Tag: de maio

O Papa Francisco lançou App MISSIO

ROMA, 21 Mai. 13 / 02:32 pm (ACI/EWTN Noticias).- Bastou somente um toque na tela de um iPad para que o Papa Francisco se convertesse no primeiro Pontífice em lançar um novo aplicativo para dispositivos móveis e telefones inteligentes, que procura expandir a marca missionária da Igreja no mundo digital, pondo a disposição as notícias de Roma, como histórias, fotos das atividades missionárias, assim como outros documentos.

O lançamento do App MISSIO aconteceu na sexta-feira passada, 17 de maio, na Sala Clementina do Vaticano durante uma reunião que o Papa teve com os 120 diretores nacionais das Obras Missionárias Pontifícias de todo o mundo.

Em uma entrevista ao Grupo ACI no mesmo dia do lançamento, o Diretor Nacional dos Estados Unidos, Padre Andrew Small, relatou que “Aperto aqui?” foi a pergunta que o Santo Padre lhe fez depois que ele mostrou o seu iPad explicando o que tinha que fazer.

“Eu estava muito ansioso para ter o sinal e que tudo funcione”, contou o sacerdote, “o Santo Padre apertou o botão e apareceu um pequeno aviso na parte superior – chamado notificação de apertar- que dizia: o ‘Papa Francisco lançou App MISSIO’”.

O Pontífice “parecia um pouco surpreso”, recordou Pe. Small e assinalou que o lançamento efetivo do aplicativo foi simples.

O botão se denomina “Evangelizantur”, que significa “foram evangelizados” em latim. O sacerdote explicou que dado que o aplicativo está disponível em Inglês, espanhol, italiano, alemão, francês, português, chinês e árabe, os que a desenvolveram, decidiram a frase latina para o lançamento.

O Pe. Small, além disso, disse que o objetivo do aplicativo é ajudar o Papa e a Igreja a ampliar o alcance de sua mensagem, com uma ênfase particular nos jovens.

“Desde a sua eleição, o Papa Francisco chegou muito mais além do Vaticano atingindo a vida das pessoas de maneira simples e significativa”, observou o sacerdote e adicionou que com este aplicativo, o Pontífice põe “o Evangelho missionário nos bolsos de milhões de pessoas, jovens e velhos, ricos e pobres, crentes e na busca de crer”.

App MISSIO foi desenvolvido pela empresa Little iAPPS e está disponível de maneira gratuita na iTunes App Store e no Google Play.

O Papa sempre sorriu para mim, lembra uma mendiga em Buenos Aires

Etelvina Sánchez

Buenos Aires, 25 Abr. 13 / 09:53 am (ACI/EWTN Noticias).- Etelvina Sánchez é uma mulher de 62 anos que sofre de artrose e outras doenças e pede dinheiro na frente da Catedral de Buenos Aires para poder se sustentar e ajudar suas filhas e netos. Ela lembra que o então Cardeal Bergoglio e agora Papa Francisco, “sempre me atendeu com um sorriso”.

Em uma entrevista concedida ao grupo ACI, esta humilde senhora que recebe do governo um subsídio de 200 pesos (40 dólares) mensais que não dá para sua subsistência, contou que em muitas ocasiões o agora Papa Francisco se aproximou dela para ajudá-la, conversar e dar consolo.

“Ele é muito bom. Sempre me atendeu com bons modos, sempre me atendeu com um sorriso”, recordou.

“Eu o conheci quando ele vinha caminhando pela calçada, sempre o cumprimentava. O conheci quando minha filha, Cecilia Andrea, tinha apenas quatro anos, agora ela já tem 21”.

Etelvina Sánchez, que sempre está com um terço “embora não sei rezar muito bem” e com o que reza pelo Santo Padre, conta que estava acostumada a conversar com o então Cardeal quando ele passava na frente da Catedral, levando sua maleta, mais ou menos às 10 ou 11 da manhã.

“Eu estava aqui sentada. ‘Adeus Padre’, dizia-lhe. E descia para cumprimenta-lo. Daí ele ia embora e sempre me dizia a mesma coisa: ‘Reze por mim’. E agora, ele tem que rezar por nós, não é?”.

Sobre como reagiu quando soube que ele tinha sido eleito Papa, esta avó conta que “não sabia se rir ou chorar. Ao princípio fiquei contente e depois muito triste porque me dei conta de que já não ia mais vê-lo”.

“Tenho a esperança de que o Papa possa vir algum dia e vou cumprimentá-lo com os braços bem abertos, porque gostei dele como pessoa, sendo sacerdote ou o que seja, sempre me chamou a atenção”.

