol provocaram desmaios entre os peregrinos, mas a organização manteve a ordem, o que permitiu garantir uma verdadeira festa de fé, apesar do número de peregrinos ter superado as expectativas.

“A organização resistiu e tudo correu bem. Esperamos agora que o retorno ocorra sem problemas”, disse o delegado para a segurança de Roma Capital, Giorgio Ciardi.

(Por Jesús Colina)

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