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Bento XVI: os 10 Mandamentos da Lei de Deus encorajam à vivência da verdadeira liberdade e do amor autêntico

Vaticano, 10 Set. 12 / 07:50 pm (ACI/EWTN Noticias).- Assim afirmou o Santo Padre em uma mensagem de vídeo exibida no sábado, na Piazza del Popolo, em Roma, por ocasião do evento “Dez Praças para Dez Mandamentos” promovido pelo movimento Renovação no Espírito Santo. Trata-se de uma série de encontros de evangelização que serão realizadas ao longo do ano em várias cidades italianas.

Na mensagem, o Papa pergunta: “Qual é o desempenho destas 10 palavras, no contexto cultural de hoje no qual o secularismo e o relativismo podem tornar-se os critérios para cada eleição e em nossa sociedade que parece viver como se Deus não existisse? Respondemos que Deus nos deu os mandamentos para nos educar para a verdadeira liberdade e o amor verdadeiro, para que possamos ser verdadeiramente felizes”.

Bento XVI também observa que os Mandamentos “são um sinal do amor de Deus, do seu desejo de ensinar o discernimento adequado entre o bem e o mal, entre a verdade e a mentira, entre o certo e o errado.”

Os Mandamentos da Lei de Deus, diz o Santo Padre, “são compreensíveis para todos, precisamente porque estabelecem os valores fundamentais em normas e regras”.
“Quando o homem põe em prática pode caminhar rumo à verdadeira liberdade (…) que conduz à vida e à felicidade”.

Pelo contrário, diz o Papa, “quando, na sua existência, o ser humano ignora os mandamentos, não só se afasta de Deus e abandona a aliança com ele: também se afasta da vida e da felicidade duradoura”.

“O homem deixado a si mesmo, indiferente a Deus, orgulhoso de sua autonomia absoluta, acaba seguindo os ídolos do egoísmo, do poder, da dominação, contaminando a relação consigo mesmo e com os demais percorrendo, não os caminhos da vida mas da morte”.

Bento XVI disse que “as tristes experiências da história, especialmente do século passado, são um aviso para toda a humanidade (…). Jesus leva à plenitude o caminho dos mandamentos com a sua Cruz e Ressurreição, leva à superação radical do egoísmo, do pecado, e da morte, com o dom de si mesmo por amor”.

“Somente a acolhida do infinito amor de Deus, a confiança n’Ele, o seguir o caminho que ele traçou, dão um significado mais profundo à vida e inauguram um futuro de esperança”, concluiu a vídeo-mensagem do Papa.

Bento XVI: humanidade deve se curar da surdez espiritual

Insta a uma participação ativa das pessoas surdas na vida da Igreja

Por Inma Álvarez

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira 20 de novembro de 2009 (ZENIT.org).- Muito além da surdez física, existe outra da qual a humanidade, mais do que curada, tem de ser salva: “a surdez do espírito, que levanta barreiras cada vez mais altas à voz de Deus e do próximo, especialmente ao grito de socorro dos últimos e dos que sofrem, e que fecha o homem em um profundo e corrosivo egoísmo”.

Assim afirmou hoje o Papa Bento XVI aos participantes da conferência internacional “Effetà: A pessoa surda na vida da Igreja”, promovida pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Agentes Sanitários.

O pontífice recordou o gesto de Jesus curando o surdo, afirmando que neste sinal se vê “o ardente desejo de Jesus de vencer no homem a solidão e a incomunicabilidade criadas pelo egoísmo, para dar rosto a uma ‘nova humanidade’, a humanidade da escuta e da palavra, do diálogo, da comunicação, da comunhão com Deus”.

Esta nova humanidade deve ser “sem discriminações, sem exclusões (…), para que o mundo seja verdadeiramente para todos ‘campo de genuína fraternidade’”, acrescentou, recordando sua própria homilia durante a visita pastoral a Viterbo, no último dia 6 de setembro.

No entanto, admitiu, ainda hoje existe “uma cultura nunca superada, marcada por preconceitos e discriminações”, concretamente com relação às pessoas com surdez.

“São atitudes deploráveis e injustificáveis, porque são contrárias ao respeito pela dignidade da pessoa surda e à sua plena integração social.”

Ele quis recordar também “a grave situação em que estes vivem ainda hoje nos países em vias de desenvolvimento, tanto pela falta de políticas e legislações apropriadas quanto pela dificuldade de ter acesso aos cuidados sanitários primários”.

“A surdez, de fato, é frequentemente consequência de doenças facilmente curáveis”, declarou o Papa, fazendo um convite “às autoridades políticas e civis, além dos organismos internacionais, para que ofereçam o apoio necessário para promover, também nesses países, o devido respeito pela dignidade e pelos direitos das pessoas surdas, favorecendo, com ajudas adequadas, sua plena integração social”.

Neste sentido, afirmou que a Igreja, já desde o século XVII, promove iniciativas para prestar atenção às pessoas surdas.

O Papa afirmou que, na Igreja, as pessoas com surdez não devem ser consideradas somente como “destinatárias” da evangelização, mas também como “evangelizadoras”, participantes na vida das suas comunidades.

“A Igreja, seguindo o exemplo do seu divino Fundador, continua acompanhando as diversas iniciativas pastorais e sociais em benefício destes com amor e solidariedade, reservando especial atenção aos que sofrem, com a consciência de que precisamente no sofrimento está escondida uma força particular que aproxima interiormente o homem de Cristo, uma graça particular”, concluiu o Papa.

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