Etelvina conta também que o então Arcebispo de Buenos Aires “nunca passava sério, sempre passava com um sorriso e eu gosto das pessoas que sorriem. No dia 7 de maio vou fazer 63 anos. Espero que o Cardeal (o Papa) me mande um presente de Roma. Espero que se lembre de mim porque eu tenho muito carinho por ele, gosto muito dele”.

No deserto atual, até mesmo 140 caracteres do Papa são “Uma gota de orvalho”

Mons. Claudio Maria Celli

Entrevista com Mons. Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais
Jose Antonio Varela Vidal

ROMA, Tuesday, 29 January 2013 (Zenit.org).

Na semana passada Bento XVI apresentou ao mundo a sua Mensagem para o Dia Mundial das comunicações sociais, que será celebrado no dia 12 de maio, com o tema: “Redes Sociais: portas de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”.

ZENIT comentou este importante documento com Mons. Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais. Na entrevista publicada abaixo, o prelado explicou a relação da Santa Sé com as novas tecnologias para o seu trabalho diário, e apresentou o seu ponto de vista sobre uma série de iniciativas, como o contato Twitter do Papa, que atualmente, há pouco mais de um mês do seu lançamento, superou os dois milhões e meio de contatos.

***

ZENIT: Excelência, quais foram as primeiras reações à mensagem do Papa para o 47 º Dia Mundial das Comunicações Sociais?

Mons. Celli: Observando a imprensa internacional, parece-me que a mensagem do Papa foi bem recebida em todos os lugares. Eu acho que finalmente se tomou consciência do fato de que as redes sociais precisam de homens e mulheres de boa vontade. Não é um instrumento que o homem liga ou desliga, mas um ambiente no qual se vive efetivamente; como uma grande praça onde estão outras pessoas e onde é possível redescobrir o sentido profundo da própria vida. Acho que esse é um dos grandes desafios que a mensagem do Papa quer enfrentar. Como o Santo Padre escreveu, muitas vezes não é imediatamente percebida a busca da verdade, do sentido da vida, e às vezes as novas tecnologias confundem um pouco as ideias enchendo as pessoas de mensagens, de propostas. Aparece assim um grande problema de discernimento.

ZENIT: Na sua opinião, há um “perfil” especial daqueles que querem evangelizar na rede?

Mons. Celli: Não, eu diria que não há um perfil específico. Prefiro falar de homens e mulheres do nosso tempo que aceitaram no próprio coração o Senhor Jesus e a sua mensagem e que, portanto, procuram transmití-lo e vivê-lo por meio das redes sociais. Na web existe o contato com outras pessoas, e é por isso que o Santo Padre falou também de autenticidade, de busca da verdade. Como mencionei antes, há um grande risco nas redes sociais: ser submetido a uma enxurrada de mensagens, às vezes negativas, e nem sempre é fácil discernir e compreender. Por isso, agradeço muito o convite do Papa para descobrir quais são os impulsos e as tensões do homem e das mulheres de hoje. Porque, como se lê no texto da Mensagem, “as redes sociais estão ligadas profundamente às preocupações do coração humano”. São um espaço adicional para compreender que o Senhor Jesus está do nosso lado.

ZENIT: As redes sociais são, portanto, muito mais do que meros meios de comunicação?

Mons. Celli: Não são instrumentos, são ambientes de vida, são realidades onde eu “moro”. Portanto, eu não utilizo as redes sociais só para anunciar o Evangelho, mas morando na rede social, com o meu testemunho, com o meu anúncio, eu comunico Jesus Cristo, a sua palavra, a sua proposta. Numa mensagem há alguns anos, até mesmo o Santo Padre falava de uma “diaconia da cultura digital”, convidando os bispos a formar no seu próprio ambiente um pequeno grupo de padres que pudessem trabalhar na rede e exercitar uma verdadeira e genuína pastoral.

ZENIT: Quais são os desafios que emergem deste novo mundo?

Mons. Celli: Uma questão muito delicada no campo das novas tecnologias é o da linguagem. No sentido de que é preciso ter a capacidade para utilizar uma linguagem compreensível por todos os homens e mulheres de hoje. De fato, o Papa fala na Mensagem que não espera só uma citação formal da palavra do Evangelho. Não se trata de repetir somente as passagens das Escrituras, mas quem mora na rede tem que dar testemunho com a própria vida de uma relação existencial entre vida e Evangelho. O Santo Padre mesmo nos deu este exemplo entrando no Twitter. O seu desejo era justamente o de estar do lado dos homens e mulheres de hoje, e permanecer do lado deles com a sua palavra. E sim, o Twitter é limitado só a 140 caracteres, porém estas poucas palavras podem ter um conteúdo profundo que pode ajudar o homem a redescobrir o sentido profundo da sua vida.

ZENIT: Sobre o Twitter, como avaliar as reações negativas, às vezes ataques reais, das pessoas ao perfil do Papa?

Mons. Celli: Nestes tempos eu vi mais reações positivas que negativas. Quando apresentamos o primeiro tweet do Papa, falei de “faíscas de verdade” e “pérolas de sabedoria”. E eis que, nesta “desertificação espiritual” que – como afirma o Papa, está aumentando mais e mais – uma “gota de orvalho”, ainda que breve mas profunda, do Papa pode aliviar a sede do homem e pode favorecer o seu caminho. Por isso, apesar das críticas, dos insultos, e de algumas mensagens até mesmo pesadas recebidas, eu acredito que a decisão do Papa de entrar na rede social é muito positiva. Repito que é preciso estar presente no contexto das redes sociais, não só para vivermos, mas para dar testemunho dos valores em que acreditamos.

ZENIT: Muitas vezes o senhor fez uma chamada a “retwitar” as mensagens do Papa…

Mons. Celli: Sim, convidei os amigos do Papa a “retwitarem” aos própios amigos toda mensagem do Santo Padre. Se cada usuário enviasse a mensagem do Papa só a dez amigos alcançaríamos já os vinte e cinco milhões de seguidores, a assim por diante…

ZENIT: Como é que a comunicação social católica vai colaborar para promover a nova Evangelização?

Mons. Celli: Eu acho que a chamada para evangelizar é um convite para todos. Todo discípulo de Jesus Cristo deve assumir esta responsabilidade, que está ligada ao seu batismo, ou seja, de ser anúncio, instrumento, presença, proposta. Este é um ponto de referência fundamental. Este esforço evangelizador ajudará as pessoas a usarem bem tudo o que a tecnologia oferece.

ZENIT: Quais são os projetos atuais do Dicastério que o senhor é presidente?

Mons. Celli: Neste momento estamos levando adiante a iniciativa do Twitter que cresce a cada dia mais e vê aumentar continuamente os seguidores. E procuramos fazer que o twiter do Santo Padre possa ser difundido o mais possível. Outra iniciativa é news.va, o site que coleta as informações dos diversos órgãos de comunicação da Santa Sé. Hoje news.va é visitado diariamente por 12.000 a 30.000 pessoas. E tenho certeza de que esse número vai aumentar. Para nós é muito importante porque permite-nos estar presente e oferecer diariamente notícias atualizadas mais de três vezes ao dia.

ZENIT: Outros planos para o futuro?

Mons. Celli: Já já estará operando a aplicação do Papa para os smartphones que permitirá ter imediatamente os vídeos do Papa, ou a transmissão de uma Audiência, do Angelus ou de uma cerimônia em São Pedro. É um projeto em sintonia com o grande e iluminador magistério deste Papa.

Para ler o texto integral da Mensagem do Papa Bento XVI para o 47 º Dia Mundial das Comunicações Sociais 2013, clique em: http://beta.zenit.org/pt/articles/redes-sociais-portais-de-verdade-e-de-fe-novos-espacos-de-evangelizacao

As vantagens de se receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca

Comunhão na boca

Ensina-nos a nossa Santa Mãe Igreja que o Santíssimo Sacramento é a Presença Real de Nosso Senhor Jesus Cristo, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Por isso, falando a respeito do ato de receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, o Papa Paulo VI, na instrução Memoriale Domini, de 29 de maio 1969 (posterior ao Concílio Vaticano II, portanto), recomenda: “Levando em conta a situação atual da Igreja no mundo inteiro, essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada.”

A prática tradicional que a Santa Igreja adota há vários séculos é que os fiéis recebam o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Entretanto, existe hoje a concessão para que se receba o Corpo de Nosso Senhor na mão. Assim, em matéria moral, é lícito tanto receber o Corpo de Nosso Senhor na boca como na mão. Porém, a recomendação oficial do Santa Igreja é que se conserve a prática de receber Nosso Senhor na boca. E as normas litúrgicas são bem claras em afirmar que ?os fiéis jamais serão obrigados a adotar a prática da comunhão na mão.” (Notificação da Sagrada Congregação para os Sacramentos e Culto Divino, de Abril de 1985). Não tem, pois, um sacerdote o direito de se negar a ministrar o Corpo de Nosso Senhor na boca.

O Papa Paulo VI deixa claro que, se na antiguidade, em algum local foi comum a prática dos fiéis receberem o Corpo de Nosso Senhor na mão, houve nas normas litúrgicas um amadurecimento neste sentido para se passasse a receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca. Assim diz Paulo VI: “Com o passar do tempo, quando a verdade e a eficácia do mistério eucarístico, assim como a presença de Cristo nele, foram perscrutadas com mais profundidade, o sentido da reverência devida a este Santíssimo Sacramento e da humildade com a qual ele deve ser recebido exigiram que fosse introduzido o costume que seja o ministro mesmo que deponha sobre a língua do comungante uma parcela do pão consagrado.”

Mas quais são as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca? O Papa Paulo VI fala de duas: a maior reverência à Sua Presença Real e a maior segurança para que não se percam os fragmentos do Seu Corpo. Assim ele se expressa: “Essa maneira de distribuir a santa comunhão deve ser conservada, não somente porque ela tem atrás de si uma tradição multissecular, mas sobretudo porque ela exprime a reverência dos fiéis para com a Eucaristia. Esse modo de fazê-lo não fere em nada a dignidade da pessoa daqueles que se aproximam desse sacramento tão elevado, e é apropriado à preparação requerida para receber o Corpo do Senhor da maneira mais frutuosa possível. Essa reverência exprime bem a comunhão, não ?de um pão e de uma bebida ordinários? (São Justino), mas do Corpo e do Sangue do Senhor, em virtude da qual ?o povo de Deus participa dos bens do sacrifício pascal, reatualiza a nova aliança selada uma vez por todas por Deus com os homens no Sangue de Cristo, e na fé e na esperança prefigura e antecipa o banquete escatológico no Reino do Pai? (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n.3) Por fim, assegura-se mais eficazmente que a santa comunhão seja administrada com a reverência, o decoro e a dignidade que lhe são devidos de sorte que seja afastado todo o perigo de profanação das espécies eucarísticas, nas quais, ?de uma maneira única, Cristo total e todo inteiro, Deus e homem, se encontra presente substancialmente e de um modo permanente? (Sagr. Congr. dos Ritos, Instrução Eucharisticum Mysterium, n. 9); e para que se conserve com diligência todo o cuidado constantemente recomendado pela Igreja no que concerne aos fragmentos do pão consagrado.”

Em relação à esta maior reverência de que o Papa Paulo VI fala, o senso litúrgico da Santa Igreja tem o ato de evitar tocar no Sagrado como sinal de reverência. No Antigo Testamento, Deus proíbe que se toque na Arca da Aliança que Ele manda fabricar (Ex 25,10-22; 2Sm 6,6-7). A este respeito também que Santo Tomás de Aquino, doutor da Santa Igreja, na Summa Teológica (Summa, III pars, q.82, art. 3), afirma que ?por reverência a este sacramento, nada o toca, a não ser o que é consagrado; portanto, o corporal e o cálice são consagrados, e da mesma forma as mãos do sacerdote, para tocarem este sacramento.” Também o saudoso Papa João Paulo II escreveu: ?Tocar as Sagradas Espécies s e distribui-las com as próprias mãos é um privilegio dos ordenados.” (Dominicae Cenae, 24 de fevereiro de 1980) Por isso, o Sagrado Magistério ordinariamente só permite que os sacerdotes e diáconos toquem no Corpo de Nosso Senhor. Tanto que o Corpo de Nosso Senhor só pode ser recebido na mão como concessão especial, e “o ministro ordinário da Sagrada Comunhão é o Bispo, o Presbítero ou o Diácono” (Código de Direito Canônico, 910); os ministros extroardinários da Sagrada Comunhão só podem atuar quando houver uma necessidade real e extraordinária – como o próprio nome diz.

Se na Santa Ceia, Nosso Senhor entregou o Seu Corpo nas mãos dos Santos Apóstolos, não podemos esquecer que eles eram Bispos, e como Sacerdotes que são, tocam ordinariamente o Corpo de Nosso Senhor.

Tal ato externo de reverência exprime e testemunha a fé da Santa Igreja, em reconhecer que a hóstia consagrada não é um pãozinho, uma rosquinha ou uma bolacha Trakinas, mas é o Corpo de Nosso Senhor.

Se a intimidade a qual Nosso Senhor se entrega a nós no Santo Sacrifício da Missa é verdadeira, também é verdadeira a reverência que devemos à Ele como verdadeiro Deus. A reverência não se opõe à intimidade, nem a intimidade se opõe a reverência. Neste sentido, o saudoso Papa João Paulo II escreve em sua última encíclica: ?Se a idéia de “banquete” inspira familiaridade, a Igreja nunca cedeu à tentação de banalizar esta “intimidade” com seu Esposo, recordando-se que ele é também seu Senhor e que, embora “banquete”, permanece sempre um banquete sacrifical, assinalado com o sangue derramado no Gólgota.” (EE 48)

Se nos cultos protestantes se tem o costume tradicional de receber o pão na mão, é porque lá não se acredita na Presença Real de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento – e neste caso é pão mesmo, pois os protestantes romperam com a Sucessão Apostólica, ou seja, lá não há sacerdotes validamente ordenados, e portanto não poderiam celebrar a Santa Missa nem se quisessem.

Em ambientes católicos, os teólogos ditos “progressistas” vão na mesma linha e incentivam a prática de receber o Corpo de Nosso Senhor na mão; uma conhecida religiosa brasileira (que aliás, combate explicitamente o ensinamento da Sagrado Magistério ao defender a utopia do sacerdócio feminino) contraria de forma absurda a argumentação de Santo Tomás de Aquino e dos Papas, dizendo: “A comunhão deve ser recebida na mão ou na boca? Na maioria das dioceses, esse problema já foi superado há muito tempo; entendemos que somente crianças muito pequenas necessitam receber comida na boca. E o povo de Deus não quer ser infantilizado por mais tempo.” (Ione Buyst, em “A Missa, memória de Jesus no coração da vida”; p. 139) Que ousadia terrível uma religiosa comparar o Corpo de Nosso Senhor com uma comida qualquer e afirmar que o Sagrado Magistério nos infantiliza ao recomendar reverência à Ele!

Aqui, é preciso deixar claro que não podemos condenar a atitude de quem recebe, em determinada situação, o Corpo de Nosso Senhor na mão, por motivos justos. Aqui se enquadra o exemplo de uma pessoa que em determinada situação opta em receber o Corpo de Nosso Senhor na mão de um ministro que se sabe que lhe desagrada ministrar o Corpo de Nosso Senhor diretamente na boca, para evitar conflitos com tal ministro. Porém, tais razões podem ser muito pessoais e subjetivas, por isso aqui não nos cabe julgamento do ato.

Além do mais, sempre será mais santa a atitude daquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na mão estando em estado de graça, do que aquele que recebe o Corpo de Nosso Senhor na boca estando em estado de pecado mortal. Porém, não podemos relativizar a questão a tal ponto de ignorarmos as vantagens que há em receber o Corpo de Nosso Senhor na boca.

Fonte: Reino da Virgem Mãe de Deus.
Fonte 2: Veritatis Splendor.

Rezar a Deus Pai nos ensina a verdadeira noção de paternidade

Um comentário sobre a audiência geral do Papa da quarta-feira, 23 de maio

Por Massimo Introvigne

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 24 de maio de 2012 (ZENIT.org) – Na audiência geral do 23 de maio, Bento XVI continuou na sua “escola de oração”, dedicada a São Paulo. Na semana passada, o Papa tinha mostrado como São Paulo nos ensina a deixar-nos guiar pelo Espírito Santo na oração.

Esta semana o Papa insiste sobre a forma como o Espírito Santo, por sua vez, nos leva a dirigir-nos ao Pai como tinha feito Jesus no Getsêmani: “Abbá! Pai! Tudo é possível para vós: afasta de mim este cálice! No entanto, não se faça a minha vontade, mas a vossa”(Mc 14,36). E a catequese se transforma assim em ocasião para algumas reflexões profundas sobre um conceito em crise hoje, o da paternidade.

A referência a Deus como Pai, que ressoa no Pai Nosso, aparece também em dois textos de São Paulo. A primeira tirada da Carta aos Gálatas: ” A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” “(Gl 4,6). A segunda, tirada da Epístola aos Romanos: “Porquanto não recebestes um espírito de escravidão para viverdes ainda no temor, mas recebestes o espírito de adoção pelo qual clamamos: Aba! Pai! (Rm 8,15).

Depois de ter observado mais uma vez que “o cristianismo não é uma religião do medo, mas da confiança e de amor ao Pai que nos ama”, Bento XVI explicou que em ambas as passagens São Paulo refere-se à uma nossa “relação filial análoga àquela de Jesus” com Deus Pai.

Obviamente, “diferente é a origem, diferente é a espessura: Jesus é o Filho eterno de Deus que se fez carne, nós, ao contrário, nos tornamos filhos Nele, no tempo, por meio da fé e dos Sacramentos do Batismo e da Confirmação”. Na Carta aos Efésios o mesmo São Paulo nos assegura que Deus, em Cristo, “nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis, diante de seus olhos. No seu amor nos predestinou para sermos adotados como filhos seus por Jesus Cristo” (Ef 1,4).

O Papa lamenta – e não é a primeira vez – a nossa perda da capacidade de maravilhar-nos diante do mistério da paternidade de Deus. “Talvez o homem de hoje não perceba a beleza, a grandeza e a consolação profunda contida na palavra “pai” com a qual nos podemos dirigir a Deus na oração”.

Mas isto, hoje, tem também uma possível explicação psicológica e sociológica: “a figura paterna muitas vezes hoje não está suficientemente presente, também muitas vezes não é suficientemente positiva na vida cotidiana. A ausência do pai, o problema de um pai não presente na vida da criança é um grande problema do nosso tempo, por isso se torna difícil entender na sua profundidade o que significa dizer que Deus é Pai para nós”.

Mas nada está definitivamente perdido. Do ensinamento de Jesus sobre a paternidade de Deus podemos aprender muito sobre o papel humano do pai. “Críticos da religião disseram que falar do” Pai”, de Deus, seria uma projeção celeste dos nossos pais. Mas é verdade o contrário: no Evangelho, Cristo nos mostra quem é o pai e como é um verdadeiro pai, de tal forma que podemos intuir a verdadeira paternidade, aprender também a verdadeira paternidade”.

Devemos, portanto, “deixar aquecer o nosso coração” a partir desta noção da paternidade que Jesus nos ensina, e que tem duas dimensões: a criação e a adoção. Primeiramente, Deus é nosso Pai, porque é nosso Criador. “Cada um de nós, cada homem e cada mulher é um milagre de Deus, é querido por Ele e é conhecido pessoalmente por Ele”: “para Ele não somos seres anônimos, impessoais, mas temos um nome”. “As suas mãos me formaram”, diz o salmista (Sl 119, 73), com uma imagem que o papa afirma amar especialmente.

Depois, há o segundo elemento, a adoção, com a qual Jesus “nos acolhe na sua humanidade e no seu mesmo ser Filho, assim também nós podemos entrar na sua específica pertença a Deus”. Também aqui trata-se de analogia,  não de identidade: “o nosso ser filhos de Deus não tem a plenitude de Jesus: nós devemos tornar-nos sempre mais, ao longo do caminho de toda a nossa existência cristã, crescendo na sequela de Cristo, na comunhão com ele para entrar sempre mais intimamente na relação de amor com Deus Pai, que sustenta a nossa vida”. Mas nem sequer se trata de uma simples metáfora. “Nós realmente entramos além da criação na adoção com Jesus; estamos realmente unidos em Deus e filhos de um novo modo, numa nova dimensão”. Voltemos às duas passagens de São Paulo, e notemos que têm “um tom diferente”. Na carta aos Gálatas São Paulo afirma que o Espírito grita em nós “Aba!, Pai “. Na Epístola aos Romanos nos diz ao contrário que somos nós que gritamos “Aba!, Pai “.

Aqui o Apóstolo “quer nos fazer entender que a oração cristã nunca é, nunca acontece numa só direçao de nós para Deus, não é só um “agir nosso”, mas é expressão de uma relação recíproca na qual Deus age primeiro: é o Espírito Santo que grita em nós, e nós podemos gritar porque o impulso vem do Espírito Santo”.

Dito em termos que lembram Santo Agostinho – que é sempre um ponto de referência de Bento XVI – nós “não poderíamos rezar se não estivesse escrito na profundidade do nosso coração o desejo de Deus, o ser filhos de Deus. Desde quando existe, o homo sapiens está sempre em busca de Deus, busca falar com Deus, porque Deus escreveu a si mesmo nos nossos corações”. A primeira iniciativa na oração vem sempre de Deus, e “a sua presença abre a nossa oração e a nossa vida, abre os horizontes da Trindade e da Igreja”.

Um segundo aspecto muito importante é que “a oração do Espírito de Cristo em nós e a nossa Nele, não é somente um ato individual, mas um ato de toda a Igreja”. Não somente “quando nos dirigimos ao Pai no nosso quarto interior, no silêncio e no recolhimento, nunca estamos sozinhos”, mas não estamos inventando um relacionamento com Deus, mais ou menos fantasioso.

Ao contrário, “estamos na grande oração da Igreja, fazemos parte de uma grande sinfonia que a comunidade cristã espalhada em todas as partes da terra e em todos os tempos eleva a Deus; é verdade, os músicos e os instrumentos são diferentes – e isso é um elemento de riqueza -, mas a melodia de louvor é única e em harmonia”. São Paulo mesmo o explica aos cristão de Corinto: “Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.” (1 Cor 12, 4-6). É tudo “um único grande mosaico da família de Deus, onde cada um tem um lugar e um papel importante, em profunda unidade com o todo”.

Um terceiro aspecto é que a nossa oração “Abba!, Pai!” sempre acontece em união “também com Maria, a Mãe do Filho de Deus. A realização da plenitude dos tempos, da qual São Paulo fala em Gálatas (cf. 4 , 4), acontece no momento do “sim” de Maria, da sua adesão plena à vontade de Deus: ‘Eis aqui a serva do Senhor’” (Lc 1, 38).

Só então é realmente possível que “a nossa oração troque, converta constantemente o nosso pensar, o nosso agir para torná-lo sempre mais conforme àquele do Filho Unigênito, Jesus Cristo”.

[Tradução Thácio Siqueira]

Católicos podem e devem participar da política para servir o povo, assinala Prof. Felipe Aquino

Prof-Felipe-Aquino

SÃO PAULO, 14 Jun. 11 / 09:40 am (ACI)

Em um artigo escrito este último 12 de junho, o conhecido blogger, escritor e apresentador do canal Católico Canção Nova, o Prof. Felipe Aquino, ecoou o pedido do Papa para que os católicos participem da vida pública e assinalou que o Brasil necessita uma nova geração de políticos para confrontar a crise que vem gerando propostas de lei cada vez menos humanas. De maneira especial o autor urgiu os leigos católicos à participação na política para a caridade e para o bem do povo.

No seu artigo o Prof. Aquino recorda que “no dia 26 de maio último o Papa Bento XVI, falando aos bispos italianos, na Basílica de Santa Maria Maior, fez um apelo para que os bispos encorajem os católicos a participar da vida pública”.

As palavras do Papa naquela ocasião foram: “A fé, de fato, não é alienação: são outras as experiências que contaminam a dignidade do homem e a qualidade da convivência social”.

“O Papa pediu aos bispos que estimulem os fiéis leigos a “vencer todo espírito de fechamento, distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida pública”, para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade humana”, recordou o Prof. Felipe.

“Hoje a dignidade humana é altamente desrespeitada, a imagem e semelhança de Deus no rosto humano é desfigurada, especialmente porque faltam bons cristãos na política,na mídia e nos cargos públicos”, assinalou o pensador católico brasileiro.

“Sabemos que a política é uma atividade boa, que visa o bem comum, a caridade; o que não presta é a politicagem dos politiqueiros que usam da política para os seus interesses egoístas e o desejo de poder. Por isso, a maioria boa acaba ficando com medo de entrar na política e na vida pública, deixando o campo aberto a muitos maus, corruptos e imorais”, afirmou.

“A atual situação do Brasil mostra quanto é necessário uma reforma política, trabalhista, tributária, etc., mas sabemos que nada acontece porque não é de interesse de quem faz uso da política para seu benefício e não do povo. Nossas instituições democráticas estão fragilizadas ameaçando-se o Estado de Direito. O poder legislativo está acuado pelo executivo e o judiciário nem sempre está livre para fazer valer a lei maior”, denunciou também o Prof. Aquino.

O professor e escritor católico lamenta que “grande parte dos políticos hoje eleitos em todos os níveis consegue se eleger porque são bancados financeiramente por instituições poderosas, ou por entidades corporativistas, ou por partidos políticos criados para isso, e depois de eleitos vão trabalhar para essas instituições e não para o povo, não para o bem comum”.
“Isso precisa mudar urgentemente”, ressaltou.

“Então é preciso que novos políticos, imaculados, se disponham a entrar na vida pública não para trabalhar para si mesmos e suas famílias, e nem mesmo pela Igreja, que não pede isso, mas para a caridade, para o bem do povo”, assinalou Felipe Aquino.

Depois de lamentar os últimos escândalos de corrupção e má administração do dinheiro público o Prof. Felipe Aquino denuncia também como “projetos anticristãos são aprovados, como a legalização da estabilidade da união homossexual, o uso de embriões humanos para pesquisa, a legalização da prostituição, a tentativa de se impedir a Igreja de pregar os valores evangélicos, a deseducação sexual das crianças nas escolas com cartilhas e kits obscenos, a distribuição farta da camisinha até nas escolas, a destruição da língua portuguesa com a desculpa de “discriminação lingüística”, a tentativa permanente de aprovar o aborto”.

“A Lei de Cristo e da Igreja vai sendo calcada aos pés. Até quando?”, indaga o autor.

“Como o nosso Brasil era majoritariamente católico até uns quarenta anos atrás, e nossos homens públicos e as nossas leis eram católicas, o povo cristão não aprendeu a se mobilizar e lutar por leis católicas; não era preciso. Mas hoje tudo mudou; hoje há a necessidade da aprendermos o que significa MOBILIZAÇÃO, que as minorias gritantes fazem bem”, asseverou.

“Infelizmente nós católicos ficamos chorando nos ombros uns dos outros, mas ainda não nos unimos e agimos; por ora estamos apenas em nossas “equipes de consolo mútuo”, sem resultados. Sabemos que o mal se agiganta quando o bem se omite”.

“Leão XIII já dizia que a audácia dos maus cresce com a omissão dos bons. Um terreno abandonado não produz couve, alface, chicória, rabanete, etc., não, só produz mato, espinho, abrolhos, ratos, lagartos, cobras e lixo. Assim fica a sociedade se não sofrer a ação dos cristãos”, afirmou.

“Como o Papa está pedindo, os católicos precisam entrar na política, mas de maneira organizada, preparados, para atuarem de maneira correta. Hoje precisamos de Associações cristãs que preparem e lancem candidatos políticos a todos os cargos eletivos. Precisamos urgentemente de “instrumentos de mobilização” política para formar homens e mulheres públicos preparados, com acompanhamento, assessoramento para exercer bem os seus mandatos”, assinalou o autor.

“E sabemos que isso é papel de nós leigos e não do clero”, conclui o Prof. Aquino.

Para mais artigos do Prof. Felipe, visite o seu blog em:
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino/

Encontro de blogueiros no Vaticano será “oportunidade para saber o que a Igreja espera”

ROMA, 25 Abr. 11 / 05:41 pm (ACI)

Jorge Enrique Mújica, uns dos blogueiros que participará no próximo 2 de maio no chamado “Vatican Meeting Blog” explicou à Agência ACI Prensa em espanhol que esta reunião é “uma magnífica oportunidade para saber o que a Igreja espera da comunidade de blogueiros”.

O Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais publicou no dia 16 de abril a lista de 150 convidados que participarão do encontro. O Vaticano recebeu 750 solicitudes para comparecer ao evento.

Em declarações à ACI Prensa, Mújica do blog Actualidadyanalisis.blogspot.com, destacou que o congresso se realiza “um dia depois da beatificação de João Paulo II a quem devemos as primeiras orientações do magistério sobre a internet -Bento foi o primeiro que falou sobre as redes sociais-. Neste sentido, é um especial motivo de alegria reunir-nos em Roma sob o patrocínio do Papa da comunicação”.

Ele recordou que este congresso “ocorre depois de que em novembro de 2010 fosse realizado o de imprensa digital católica, onde emergiu a necessidade de diálogo eclesiástico também com bloggers” e acrescentou que com esta nova iniciativa “aprecia-se o gesto de proximidade e pronta atenção por parte da Igreja a esta comunidade específica”.

A reunião servirá para conhecer outros companheiros, “compartilhar inquietudes e modos de eventual trabalho em conjunto, da diversidade e especificidade de cada blog”, para contribuir à Nova Evangelização, indicou.

Mújica entende este encontro como “um desafio”, pois “cada blog aborda diversas temáticas: alguns estão alojados e contam com o financiamento de grandes empresas, outros são independentes e de uma qualidade técnica e de conteúdo indiscutível, enquanto que outros têm uma apresentação e qualidade mais discreta”, acrescentou.

O blog de Mújica está dirigido a “falar da relação às vezes conflitiva entre imprensa e religião, entre meios de comunicação e Igreja”.

O promotor do encontro, e responsável pelo Departamento “Comunicação e linguagens” do Dicastério de Cultura da Cúria Romana, Richard Rouse, explicou em um comunicado que buscou-se assegurar uma presença diversificada na seleção dos bloggers.

Por outro lado, Rouse esclareceu que o fato de ter sido selecionado não implicará nenhuma aprovação dos conteúdos dos blogs por parte do Vaticano, e no caso contrário, a não-seleção tampouco significaria sua desaprovação.

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén